A AGRICULTURA E A PECUÁRIA

1. De que modo a A AGRICULTURA E A PECUÁRIA interferem na qualidade e disponibilidade de recursos hídricos?

2. Agricultura e Pecuária - Escassez de recursos hídricos - muitas fontes naturais de água se esgotaram pelo mau uso e manejo incorreto.

3. - A atividade agropecuária, quando mal planejada, é uma das principais atividades que causam degradação intensa das águas, sejam superficiais ou subterrâneas;

4. - Aumento na produtividade - colheitas fartas e novas tecnologias propiciaram o domínio de áreas pouco exploradas; - Impactos: perda de biodiversidade e a exaustão de vários cursos d’água por assoreamento, além de contaminação;

5. - São variadas as formas de degradação dos recursos hídricos pelas atividades agropecuárias mal planejadas, associadas a desmatamentos em locais inadequados. Ex: • Bacia do Alto Paraguai - regiões de Cerrado (borda leste do Pantanal) muito utilizadas para a atividade agropecuária; • Uso intensivo do solo + manejo inadequado >>> potencializam um processo natural de erosão e assoreamento dos cursos de água do próprio planalto, afetando os rios do Pantanal;

6. O uso imprudente de agrotóxicos; • Existem produtos menos agressivos no mercado, mas são produtos mais caros, conseqüentemente, menos consumidos; • No Mato Grosso do Sul o problema se agrava, com o contrabando de agrotóxicos de procedência duvidosa é facilitado, devido área fronteiriça com Bolívia e Paraguai;

7. Fiscalização e o monitoramento >>> são precários na maioria dos Estados brasileiros; • Apesar da evolução das técnicas de produtividade, o uso de produtos químicos (agrotóxicos, adubos) é um dos mais sérios fatores de deteriorização da qualidade dos recursos hídricos;

8. Algumas áreas agrícolas estão sendo completamente substituídas pela lavoura mecanizada, com predomínio de monocultura de soja e algodão;

9. Muitos proprietários avançam com as plantações sobre a vegetação nativa presente nos brejos, buritizais e cabeceiras dos córregos, via desmatamento e drenagem, causando desequilíbrios tais como o assoreamento, morte de nascentes e perda de habitats;

10. Nascentes são utilizadas de forma indiscriminada - se represadas, altera-se completamente a dinâmica de alimentação de córregos e rios, diminuindo a água disponível; • Quando o fluxo é interrompido ou diminuído em alguns cursos de água, as propriedades localizadas rio abaixo são muito prejudicadas;

11. O Pantanal é uma planície sedimentar com predominância de campos inundáveis, que tem como principal atividade econômica a criação extensiva de bovinos de corte;

12. - Antigamente, a alimentação dos bovinos era totalmente sustentada pelas forrageiras nativas; - Um dos principais fatores limitantes da pecuária, é a baixa qualidade e disponibilidade das pastagens nativas;

13. - A introdução de espécies de gramíneas exóticas, com a finalidade de aumentar a oferta alimentar, pode interferir no equilíbrio ambiental, um dos grandes desafios é aliar a conservação ao aumento da produtividade;

14. - Quantos hectares de vegetação nativa estão sendo desmatados para cultivo de pastagens exóticas? Cynodon sp.

15. - É preciso uma outra forma de convívio e cultivo dos solos; - Agricultura alternativa - termo genérico para vários sistemas diferentes de práticas agrícolas: agriculturas orgânica, biodinâmica e biológica; agrofloresta; permacultura;

16. Sistemas agroflorestais: são sistemas e tecnologias de uso do solo nos quais as espécies lenhosas perenes (árvores, arbustos, palmeiras, etc) são utilizadas no mesmo sistema de manejo de culturas agrícolas e/ou produção animal. Combinam produção com conservação dos recursos naturais;

17. Sistemas agroflorestais - Atendem várias necessidades dos produtores (alimento, madeira, lenha, forragem, plantas medicinais e fibras) e auxiliam na conservação dos solos, microbacias, áreas florestais, da biodiversidade, entre outros; - São praticados da maneira mais integrada possível com o ambiente natural, onde tentam proporcionar um rendimento sustentável ao longo do tempo;

18. Sistemas agroflorestais privilegiam não só ganhos financeiros, mas buscam também conciliar o aspecto socioeconômico com o ambiental, para que esses ganhos tenham sustentabilidade ao longo dos anos.

