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2. Fonte:. Luiz Roberto Prudncio Jr., Concreto projetado. Concreto, Ensino, Pesquisa e Realizaes, So Paulo, Ed. Geraldo Cechella Isaia, IBRACON, 2005, pp.1227-1257.. 3. CONCRETO PROJETADO. Definio: concreto com dimenso mxi-ma de agregado superior a 4,8 mm, transportado por uma tubulao e p
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1. 1 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTAUNESP - Campus de Bauru/SPFACULDADE DE ENGENHARIADepartamento de Engenharia Civil 2151 – CONCRETOS ESPECIAIS
CONCRETO PROJETADO
Prof. Dr. PAULO SÉRGIO DOS SANTOS BASTOS
(wwwp.feb.unesp.br/pbastos)
2. 2 Fonte: Luiz Roberto Prudêncio Jr., Concreto projetado. Concreto, Ensino, Pesquisa e Realizações, São Paulo, Ed. Geraldo Cechella Isaia, IBRACON, 2005, pp.1227-1257.
3. 3 CONCRETO PROJETADO Definição: “concreto com dimensão máxi-ma de agregado superior a 4,8 mm, transportado por uma tubulação e projetado, sob pressão, em elevada velocidade, sobre uma superfície, sendo compactado simultaneamente.”
4. 4 É usado principalmente no revestimento de obras subterrâneas e taludes e no reparo de estruturas, por dispensar o uso de fôrmas e proporcionar grande velocidade nas opera-ções de lançamento e adensamento do concreto. CONCRETO PROJETADO
5. 5 Reflexão: relação em massa do concreto que não adere e a massa total lançada à superfície de projeção.
Isso faz com que o concreto aplicado difere do concreto que abasteceu a máquina de projeção.
Primeiro equipamento concebido em 1908, para construir réplicas de animais pré-históricos (museu em Chicago). CONCRETO PROJETADO
6. 6 Construído em 1912 um reservatório de água de 24 m de diâmetro (argamassa projetada).
Em 1947 surgiram primeiras máquinas a rotor, similar aos equipamentos atuais.
Surgiram primeiros equipamentos via úmida, onde o concreto é pré-misturado com água, e após é projetado. CONCRETO PROJETADO
7. 7 Evolução a partir de 1962: materiais e equipamentos.
Materiais: sílica ativa, metacaulim, fibras de aço e sintéticas (náilon e polipropileno), cimentos, aditivos aceleradores e redutores de água (plastificantes e super).
Equipamentos: automação (robôs) e siste-mas computadorizados. CONCRETO PROJETADO
8. 8 Via seca e Via úmida.
Via seca: aglomerante e agregados são misturados e lançados na máquina de projeção. A introdução da água ocorre no bico de projeção.
Via úmida: aglomerante, agregados e água são misturados previamente ao abasteci-mento na máquina de projeção. PROCESSOS DE PROJEÇÃO
9. 9 Equipamentos: máquinas a rotor.
Cimento e agregados são introduzidos na cuba, caem preenchendo uma câmara do rotor em movimento, recebe ar comprimido que a pressuriza. O material segue para o mangote.
Na ponta do bico é introduzida a água com aditivo, controlada pelo “mangoteiro”. Via Seca
10. 10 Ajuste de ar e água é empírico. Por isso exige-se “mangoteiro” experiente.
Distância do alvo: 1,5 m.
Ajuste da água: a maior quantidade possível (aumenta a resistência do concreto à compressão).
Motivo: melhor adensamento, que expulsa o ar e compensa maior relação a/c. Via Seca
11. 11 Projeção perpendicular ao alvo, para reduzir reflexão e aumentar compacidade do concreto.
Projeção com movimentos circulares ou pendulares. Via Seca
12. 12 Vantagens:
- projetar a longas distâncias da máquina (melhor abastecimento da máquina);
concreto mais resistente e compacto (melhor controle da água durante o processo de aplicação);
bom para revestimento primário devido à flexibilidade do processo. Via Seca
13. 13 Desvantagens:
- alto nível de reflexão (10 a 35 % paredes verticais, 20 a 50 % teto);
formação de poeira;
qualidade muito dependente da experiên-cia da mão-de-obra;
concreto tende a ser mais heterogêneo. Via Seca
14. 14 Dominante na Europa. Uso crescente no Brasil, devido ao aditivo superplastificante – concretos de grande compacidade e resistência à compressão (50 MPa).
