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Anóxia Cerebral e EEG. ELECTROENCEFALOGRAFIA 2ºAno Neurofisiologia. Anóxia Cerebral. Anóxia cerebral é a falta de oxigénio no cérebro. Se for grave, pode causar danos cerebrais irreversíveis. Os casos menos severos podem causar distorções sensoriais e alucinações.
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Anóxia Cerebral e EEG ELECTROENCEFALOGRAFIA 2ºAno Neurofisiologia
Anóxia Cerebral • Anóxia cerebral é a falta de oxigénio no cérebro. Se for grave, pode causar danos cerebrais irreversíveis. Os casos menos severos podem causar distorções sensoriais e alucinações. • A hipoxia severa é referida como anóxia e é uma causa relativamente comum de lesão do SNC. A anóxia encefálica prolongada pode levar á morte encefálica ou a um estado vegetativo persistente. • A condição de anóxia é caracterizada pela perda neuronal que é mais proeminente no hipocampo; globos pálidos; cerebelo e olivas inferiores.
Lesões: • As lesões por anóxia cerebral podem levar a diversos graus de comprometimento do SNC, incluindo prejuízos no funcionamento cognitivo, tais como: • Défices mnésicos, como memória explícita, com preservação de mecanismos de memória implícita; • Alteração funcionamento intelectual e défices visuoespaciais. • Aparecimento de sintomas parkinsónicos, lentificação psíquica e motora, abulia, défices de iniciativa e distúrbios da marcha. • Sintomas de agressividade e irritabilidade;
Causas, Incidência e Factores de risco • Existem numerosas causas de anóxia cerebral entre as quais podemos mencionar as seguintes: • Afogamento • Sobredosagem de drogas • Asfixia por inalação de fumos • Pressão arterial muito baixa • Sufocamento • Lesões no momento do nascimento • Paragem cardíaca (quando o coração deixa de bombear sangue) • Intoxicação com monóxido de carbono • Grandes alturas • Asfixia • Compressão da traqueia • Complicações da anestesia geral • Enfermidades que paralisam os músculos da respiração
Causas de anóxia em recém-nascidos • A asfixia do recém-nascido é uma emergência médica. O mais comum é o feto fazer uma forma menos severa de anóxia, induzindo a uma diminuição gradual da oxigenação fetal e um decréscimo do retorno venoso para a placenta; • Factores: • Má posição; • Passagem do ombro ou nádegas em crianças grandes antes da cabeça; • Desproporção pélvica da mãe ou fetos PIG ; • Rotações fetais dentro do útero podem provocar movimentos respiratórios espontâneos; • Sangramento da mãe e a saída do cordão, primeiro do que o corpo, o que pode provocar o rompimento dele com risco de hemorragia grave;
Factores que contribuem para Asfixia Letal Entre as infecções fetais destacam-se: Infecção intra-uterina; Imaturidade pulmonar Taquicardia Entre os factores maternos temos: Hemorragia Placenta prévia Idade materna avançada Grande multiparidade Diabetes Anemia severa
Anóxia cerebral em adultos • Uma paragem cardio - respiratória pode acontecer em minutos, quase sempre sem sintomas aparentes antes do ataque, sendo confundida com epilepsia. • Deve-se proceder a uma massagem cardíaca e desobstrução da via respiratória, pois o ataque quase sempre não chega a mais de dez minutos, assim, sendo quase sempre muito tarde para ajuda de um profissional (médico).
Sintomatologia: • Em casos leves provoca: distracção, transtorno no juízo e movimentos descoordenados; • Em casos graves provoca: produz-se um estado de inconsciência e falta de reacção total (coma), com supressão dos reflexos do tronco encefálico, incluindo a resposta à luz e o reflexo de respiração; Unicamente se mantém a função cardíaca e a pressão arterial e, em caso de persistir, e inevitável que se comprove a morte cerebral.
Se a falta de oxigénio no cérebro está limitada a um período de tempo muito breve, o coma pode ser reversível com níveis variáveis de retorno da função, dependendo da magnitude da lesão. Algumas vezes, pode-se apresentar convulsões que podem ser contínuas sem parar entre uma e outra (estado epiléptico).
