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A ESCREVER BEM É QUE A GENTE SE ENTENDE

Escola Secundária de Pedro Nunes. A ESCREVER BEM É QUE A GENTE SE ENTENDE. Apresentação no âmbito da disciplina de Língua Portuguesa Ensino Básico. Professora : Maria do Rosário Silva. A escrever bem é que a gente se entende…. Hoje, falamos do texto escrito.

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A ESCREVER BEM É QUE A GENTE SE ENTENDE

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Presentation Transcript


  1. Escola Secundária de Pedro Nunes A ESCREVER BEM É QUE A GENTE SE ENTENDE Apresentação no âmbito da disciplina de Língua Portuguesa Ensino Básico Professora : Maria do Rosário Silva

  2. A escrever bem é que a gente se entende… Hoje, falamos do texto escrito. Vamos dar especial atenção à construção da Frase e à Pontuação.  Os problemas em estudo encontram-se em frases retiradas de trabalhos, realizados no âmbito de actividades de escrita em aula, com o tema Da Imagem à Palavra, 9º Ano  Terminologia da Nova Gramática do Português Contemporâneo. CUNHA, Celso e CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa, Edições João Sá da Costa, 1997 (13.ª edição).

  3.  UmJogo A escrever bem é que a gente se entende… Criar um frase com estas palavras: Pedro Livro Amigo Tempo: 3 minutos

  4. A escrever bem é que a gente se entende… Exemplos: O Pedro deu o livro ao João. O Pedro e o João leram um livro. O livro do João e do Pedro é interessante. Eu pedi o livro ao João e ao Pedro. O João roubou o livro ao Pedro. O Pedro e o João pintaram o livro.

  5. A escrever bem é que a gente se entende… Verificámos que: 1. Podemos combinar os substantivos (“Pedro”, “Livro” e “Amigo”) de muitas maneiras. Quando estamos a combinar palavras, estamos a formar frases. Assim, uma frase bem construída é aquela em que as frases estão combinadas de uma determinada forma.

  6. A escrever bem é que a gente se entende… 2. Os verbos são as palavras que estabelecem ligações entre os substantivos. Ex.: O Pedro e o Joãoleram um livro. SubstantivosVerboSubstantivo Existem, evidentemente, outras palavras que estabelecem aquelas ligações (ex. conjunções), mas o verbo é a mais importante porque constitui o predicado da frase.

  7. A escrever bem é que a gente se entende… Elementos principais da frase: Sujeito o ser sobre o qual dizemos alguma coisa. Predicado aquilo que afirmamos sobre o sujeito. O Pedro e o Joãoleram um livro. SujeitoPredicado Quem faz alguma coisa; O que afirmamos sobre o sujeito, neste caso, é um sujeito isto é, sobre o Pedro e o João. composto porque tem mais de um substantivo. Eupedi o livro ao João e ao Pedro. SujeitoPredicado

  8. A escrever bem é que a gente se entende… Podemos definir “frase” como uma combinação de palavras por meio da qual fazemos afirmações sobre alguma coisa. • Quando escrevemos um texto, dizemos algo sobre alguma coisa, de forma mais ou menos desenvolvida. Por isso, a frase é o elemento essencial de um texto. • A palavra “texto” deriva etimologicamente da palavra latina textum (“tecido”, “pano”).  Enquanto conjunto de frases, um texto deve ter um significado que lhe confira unidade. Assim, as frases são como partes do tecido que se devem juntar…

  9. A escrever bem é que a gente se entende… • Com o objectivo de entendermos algumas regras para combinar correctamente as palavras, vamos ver exemplos de frases com alguns problemas. • Iremos falar também de ortografia e pontuação. A ortografia é a parte da gramática que ensina a escrever correctamente as palavras. Os sinais de pontuação são muito importantes para se perceber o que queremos dizer na nossa frase ou no nosso texto.

