1 / 38

Polifonia. In: Educação na cibercultura : hipertextualidade, leitura, escrita e aprendizagem.

Polifonia. In: Educação na cibercultura : hipertextualidade, leitura, escrita e aprendizagem. Andrea Cecília Ramal. Bibliografia.

emilia
Download Presentation

Polifonia. In: Educação na cibercultura : hipertextualidade, leitura, escrita e aprendizagem.

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Polifonia. In: Educação na cibercultura: hipertextualidade, leitura, escrita e aprendizagem. Andrea Cecília Ramal Profa. Lucila Pesce

  2. Bibliografia Andréa Ramal tem 38 anos, brasileira, mora no Rio de Janeiro e trabalha no Centro Pedagógico Pedro Arrupe, instituição que promove a formação de professores das escolas jesuítas. Fez Mestrado e Doutorado em Educação na PUC-Rio, onde estudou as maneiras de pensar e de aprender na cibercultura. Além disso, tem atuado como designer instrucional, assessorando pedagogicamente a criação de cd-rom educativos e empresariais, e é vinculada a USC (Universidade do Sagrado Coração) em Bauru, lecionando Informática e Educação no Curso de Mestrado. Profa. Lucila Pesce

  3. Cibercultura Alerta: manutenção ou intensificação das atuais exclusão e dominação, caso não haja uma política de democratização do acesso às ferramentas tecnológicas. Profa. Lucila Pesce

  4. Cibercultura Polissemia como variação das interpretações, em função do contexto. Tendência crítica frente às TICs: o fim do sujeito, a extinção da cultura, a morte da comunicação. Denúncia dos exageros, no combate às visões messiânicas da tecnologia e à redução dos problemas contemporâneos a aspecto meramente tecnológicos. Profa. Lucila Pesce

  5. Cibercultura Tendência crítica frente às TICs: Frederic Jameson Jean-François Lyotard Paul Virilio Baudrillard Lucien Sfez Profa. Lucila Pesce

  6. Cibercultura Frederic Jameson Mais do que um movimento cultural de expressividade própria, o pós-modernismo seria uma conseqüência inevitável do capitalismo e do consumismo exacerbados, assim como da tecnologização que os acompanhou. Vivemos na era da paródia vazia, na qual nada pode ser criado, porque tudo já foi feito. Profa. Lucila Pesce

  7. Cibercultura Jean-François Lyotard Linha crítica vinculada aos males do capitalismo. O jogo do mercado mundial agrava as desigualdades. Longe de fazer ruir as fronteiras de forma positiva, tira proveito delas para especulação. “O desenvolvimento das tecnologias se tornou um meio de incrementar essa enfermidade, e não de acabar com ela”. Profa. Lucila Pesce

  8. Cibercultura Paul Virilio A cibercultura traz consigo o fenômeno da “perda da orientação”, complementado pelos efeitos nocivos da liberação da sociedade e da desregulação dos mercados financeiros. Com essa perda, também perdemos a capacidade de olhar para o outro, de perceber a alteridade. Globalização como nova forma de tirania. Profa. Lucila Pesce

  9. Cibercultura Baudrillard A extinção da cultura pela mídia – trocamos o “drama da alienação” pelo “êxtase da comunicação”. “Paz perceptiva” – baseada no silêncio, na passividade e na despolitização das massas. O tempo para o silêncio – ele é banido das telas e da comunicação. A sociedade comunicacional é uma utopia. Profa. Lucila Pesce

  10. Cibercultura Lucien Sfez Há uma violência simbólica nas tecnologias. Quatro pilares da realidade ilusória: Rede – nova maneira de conceituar velhas práticas, sem desestabilizar a concepção tradicional de mundo. Paradoxo – a perda de identidade do “eu”. Simulação – surge como intenção de fazermo-nos passar pelo que não somos, usando a aparência. Interatividade – esse estilo de comunicação como um diálogo com um ser inteligente. Profa. Lucila Pesce

  11. Cibercultura Cibercultura Tendência crítico-conciliatória: Umberto Eco Entusiasmo crítico e moderado: Pierre-Lévy Profa. Lucila Pesce

  12. Cibercultura Umberto Eco Devemos operar no mundo que temos. A vida deve ser pensada não adaptando o homem a essas condições, mas a partir delas. Vê com parcimônia os excessos, como, por exemplo, os informacionais. Profa. Lucila Pesce

  13. Cibercultura Pierre-Lévy Nova ecologia cognitiva: estudo da subjetividade resultante da interação entre pessoas, instituições e objetos. TICs como nova tecnologia intelectual. Analogamente à escrita e à imprensa, as TICs trazem consigo um novo modo de pensar o mundo, de conceber as relações com o conhecimento, de aprender. Profa. Lucila Pesce

  14. Cibercultura Convergências entre tais teóricos: Negação da velha máxima sobre a pretensa neutralidade dos objetos. Profa. Lucila Pesce

