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Relato de caso . Paciente de 48 anos, caminhoneiro. Em 5/2/2007 procurou o C.S. com hist?ria de cefal?ia, febre n?o termometrada, dor retroorbit?ria, mialgia e artralgia h? 48 horas. Ao Exame; exantema maculopapular difuso. PA 140/90mmHg. FC: 82bpm. FR: 18 irpm. AR: Sons resp. normais sem RA. AC

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Presentation Transcript


    2. Relato de caso Paciente de 48 anos, caminhoneiro. Em 5/2/2007 procurou o C.S. com história de cefaléia, febre não termometrada, dor retroorbitária, mialgia e artralgia há 48 horas. Ao Exame; exantema maculopapular difuso. PA 140/90mmHg. FC: 82bpm. FR: 18 irpm. AR: Sons resp. normais sem RA. ACV: BNRNF em 2T. Abdomen livre. Sem visceromegalias.

    3. Relato do caso Hipóteses diagnósticas?? Anamnese e exame físico Prova do laço? Exames laboratoriais??? Tratamento ambulatorial ou hospitalar??? Conduta ??? Orientações

    6. EXAMES ESPECÍFICOS

    16. Dengue

    20. Exames complementares para síndromes febris ictero-hemorrágicas Protocolo de febres hemorrágicas; Dengue, Febre Amarela, Hantavírus, Riquetsioses, Hepatites virais, Leptospirose. Hemoculturas Todo paciente com doença febril grave ou choque deverá ser submetido exames de hemocultura. Punção lombar Caso não haja contra-indicação, todo paciente apresentando febre e sinais meníngeos deverá ser submetido à punção liquórica na tentativa de se afastar meningite. Outros a critério médico; gota espessa, sorologia para LV, sorologia para HIV, entre outros.

    21. Doenças exantemáticas

    22. CLASSIFICAÇÃO Grupo A Ausência de manifestações hemorrágicas espontâneas ou induzidas (prova do laço) Ausência de sinais de alarme Grupo B Manifestações hemorrágicas induzidas (prova do laço) ou espontâneas sem repercussão hemodinâmica Ausência de sinais de alarme Grupo C Presença de sinal de alarme Grupo D Presença de hipotensão ou choque

    24. Fluxo desejado

    27. Dengue Anamnese Data de início dos sinais/sintomas Curva febril Pesquisa sinais alarme Pesquisa de manifestações hemorrágicas História pregressa Uso de medicamentos

    28. Dengue Exame Físico Pesquisa de edemas e sinais hemorrágicos PA, FC, enchimento capilar, FR, temperatura, peso Ausculta respiratória Pesquisa de hepatomegalia, dor ou ascite SNC; meningismo, alterações sensório, sensibilidade e força muscular.

    30. Prova do laço positiva

    31. SINAIS DE ALARME Dor abdominal intensa e contínua; Vômitos persistentes; Hipotensão postural e/ou lipotímia; Hepatomegalia dolorosa; Hemorragia importantes; Sonolência e/ou irritabilidade Diminuição da diurese; Diminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia; Aumento repentino do hematócrito; Queda abrupta das plaquetas; Desconforto respiratório

    33. Grupo A Ausência de manifestações hemorrágicas Ausência de sinais de alerta/alarme Conduta Tratamento ambulatorial Hidratação oral adultos(60 a 80ml/Kg/dia) – 1/3 deste volume com SRO Analgésicos e antitérmicos Reavaliação (principalmente após término da febre) Não usar salicilatos Não usar AINE Orientar sobre sinais de alarme/alerta Notificação Cartão do usuário Em caso de hemograma alterado ? Grupo B

    34. Grupos de pacientes que merecem maior atenção Gestantes Crianças (menores que 13 anos) Idosos (maiores que 65 anos) Hipertensos e diabéticos Asmáticos Doenças hematológicas, doenças auto-imunes DRC Cardiopatas Pacientes com úlceras pépticas