  10. A escrever bem é que a gente se entende… Primeiro Exemplo No caso da minha imagem revela muito que pensar […]. O problema desta frase está na ligação entre estas duas partes: «No caso da minha imagem» e «revela muito…»  “Revelar” é um verbo transitivo (exige complemento directo) e exige um sujeito (ou seja, alguém que revela alguma coisa). «No caso da minha imagem» não pode ser sujeito  começa com uma preposição («em» + «o» = «no»). O sujeito da frase teria de começar por um artigo. Vejamos

  11. A escrever bem é que a gente se entende… Segundo Exemplo Como se pode ver ideias para esta imagem estão postas organiza-las é mais complicado.  Esta frase tem vários problemas de sintaxe e pontuação. Uma proposta de correcção seria: Como se pode ver, existem muitas ideias sobre esta imagem. O mais complicado é organizá-las. O que fizemos: A – Acrescentámos uma vírgula (depois de «Como se pode ver», porque é uma expressão explicativa, cujo sentido não é essencial para a frase); B – Dividimos a frase em duas, com ponto final. Esta é uma boa forma de evitar erros: fazer frases mais simples. C – Acentuámos a palavra «organiza-las»  «organizá-las»

  12. A escrever bem é que a gente se entende… Terceiro Exemplo Passado meses a torre nem parecia a mesma, estava toda pintada e arranjada, a ordem de fechar a torre já tinha sido cancelada. Uma proposta de correcção seria: Passados meses, a torre nem parecia a mesma: estava toda pintada e arranjada e a ordem de a fechar já tinha sido cancelada. O que fizemos: A – Colocámos o particípio passado o verbo no plural: «passados» B – como a parte que se inicia em «estava» é uma explicação, introduzimos aí um sinal de pontuação (:). Poderíamos também colocar um travessão. C – Introduzimos um pronome pessoal: «ordem de a fechar».

  13. A escrever bem é que a gente se entende… Quarto Exemplo Passada uma hora todos se reuniram perto dos barcos, quando se viraram dão com a porta da pobre casa arrombada. Uma proposta de correcção seria: Passada uma hora, todos se reuniram perto dos barcos. Mas, quando se viraram, deram com a porta da pobre casa arrombada. O que fizemos: A – Acrescentámos uma vírgula depois de «hora»; «Passada uma hora» é uma especificação do tempo, que deve vir separada do resto da frase. B – Formámos duas frases, acrescentando a conjunção adversativa «mas» (porque há uma ideia de oposição entre dois ambientes, que cria o suspense da história). C – Mudámos o verbo «dar» para o pretérito perfeito.

  14. A escrever bem é que a gente se entende… Quinto Exemplo Estas mãos juntinhas vão sempre a algum lado, pode ser uma mãe ou um pai a levar o seu filho a uma festa de anos de algum amigo da escola, talvez um avô a dar a conhecer ao seu neto os seus amigos de longa data. Uma proposta de correcção seria: Estas mãos, juntinhas, vão sempre a algum lado: pode ser uma mãe ou um pai a levar o seu filho a uma festa de anos de algum amigo da escola, ou talvez um avô a dar a conhecer os amigos de longa data ao seu neto. O que fizemos: A – Para destacar o facto de serem mãos que estão bem juntas, podemos colocar a palavra «juntinhas» entre vírgulas (na leitura, esse aspecto deve ser realçado pela entoação). B – Substituímos, depois da palavra «lado», a vírgula pode dois pontos C – Invertemos a ordem da frase depois de «avô, para não repetir o possessivo «seus».

  15. A escrever bem é que a gente se entende… Sexto Exemplo Á medida que os anos foram passando, Maria foi perdendo a prática de tocar e começou a sentir dores nos ossos das mãos, e teve de deixar de tocar. Uma proposta de correcção seria: À medida que os anos foram passando, Maria foi perdendo a prática e começou a sentir dores nos ossos das mãos. Isto levou-a a deixar de tocar. O que fizemos: A – Mudámos o acento na preposição (a), de agudo (´) para grave (`). B – Dividimos a frase em duas. C – Para não repetirmos o verbo “tocar”, colocámo-lo apenas na segunda frase. Lendo as duas, percebemos que, na primeira, nos referimos à prática de tocar.