  15. Festa de ressurreição Considerações sobre a cibercultura, no diálogo com Mikhail Bakhtin (1895-1975, Oriol – próxima a Moscou) e Lévy. Bakhtin: Compartilhava com o marxismo, um interesse no mundo social e histórico, nas suas relações com a formação da consciência e na linguagem como campo e material ideológico. Opunha-se ao dogmatismo marxista. Veja mais. Profa. Lucila Pesce

  16. Bakhtin Preocupação com as questões socioideológicas da linguagem. Compreensão como um processo ativo, dialógico e criativo. Compreender é continuar a criação do interlocutor. Crítica a duas grandes correntes lingüísticas: objetivismo abstrato (Saussure) - linguagem como sistema abstrato de formas. subjetivismo idealista (Humboldt) - linguagem como enunciação monológica isolada, como ato de criação individual. Dimensão ideológica, social e dialógica da linguagem. Profa. Lucila Pesce

  17. Contexto ideológico Consciência individual Realidade Falante Língua Outros enunciados Profa. Lucila Pesce

  18. Dialogismo bakhtiniano - a unidade do mundo é polifônica e polissêmica. Entoação: Entre o verbal e o não verbal; Garante a emotividade e a expressividade; Palavra - contexto extra-verbal. A interação verbal fornece significado à palavra, organizando e formando a atividade mental. A língua, como fato social, pressupõe um direcionamento para o outro. Profa. Lucila Pesce

  19. ENUNCIADO Língua Em eterna modificação Contexto dos falantes Fluxo da comunicação verbal Profa. Lucila Pesce

  20. Transformações histórico-culturais Palavra Em permanente fluidez Ideologia Interação verbal Consciência Profa. Lucila Pesce

  21. Grau de consciência da atividade mental Grau de orientação social Linguagem Diálogo vida Profa. Lucila Pesce

  22. Festa de ressurreição Algumas das idéias de Bakhtin parecem anunciar concepções que somente com o hipertexto se tornarão plenamente compreensíveis: a noção de que não há um único autor, mas vários, de que um texto não é singular, mas compartilhado. Lévy – o papel fundamental das técnicas de comunicação na evolução da cultura e nos campos da filosofia, da antropologia e da educação. Profa. Lucila Pesce

  23. O perigoso zumbido desordenado do discurso Bakhtin – opunha-se ao idealismo subjetivista e ao objetivismo abstrato. Percebe a consciência individual como um fato socioideológico. O contexto que circunda o sujeito, assim como as forças que nele interagem são partes constitutivas da natureza humana, a qual é historicamente determinada. Profa. Lucila Pesce

  24. O perigoso zumbido desordenado do discurso Os signos são construídos em função do contexto histórico. Palavra como signo mediador por excelência. A compreensão manifesta-se como material semiótico. A relação do homem com o mundo é mediada pela linguagem. Sujeito e objeto do conhecimento se interatuam. Relação dialética entre o homem e a cultura. Profa. Lucila Pesce

  25. O perigoso zumbido desordenado do discurso O sujeito constitui-se na linguagem e no processo de interação social. O conhecimento se dá por meio da linguagem e da interação social. A constituição do sujeito passa pelo dialogismo e pela polifonia. Sujeito coletivo,em Lévy / ênfase no “nós”, em Bakhtin. Lévy – ênfase na relação entre a subjetividade humana e as coisas (relação recíproca entre sujeitos e objetos). Profa. Lucila Pesce

  26. O perigoso zumbido desordenado do discurso Bakhtin e Lévy – contrários ao idealismo: Para Bakhtin, a consciência é constituída pela linguagem, pelas ideologias do plano social em constante interação e negocição de sentidos e forças. Para Lévy, isso também ocorre, mas tais forças de intersubjetividade e alteridade envolvem as pessoas e os objetos técnicos que se conformam como nossas tecnologias intelectuais. Profa. Lucila Pesce

  27. O perigoso zumbido desordenado do discurso Intersubjetividade em Bakhtin: Em contraposição à visão estruturalista de Saussure, o teórico propõe a metáfora da cadeia. Associando linguagem e subjetividade, propõe uma descrição plástica e dinâmica para o fenômeno da linguagem: ao passar de um a outro elo de natureza semiótica, o sujeito vai se movendo numa cadeia de criatividade e de compreensão ideológica. Esse percurso é a relação intersubjetiva. Profa. Lucila Pesce

  28. O perigoso zumbido desordenado do discurso Lévy: Semelhanças na concepção sobre a linguagem. Comunicação como jogo: a cada enunciado o contexto é colocado em ação, mas é também questionado e a significação da mensagem é determinada pelo conjunto de dados construídos pelos interlocutores, numa dinâmica de partilha, negociação e permanente (re)construção coletiva. Profa. Lucila Pesce