Convulsão: • Uma convulsão é um fenómeno electro-fisiológico anormal temporário que ocorre no cérebro (descarga bioenergética) e que resulta numa sincronização anormal da actividade eléctrica neuronal. Estas alterações podem reflectir-se a nível da tonacidade corporal (gerando contracções involuntárias da musculatura, como movimentos desordenados, ou outras reacções anormais como desvio dos olhos e tremores), alterações do estado mental, ou outros sintomas psíquicos. • Um ataque epiléptico pode ser causado por: Choque eléctrico Deficiência em oxigénio Traumatismos cranianos Abuso de álcool e drogas
Prognóstico/ Expectativas: • O prognóstico depende do grau da lesão cerebral hipóxica; Quanto mais tempo permanecer o paciente inconsciente, maior será a possibilidade de que se apresente a morte ou morte cerebral e menor a probabilidade de uma recuperação significativa. Determina-se pelo tempo que o cérebro tenha estado sem administração de Oxigénio;
Complicações: • As complicações da anóxia cerebral podem ser: • Estado vegetativo prolongado, no qual se podem preservar as funções vitais básicas como a respiração, a pressão arterial, o ciclo de sono - vigília e a capacidade de abrir os olhos, pelo que o paciente não está consciente nem responde ao ambiente. • infecções pulmonares (pneumonia); • nutrição inadequada; • Úlceras; • coágulos nas veias;
Exames: • Na determinação da causa da anóxia cerebral é muito importante a avaliação da história clínica e sua evolução. O objectivo dos exames é determinar a causa que levou á hipoxia, estes podem ser: • Ressonância magnética de imagem, que nos mostra imagens do cérebro de alta qualidade; • Electrocardiograma, exame que representa a actividade eléctrica do coração; • Eco cardiografia, que permite ao médico observar o coração em funcionamento; • Análises ao sangue; • Electroencefalografia, é o registo da actividade eléctrica cerebral necessário quando se suspeita de convulsões; • Potenciais evocados, exame que determina alterações da sensibilidade, tais como visão e tacto.
Anóxia cerebral e o EEG • Os dados fornecidos pelo EEG possibilitam orientar, afastar ou confirmar um diagnóstico em casos nos quais os elementos fornecidos por outros exames complementares e pela clínica não forem suficientemente elucidativos. • Nos casos em que os pacientes saem com aparente êxito da parada cardio-respiratória, é importante estabelecer as possibilidades de sobrevivência e, além disso, as possibilidades de recuperação das funções do Sistema Nervoso Central. Com tal finalidade, utilizamos o esquema de Pampiglione, que caracterizou cinco tipos de electroencéfalograma.
Tipo I: o EEG é normal ou levemente desorganizado, o que indica uma boa conservação da função cerebral e um bom prognóstico; • Tipo II: o traçado mostra abundância de ondas lentas. Pode haver sobrevivência, mas o prognóstico é reservado no que diz respeito à recuperação neurológica; • Tipo III: caracteriza-se por apresentar estados de descargas permanentes ou complexos paroxismo-supressão, que mostram uma função cerebral seriamente perturbada e um prognóstico ruim, com duvidosa sobrevivência; • Tipo IV: apresenta actividade tipo “alfa” de muito mau prognóstico e sobrevivência rara (coma alfa); • Tipo V: é de um traçado isoeléctrico que forma parte do quadrado de morte cerebral.
Para certeza absoluta de que há silêncio electrocerebral, procedemos à seguinte conduta: • Utilização pelo menos 12 eléctrodos; • Provocação deliberada de artefacto em cada eléctrodo; • Utilização da CT normal e CT larga; • Utilização de prova de reactividade; • Utilização de amplas distâncias entre eléctrodos; • Duração do registo não inferior a 30 minutos; • Repetir-se o estudo 24 horas após.
Tratamento: • O tratamento depende da causa subjacente e o mais importante é garantir a reanimação cardiopulmonar básica; • Deve-se usar respiração artificial; • O suporte da pressão arterial deve manter-se com administração de líquidos e medicamentos; • Deve-se controlar a frequência cardíaca; • Devem-se tratar as convulsões em caso de se apresentarem:
Em Resumo: • Anóxia cerebral é a falta de oxigénio no cérebro. Se for grave, pode causar danos cerebrais irreversíveis. Os casos menos severos podem causar distorções sensoriais e alucinações. • Anóxia é a diminuição de oxigenação. Se for prolongada, pode resultar em lesão cerebral e levar o paciente a óbito. Este é um dos riscos ao nascimento e a principal causa de deficiências mentais nas crianças; • Na determinação da causa da hipoxia cerebral é muito importante a avaliação da história clínica e sua evolução. • Os dados fornecidos pelo EEG possibilitam orientar, afastar ou confirmar um diagnóstico em casos nos quais os elementos fornecidos por outros exames complementares e pela clínica não forem suficientemente elucidativos; • Electroencefalografia, é o registo da actividade eléctrica cerebral necessário quando se suspeita de convulsões;
Fim… • Trabalho realizado por: Ana Filipa Araújo Diana Freitas Luís Moutinho