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Falando de tomate e de classificação. Anita de Souza Dias Gutierrez Centro de Qualidade em Horticultura CEAGESP. A população e a produção de tomate do Brasil estão crescendo. A participação de cada região na produção está mudando.
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Falando de tomate e de classificação Anita de Souza Dias Gutierrez Centro de Qualidade em Horticultura CEAGESP
A população e a produção de tomate do Brasil estão crescendo. A participação de cada região na produção está mudando. O Espírito Santo foi o estado da Região Sudeste que mais cresceu nos últimos anos. A produção capixaba está concentrada em cinco municípios, com produção em crescimento.
Evolução da população e da produção de tomate entre 1990 e 2008 A população brasileira cresceu 29% entre 1990 e 2008: de 147 milhões para 190 milhões de habitantes. A produção de tomate, no mesmo período, cresceu de 2 milhões para 4 milhões de toneladas. A oferta de tomate, por habitante por ano, cresceu 32% entre 1990 e 2008, de 1,5 kg para 2 kg. Fonte: IBGE
A produção de tomate no Brasil cresceu 71% com o aumento de 72% na produtividade entre 1990 e 2008: 37 para 63 toneladas por hectare. A área total de plantio diminuiu 1% no mesmo período. Fonte: IBGE
Região Sudeste - participação de 48% para 40% entre 1990 e 2008 Região Centro-Oeste – participação de15 para 30% entre 1990 e 2008 Região Nordeste – participação de 28 para 15% entre 1990 e 2008 Região Sul – participação de 8 para 13% entre 1990 e 2008 Região Norte – produção menor que 1%. Fonte: IBGE
Na Região Sudeste o estado maior produtor é São Paulo com 49%, seguido por Minas Gerais (30%), Rio de Janeiro (13%) e Espírito Santo (8%). A produção paulista cresceu 30% entre 1990 e 2008. A produção mineira 64%, a produção carioca 46% e a do Espírito Santo cresceu 65%, de 73 mil toneladas em 1990 para 121 mil toneladas em 2008. Fonte: IBGE
A produção de tomate do Espírito Santo de 1990 a 2008 cresceu 65% e apresentoupicos de produção em 1996 e 1997 e no período de 2004 a 2006. Fonte: IBGE
-32 municípios capixabas produzem tomate • 13 produzem 90% do volume • 5 primeiros – 56% do volume Fonte: IBGE (2008)
A produção entre 1990 e 2008 cresceu em Santa Teresa (70%), em Laranja da Terra (184%), em Venda Nova do Imigrante (165%) , em Santa Maria do Jetibá (183% )e em Afonso Cláudio (389% - quase 4 vezes.)
Tomate na CEAGESP Entreposto Terminal de São Paulo
A oferta de tomate na CEAGESP variou ao longo dos anos e está crescendo
A oferta de tomate cresceu 42% entre 1997 e 2009. Houve um pico de oferta em 2003 e 2004, que apresentaram valores superiores a 1997 de 51 e 56%.
O volume aumentou e a oferta ficou mais estável. A oferta mensal em 1997 variou de 6 a 11% e em 2009 variou de 7 a 9%.
Origem do tomate no Entreposto Terminal de São Paulo na CEAGESP em 2009
20 estados fornecedores 433 municípios 283 atacadistas 5 1ºs atacadistas – 30% 1ºs atacadistas – 44% 37.439 remessas São Paulo - 7 ton/remessa - Espírito Santo – 12 ton/remessa
A oferta de tomate capixaba em 2009 cresce ao longo do ano e está mais concentrada nos meses de agosto a dezembro(65%), sendo os meses de maior oferta novembro (19%) e dezembro (17%).
Os preços médios mensais e semanais do Tomate Comum flutuam ao longo do ano.