  29. O perigoso zumbido desordenado do discurso Polissemia: Pessoas diferentes, em contextos diferentes, podem, em função disso, atribuir sentidos diversos a uma mesma mensagem. Pluralidade das significações x unicidade da palavra reforçada pelo objetivismo abstrato criticado por Bakhtin. O texto pode ser comum, mas o hipertexto mental construído a partir dele vincula-se à subjetividade. Lévy e Bakhtin reforçam o conflito, numa situação comunicativa. Profa. Lucila Pesce

  30. O perigoso zumbido desordenado do discurso Hipertexto, em Lévy / Subjetividade em rede na cibercultura: Metamorfose: significações construídas na intersubjetividade, em constante negociação. Multiplicidade: na comunicação fractal, o sujeito é um nó da rede e reproduz em si o seu diagrama. Exterioridade: os sujeitos estão em permanentes conexõe com outros interlocutores e outras redes. Mobilidade dos centros: a comunicação se move para um pólo e constrói novos rizomas em torno de si mesma. Cadeia polifônica: reunião de mentes e sujeitos interconectados. Profa. Lucila Pesce

  31. Novas autorias Em Bakhtin, o repensar da autoria: a estrutura inicial da enunciação passa a ser influenciada pelo meio ideológico, pelo contexto e pelo universo do ouvinte. A mensagem de um emissor assume novas formas, à medida que circula no espaço socioideológico das outras consciências. Consciência constituída no discurso, na relação dialógica com outros sujeitos. Profa. Lucila Pesce

  32. Novas autorias Em Lévy, hipertexto como metáfora da articulação obra/textos/leitor/autor. Confirma as hipóteses bakhtinianas de que o sentido de uma mensagem não é produzido unicamente pelo autor. A palavra convida o ouvinte a produzir novos textos, na rede, em permanente reconstrução. Profa. Lucila Pesce

  33. Novas autorias Na cibercultura, uma outra relação com a produção textual e com o discurso intersubjetivo. Um ambiente semiótico próximo do conceito bakhtiniano de que a palavra é um signo interindividual. Profa. Lucila Pesce

  34. Feitos de leve transitoriedade Dialogismo bakhtiniano - caráter dinâmico da comunicação verbal. Novo tratamento à palavra alheia, à palavra cultural e politicamente desvalorizada - a palavra é polifônica e polissêmica. As premissas de Bakhtin passam pelo confronto do campo das relações sociais. Os aspectos ideológicos do signo excluem qualquer possibilidade de visão singular. Profa. Lucila Pesce

  35. Multivalências Heteroglossia Heterogeneidade Dinamismo dialógico Descentramento Alteridades Polifonia Profa. Lucila Pesce

  36. Feitos de leve transitoriedade Lévy - cibercultura e a relativização com a preocupação com as verdades absolutas, inclusos os fechamentos semânticos dos textos. Memória – oralidade primária. (círculo) Escrita impressa – ênfase na objetividade absoluta. (feudos autorais) Escrita digital – retorno à humanidade viva. (rede) Há que se relativizar – em um mundo excludente como o nosso, quem é esta humanidade? Profa. Lucila Pesce

  37. Problematizando De que forma explorar a polifonia, nos cursos de EaD? Em que medida os cursos de EaD que vocês conhecem têm trabalhado sob enfoque dialógico? A visão sócio-histórica da Bakhtin leva-nos a pensar a linguagem sob a ótica do dialogismo, da polifonia e da polissemia. Qual a importância desse pensamento para a sua formação, como profissional de EaD? Profa. Lucila Pesce

  38. Fontes BAKHTIN, M. (VOLOCHINOV). (1929). Marxismo e filosofia da linguagem. 8ª ed. Trad. M. Lahud e Y. F. Vieira. São Paulo: Hucitec, 1997a. ______. Estética da criação verbal. 2ª ed., Trad. M. E. G. Pereira. São Paulo: Martins Fontes, 1997b. ______. O problema do conteúdo, do material e da forma na criação literária. In: Questões de literatura e de estética: a teoria do romance. 4ª ed. Trad. A. F. Bernadini et al. São Paulo: Hucitec / UNESP, 1998. p. 13 - 70. LÉVY, P. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. 4ª ed. Trad. C. I. da Costa. Rio de Janeiro: Editora 34, 1997. ______. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. Trad. L. P. Rouanet.São Paulo: Edições Loyola, 1998. ______. Ideografia dinâmica: rumo a uma imaginação artificial? Trad. M. Marcionilo e S. Krieger. São Paulo: Edições Loyola, 1998. RAMAL, Andrea Cecília. Educação na cibercultura: hipertextualidade, leitura, escrita e aprendizagem. Porto Alegre: Armed, 2002. (texto-base das lâminas de apresentação) Profa. Lucila Pesce

More Related