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O CONFLITO ISRAELO-PALESTINO. Região em foco. Mapa-múndi Político. Crédito: Cartesia/ID/ES. Crédito: Allmaps. Crédito: Allmaps. A região, com predominância de climas desérticos e com pouca presença de rios de grande porte, possui uma predisposição natural à escassez de água.
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Região em foco Mapa-múndi Político Crédito: Cartesia/ID/ES Crédito: Allmaps Crédito: Allmaps
A região, com predominância de climas desérticos e com pouca presença de rios de grande porte, possui uma predisposição natural à escassez de água. Crédito: Gilberto Rodrigues Sul de Israel, nas proximidades do mar Morto e do deserto de Negev, 1993.
Crédito: Gilberto Rodrigues/Mapa Fácil • Ao norte - Galileia e na faixa litorânea: ± 1.000 mm/ano. • A precipitação diminui quanto mais ao sul e a leste. O sul do deserto de Negev recebe uma média de 20 mm/ano (LONERGAN, S. C.; BROOKS, D. B. 1994). • Cisjordânia: 450-500 mm/ano (LONERGAN, S. C.; BROOKS, D. B. 1994).
Origem do Conflito • Tem como característica a participação de países de fora da região. • Interesses principalmente ocidentais (colonialismo, petróleo, posições estratégicas; lobbies) determinaram o desenrolar do conflito. • Historicamente não havia problemas entre judeus e árabes, muçulmanos ou cristãos; NÃO É UMA QUESTÃO RELIGIOSA. • O conflito não é restrito aos palestinos, mas também a outros países árabes/muçulmanos. • Ambos os povos buscavam o estabelecimento de seu Estado Nacional na região.
Ao final da Primeira Grande Guerra, o controle da Palestina passa das mãos do moribundo Império Otomano para a Inglaterra - Acordo Sykes-Picot. “Jogo duplo britânico”: Declaração Balfour (1917). Há um incremento na migração de judeus, embora em número bastante inferior ao momento entre guerras. A chegada de judeus à Palestina foi vista com bons olhos pelos palestinos, que viam o movimento sionista como um movimento nacionalista.
A chegada em massa de judeus: • Perseguição nazista; • Instaura uma situação conflituosa entre eles e os palestinos; e, simultaneamente, entre ambos e o Império Britânico; • Promoção de atentados e disputas territoriais violentas.
Conflito de interesses interno a um Império. Após o fim da 2ª Guerra, a Inglaterra abre mão de seu mandato na Palestina, possibilitando a criação do Estado de Israel. No momento da fundação do Estado de Israel, em 1948, já havia uma situação de conflito entre ambos os povos. 1948 – Guerra da Independência. Crédito: Gilberto Rodrigues/Mapa Fácil
A partir desse momento, diversas guerras ocorreram entre o Estado de Israel e os países árabes vizinhos. • Motivos diversos: • criação de um Estado palestino; • interesse de Israel de alcançar a “Eretz Israel”¹; • negação do direito de existência do Estado de Israel; • supremacia militar na região; • acesso a tecnologia nuclear; • interferência estrangeira; • acesso aos recursos hídricos. • 1. A Grande Israel Bíblica desejada pelos judeus, que compreendia uma área consideravelmente maior que o atual Estado de Israel.
Essas guerras por vezes ocorreram entre exércitos regulares (Seis Dias, Yom Kippur), ou entre o exército de Israel e milícias organizadas (Hamas, Hizbollah). • Guerra de Suez (1956) – Presença da França e da Inglaterra → controle do canal, resquícios de 1948, água. • Surgimento da OLP (1964). • Guerra dos Seis Dias (1967) – controle dos recursos hídricos; conquista de mais territórios (estratégicos: água, posicionamento). • Guerra do Yom Kippur (1973) – reconquista dos territórios (Sinai – Egito; Golã – Síria). • 1º Acordo de Camp David (EUA, 1970) – devolução do Sinai ao Egito; este reconhece Israel e permite o uso de Suez.
