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O CONCEITO DE ÉTICA ATRAVÉS DOS TEMPOS.
E N D
Ethos – Ética em grego – Designa a morada humana. O ser humano separa uma parte do mundo para, moldando ao seu jeito, construir um abrigo protetor e permanente. A Ética como morada humana, não é algo pronto construído de uma só vez, o ser humano está sempre tornando habitável a casa que construiu para sí. • Moral – Do latim mores – Designa os costumes e as tradições. Quando um modo de se organizar a casa é considerado bom a ponto de ser uma referência coletiva.
A ÉTICA • A ÉTICA PODE SER UM CONJUNTO DE REGRAS, PRINCÍPIOS OU MANEIRAS DE PENSAR QUE GUIAM, OU CHAMAM A SI A AUTORIDADE DE GUIAR, AS AÇÕES DE UM GRUPO EM PARTICULAR (MORALIDADE), OU É O ESTUDO SISTEMÁTICO DA ARGUMENTAÇÃO SOBRE COMO NÓS DEVEMOS AGIR. MORES SIGNIFICA: USOS E COSTUMES.
A TRAJETÓRIA DOS GRANDES PENSADORES SOBRE A ÉTICA ATRAVÉS DOS TEMPOS • Sócrates defende o caráter eterno de certos valores como o Bem, Virtude, Justiça, saber. O valor supremo da vida é atingir a perfeição. 470 – 370 Ac
Platão defende o valor supremo do Bem. O ideal que todos os homens livres deveriam tentar atingir. • Aristóteles defende o valor supremo da felicidade. A finalidade de todo homem é ser feliz. 428/27 – 347 Ac 384 – 322 Ac
Epicuro (341- 270 a.C) o prazer é um bem e como tal o objetivo de uma vida feliz. Para os Cínicos o objetivo da vida do sábio é viver de acordo com a natureza, afastando-se de tudo aquilo que provoca ilusões e sofrimentos. Para os Estóicos cujas leis determinam o nosso destino. O sábio vive em harmonia com a natureza, cultiva o autodomínio, evitando as paixões e os desejos, tudo aquilo que pode provocar sofrimento.
O período que se estende entre o século IV e o século XV, é marcado pelo predomínio absoluto da moral cristã. • Com o Renascimento houve uma mudança de paradigma, e nessa nova ordem pôde-se perceber a separação entre a razão e a fé. Essa separação fica ainda mais evidente quando, entre a Idade Média e a Modernidade.
Nicolau Maquiavel rompe com a moral cristã ao defender uma adoção de moral própria em relação ao Estado, provocando assim uma revolução ética. (Influenciou outros pensadores...mais à frente) 1469 - 1527
Desta forma, o homem recupera a razão • Descartes defendia a tendência de basear a filosofia no homem, que passa a ser o centro de tudo. 1596 - 1650
Baruch de Espinosa afirmava que os homens tendem naturalmente a pensar apenas em si mesmos. • John Locke atrela a tendência à conservação e satisfação à uma concepção de “felicidade pública”. 1632 - 1704
David hume defende que as nossas ações são, em geral, motivadas pelas paixões. 1711 - 1776
No século XVIII, surgiu na França o iluminismo, cuja grande obra foi a Enciclopédia dirigida por Jean Le Roud d’ Alembert (entre 1751 e 1754).
Jean-Jacques Rousseau concebe o homem como um ser bom por natureza. • Kant afirma que o homem só age moralmente quando, pela sua livre vontade, determina as suas ações com a intenção de respeitar os princípios que reconheceu como bons. 1712 - 1778 1724 - 1804
Friedrich Hegel afirma que a vida ética ou moral dos indivíduos, enquanto seres históricos e culturais, é determinada pelas relações sociais que mediatrizam as relações pessoais intersubjetivas 1770 - 1831
Karl Marx também via a moral como uma espécie de “superestrutura ideológica”, cumprindo uma função social, que via de regra, servia para sacramentar as relações e condições de existência de acordo com os interesses da classe dominante. 1818 - 1883
Nietzsche (1844-1900) é um critico veemente e mordaz. Para este autor o bem é tudo que favorece a força vital do homem, é tudo o que intensifica e exalta no homem o sentimento de poder, a vontade de poder e o próprio poder e o mal é tudo que vem da fraqueza.
Jeremy Bentham (1748-1832) e John Stuart Mill (1806-1873). Desenvolveram uma ética baseada no principio da utilidade.
Para Bertrand Russel (1872-1970) a ética é subjetiva, não contendo alternativas falsas ou verdadeiras.
Martin Heidegger (1889-1976) ética deve abandonar o moralismo superficial e o legalismo dos códigos de costumes e procurar encontrar a sua raiz na morada do próprio ser humano, podendo assim entender todos os comportamentos e costumes cotidianos de cada um.
Jean-Paul Sartre (1905-1980) dizia que a moral é uma criação do próprio homem que se faz a si próprio através das suas escolhas em cada situação.
Jürgen Habermas (1929) defende um ética baseada no diálogo entre indivíduos em situação de equidade e igualdade.
Podemos entender então que na ética há o permanente e o mutável. E que as teorias éticas nascem e desenvolvem-se em diferentes sociedades como resposta aos problemas resultantes das relações entre os homens.
REFERÊNCIAS • VARGAS, Angelo. Ética, ensaios sobre educação física, saúde social e esportes. 1ed. Rio de Janeiro: Lecsu, 2005