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Caracterização de Polímeros: Testes Simples. Prof. Dr. Fábio Herbst Florenzano. Caracterização de Polímeros. Natureza Química Monômeros Composição relativa (copolímeros) Grau de ligações cruzadas Funcionalidades Parâmetros macromoleculares Massa molar média Arquitetura Polidispersão.
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Caracterização de Polímeros: Testes Simples Prof. Dr. Fábio Herbst Florenzano
Caracterização de Polímeros • Natureza Química • Monômeros • Composição relativa (copolímeros) • Grau de ligações cruzadas • Funcionalidades • Parâmetros macromoleculares • Massa molar média • Arquitetura • Polidispersão
Natureza Química - monômeros • Testes simples • Aspecto e propriedades mecânicas • Queima • Teste de densidade • Solubilidade • Tm • Testes combinados
Natureza Química • Em geral usam-se técnicas espectroscópicas capazes de determinar os grupos químicos presentes nos polímeros • Essas técnicas produzem dados indiretos que permitem descobrir a estrutura química (elementos presentes, monômeros presentes, composição relativa, etc.) • Mais usadas: • Infravermelho: transições vibracionais • Ressonância magnética nuclear: absorção de núcleos sob forte campo magnético • Outras: análise elementar, espectroscopia UV/Vis, etc.
Ressonância Magnética Nuclear Fábio Herbst Florenzano EEL-USP
Técnicas espectroscópicas • Usam a interação da radiação com a matéria para determinar dados sobre a estrutura eletrônica, ligações químicas e outras. • O sinal lido pode ser: absorbância da radiação em diversos comprimentos de onda (espectro), intensidade da absorção, entre outros • No caso específico da ressonância magnética nuclear, usa-se a propriedade de alguns núcleos em ter seus spins alinhados quando submetidos a um campo magnético e, nesse situação, serem capazes de absorverem (e emitirem) fótons com frequência na faixa dos MHz.
Ressonância Magnética Nuclear • Técnica muito poderosa para a elucidação de estruturas de compostos orgânicos (e outros) • Na caracterização de polímeros é aplicada para: • Determinação e confirmação da estrutura • Determinação da composição de copolímeros • Determinação da massa molar média de polímeros pequenos • Determinação da tacticidade
Ressonância magnética nuclear • Aplicável para núcleos que têm momentos magnéticos não nulos (I≠0) • Se A e Z são pares, I=0 • Se ambos são ímpares, I=n+1/2 (n=0,1,2...) • Se A é par e Z ímpar: I=1,2,3... • Núcleos mais usados: 1H, 2H, 11B, 13C, 14N, 17O, 19F e 31P • Para os núcleos com número de spin fracionado, sob campo magnético, os núcleos precessam conforme a figura a seguir
Transições entre os níveis • A energia relativa à transição entre os níveis energéticos (ΔE=hν0) é baixa, sendo dependente do campo, mas mesmo nos equipamentos mais potentes essa transição é de cerca de 3,31E-25J, que está associada com fótons na região de ondas de rádio (~100 a 800MHz para o H, dependendo do campo magnético) • Há princípio todos os núcleos de um tipo átomo absorvem na mesma região (daí o jargão: “RMN de 500MHz”), porém, diferenças na densidade e forma dos orbitais eletrônicos podem interferir no campo magnético, causando pequenas diferenças na frequência de absorção
Deslocamentos químicos • Se a densidade eletrônica sobre o núcleo é alta, diz-se que ele está blindado e sua absorção se dará próxima da referência (0 ppm), o chamado campo alto. • Se a densidade eletrônica for baixa, diz-se que ele está desblindado e a absorção se dará em campo baixo (ppm alto). • No caso do H-1, a escala vai até ~10ppm • Para o C-13 até ~200ppm
Acoplamento spin-spin • Quando há hidrogênios não equivalentes ligados ao carbono adjacente (ou ao mesmo carbono) o sinal de RMN é desdobrado formando os chamados dupletos, tripletos, etc. • A origem desse efeito é a influência no campo magnético efetivamente “sentido” pelo núcleo causada pelos núcleos próximos. • A distância entre os picos múltiplos é medida pela constante de acoplamento, J.
Aplicação de RMN para polímeros • Em geral usa-se o H-1 ou o C-13 • No caso do H-1, mesmo em experimentos comuns, as áreas dos picos são proporcionais ao total de H equivalentes • Para o C-13 são necessárias condições especiais para que essa proporcionalidade seja mantida. Dessa forma a técnica se torna bastante útil • Aplicações em sólidos (que trazem informações diferentes e apresentam muitos obstáculos técnicos) são especialmente úteis para polímeros insolúveis, em particular baseados em silício (siliconas).
Determinação da massa molar média • Se o polímero apresentar um grupo química diferente na sua extremidade, a razão das áreas de um próton desse grupo com o de um próton da cadeia nos dá a massa molar média numérica
Algumas dicas de referências • http://teaching.shu.ac.uk/hwb/chemistry/tutorials/molspec/nmr1.htm • http://www2.chemistry.msu.edu/faculty/reusch/VirtTxtJml/Spectrpy/nmr/nmr1.htm • http://users.encs.concordia.ca/~woodadam/GCH6101/NMR%20examples.pdf • Solomons, T.W. e Fryhle, C.B. Química Orgânica. 9ª ou 10ª edição.