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GÊNERO DRAMÁTICO. Drama , em grego, significa "ação". Ao gênero dramático pertencem os textos, em poesia ou prosa, feitos para serem representados. Nesse gênero, o elenco representa um papel fundamental, uma vez que não há a presença de um narrador.
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Drama, em grego, significa "ação". Ao gênero dramático pertencem os textos, em poesia ou prosa, feitos para serem representados. Nesse gênero, o elenco representa um papel fundamental, uma vez que não há a presença de um narrador. As duas principais formas compreendidas pelo gênero dramático são: * A tragédia: é a representação de um fato trágico, suscetível de provocar compaixão, terror e alívio (esse alívio recebe o nome de catarse) * A comédia: é a representação de um fato inspirado na vida e no sentimento comum, de riso fácil, em geral criticando os costumes.
ALGUNS CONCEITOS ato: são os momentos de uma obra correspondentes a tudo o que acontece em um mesmo período (uma manhã, um dia, uma semana, etc) cena: indicada pelas entradas e saídas dos personagens ou pela mudança de cenário didascália ou rubrica: instruções relativas à representação teatral, elaboradas pelo autor dramático e dadas aos atores que representam as obras; vêm em itálico e/ou entre parênteses
Um exemplo de texto pertencente ao gênero dramático: ROMEU E JULIETA Ato I Cena V (Um salão em casa de Capuleto; a família de Julieta está dando um grande baile. Músicos esperam. Entram criados.) (Entram Capuleto, Julieta e outras pessoas da casa, que se encontram com hóspedes e mascarados.) CAPULETO — Cavalheiros, bem-vindos. As senhoras que não sofrerem no dedão de calos hão de dançar convosco. Olá, senhoras! Qual de vós há de agora recusar-se a dar uma voltinha? A que mimosa se mostrar por demais, faço uma aposta em como terá calos. Como! Agora ficamos juntos? Sede aqui bem-vindos, meus senhores! Já vi também os dias em que punha uma máscara e sabia cochichar uma ou duas palavrinhas nuns ouvidos bonitos. E agradavam! Mas já lá vai o
duas palavrinhas nuns ouvidos bonitos. E agradavam! Mas já lá vai o tempo... Tudo passa. Sois bem-vindos, senhores. Vinde, músicos! Tocai logo! Licença! Abri caminho... Com licença! Meninas, ligeireza! (Música e dança.) Mais luz, marotos! Arrastai as mesas e apagai esse fogo, que está muito quente aqui dentro. Ah! essas brincadeiras inesperadas chegam sempre a tempo. Sim, sentai-vos, sentai-vos, caro primo Capuleto; nós dois já não estamos na idade de dançar. Há quanto tempo deixamos de pôr máscara?
O teatro grego se se originou e se desenvolveu a partir das festas dedicadas ao deus Baco/Dionísio. Essas festas incluíam espetáculos de mímica, dança, música, poesia etc. A encenação das peças era feita exclusivamente por homens, responsáveis por representar tanto os personagens masculinos quanto os femininos; esses atores usavam máscaras. A pólis mais importante, culturalmente falando, era Atenas. Lá viveram os maiores pensadores e artistas do mundo grego. No período clássico, o teatro tornou-se uma manifestação artística independente, embora os principais temas permanecessem ligados à religião e à mitologia. As duas formas básicas do drama teatral foram a tragédia e a comédia. A seguir, temos dois exemplos de peças, pertencentes à tragédia e à comédia, respectivamente.
Édipo Rei (Sófocles) Laio e Jocasta, rei e rainha de Tebas, recebem de um oráculo a profecia de que seu filho iria, um dia, matar o pai e se casar com a mãe. Tentando evitar tamanha tragédia, Laio manda que um pastor leve seu pequeno bebê às montanhas e o mate. O pastor, porém, tem pena do menino e o entrega aos reis de Corinto. Anos se passam; Tebas é atormentada por uma esfinge devoradora de homens. Chega à cidade um jovem chamado Édipo, que desvenda o enigma da esfinge e a derrota. Como prêmio, casa-se com Jocasta, a rainha, que havia ficado viúva. Laio, seu finado marido, havia sido morto na estrada por um forasteiro desconhecido.
Mais alguns anos se passam; Tebas novamente vive um período de desgraças. O deus Apolo informa aos cidadãos que o assassino do velho rei vive entre eles, e que esse é o motivo da vida ruim que levam. O rei Édipo, furioso, procura a todo custo descobrir quem matou Laio; acaba descobrindo que foi ele mesmo, que, na ocasião, pensou que Laio pertencesse a uma caravana de malfeitores. A tragédia não para por aí: Édipo também descobre que é o filho de Laio e Jocasta – aquele bebê que foi abandonado à morte. Desesperada por ter sido esposa do próprio filho, Jocasta se suicida, e Édipo, para não mais ver qualquer coisa desse mundo, cega-se.
