1 / 6

TEMA DE REDAÇÃO

TEMA DE REDAÇÃO . Pensar ou agir de modo distinto do da maioria das pessoas pode ser visto como algo simplesmente diferente , ou como inadequação, ou até mesmo loucura.

elmer
Download Presentation

TEMA DE REDAÇÃO

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. TEMA DE REDAÇÃO Pensar ou agir de modo distinto do da maioria das pessoas pode ser visto como algo simplesmente diferente , ou como inadequação, ou até mesmo loucura. Considerando a afirmativa acima e os trechos abaixo, elabore um texto dissertativo-argumentativo em que você apresente suas reflexões a respeito do olhar sobre a normalidade/anormalidade. Dizem que sou louco Por pensar assim Se eu sou muito louco Por eu ser feliz Mais louco é quem me diz Que não é feliz, não é feliz Rita Lee Loucura A loucura é diagnosticada pelos sãos, que não se submetem a diagnósticos. há um limite em que a razão deixa de ser razão, e a loucura ainda é razoável. Somos lúcidos na medida em que perdemos a riqueza de imaginação. (ANDRADE, Carlos Drummond de.) ‘Normalidade é a habilidade para se adaptar ao mundo exterior com satisfação e para dominar a tarefa de culturação.’ MENINGER, K. Diagnóstico psiquiátrico

  2. Todos os gestos da incredulidade Eu não compro Baton, não votaria no Obama, não gosto de futebol, e acredito que o uso da 3ª pessoa na dissertação é só mais uma marca do racionalismo excessivo e da impassibilidade das relações interpessoais atuais. Seria loucura escrever diferente do recomendado, do previsível, do normal. Seria acusado, mas não seria covarde. De fato, o melhor a fazer é tentar entender por que muitos não o fariam, por que a criatividade e a imaginação entraram em falência e levaram junto um pouco da natureza humana.

  3. Questão primordial é entender que, na contemporaneidade, esse comodismo, que sempre existiu, agravou-se devido a certa falência de utopias e ideologias do último século. Nem as ideias de Marx, ou a tentativa de Lênin trouxeram a igualdade, a ONU não atendeu o desejo de nenhuma Miss, o ‘American wayoflife’ trouxe também a aspirina e o prozac. Essa conjuntura cria um certo pessimismo e corrobora para dificultar o vislumbramento de mudanças na sociedade, tornando o indivíduo acomodado e passivo. É mais fácil manter-se incluído na normalidade, sem questionar ‘o sistema’, a ser taxado de ‘louco’ e decepcionar-se ao tentar.

  4. Espantoso é perceber que essa taxação, e o receio dela, já existiu como regra anteriormente. Quando Darwin propôs a evolução, ou Freud, a interpretação dos sonhos, ambos receberam o mesmo título: loucos. Sem dúvida, quando a sociedade se depara com conjecturas e posturas que põem em xeque seus modos de agir e de pensar é compreensível que ocorra certo medo e aversão. O equívoco dessa postura está, no entanto, em se ignorar que a inventividade e a crítica estão na base da evolução das sociedades, só a imaginação permite a criação e a inovação.

  5. Por outro lado, o problema maior não é as novidades se tornarem rarefeitas, e sim que ao fazer isto, abdicar do poder de enlouquecer-se contra a cosmovisão vigente, o indivíduo abdica de sua própria racionalidade. O homem é um ser social que transforma a natureza com seu trabalho (mental e braçal), o que exige inferência, senso crítico. Para isso, é necessário que se tente enxergar fatos por outras perspectivas, que exista inferência e crítica ao que apenas os olhos veem. Sempre foram poucos os que conseguiram fazer isso, Rousseau, Kant, Nietsche, mas foram os desvarios deles que influenciaram diretamente a formação da sociedade ocidental atual.

  6. Torna-se evidente, portanto, que o medo da quebra da anormalidade pode até ser normal naqueles que estão tão afogados em suas culturas que se alienaram em realidades que desejam ser imutáveis. Contudo, é dever dos ‘loucos’ os salvarem, emergindo de novo com sua condição humana, sua capacidade de colocar o mundo a sua volta em crise, insatisfazer-se. A realidade contemporânea, entretanto, conta com problemas que tornam essa ferida mais difícil de cicatrizar, como o individualismo. O irônico é ver aqueles que defendem essa ação coletiva para o retorno da criatividade escreverem na 1ª pessoa do singular: são as contradições de uma sociedade que mantém seu lado humano vendado e só enxerga quando quer. Parafraseando Machado de Assis: ‘ Abane a cabeça, leitor”.

More Related