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O que é fotografia?. Ela pode significar coisas diferentes para pessoas diferentes. Com ela podemos registrar momentos importantes de nossas vidas, e saber de coisas que aconteceram antes de nascermos, ou do outro lado do mundo – como uma agenda visual.
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Ela pode significar coisas diferentes para pessoas diferentes. Com ela podemos registrar momentos importantes de nossas vidas, e saber de coisas que aconteceram antes de nascermos, ou do outro lado do mundo – como uma agenda visual.
O atributo oposto da fotografia é quando ela é utilizada para manipular ou interpretar a realidade, para que as imagens expressem certo “ângulo”, crença ou ponto de vista. Você define situações (como nos anúncios publicitários) ou escolhe fotografar um aspecto do evento, mas não outros (como em reportagens politicamente engajadas).
Ela é uma mídia poderosa de persuasão e propaganda. Ela tem aura de veracidade quando o tempo todo pode afirmar o que o manipulador escolher. Ex.: os álbuns de família representam somente os momentos escolhidos pelo fotógrafo, geralmente os bons momentos.
Outra característica é o simples prazer da composição visual das fotografias. Há um prazer real de compor fotos – a geometria de linhas e formas, o equilíbrio de tons, o corte e o enquadramento de cenas – qualquer que seja o conteúdo do assunto escolhido. Muito pode ser feito com uma rápida mudança do ponto de vista ou com a escolha de um momento diferente no tempo.
Como a fotografia funciona? É a formação da imagem pela luz, normalmente por meio de uma lente. A imagem é então registrada por: Processos químicos, usando filme fotográfico, produtos químicos e processos de câmera escura, ou Processos digitais, utilizando um sensor eletrônico, armazenamento de dados e impressão via computador.
Entender como a luz se comporta e como as lentes a transformam em imagens lhe dá uma visão mais ampla das possibilidades da fotografia. O nosso ponto de partida é a luz, a substância básica da fotografia.
O que é a luz e quais dos seus recursos básicos são úteis conhecer quando você está iluminando um tema, utilizando lentes e aprendendo sobre cores? Como superfícies e temas têm a aparência que têm e como a luz pode ser desviada (refratada)?
A luz é fundamental para se ver e criar imagens. A própria palavra fotografia significa desenhar com a luz. Mesmo assim, estamos tão familiarizados com a luz que praticamente não reconhecemos o seu devido valor. A luz é o material bruto da visão, comunicando informações sobre objetos que estão fora do alcance dos outros sentidos.
Utilizando a luz seletivamente, você pode revelar alguns aspectos escolhidos de um tema em frente à câmera e suprimir outros. Informações visuais são transmitidas como luz modulada via lente da câmera ao material fotográfico, e a luz refletida do resultado final nos permite ver e apreciar essas informações.
Neste momento, a luz refletida na parede transmite a forma das palavras para seus olhos, da mesma maneira como som formaria o vínculo se estivéssemos conversando. Luz visível é um fluxo de energia que se propaga a partir do sol ou de uma fonte radiante semelhante. Ela tem 4 características importantes:
Comporta-se como se se movesse em ondas, como ondulações se espalhando pela superfície da água. Variações nos comprimentos de onda dão aos nossos olhos a sensação de cores diferentes.
2. Se propaga em uma linha reta (dentro de uma substância ou meio uniforme). Você pode ver isso nos feixes da luz solar e na maneira como as sombras são projetadas.
3. Se move a uma grande velocidade (aprox. 300 mil km por seg. no vácuo). Ela se move não tão rapidamente no ar quanto no vácuo e um pouco mais lentamente em substâncias mais densas, como a água ou o vidro.
4. Além de propriedades de ondas, a luz também tem propriedades de partículas, consistindo em partículas de energia ou fótons. Esses fótons provocam alterações químicas nos filmes fotográficos e resposta eletrônica nos sensores de câmeras digitais, etc. Quanto mais intensa a luz, mais fótons ela contém.
Comprimento de onda e cores: o que vemos é simplesmente parte de uma enorme faixa ou intervalo de radiações eletromagnéticas. Isso inclui ondas de rádio, com comprimentos de onda de centenas de metros, até os raios gama e raios cósmicos, com comprimentos de onda de menos de dez mil milionésimos de milímetro. Cada banda de radiação eletromagnética mescla-se com a seguinte, mas tem suas próprias características especiais.
Algumas, como a de rádio, podem ser transmitidas a grandes distâncias. Outras, como raios X, penetram placas de aço espessas ou destroem o tecido humano. Mas a maior parte dessa radiação não pode ser vista pelo olho humano. Os nossos olhos só são sensíveis a uma banda estreita entre comprimentos de onda de 400 nm e 700 nm aproximadamente. (Um nanômetro é um milionésimo de um milímetro). Essa faixa limitada de comprimentos de onda é conhecida como espectro visível.
Quando uma mistura relativamente proporcional de todos os comprimentos de onda visíveis é produzida por uma fonte de luz, a iluminação aparece branca e sem cores. Mas se apenas alguns comprimentos de onda estiverem presentes, a luz aparece colorida.
