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Prof. Bruno Batista. A industrialização brasileira. 1. A estrutura industrial brasileira. Atualmente, a atividade industrial é responsável por cerca de 25% do PIB;
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Prof. Bruno Batista A industrialização brasileira
1. A estrutura industrial brasileira Atualmente, a atividade industrial é responsável por cerca de 25% do PIB; Predominam os setores: siderúrgicos, metalúrgicos, mecânicos, elétricos, químicos e petroquímico, de veículos, de alimentos e bebidas, têxteis, de convecção, de calçados, de papel e celulose; Formou uma estrutura industrial complexa nos setores de bens de consumo; Deficiência e carência na produção de bens de capital e de produção (base).
2. Fatores que favorecem a expansão do parque industrial: Expansão do mercado consumidor interno; Ampliação das exportações de bens industrializados; Aumento na produtividade industrial; Melhoria na qualidade dos bens produzidos; Maior dispersão espacial dos estabelecimentos industriais fora do Eixo Rio - São Paulo.
3. Fatores que favorecem que dificultam a expansão do parque industrial: Deficiência e alto preço nos transportes; Baixos investimentos governamentais em ciência e tecnologia; Baixa qualificação da força de trabalho; Barreiras tarifárias impostas por outros países à importação de produtos brasileiros.
4. Organização espacial das atividades econômicas brasileiras até 1930 Organização espacial dispersa; Espaços econômicos regionais isolados e autônomos (Arquipélagos Regionais); Não havia integração nacional; Exemplo: Região Nordeste – Cana, cacau, algodão, tabaco; Região Sudeste – Café; Região Sul – Carne; Região Norte – Borracha. As poucas indústrias de bens de consumo (setor têxtil e alimentício) escoavam sua produção apenas em escala regional.
5. Organização espacial das atividades econômicas brasileiras após-1930 Formação do espaço nacional integrado; Organização centro-periferias = centro-econômico (Sudeste) e diversas periferias. Economia industrial concentrada no Sudeste;
6. Desconcentração industrial espacial a partir de 1970 Objetivos: redução dos custo de produção industrial; Melhoria da infra-estrutura industrial das outras regiões (estradas e hidrelétricas); Oferta de mão-de-obra barata; Incentivos fiscais (isenção de impostos); Doação de terrenos;
7. Motivos da concentração industrial em São Paulo Crise do Café – redução nas exportação; Acumulação de capitais do ciclo do café; Infra-estrutura (sistema bancário, de transporte e de energia elétrica) criada pela economia cafeeira; Disponibilidade de mão-de-obra imigrante (barata e qualificada) liberados pelos cafezais;
Grande Depressão: Desempregados fazem fila para tomar a sopa gratuita em Chicago (EUA), durante a crise econômica da década de 1930.
8. A Política Industrial da Era Vargas De 1930 a 1956 = explícita intervenção estatal (KEYNESIANISMO); Valorização das indústrias de bens de produção (base); Criação das Estatais: siderurgia (CSN), petroquímica (Petrobras), mineração (CVRD), elétrico (CHESF), bens de capital (FNM); Criação e Órgão Federais:Conselho Nacional de Economia (CNE), BNDES; Política industrial voltada à produção interna; Implantação de leis e tributos que restringiam a importação de bens de consumo e de produção; Leis trabalhistas: Salário mínimo, férias anuais, descanso semanal remunerado;
Primeiro poço produtor de petróleo no Brasil. Lobato, BA, agosto de 1938. Visita do Presidente Getúlio Vargas a Refinaria Landulpho Alves (RLAM).
Inauguração da Companhia Siderúrgica Nacional - CSN Petróleo jorrando na Bahia.1950.
Construção da Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda. Cartão Postal editado pelo DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), sobre a Usina de Volta Redonda.
9. A Política Industrial de Juscelino Kubitschek (1956 – 1961) Plano de Metas = plano desenvolvimentista (crescer “50 em 5”) Consistia em maciços investimentos estatais em diversos setores econômicos, tornando o país atraente aos investimentos externos; Investimentos estatais em infra-estrutura; Investimentos externos nos setores automobilístico, químico-farmacêutico e de eletrodomésticos; Formação do tripé industrial do Brasil: Indústrias de bens de consumo não-duráveis – Capital privado nacional; Indústria de bens de produção e de capital – Capital estatal Indústria de bens de consumo duráveis – Capital Internacional.
O Presidente Juscelino Kubitschek apresenta ao país o Plano de Metas.
Juscelino Kubitschek abriu as portas do país ao capital estrangeiro
JK dirige o L-312, primeiro caminhão da Mercedes-Benz no Brasil. 1956. Inauguração da Volkswagen
10. Conseqüências do Plano de Metas Aumento da inflação e da dívida externa; Afastamento da capital federal do centro-econômico e populacional; Opção pelo sistema de transporte rodoviário; Acentuou a concentração industrial no Sudeste (ampliação das desigualdades regionais); Intensificação nas migrações internas no país. Criação das Superintendências Regionais (SUDENE, SUDAM, SUDECO, SUDESUL)
João Goulart Posse de Jânio Quadros
11. A Política Industrial do Regime Militar (1964 – 1985) Em 1964 – início da Ditadura Militar – Brasil: 43º PIB Mundial/ U$ 3,7 dívida externa; Em 1985 – Final da Ditadura Militar – Brasil: 8º PIB Mundial/ U$ 95 dívida externa; Crescimento e modernização do parque industrial brasileiro; Melhoria na infra-estrutura de energia, transportes e comunicações; “Milagre econômico brasileiro” – baseado na concentração da renda e no endividamento externo (taxa de juros flutuantes); investimentos em obras faraônicas (Transamazônica, usinas nucleares); Novo slogan: “Exportar e o que importa” – Fim da substituição de importações; Sucateamento do parque industrial nacional.
Manobras militares em frente ao Ministério do Exército no Rio de Janeiro, abril de 1964. Construção da Usina Nuclear de Angra dos Reis. C. 1979.
12. Medidas para crescimento do PIB Aumento do Superávit na balança comercial; Arrocho salarial; Subsídios as exportações; Negligência com o meio ambiente; Desvalorização cambial; Combate a inflação com redução dos salários. Paradoxo: “A economia crescia, mas o povo empobrecia”.