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Caravaggio o mestre da luz e sombra. (1571-1610). Ele viveu pouco, menos de 40 anos. Mas o italiano Michelangelo Merisi ficou registrado para a posteridade com o nome Caravaggio. A arte moderna foi possível, graças à sua existência. Poderíamos pensar em Caravaggio
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Caravaggioo mestre da luz e sombra (1571-1610)
Ele viveu pouco, menos de 40 anos. Mas o italiano Michelangelo Merisi ficou registrado para a posteridade com o nome Caravaggio. A arte moderna foi possível, graças à sua existência. Poderíamos pensar em Caravaggio como um fotógrafo que faz o enquadramento e cria a iluminação para captar o momento de maior intensidade, aquele momento que sintetiza todo drama.
O Pequeno Baco Doente (1593-1594)- um auto-retrato, feito quando Caravaggio estava gravemente enfermo- é impossível dissociar o rapaz real, suas olheiras, seu tom de pele esverdeado. É um ser humano que está fantasiado de mito.
Caravaggio emprestava aos santos e personagens bíblicos as fisionomias e aparências de mendigos, dos pobres, dos bêbados, dos cafetões e das prostitutas. Contratado para pintar um São Mateus escrevendo o Evangelho, Caravaggio retratou-o como um velho mendigo apavorado, que tinha a mão conduzida por um anjo, como se não soubesse escrever.
O rosto de Judite demonstra a barbárie da decapitação, além da frieza necessária para a execução desse ato. Seus mamilos eretos demonstram o arrepio que correm em sua espinha. Caravaggio cobriu-lhes os seios posteriormente, conforme comprova o exame feito com raios X.
Caravaggio foi um inovador da luz e da sombra. A luz protagoniza a obra; ela surge com muita violência do meio da escuridão que domina o quadro. O artista usa a luz e as sombras arbitrariamente, não somente para realçar os volumes, mas também para dar forma às trevas. Os contrastes criavam ilimitadas variações de claro-escuro.
Para Caravaggio a pintura devia fixar o momento mais dramático, o instante crucial dos fatos. Essa era a maneira como a arte poderia fazer refletir sobre as hipocrisias e conflitos existentes. A arte não deveria ser algo idealizado, mas imiscuir-se na sujeira do mundo, fincar os pés na lama.
Ele usava um fundo sempre raso, muito escuro, por vezes praticamente negro. Aplicava focos de luz intensa sobre os detalhes, nos rostos ou membros que dariam o clímax à cena. Com esse uso de sombras e luz ele imanta o espectador para dentro do quadro. Obriga-o a participar daquele instante.
DISCIPLINA DE ARTE PROF. LISANDRA OLINDA R. NEVES lisandraolindar@hotmail.com