    35. Cartão dengue

    36. Cartão dengue

    37. Sugestão de hidratação para adultos Paciente 70 Kg 1º. Dia – 80ml/kg/dia ? 6 litros Manhã 1 L de SRO e 2 L líquidos caseiros Tarde 0,5 L de SRO e 1,5 L líquidos caseiros Noite 0,5 L de SRO e 0,5 L líquidos caseiros 2º. Dia – 60ml/kg/dia ? 4 litros

    38. Hidratação para crianças 50 ml/Kg VO em 4 a 6 horas de SRO, sob supervisão da equipe de saúde e seguida de reavaliação clínica. Se necessário, hidratação EV com SF ou RL a 20ml/Kg em 2 horas.

    39. Grupo B Manifestações hemorrágicas espontâneas ou induzidas sem repercussão hemodinâmica Ausência de sinais de alerta/alarme Conduta Hospitalização ou tratamento ambulatorial Se hematócrito aumentado 10% do valor basal ou >42% (crianças), >44% (mulheres), >50% homens e/ou plaquetopenia <50.000 ? hospitalização Hidratação oral ou EV Analgésicos e antitérmicos Reavaliação clínica e com Htc após hidratação

    40. Hidratação EV adultos Adulto de 55Kg 80ml x 55 = 4400ml Primeira fase (4 horas): SF 500ml SGI5% 1000ml Segunda fase (8 horas): SF 500ml SGI5% 1000ml Terceira fase (12 horas): SF 500ml SGI5% 1000ml

    41. Grupo C Manifestações hemorrágicas ausentes e/ou presentes Sinais de alerta/alarme Conduta Hospitalização Hidratação EV adultos (25ml/Kg primeiras 4 horas) – repetir até 3X Reavaliação clínica e com hematócrito a cada 4 horas. Plaquetas a cada 12 horas. Hidratação de manutenção; 25ml/Kg nas próximas etapas (8 e 12 horas) Estudo de imagem se necessário

    42. Grupo C Hidratação em crianças; Fase de expansão; SF ou RL 20ml/Kg/hora, podendo ser repetido até 3X. Fase de manutenção; necessidade hídrica basal + reposição a critério médico (20ml/Kg).

    44. Grupo D Sinais de choque; Hipotensão arterial; Pressão arterial convergente; Extremidades frias, cianose; Pulso rápido e fino; Enchimento capilar lento (>2 segundos) Manifestações hemorrágicas presentes ou ausentes Conduta Tratamento Hospitalar Oxigenioterapia Hidratação EV; 20ml/kg em até 20min SF/RL Reavaliação clínica a cada 15-30 minutos. Instalar PVC Avaliar drogas vasoativas Hematócrito a cada 2 horas. Avaliar plasma, concentrado de hemácias e plaquetas Hemoculturas Antiobioticoterapia Tratamento em UTI

    45. Distúrbios de coagulação, hemorragias e uso de hemoderivados A hidratação precoce e adequada é um fator determinante na prevenção de fenômenos hemorrágicos. Concentrado de plaquetas ? nos casos de plaquetopenia menor de 50.000 com suspeita de sangramento SNC ou sangramento ativo importante. (1un/ 7 a 10Kg/peso). Plasma fresco ? sangramentos com RNI>1,25 ou AP<40%. (10ml/Kg) Concentrado de hemácias ?hemorragias importantes com descompensação.

    46. Ausência de febre durante 24 horas, sem uso de antitérmicos. Melhora clínica evidente. Hematócrito normal e estável por 24 horas. Plaquetas em elevação e acima de 50.000/mm3. Estabilização hemodinâmica durante 24 horas. Derrames cavitários em reabsorção e sem repercussão clínica.

