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PROJETO LITERÁRIO DA PROSA ROMÂNTICA. ROMANCE URBANO Representação dos costumes da elite burguesa. Divulgação de valores morais. Consolidação da identidade nacional . ROMANCE INDIANISTA Narrativas que remetem ao passado histórico e o processo de constituição do povo brasileiro.
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PROJETO LITERÁRIO DA PROSA ROMÂNTICA • ROMANCE URBANO • Representação dos costumes da elite burguesa. • Divulgação de valores morais. • Consolidação da identidade nacional. • ROMANCE INDIANISTA • Narrativas que remetem ao passado histórico e o processo de constituição do povo brasileiro. • Escolha do índio como representante do povo americano. • Protagonistas apresentam características da natureza brasileira.
ROMANCE REGIONALISTA • Formação de identidade nacional. • Revelação do Brasil para os brasileiros. • Apresentação dos tipos e costumes regionais.
GABARITO PROSA ROMÂNTICA
TEXTO I - Verdes mares 1. a) O primeiro capítulo narra, na verdade, os momentos finais da história; Iracema já morreu e o jovem guerreiro português, Martim, parte na jangada com o filho, Moacir. b) O Ceará, terra do exílio para o português Martim. c) Porque perdeu a amada, Iracema, morta antes. 2. a) A expressão “verdes mares” é repetida no início das duas primeiras frases, e a expressão “onde vai”, no início da quarta e da quinta. b) “Serenai, verdes mares, e alisai docemente a vaga impetuosa”, “afoita jangada”; “airoso barco”. c) As seis primeiras frases do texto têm extensão semelhantes.
TEXTO II 1. “[...] tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira”. “Mais rápida que a ema selvagem” [...], “O favo da jati não era doce como seu sorriso nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado”. 2. Todas as comparações utilizam elementos da natureza com referência. 3. Iracema é posta num cenário natural de grande beleza, estando perfeitamente integrada nesse meio, pois a própria natureza parece rodeá-la de cuidados e carinhos: “Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica, mais fresca do que o orvalho da noite. Os ramos da acácia silvestre esparziam flores sobre os úmidos cabelos”. Até com os animais parece haver uma integração total: “concerta com o sabiá da mata, pousado no galho próximo, o canto agreste.” Ela é uma perfeita “filha das florestas”, com diz Martim nesse primeiro contato. 4. Sim. O gesto de reconciliação com Martim e arrependimento por tê-lo ferido sem motivo revelam a nobreza de caráter de Iracema.
5. Ficamos sabendo de algumas de suas características físicas: branco, olhos azuis. E temos também uma ideia de seu caráter, por ter controlado sua reação contra Iracema ao ser ferido por ela. Além disso, ele não esconde o fato de ser inimigo da tribo de Iracema: “Venho das terras que teus irmãos já possuíram, e hoje têm os meus”. 6. Em Martim, temos o conquistador branco, representante da civilização europeia; em Iracema, temos a inocência do indígena, símbolo das terras virgens da América. 7. Não. Embora o texto valorize o elemento nativo, o autor não revela uma posição antilusitana, pois em nenhum momento deprecia a imagem do personagem português.
TEXTO III - Marido comprado 1. O crime cometido foi ter comercializado o amor e o casamento, degradando-se moralmente. A sociedade não punia esse tipo de conduta porque o tolerava (ou até mesmo incentivava), não o considerava um crime. 2. a) A esperança de que Fernando recusasse a proposta de casamento por dinheiro. b) Essa recusa aos olhos de Aurélia, teria o valor de uma retratação moral, deixando-a, assim, livre, para declarar seu amor por ele. 3. Fernando matou o “coração” de Aurélia, isto é, sua possibilidade de amar e ser amada. Casando-se com ele, ela o pune, fazendo-o viver ao lado de um cadáver, isto é alguém com um coração morto. “Quando a recebi [a herança], já conhecia o mundo e suas misérias; já sabia que a moça rica é um arranjo e não uma esposa”, com tal frase , Aurélia deixa claro que considera esse tipo de arranjo uma das “misérias” do mundo.
5. Aurélia está em busca de valores absolutos num mundo degrado pelo dinheiro. Ela idealiza o amor como sentimento puro, de comunhão de almas , que nunca poderia ser maculado por interesse nem ser objeto de negociação. A traição e o fingimento, segundo Aurélia, são uma desonra, uma falha de caráter. Daí a razão de seu sofrimento: saber que só poderia amar Fernando se ele se regenerasse do ponto de vista moral. TEXTO IV - Capítulo I – Origem, nascimento e batismo 1. O narrador faz as vezes de um contador de histórias, relatando um fato passado e acabado; destaque para as passagens: “viera com ele no mesmo navio, não sei fazer o quê, uma...”; “Era isto uma declaração em forma, segundo os usos da terra”; “E este nascimento é certamente de tudo o que temos dito o que mais nos interessa....” 2. Flagelo, traquinas, guloso, teimoso são alguns dos adjetivos atribuídos a Leonardinho. 3. Toda a caracterização do herói, sua origem, o comportamento dos pais e a briga fogem do padrão romântico, que cultiva um herói “certinho”. Realçar o fato de Leonardinho ser herói “picaresco” e de narrativa ser considerada pré-realista.