Por exemplo, comprimentos de onda entre aprox. 400nm e 450 nm são vistos como roxo escuro e violeta. Isso muda para azul se os comprimentos de onda são alterados para 450 – 500nm. Entre 500 – 580 nm a luz aparece mais esverdeada e a partir de 580 a 600 nm vemos o amarelo. O amarelo passa a ser mais alaranjado se os comprimentos de onda da luz tornarem-se mais longos, em 650 nm aparece o vermelho.
Essa sequência de cores é útil quando você precisa escolher filtros coloridos e lâmpadas de câmera escura. O olho humano parece conter 3 tipos de receptores de luz, respondendo a amplas bandas sobre postas de comprimentos de onda em azul, verde e vermelho. Esse conceito é adaptado para a criação de filmes fotográficos coloridos e também para o funcionamento de sensores digitais.
Sombras: A luz irradia em todas as direções a partir de uma pequena fonte ou ponto e se propaga em linhas retas. Uma fonte de luz pontual, como uma lâmpada ou vela, produz uma luz dura com sombras bem definidas. O Sol em um céu limpo tem um efeito semelhante, uma vez que sua grande distância faz com que ele pareça como uma fonte pontual.
Pequenas unidades de flash ou tochas também podem produzir efeito semelhante. Somente as áreas do tema diretamente no caminho da luz são iluminadas. Todas as outras áreas permanecem na escuridão.
Mas, quando você coloca um papel de seda em frente ao feixe de luz, ele deixa a luz passar, mas também provoca a sua difusão. A luz difundida que atravessa o papel divide-se em linhas retas que se propagam em todas as direções a partir de cada ponto da sua grande área superficial.
O objeto que você estava iluminando agora projeta uma sombra gradual, com borda mais suave, e quanto maior e mais próxima eu material difusor, menos dura e contrastada se torna a sombra.
Isso ocorre porque a luz que se propaga a partir de uma grande área não pode ser completamente bloqueada pelo objeto; a maioria das partes que antes estavam no sombra agora recebem pelo menos alguma iluminação.
O mesmo acontece com a luz solar em um dia nublado; as nuvens atuam como difusores, distribuindo a fontes de luz sobre uma área mais ampla.
É muito importante na prática fotográfica reconhecer a diferença entre iluminação direta, dura, e iluminação difusa, suave, e todas as etapas entre elas. As características da sombra influenciam bastante na aparência dos temas e cenas. Lembre-se de que isso não é algo que você possa alterar em uma fotografia mudando alguma configuração da câmera ou fazendo manipulação posterior.
Quando a luz alcança uma superfície: O que acontece em seguida depende da textura, do tom e da cor do material e do ângulo e da cor da própria luz. Materiais opacos: se o material for completamente opaco à luz – metal ou tijolo, por exemplo – partes da luz serão refletidas e outras absorvidas (transformadas em calor). Quanto mais escuro o material, menor a proporção da luz refletida. Essa é a razão que o preto absorve mais calor que o cinza, por exemplo.
Se o material também for colorido, ele refletirá comprimentos de onda dessa cor e absorverá a maioria dos outros comprimentos de onda presentes na luz. Por ex.: tinta vermelha reflete vermelha e absorve azul e verde de uma luz branca. Mas se sua luz não tiver alguns comprimentos de onda, isso modificará a aparência do tema.
Se o material também for colorido, ele refletirá comprimentos de onda dessa cor e absorverá a maioria dos outros comprimentos de onda presentes na luz. Por ex.: tinta azul reflete azul e absorve vermelho e verde de uma luz branca.
Mas se sua luz não tiver alguns comprimentos de onda, isso modificará a aparência do tema. Ex.: um azul forte sob iluminação vermelha intensa parecerá quase preto e assim sairá na foto. Você precisa conhecer esses efeitos a fim de usar filtros coloridos.
O acabamento da superfície também afeta enormemente como a luz é refletida. Uma superfície fosca, como a casca do ovo, o papel de seda ou a pele seca, distribui a luz uniformemente. Em uma superfície assim, o ângulo em que a luz incide faz muito pouca diferença.
Entretanto, se a superfície for lisa e brilhante, como vidro ou tinta brilhante, ela atua mais como um espelho e reflete a maior parte da luz de volta em uma direção. Isso é chamado de reflexão especular.
Se a luz atinge a superfície brilhante em ângulos retos, ela é refletida e volta pelo seu caminho original. Você obtém um clarão, por exemplo, quando dispara um flash da câmera diretamente contra uma janela envidraçada ou uma parede brilhante. Mas se a luz estiver angulada, ela refletirá dessas superfícies no mesmo ângulo em que chegou.
Materiais transparentes ou translúcidos Naturalmente, nem todos os materiais são opacos à luz. Vidro claro, plástico e água, por exemplo, são transparentes e transmitem a luz diretamente, enquanto papel de seda, nuvens e vidro despolido propagam a luz que eles transmitem e, por isso, são chamados translúcidos.