Preços médio R$ 1,59, mínimo R$ 1,24 e máximo R$ R$ 2,08. Meses de melhores preços: agosto a outubro. Preços semanais: mínimo R$ 0,97 na semana 53 e máximo R$ 2,89 na semana 36
A variação do preço médio semanal em relação ao preço médio anual foi de + 81% na semana 36 e -39% na semana 53. • Os preços semanais retratam melhor a realidade que os preços mensais.
Existe uma grande e estável diferença de valor entre as classificações do Tomate Comum ao longo do ano.
Preço médio do ano: Extra -R$ 1,28, Extra A - R$ 1,60 e Extra AA - R$ 1,93 • A Extra AA vale, em média 52% mais que a Extra. • A Extra A vale, em média, 26% mais que a Extra.
Tomate Italiano Pizzadoro R$ 60,00 R$ 50,00 R$ 25,00 Tomate Longa Vida Alhambra R$ 13,00 R$ 25,00 R$ 40,00
Existe uma grande e estável diferença de valor entre os grupos varietais de Tomate Comum.
O tomate Italiano é o mais valorizado, seguido pelo tomate Santa Clara e pelo tomate Longa Vida Redondo. • O tomate Italiano vale, em média, 19% mais que o tomate Longa Vida Redondo. • O tomate Santa Cruz vale, em média, 9 % mais que o tomate Longa Vida Redondo. • A diferença de valor entre os grupos varietais é maior nas classificações de menor valor.
Longa vida redondo Comprimento/ Diâmetro < que 0,90 Italiano Santa Cruz Comprimento/diâmetro – maior que 1,15 Comprimento/diâmetro – entre 0,90 e 1,15
Existe grande diferença de valor entre lotes de mesma classificação, da mesma variedade, no mesmo dia.
Quais as causas da diferença de valor entre lotes de mesma classificação e mesma variedade no mesmo dia? • Homogeneidade visual do lote • Tamanho e coloração • Cumprimento das funções da embalagem • Proteção, movimentação e exposição • Identificação e marca do produtor • Presença de defeitos graves • Podridão, virose, rachadura radial e concêntrica, dano com exposição de polpa, amassado com lesão na polpa • Presença de defeitos leves e variáveis • Defeitos de casca como manchas e cicatrizes, deformação
A diferença média entre o preço máximo e mínimo no mesmo dia para a mesma classificação foi 44% para o Graúdo, 109% para o Médio e 196% para o Miúdo. A diferença média nos 9 dias levantados foi de 116%.
Fazendo as contas – Tomate Comum • Classificação – Extra AA • 52 % mais que a Extra • 26 % mais que a Extra A • Grupo Varietal – Italiano • 19% mais que o Longa Vida • 10% mais que o Santa Clara • O tomate Italiano Extra AA vale, em média, 62 % mais que o tomate Longa Vida Extra. • Se considerarmos que o nosso lote de tomate Italiano é o de preço máximo do dia, teremos que acrescentar uma diferença de 44% no preço, se comparado ao lote de tomate Italiano de preço mínimo da mesma classificação. A diferença de preço passa a ser de 89%.
A língua do tomate na comercialização As normas de classificação devem garantir: • A identificação dos grupos varietais e cultivares 2. A homogeneidade visual de tamanho e coloração 3. A obediência a um padrão de qualidade 4. A diferenciação do valor pela caracterização do tamanho e da qualidade.
Invista na sua competência técnica. • Identifique-se como responsável pelo produto – rotule a sua caixa • Faça um quadro de equivalência entre as suas denominações de classificação e as medidas do fruto. Utilize as medidas. • Descarte os defeitos graves na roça, antes do embalamento • Não utilize caixas que machucam o fruto. • Combine com o seu comprador a diferenciação do pagamento por qualidade. • Visite o mercado. Avalie a competitividade do seu produto. • Construa e preserve a sua credibilidade.
Anita de Souza Dias Gutierrez Centro de Qualidade em Horticultura CEAGESP Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo 11 36433825 cqh@ceagesp.gov.br