19. Então??? Deve-se deixar de produzir? NÃO! A questão não é esta! • O que deve ser feito é, basicamente: • Respeitar as leis ambientais: manter a reserva legal; não desmatar encostas, nascentes e mata ciliar (cuja largura deve ser de, no mínimo, 30 metros, dependendo do rio) • Conservar os solos; • Recuperar as áreas degradadas / tratar os solos, em vez de desmatar novas áreas.

20. Considerar que a pecuária também demanda atividade agrícola: • - cuidado na conservação de pastagens; • - recuperação / conservação dos solos; • - terraceamento. É POSSÍVEL CONCILIAR AGRICULTURA E PECUÁRIA COM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL!

21. Pesquisa bibliográfica e edição desta apresentação feita por Simone Alves da Cunha estagiária da disciplina de Prática de Ensino de Biologia/2007 da UFMS, como atividade curricular e para o projeto Pé na Água

22. Concepção do projeto • Synara Broch – Especialista em Recursos Hídricos / ABRH • Paulo Robson de Souza – Prof. de Prática de Ensino de Biologia / UFMS • Elisabeth Arndt – Especialista em Recursos Hídricos / SEMAC-MS • Yara Medeiros –Jornalista • Allison Ishy – Jornalista Em atendimento ao Edital CT-HIDRO/MCT/CNPq nº 15/2005

23. Realização (equipe técnica) • Paulo Robson de Souza – Biólogo (Coordenação Geral) • Synara Broch – Especialista em Recursos Hídricos (Coordenação Técnica) • Yara Medeiros – Jornalista (Coordenação de Comunicação) • Elidiene Priscila Seleme – Bióloga (Bolsista CNPq, Coordenação das oficinas, organização do CD-ROM) • Ana Claudia Delgado Bastos Braga – Engenheira Sanitarista (Bolsista CNPq, pesquisa) • Allison Ishy – Jornalista (Organização da cartilha) • Diego Correia – Cientista Social (Bolsista CNPq, pesquisa) • Elisabeth Arndt – Engenheira Agrícola/ Especialista em Recursos Hídricos (organização do CD-ROM) • Vali Joana Pott – Botânica (levantamento florístico / colaboração) • Angela Sartori – Botânica (palestra sobre Chaco / colaboração) • Lidimila Tadei, Lucas Pestana, Natasha Penatti, Simone Alves da Cunha – bolsistas de extensão UFMS 2007 • Paulo Moska – ilustrador • Marcelo dos Santos – design e programação do CD-ROM • Karina Rébulla Laitart, Flávia Accetturi, Luis Eduardo Lescano, Gabriel Delgado – coletas botânicas e apoio logístico / colaboração • Estagiários de Prática de Ensino de Biologia UFMS 2007

24. CIDEMA SEMAC - MS SED - MS IBAMA - MS REDE AGUAPÉ EMBRAPA WWF Brasil ECOA – Ecologia e Ação REDE DE SEMENTES DO PANTANAL Autores dos capítulos do livro Pé na Água Parceiros

25. Prefeituras / Secretarias de Educação e de Meio Ambiente dos municípios brasileiros da Bacia: Antônio João, Bela Vista, Bonito, Caracol, Jardim, Ponta Porã e Porto Murtinho Marinha do Brasil – Porto Murtinho Rádios e ONGs locais Professores(as) das oficinas realizadas nos sete municípios Parceiros / apoio local Apoio Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Estudantis

26. Contatos www.redeaguape.org.br/penaagua E-mail: penaagua@gmail.com (coordenações) paulorobson.souza@gmail.com (coordenação geral) Telefone: (67) 3345 7329 (UFMS) 9218 4853 (Yara) Laboratório de Prática de Ensino de Biologia Departamento de Biologia Centro de Ciências Biológicas e de Saúde Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Campus Universitário, s/n. Caixa Postal: 549 CEP: 79070-900

27. Atenção Esta apresentação foi preparada exclusivamente para uso em sala de aula. O projeto Pé na Água não detém o direito de utilização de mapas, ilustrações e fotografias utilizadas nesta apresentação, obtidas na internet, exceto as produzidas pela própria equipe do projeto. Para sua utilização em outros materiais ou veiculação em qualquer meio (eletrônico ou impresso), os autores ou os detentores dos direitos autorais devem ser formalmente consultados pelo(a) interessado(a).