4. O chapéu de Leonardo. 5. Era isto uma declaração em forma, segundo os usos da terra: TEXTO V - Caldo entornado 1. a) só algum mal-intencionado poderia notar em casa de Vidinha uma certa fartura desusada na despensa; mas isso não era coisa em que alguém fizesse conta. b)Sim, pois o narrador não fala em “roubo”, mas em “certa fartura, desusada na despensa”. Além disso, afirma que somente “algum mal-intencionado notaria isso. 3. Seu lado conquistador, como o do pai. Sexto parágrafo o narrador indica também que Leonardo tinha outra semelhança com o pai: assim como este, sua sorte no amor não era das melhores - “O Leonardo porém parece que recebera de seu pai a fatalidade de lhe provirem sempre os infortúnios dos devaneios do coração”.
TEXTO VI TEXTO VI TEXTO VI TEXTO VI 3. O narrador refere-se literalmente ao caldo que havia na tigela e, figuradamente, à situação complicada em que se meteu Leonardo, pois a expressão entornar o caldo significa “provocar confusão”, “ficar em situação difícil”. 4. Porque essas interpretações são completamente disparatadas: na verdade, Leonardo corre para fugir do toma-largura, e não para pegar mais caldo, e o criado quer bater em Leonardo, e não compartilhar com ele o jantar. TEXTO VI 1. a) O uso do vocativo senhora, por Eugênio, e de senhor padre, por Margarida, em alguns momentos, marcam o tratamento formal e a distância que eles querem manter um do outro. Exemplos: “- Senhor padre, eu não sabia que o senhor estava na terra; A senhora não precisa de meu ministério; eu me retiro. Adeus, senhora!”. Às vezes, os gestos (principalmente dele) também demonstram essa formalidade: O padre esforçou-se em compor a fisionomia, procurando dar-lhe uma expressão calma e severa. Assentou-se gravemente à beira do leito, e cruzando as mãos sobre o peito...[...]”
b) O uso da segunda pessoa (tu) e o abandono do uso de senhor ou senhora, em alguns momentos, além de gestos expansivos, revelam um tratamento mais informal e íntimo entre os dois. Exemplos: “ que boa sina o trouxe aqui!... graças a Deus... morro consolada... Eugênio!... Falando assim Margarida delirante de prazer estendia os braços para o padre; não deixes de voltar, meu padre, volta; Pois bem, Margarida, voltarei - disse, afinal, e com um movimento rápido e brusco, alongando a mão que tinha pousado sobre o ombro da moça, a estreitou no coração”. 2. Desperta nele antiga paixão e o desejo de tê-la em seus braços. Ele procurou controlar-se , mas acaba revelando uma intensa perturbação interior. Exemplo: os dois primeiros e o penúltimo parágrafos. 3. O encontro com Margarida abala Eugênio, que sente renascer a paixão e perceber que talvez não tenha forças para reprimi-la; por isso, o amanhã para ele é motivo de angústia: “Até amanhã - murmurou com voz breve o padre, e tomando o chapéu retirou-se precipitadamente, hirto e convulso, como se acabasse de ter uma pavorosa visão”.
TEXTO VII 1. O amor como uma felicidade, como algo mais forte do que a vontade dos personagens. 2. A barreira é representada pelo pai de Inocência, põe a palavra empenhada à frente da felicidade da filha, chegando a preferir a morte dela à vergonha que sentiria diante da sociedade se desfizesse o acordo com Manecão . 3. O seminarista. Em ambos os romances, a interferência violenta da família é a causa principal da infelicidade dos jovens amantes. 4. a) Apenas na fala dos personagens. Alguns exemplos dos regionalismos mencionados são: “Vamos, que é isto, Nocência? Por que se socou assim no quarto? mas também é bom não se canhar assim... É de enjoada... Esta na roça; quer mecê, que ele venha; Não, me disse ela, não é perciso;...”. b) Sim, pois a presença de regionalismos ajuda a distinguir a fala brasileira da lusitana, marcando suas inegáveis particularidades. E, no caso de Inocência, a fala regional recebe uma conotação positiva, pois não é praticada apenas por personagens secundárias, mas também pela própria heroína da história.