  16. A escrever bem é que a gente se entende… Sétimo Exemplo Ficou triste, porque embora não o conhecesse e fosse muito comum que as pessoas chocassem, ainda por cima num eléctrico cheio, ele parecia ser simpático, e agora, iria ser difícil voltar a vê-lo. Uma proposta de correcção seria: Ficou triste porque, embora não o conhecesse e fosse muito comum que as pessoas chocassem, ainda por cima num eléctrico cheio, ele parecia ser simpático e, agora, iria ser difícil voltar a vê-lo O que fizemos: A – Retirámos a vírgula colocada antes do último «e». B – Acrescentámos uma vírgula antes do advérbio de tempo «agora». Se colocamos uma vírgula depois de um advérbio, temos de colocar outra antes: assim, o advérbio fica isolado do resto da frase, tendo C – Para não repetirmos o verbo “tocar”, colocámo-lo apenas na segunda frase. Lendo as duas, percebemos que, na primeira, nos referimos à prática de tocar.

  17. A escrever bem é que a gente se entende… Oitavo Exemplo O avõ dela tinha desaparecido à um ano atrás; não se sabe o que lhe aconteceu, desapareceu do nada. Uma proposta de correcção seria: O seu avô tinha desaparecido há um ano atrás; não se sabe o que lhe aconteceu, desaparecera do nada. O que fizemos: A – Substituímos o til pelo acento circunflexo na palavra «avô». B – Substituímos a contracção (à) pelo verbo haver (há). Usamos o verbo porque está em causa a ideia de tempo. A expressão responde a uma pergunta do tipo: há quanto tempo…? C – O verbo no pretérito perfeito foi substituído pelo mais-que-perfeito simples («desaparecera»).  Recordemos que a forma composta é «tinha desaparecido»

  18. A escrever bem é que a gente se entende… Nono Exemplo Já faz muito tempo que a terra anda em crise, não só pelo facto de haverem muitos desastres naturais mas como também desastres provocados pelo o Homem. Uma proposta de correcção seria: Já há muito tempo que a Terra anda em crise. A situação deve-se ao facto de haver não só muitos desastres naturais como também desastres provocados pelo Homem. O que fizemos: A – Substituímos a expressão «fazer tempo» por «haver tempo» B – Dividimos a frase em duas e, na segunda, colocámos a expressão copulativa (não só… mas também) ligada ao verbo «haver», porque está mais correcto do ponto de vista lógico (são dois factos que existem e concorrem para o mesmo). C – «Haverem» passou a «haver». Porque é um verbo impessoal, com o sentido de existir ou de acontecer, «haver» fica na 3.ª pessoa/singular. C – Retirámos o artigo antes de »Homem»

  19. A escrever bem é que a gente se entende… Décimo Exemplo Gostei muito desta visita, mas podia ser melhor, pois como sabes, fui sozinho e por vontade própria, e por isso mesmo, cada vez mais, acho que sou diferente dos outros meninos da minha idade… Uma proposta de correcção seria: Gostei muito desta visita, mas podia ter sido melhor. Como sabes, fui sozinho e por vontade própria, o que me faz pensar, cada vez mais, que sou diferente dos outros meninos da minha idade. O que fizemos: A – Substituímos o verbo ser no infinitivo («ser») pelo infinitivo composto («ter sido») porque a acção é narrada no pretérito. B – Dividimos a frase em duas. Retirámos a conjunção explicativa «pois» uma vez que, pelo seguimento, entendemos que a segunda frase é uma explicação da afirmação da primeira (o nosso leitor entende isso). C – Retirámos a expressão «por isso», introduzindo uma oração relativa que estabelece relação de consequência (é porque vou sozinho que penso…)

  20. Há quem diga que a pintura de Vieira da Silva representa a nossa forma de pensar, porque existe nela uma mistura de confusão e harmonia. De facto, se o pensamento não funciona de forma linear, a escrita é a nossa tentativa de o organizar, e de comunicarmos as nossas ideias aos outros.

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