Nos dois casos, se o material for colorido, ele permitirá a passagem de mais luz nos comprimentos de onda dessas cores do que de outras. Vidro vermelho transmite comprimentos de onda vermelhos, mas podem ser quase opacos à luz azul.
Como materiais translúcidos distribuem a iluminação, eles têm uma aparência leitosa quando segurados contra a luz e parecem muito mais uniformemente iluminados do que materiais mais claros, mesmo quando a fonte de luz não está alinhada diretamente por trás deles. Projetores de slides e caixas de luz funcionam por meio desse princípio. A qualidade da luz é semelhante àquela refletida a partir de uma superfície branca difusa.
Refração O interessantes acontecem quando luz direta passa obliquamente do ar para algum outro material transparente. Como foi dito anteriormente, a luz se propaga um pouco mais lentamente ao passar por um meio mais denso. Quando a luz incide obliquamente sobre uma superfície de vidro, por exemplo, a velocidade de onda inicial (lembre-se das ondulações na água) torna-se de modo não-uniforme mais lenta.
Isso ocorre por que uma parte alcança o material mais denso primeiro e muda a direção da luz, como ocorre quando um carro sai da estrada e entra na areia obliquamente. Um novo caminho em linha reta é formado, um pouco mais inclinado, no vidro. A alteração do caminho da luz quando ela se propaga obliquamente de um meio transparente para outro é conhecida como refração.
É possível ver a refração em funcionamento quando você mergulha um pedaço de pau na água: ele parece curvo na superfície da água. Vidros grossos de janelas podem causar distorções semelhantes. Isso é importante porque, ao utilizar a refração, as lentes curvam a luz e assim formam imagens, como veremos.
Lembre-se de que a refração só afeta a luz oblíqua. A luz que atinge a superfície limite entre dois materiais transparentes em ângulo reto diminui de velocidade, mas não muda de direção. E a maior parte da luz que atinge a superfície em um ângulo muito pequeno (bem oblíquo) é refletida na superfície.
O quadro todo Tudo o que vemos no mundo a nossa volta é uma combinação dos efeitos que isso tem sobre a luz – reflexão difusa e especular, algum absorção e, frequentemente, também transmissão e refração. Um dos lados de uma maçã iluminado pela luz solar direta, por exemplo, reflete intensamente comprimentos de onda coloridos a partir da sua metade iluminada.
A maior parte dessa luz é refletida difusamente, mas parte da sua superfície lisa reflete um brilho especular exatamente onde o ângulo do sol na superfície coincide com o ângulo de seus olhos com esse ponto. A forma e a relativa escuridão da sombra em um dos lados da maçã fornecem mais pistas sobre seu formato.
A partir dessa lembrança, seus olhos e seu cérebro reconhecem todos esses “sinais” sutis como significando algo sólido e redondo, sem que você realmente precise tocar a maçã para descobrir isso. Basicamente, isso é “ver”. A fotografia permite tornar a imagem permanente e portável de modo que outras pessoas possam compartilhar a mesma experiência.
Intensidade e distância da luz Quanto mais próxima uma pequena fonte de luz está de um tema, mais iluminado e brilhante ele será. Se diminuirmos a distância entre a luz e o tema pela metade, o brilho se tornará quatro vezes mais intenso. Isso ocorre porque a luz concentra-se em uma área com um quarto do tamanho inicial.
Por exemplo, se você estiver utilizando um pequeno flash ou uma lâmpada de estúdio para iluminar um retrato, diminuir pela metade a distância entre esse retrato e a iluminação lhe dará quatro vezes mais luz. Da mesma maneira, multiplicar a distância por dois resulta numa iluminação quatro vezes menor. Um efeito semelhante ocorre na ampliação de uma foto quando se muda a altura do ampliador e ao se tirar fotos de close-up.
Na prática, essa “lei do inverso ao quadrado” significa que você deve ser especialmente cuidadoso ao iluminar alguns itens a diferentes distâncias em um estúdio pequeno, principalmente se utilizar uma fonte de luz compacta dura. Portanto, talvez seja difícil conseguir uma boa iluminação para os itens mais próximos e mais distantes da luz em uma configuração qualquer de exposição.
Uma solução é mover a fonte de luz para muito mais longe, assim a relação entre a distância mais próxima e mais longe se torna menor, ou então usar múltiplas fontes de luz ou difusores que lhe darão um efeito bem menos intenso de iluminação uniforme (também conhecida como iluminação “fall-off”).
O mesmo problema não acontece com a luz solar direta ao ar livre. A distância do Sol é tão grande que dois lugares quaisquer da Terra – sejam eles uma praia ou o pico de uma montanha – têm quase a mesma distância a partir do Sol. As variações de brilho em fotografias de paisagem podem ser criadas pelas condições atmosféricas locais, mas não pela distância em relação ao Sol.
Se você, porém, estiver fotografando em um ambiente interno e usar a luz solar que passa por uma pequena janela, essa janela pode agir como uma fonte de luz compacta. A intensidade, consequentemente, mudará em relação à distância quase como se você tivesse uma lâmpada desse tamanho na mesma posição.