    47. Manejo clínico - síntese

    49. Caso 1 F.H.C., masculino, 4 anos. Em 26/2/2005 quadro súbito de febre alta, cefaléia, mioartralgias, diarréia aquosa e astenia. No quarto dia de doença, evoluiu com remissão da febre, porém persistiu o quadro diarréico. Procurou o C.S., sendo diagnosticada gastroenterite viral e prescritos sintomáticos. 6º. dia de doença apresentou piora significativa do estado geral, vômitos repetidos, irritabilidade e oligúria. EF- Corado, desidratado++/4, afebril, agitado porém lúcido, anictérico, acianótico. PA : 80x50mmHg. FC: 124bpm. FR: 32 irpm. Petéquias em membros inferiores.Tórax: murmúrio vesicular diminuído em bases pulmonares. Abdome:fígado palpável a 2cm do RCD, doloroso. Exames – Hemograma: Ht: 53,1%, Plaquetas: 61.000/mm3,LG: 14.100/mm3, com diferencial normal. Albumina: 3,7g/dL, AST: 527 UI/l, ALT: 245UI/l.

    50. Caso 2 A.S.R., menina, 5 anos. Paciente atendida na unidade básica de saúde em 20/2/2003, referindo que há mais ou menos sete dias iniciou febre, cefaléia,náuseas, dores musculares e abdominal. Referiu piora da dor abdominal há dois dias. EF– Regular estado geral. Ausculta cardiovascular: normal, Ausculta pulmonar: normal, abdome: flácido, doloroso à palpação superficial, ausência de hemorragia e exantema. Prova de laço positiva. Exames; 14/2/2003, Ht: 24%, Plaqueta: 286.000/mm3. 20/2/2003 – Ht: 34%, hb: 8,1g/dL, Hm: 3.000.000/mm3, Leucócito: 2.600/mm3, Plaqueta: 187.000/mm3. Prova de laço positiva. HD??? Conduta terapêutica??? Estadiamento???

    51. Caso 2 No dia 13/3/2003 foi realizada sorologia para dengue e o resultado liberado no dia 3/4/2003, foi IgM positivo para dengue.

    52. Caso 3 FMG, 24 anos, mulher, branca, do lar. Procurou C.S. em 17/12/2005 com febre há 2 dias, cefaléia, mialgia, vômitos. EF: PA 120/75mmHg. Eupnéica. Anictérica. Exantema morbiliforme em face e tronco. Linfonodos submandibulares pouco aumentados e indolores. AR: Sons resp. normais. BNRNF em 2T. Abdomen livre. HD??? Conduta??? Orientações???

    53. Caso 3 FMG, 24 anos, mulher, branca, do lar. Procurou C.S. em 17/12/2005 com febre há 2 dias, cefaléia, mialgia, vômitos e prostração. EF: PA 120/75mmHg. Eupnéica. Anictérica. Exantema morbiliforme em face e tronco. Linfonodos submandibulares pouco aumentados e indolores. AR: Sons resp. normais. BNRNF em 2T. Abdomen livre. Resultado dos exames: sorologia positiva para dengue e negativa para rubéola.

    54. Caso 4 MAS 48 anos, mulher, médica. Atendida em 13/1/2006 com febre alta há 3 dias, cefaléia, artralgia e leve mialgia. Estava com intensa astenia, dor abdominal, palidez acentuada e mal estar geral. Queixa de vômitos e diarréia. Viagem recente para região próxima de Diamantina. EF: Desidratada +/4+, PA; 90/60. Abdomen doloroso à palpação em QSD. HD??? Exames laboratoriais??? Conduta???

    55. Caso 4 16/1/2006 – Retornou ao P.S. com febre, dor abdominal intensa e dificuldade de deambulação. EF: dor abdominal e fígado palpável. HTc 45%, Hb 15mg/dl, LG 2500, 6% segmentados, 67% linfócitos, 20% monócitos. Plaquetas 135.000. TGO 1850 TGP 2000 BT 13 com BD 9. Exames??? Conduta???

    56. Caso 4 Marcadores para hepatites virais negativos; Sorologia para febre amarela negativa. Mac-Elisa para Dengue IgM e IgG reagente. 21/1/2006; desaparecimento das petéquias, TGO 500, TGP 620. GGT 200. Htc 36%. Plaquetas 135.000.

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