Uso em revestimentos secundários de túneis devido à baixa reflexão (< 10 %) e alta produtividade com robôs.
Via Úmida
15. 15 Equipamentos: de fluxo denso e fluxo aerado.
Fluxo denso: bombas a pistão - concreto lançado na cuba é transportado dentro do mangote pela bomba. O ar comprimido e o aditivo são injetados no bico de projeção.
Comprimento do mangote de 80 a 100 m. Reflexão baixa: < 5 %. Via Úmida
16. 16 Fluxo aerado: bombas a rotor – difere do via seca apenas pelo concreto lançado na bomba ser plástico.
Permite via seca também.
Para não ocorrerem entupimentos e pulsações: mangotes com comprimento < 30 m, evitar curvas no percurso. Via Úmida
17. 17 Cimento: qualquer tipo. ARI muito utilizado no Brasil.
Cimentos muito finos podem ser benéficos na via úmida (maior coesão) e prejudiciais na via seca (reagem com a umidade da areia e o tempo de utilização diminui). Materiais
18. 18 Agregados: resistentes, limpos e não alongados.
ACI 506-R-90 indica três faixas granulo-métricas.
Dimensão máxima < 10, 12 e 19 mm. Graduação com 12 mm é a mais utilizada.
Via Úmida no Brasil: areia (MF = 2,4 a 3,2) e pedrisco com 9,5 mm. Materiais
19. 19 Aditivos: imprescindível.
Redutores na via úmida (teor de argamassa elevado – requer mais água).
Aceleradores na via seca e úmida para aplicação em paredes verticais e tetos. Resistência mais rápida para túneis. Materiais
20. 20 Moldada placa 60 x 60 x 16 cm para extração de cp testemunhos.
Ensaio de consistência pela agulha de Proctor – para controlar a consistência do concreto projetado. Feito imediatamente após a projeção do concreto, e em intervalos.
Determinação da evolução das resistências a baixas idades pelo penetrômetro de profun-didade constante Ensaios/Normas
21. 21 Determinação da evolução das resistências a baixas idades pelo penetrômetro de energia constante.
Diversas normas brasileiras – consultar. Ensaios/Normas
22. 22 Via seca: não é um concreto plástico, de modo que suas propriedades não depen-dem tanto de a/c, e sim mais da compacidade.
Via úmida: características muito seme-lhantes ao concreto convencional. a/c é fundamental. Métodos de Dosagem
23. 23 Dosar um concreto projetado é buscar o atendimento dos requisitos básicos de projeto – resistência à compressão e trabalhabilidade (consistência de proje-ção) – a um custo mínimo, sem, no entanto, esquecer as características exigidas pelo equipamento de projeção nem as do próprio processo, como a reflexão. Métodos de Dosagem
24. 24 Cinco etapas:
1) Composição dos agregados e definição do teor de argamassa ideal
a) determinar a proporção relativa entre areias (duas) e brita que melhor se enquadre nas faixas prescritas pelo ACI 506-R-90 (ver Quadro 1). Métodos de Dosagem – Via Seca
25. 25 b) projetar uma placa-teste, com equipamen-to e mão-de-obra reais, com traço piloto (1:4 – cimento:agregados), conforme NBR 13070 (1994).
Avaliar reflexão, textura superficial, determinar consistência pela agulha de Proctor (valores entre 2,5 e 5 MPa), determinar água/mat.secos por secagem em frigideira (NBR 13044, 1994). Métodos de Dosagem – Via Seca
26. 26 Se reflexão > 20 % (NBR 13354) ou textura muito grosseira, aumentar teor de argamassa e/ou quantidade de areia mais fina, e repetir tudo. Métodos de Dosagem – Via Seca
27. 27 2) Moldagem das placas para construção do diagrama de dosagem
moldar duas placas-teste com traços 1:3 e 1:5, com água/mat.secos constante;
extrair 3 cp testemunhos (D = 75 mm) por ensaio de resistência (7 e 28 dias).
Métodos de Dosagem – Via Seca
28. 28 3) Construção do diagrama de dosagem e determinação do traço preliminar
com resultados dos ensaios de resistência, construir o diagrama de dosagem. Métodos de Dosagem – Via Seca
29. 29 Fig. 8 Métodos de Dosagem – Via Seca