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PROTEINAS

APOPROTEINAS E SEUS DERIVADOS

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PROTEINAS

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Presentation Transcript


  1. Apolipoproteínas e Dislipidemias Primárias    Lipoproteínas  são  importantes  na  patogênese  de  doenças  cardiovasculares.  A  produção  e  remoção  de  lipoproteínas  circulantes  constituem  processos  dinâmicos  influenciados  por  diversas  variáveis,  duas  das  quais  constituem  a  ingestão  de  nutrientes  e  composição  genética de um indivíduo (SHILS et al 2003).    Para entender o metabolismo lipoprotéico e as  doenças associadas com anormalidades lipídicas, se faz  necessário  em  considerar  os  papéis  individuais  das  apolipoproteínas  na  regulação  no  metabolismo de lipídios.  APOLIPOPROTEÍNA B    No  plasma  humano,  a  apo  B  ocorre  em  duas  formas:  apo  B‐100  e  apo  B‐48.  A  apoproteína B‐100 é sintetizada no fígado e é constituinte estrutural das lipoproteínas  VLDL,  das  IDL  e  é  a  proteína  exclusiva  presente  na  LDL.  A  estrutura  primária  da  apo  B  contém  diversas sequencias hidrofóbicas e anfipáticas, formando alfa‐hélices, que ocorre em toda a  molécula e aparentemente está relacionada a função de ligação do lipídio ao domínio. Além do  seu papel estrutural, a apo B funciona como ligante ao receptor de LDL.    A apoliproteína B‐48 é uma proteína estrutural  constituinte dos quilomícrons. Esta  apolipoproteína não tem a capacidade de se ligar ao receptor de LDL. Sintetizada no fígado, a  apo B‐48 tem o papel de ligar as lipoproteínas remanescentes (quilomícrons remanescentes)  ao seu receptor e assim, são retiradas da circulação. 

  2.   Pacientes que expressam deficiência na ligação da apo B,  apresentam    hipercolesterolemia  e  níveis  altos  de  LDL.  Esta  desordem  genética  é  causada  devido  a  substituição  de  aminoácidos na cadeia primária da proteína apo B.  APOLIPOPROTEÍNA E    Aproximadamente 75% da apo E encontrada no plasma é sintetizada pelo fígado, e o  restante, por diversos tecidos. A apo E media a interação de lipoproteínas contendo apo E ao  receptor de LDL e ao receptor de quilomícrons remanescentes.  Como consequência, a apo E  tem  um  papel  crucial  na  determinação  do  destino  metabólico  de  diversas  classes  de  lipoproteínas e tem papel central no metabolismo do colesterol.    No  plasma  a  apo  E  encontra‐se  como  constituinte  dos  quilomícrons,  quilomícrons  remanscentes, VLDL, IDL e como componente de uma subclasse minoritária das HDL. Devido  ao lócus gênico da apo E apresentar alelos múltiplos, o polimorfismo é comum nesta proteína.  As 3 maiores formas de apo E – apo E2, apo E3 e apo E4 ocorrem na freqüência de 8, 77 e 15 %  respectivamente, sendo possível os seguintes fenótipos: homozigótico (E 2/2, E 3/3, E 4/4) e  heterozigótico (E 3/2, E 4/2 e E 4/2).    A apo E age tanto na ligação ao receptor como na ligação do lipídio e suas isoformas  apresentam diferentes atividades. Apo E3 e apo E4 são igualmente capazes de interagir com o  receptor de LDL, contudo, a ligação da apo E2 a este receptor é é prejudicada e está associada  ao  desenvolvimento  da  hiperlipoproteinemia  do  tipo  III  sob  certas  condições.  Além  disso,  indivíduo com o fenótipo apo E 4/3 tem uma maior capacidade de absorção de colesterol da  dieta, contrariamente, fenótipo apo E 3/2 são hiporesponsivos ao colesterol dietético. 

  3. Estudos com ratos que não expressam o gene da apo E resultaram no desenvolvimento Estudos com ratos que não expressam o gene da apo E resultaram no desenvolvimento  de  hiperlipidemia  e  aterosclerose  severa,  confirmando  a  importância  desta  proteína  na  homeostase do colesterol.  APOLIPOPROTEÍNA AI     A apolipoproteína AI é sintetizada pelo intestino  humano e pelo fígado e é constituinte dos quilomícrons  e da HDL. Em adição ao seu papel estrutural na HDL, a  apo AI ativa a lecitina colesterol acil transferase (LCAL),  enzima  que  está  relacionada  com  a  esterificação  do  colesterol livre nas partículas de HDL.    A apo AI está associada tanto as HDL, como ao seu precursor, o beta‐HDL e serve como  um aceptor do colesterol livre liberado pelas celular. Este efluxo de colesterol representa parte  do chamado transporte reverso de colesterol. Por este motivo, a apo AI é descrita como uma  apolipoproteína anti‐aterogênica.  APOLIPOPROTEÍNA AII    A  apolipoproteína  AII  é  sintetizada  primariamente  no  fígado.  Ela  é  encontrada  em  conjunto  com  a  apo  AI  em  subfrações  da  HDL.  A  ausência  deste  apolipoproteína,  aparentemente,  não  produz  nenhum  efeito  no  fenótipo,  nem  diminui  os  níveis  de  HDL.  Entretanto, a super produção desta proteína aumenta a susceptibilidade para a arterosclerose,  possivelmente por deslocar a apo AI da HDL. É considerada então uma apolipoproteína pro‐ aterogênenica.     

  4. APOLIPOPROTEÍNA C    Sintetizadas pelo fígado, a apo C se move rapidamente entre as lipoproteínas. As HDLs  constituem um reservatório da apo C e estas podem ser transferidas para lipoproteínas ricas  em triglicérides (TG).    A apo C atua na regulação do metabolismo dos TGs e influenciam na relação inversa do  níveis de TG e HDL. As apolipoproteínas CI e CIII modulam a captação de lipoproteínas ricas em  TG  (quilomícrons  remanescentes,  VLDL,  IDL),  interferindo  ou  impedindo  a  interação  do  receptor a apo E. Já a apo CII é um co‐fato da lípase lipoproteica (responsável pela “quebra” do  TG nas partículas de VLDL). Mutações no gene da apo CII resultam em hipertrigliceridemia.    Nutr. Flávia De Conti  Nutrociência Assessoria em Nutrologia    Referências  Shils ME, et al. Tratado de Nutrição Moderna na Saúde e na Doença. 9ª Ed. Editora: Manole.  São Paulo.  Forti N, Diament J. Apolipoproteínas B e AI: fatores de risco cardiovascular? Rev Assoc Med  Bras, 2007; 53 (3):276‐82.  Lima  LM,  Carvalho  MG,  Soares  AL,  et  al.  Correlação  entre  os  níveis  plasmáticos  de  apolipoproteínas AI e B e o perfil lipídico em indivíduos com e sem diabetes mellitus tipo 2  e  hipertensão arterial. J Bras Patol Med Lab, 2005; 41 (6):411‐7. 

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