Comentário Édipo Rei é uma das mais famosas peças do teatro grego, dentro das tragédias. Mostra o quanto o homem está sujeito ao seu próprio destino – Laio e Jocasta tentaram evitar que o pior acontecesse, mas, sem querer, tudo aconteceu do mesmo jeito! A ideia do filho que se envolve com a mãe deu origem, posteriormente, a uma teoria da psicanálise de Freud, denominada complexo de Édipo.
Lisístrata (Aristófanes) Na época em que essa peça foi escrita, Atenas atravessava um duro período de guerra – a Guerra do Peloponeso. Havia sido abandonada por seus aliados e era cercada pelas tropas espartanas. A peça faz uma crítica humorada ao combate. Para acabar com a disputa, a personagem Lisístrata reúne, em Atenas, um plenário de mulheres que decidem fazer greve de sexo e ocupar a Acrópole, onde estava depositado o tesouro ateniense que sustentava o conflito. Um grupo de velhos tenta expulsar da Acrópole as mulheres em luta, enquanto que um comandante militar ensaia, em vão, a prisão de Lisístrata, protegida pelo restante das mulheres. No diálogo entre o comandante e Lisístrata, temos argumentos do
No diálogo entre o comandante e Lisístrata, temos argumentos do tipo “as mulheres são melhores do que os homens para resolver conflitos”, ou “lugar de mulher é dentro de casa”. Ao final, a vitória é das mulheres, uma vez que Atenas e Esparta selam um acordo de paz.
Comentário Lisístrata se destaca justamente por seu tema atual, mesmo tendo sido escrita há tanto tempo: a guerra dos sexos. Neste caso, como vimos, a vitória é dada ao lado feminino. Afinal, a “arma” escolhida pelas mulheres foi bastante apelativa; não deixa de ser engraçado pensar que já no século V a.C. se pensava em greve de sexo.
O Renascimento foi um movimento que abrangia praticamente todas as artes, como a arquitetura, a pintura, a escultura, a música e a literatura. Dentre as principais características estão a racionalidade, a exaltação do homem (não mais de Deus) e a utilização das artes greco-romanas. Esse movimento nasceu na Itália, onde teve representantes como Michelangelo e Leonardo Da Vinci, e se espalhou por toda a Europa. Na Inglaterra, um dos principais nomes é William Shakespeare, famoso dramaturgo, leitor dos clássicos greco-latinos, que escreveu um vasto número de tragédias, comédias e dramas históricos. Alguns deles são:
* Sonho de uma noite de verão (C) * A megera domada (C) * Romeu e Julieta (T) * Otelo (T) * Hamlet (T) * Macbeth (T)
Romeu e Julieta É provavelmente a peça mais famosa de Shakespeare – se não for a peça mais famosa de todas. Narra a história das famílias rivais Montecchio e Capuleto (famílias de Romeu e Julieta, respectivamente); os dois jovens dessas famílias se conhecem durante um baile de máscaras e se apaixonam perdidamente. Romeu acaba se envolvendo numa briga e é banido de Verona (cidade onde vivem). Julieta, então, arquiteta um plano: toma uma substância que a faz parecer morta durante três dias; sua família deveria enterrá-la, e nesse meio tempo, Romeu viria buscá-la e os dois viveriam felizes para sempre. Ela manda uma carta para Romeu contando sobre o plano, mas... a carta não chega, e Romeu acredita que sua amada está realmente morta. Vai até o túmulo dela e toma um veneno poderoso; quando dá seus suspiros finais, Julieta
toma um veneno poderoso; quando dá seus suspiros finais, Julieta acorda, apenas em tempo de os amantes se olharem por um brevíssimo momento. A moça, desconsolada, crava um punhal em seu peito e vai ao encontro do amado na outra vida. Um amor intenso (exagerado, até) termina em tragédia, e as duas famílias selam a paz, em nome das mortes inúteis. OBS: o trecho desta peça já foi colocado no início, como exemplo de ATO, CENA e DIDASCÁLIA
A megera domada Conta a história de Catarina, uma mulher que não pretende se submeter aos homens em função do casamento, Com sua língua ferina, afasta todos os pretendentes, deixando desesperada sua irmã - Bianca - que precisa esperar a primogênita se casar para poder também escolher um de seus muitos pretendentes. Até que surge Petrucchio, um fidalgo de Verona, porém grosseirão, disposto a tudo para conquistar o dote de Catarina. Cheia de reviravoltas, a peça discute amor, casamento, interesse e desnuda as tradições que até hoje são tema de discussões de casais. para conquistar o dote de Catarina. Cheia de reviravoltas, a peça discute amor, casamento, interesse e desnuda as tradições que até hoje são tema de discussões de casais. CURIOSIDADE: essa peça já foi adaptada para o cinema, no filme Dez coisas que eu odeio em você, e para a televisão, na novela O cravo e a rosa.