Invasão israelense no Líbano: expulsão da OLP; massacres de Sabra e Chatila. Controle militar do sul. • 1ª Intifada (verão de 1987) – insatisfação pela ocupação; água. • Surgimento do Hamas (1988). • 2ª Intifada (2000) – impasse no processo de paz; visita de Ariel Sharon à Esplanada das Mesquitas. • Retirada militar do sul do Líbano (2000). • 2ª Guerra do Líbano (2006) – “ataques do Hizbollah”. • Ataque a Gaza (2008/9) – “resposta aos ataques do Hamas”. • Há grande insatisfação com a ocupação ilegal e péssimas condições de vida (economia, emprego, educação etc.)
Principais Pontos de Discussão do Conflito • CRIAÇÃO OU NÃO DE UM ESTADO PALESTINO? • VIABILIDADE DE UM ESTADO BINACIONAL? • Status de Jerusalém • Refugiados • Colônias judaicas • Limites • Água
Crédito: Gilberto Rodrigues/Mapa Fácil • Guerra dos 6 Dias - altera consideravelmente o mapa da região propiciando a Israel um amplo controle dos recursos hídricos: conquista a Faixa de Gaza do Egito, a Cisjordânia da Jordânia e as Colinas do Golã dos Sírios, além do acesso ao rio Yarmouk.
Aqueduto Nacional – água desviada para Israel Foto esq.: 1950. Bomba acionada por trator na margem do Jordão, em Neot Mordechai, um kibbutz em Israel. Crédito: Israel Free Image Collection Project Foto dir.: 18/02/2006. Canal do “Nahalei Menashe Water Project”, em Israel. Crédito: Rick P./GFDL & CC 2.5 Crédito: Gilberto Rodrigues Fonte: Le Monde Diplomatique. Tradução: Gilberto Rodrigues É possível perceber que o acesso à água não foi desprezada nas decisões do Estado de Israel.
Outro assunto bastante controverso é o muro que Israel está construindo: • questões de segurança; • incorpora entre 7% e 9% do território da Cisjordânia; • definição unilateral das fronteiras? • anexa 370.000 colonos, 85% do total; Fonte: (www.nad-plo.org) • também anexa terras agricultáveis e dificulta o deslocamento de palestinos. A ONU calcula que aproximadamente 50.000 palestinos ficarão aprisionados no lado israelense. (Folha de S. Paulo, Caderno “Mundo”, 10/07/2007).
O controverso muro que separa Israel e Palestina visto por cima dos telhados do campo de refugiados palestinos em Aida, Belém (Cisjordânia). Dois terços das terras cultiváveis estão do lado ocidental do muro. Crédito: Joel Carillet/Istockphoto
As “incursões” ao território palestino se fazem, na maioria das vezes, nas áreas de exploração dos aquíferos, e também algumas vezes em áreas onde existem os poços de captação de água palestinos.
A Construção do Muro Crédito: David Mckee/Shutterstock
Acordos de Paz • Setembro de 1993 - Acordo de Oslo I – reconhecimento mútuo. • 1995 - Acordo de Oslo II: • extensão da autonomia palestina na Cisjordânia; • cria zonas de autonomia diferenciadas; • a ANP passa a ter maior influência nos assuntos relativos à água. • É criada a Joint Water Commitee (JWC). Este órgão é composto por um número igual de representantes de ambos os lados, e todas as decisões são tomadas por consenso do grupo.
Cúpula de Camp David (11 a 25 de julho de 2000). Y. Arafat, E. Barak e B. Clinton. • Pela proposta israelense aceita por Clinton, Israel anexaria 9,5% da Cisjordânia e alugaria, a “longo prazo”, 10% à margem do rio Jordão. E um “corredor” ligaria Jerusalém às margens do rio Jordão. Dessa forma, Israel controlaria todas as fronteiras do Estado palestino. Fonte: www.diplo.com.br
Perspectivas futuras • No momento, as perspectivas não são as melhores. • Deveria haver boa vontade política de ambos os lados. • A ONU e as grandes potências deveriam efetivamente trabalhar para uma paz justa e duradoura. Só assim, essa geração de líderes mundiais poderá se orgulhar (e obviamente capitalizar os dividendos políticos) de um feito que há muito se busca, a pacificação de uma das regiões mais belas e importantes, sob os mais variados pontos de vista, do mundo.