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Disciplina de METODOLOGIA CIENTÍFICA (farmacêutica). AULA 1: Conhecimento e Ciência. Profa. Nilce Nazareno da Fonte. Conhecer = apropriar-se mentalmente de algo. - auditiva - olfativa - gustativa - táctil - visual. depende da memória.
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Disciplina de METODOLOGIA CIENTÍFICA (farmacêutica) AULA 1: Conhecimento e Ciência Profa. Nilce Nazareno da Fonte
Conhecer = apropriar-se mentalmente de algo - auditiva - olfativa - gustativa - táctil - visual depende da memória determina os diferentes graus do conhecimento (em função da relação memória X esquecimento)
a produção do conhecimento deve ser fruto de reflexão crítica relação memória X esquecimento tempo + experiências + interpretações produção do conhecimento = aprendizado acervo pessoal = repertório orienta a vida de cada um, devendo portanto ter utilidade prática (pessoal, profissional, social ou política)
Tipos de conhecimento: • conhecimento popular ou empírico: • provém da experiência de vida, após ensaios e tentativas erros e acertos; • os conhecimentos são transmitidos pessoa à pessoa, geração após outra, pela vivência coletiva; • é desprovido de interesse pela causa dos fenômenos. • conhecimento científico: • vai além do empírico, procurando conhecer as causas e leis; • adquirido de modo racional, é conduzido por meio de procedimentos sistematizados e organizados; utiliza método científico.
Tipos de conhecimento (contin.): • conhecimento filosófico: • é obtido exclusivamente a partir do exercício do pensamento e da reflexão; • fundamenta-se na interrogação contínua, sobre si mesmo e sobre a realidade; • habilita o ser humano a fazer uso de suas faculdades para ver melhor o sentido da vida concreta. • conhecimento teológico (religioso): • nasce do mistério; do que está oculto; • provém da fé teológica = quando o “revelador” ou “desvelador” dos mistérios for Deus; • é aquele aceito pela fé teológica, pela aceitação dos dados da revelação Divina.
O conhecimento científico e sua história: • até o Renascimento, era considerado: • certo e geral (aplicável a todos); • metódico e sistemático; • resultado da demonstração e experimentação (só era aceito o que era provado). • a partir dos séculos XVI e XVII = revolução científica: • Copérnico, Bacon, Galileu, Descartes etc.; • nova postura (desconfiança) diante das explicações advindas da tradição e da especulação; • proposta de novas metodologias, baseadas principalmente na observação, experimentação e mensuração dos fatos; • foi sendo gradativamente aplicada a novos setores.
O conhecimento científico e sua história (contin.): • a partir do século XX: • ampliação para todas as áreas do conhecimento; • fundamenta-se numa nova concepção: o conhecimento científico não é pronto, acabado ou definitivo nem é a posse das verdades imutáveis; • é organizado, metódico e sistemático; • dependendo da pesquisa, utiliza-se de métodos diferentes, passíveis de mudança; • aceita que a própria definição de conhecimento científico depende do ponto de vista de quem o define: positivista, dialético, alternativo, moderno, pós-moderno etc.
O que é ciência, afinal? • num sentido amplo, ciência diz respeito a qualquer tipo de saber; • num sentido “científico”, ciência é entendida como uma busca constante de explicações e de soluções, de revisão e de reavaliação de seus resultados, apesar de sua falibilidade e de seus limites (CERVO e BERVIAN, 2002); • é considerada um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos metodicamente, sistematizados e verificáveis que fazem referência a objetos de uma mesma natureza (ANDER-EGG, citado por RAVEN, 2002); • a capacidade de questionar e sobretudo de se questionar é a razão de ser mais profunda da ciência. O questionamento acrescenta-lhe alguma dimensão, algum olhar, alguma preocupação que antes não existia ainda (DEMO, 2000).
O que é ciência, afinal? (contin.) • relaciona-se metodologia científica com “saber pensar” • • reforçando o sentido de autonomia • não vale a pena ser “porta-voz”!!! • lemos e estudamos autores, livros, teorias, dados etc. para construirmos nosso repertório e nos tornarmos autores, e não discípulos ! (adaptado de DEMO, 2000)
O espírito científico: • fazer ciência não é privilégio de um tipo em particular de pessoa, nem privilégio de povos, de raças e de culturas. A ciência pode ser praticada também nas mais variadas situações da vida; • o espírito científico é a expressão de uma mente crítica, objetiva e racional; • o verdadeiro possuidor de espírito científico é imparcial, não torce os fatos, respeita escrupulosamente a verdade, evita plágio, cultiva a honestidade, não colhe como seu o que os outros plantaram, tem horror às acomodações, é corajoso para enfrentar os obstáculos, não reconhece fronteiras, não admite intromissões de autoridades estranhas ou limitações em seu campo de investigação; • o essencial na vida acadêmica não está nos conhecimentos científicos adquiridos ou nos bons ou maus professores, mas em aprender como trabalhar, como enfrentar e solucionar os problemas que se apresentam não só na universidade, mas principalmente na vida profissional.
Os métodos da ciência: • etimologicamente, método é o caminho para determinado fim; • é o conjunto de procedimentos utilizados na investigação; • a escolha do método depende do objetivo da pesquisa, do objeto e do problema estudado; • não existe um método único aplicável a qualquer tipo de pesquisa. • não confundir com técnica = recurso que viabiliza o método, ou, aplicação do plano metodológico e a forma de executar. • a técnica está subordinada ao método.
Diferentes classificações quanto aos métodos: • métodos de abordagem: consistem na forma como os raciocínios resultantes da pesquisa são encaminhados: ex.: indutivo, dedutivo, hipotético-dedutivo, dialético etc.; • métodos de procedimento: correspondem às etapas mais concretas da investigação, com finalidade mais restrita e menos abstrata: ex.: histórico, comparativo, estatístico, estruturalista etc.; • métodos de coleta de informações: • qualitativo • quantitativo
Diferentes classificações quanto aos métodos (contin): • método de investigação quantitativa: • envolve a coleta sistemática de informação, mediante condições controladas e procedimentos estatísticos; • busca a quantificação, utilizando procedimentos estruturados e instrumentos formais para a coleta de informações; • busca estabelecer relações de causa e efeito. • método de investigação qualitativa : • envolve a coleta e análise sistemática de materiais narrativos mais subjetivos, evitando o controle; • trabalha com realidades não quantificáveis, não utilizando instrumentos formais e estruturados, podendo usar roteiros e perguntas abertas na coleta de informações; • é globalizante, procurando captar a situação ou o fenômeno em toda a sua extensão.
Independente de qual caminho, ou método, ou técnica, “o desafio de países como o Brasil é, sobretudo, encontrar soluções para os graves problemas sociais que o país vive, soluções essas muito mais urgentes e necessárias que toda a indústria de armas, de foguetes e de viagens espaciais, por ex.” CERVO e BERVIAN, 2002, p. 16.
Chega por hoje? Então... Até a próxima aula!