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A ciência moderna. Ambiente da revolução cientifica O século XVI. Invenção da imprensa (Gutemberg, 1453) Grandes navegações e a descoberta do novo mundo Laicização da ciência Mercantilismo Renascimento Reforma religiosa (Lutero) (Leonardo da Vinci, a Proporção humana).
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Ambiente da revolução cientifica O século XVI • Invenção da imprensa (Gutemberg, 1453) • Grandes navegações e a descoberta do novo mundo • Laicização da ciência • Mercantilismo • Renascimento • Reforma religiosa (Lutero) (Leonardo da Vinci, a Proporção humana)
A revolução científica do sec. XVI. A ruptura com o “mundo finito” Mundo finito da Physis Grega A Physiscomo um grandeorganismo queabarcatodas as coisasquevêm a existir porsimesmas, semassistência dos humanos. A Physis é o lugar da ordeme da regularidade, do movimentoperpétuo e inteligente. (Arendt, 2000)
Aristóteles e a teoria dos dois mundos • Mundo sublunar: Agua, terra ar e fogo (corruptivel e imperfeito) • Mundo supra lunar (Astros, esferas perfeitas, movimentos circulares e constantes) • Física do repouso: o estado perfeito para o qual tendem os objetos naturais
O mundo finito da Idade Média A natura Cristã A natura cristã, diferentemente da noção grega de Physis, é incapaz de ordenar seus próprios movimentos, está submetida às leis que lhe impõem um espírito inteligente que lhe é exterior: o Deus Criador e Senhor da natureza (Arendt,2000).
O espaço infinito A matemática, a física e a astronomia modernas
Nicolau Copérnico (1473-1543) Representação do sistema heliocêntrico copernicano do De revolutionibus orbium coelestium. Órbitas circulares e movimento esférico dos planetas. Mantém o modelo geocêntrico de Ptolomeu) Fonte: www.klepsidra.net/klepsidra18/copernico2.jpg>
JohannesKepler (1571 a 1630) Kepler'smodel to explain the relative distances of the planets from the Sun in the Copernican System. Portrait: Johnnes Kepler GesammelteWerke (Munich: C. H. Beck, 1937), Vol. I, frontispiece. NestingSpheres Fonte: http://galileo.rice.edu/sci/kepler.html O movimento dos planetas é elíptico e não é uniforme
Galileu (1564-1642) e o universo como espaço infinito O Cosmos é regido por leis matemáticas únicas.
A matematização do mundo • A filosofia encontra-se escrita neste grande livro que continuamente se abre perante os nossos olhos (isto é, o universo), que não se pode compreender antes de entender a língua e conhecer os caracteres com que está escrito. Ele está escrito em língua matemática, os caracteres são triângulos, circunferências, e outras figuras sem cujos meios é impossível entender humanamente as palavras; sem eles nós vagamos perdidos dentro de um obscuro labirinto (GALILEU, 1978, p.119).
Galileu – Telescópio As observações propiciadas pelo telescópio superaram definitivamente o heliocentrismo
Francis Bacon (1561 a 1626) e o “NovumOrganum”. Em contraponto ao “organun aristotélico”. A inteligibilidade nasce dos fatos: observação sistemática, hipóteses, controle dos fatos observado, generalização. As leis gerais derivam dos fatos observáveis. Método indutivo.
Descartes (1596-1650) O discurso do método Discours de la Méthode pour bien Conduire Sa Raison et Chercher la Vérité à travers les Sciences
Os preceitos do Método: a dúvida como antídoto dos sentidos, e do hábito, dos costumes O primeiro preceito era o de jamais aceitar alguma coisa como verdadeira que não soubesse ser evidentemente como tal, isto é, de evitar cuidadosamente a precipitação e a prevenção, e de nada incluir em meus juízos que não se apresentasse tão clara e tão distintamente a meu espírito que eu não tivesse nenhuma chance de colocar em dúvida. O segundo, o de dividir cada uma das dificuldades que eu examinasse em tantas partes quantas possíveis e quantas necessárias fossem para melhor resolvê-las. O terceiro, o de conduzir por ordem meus pensamentos, a começar pelos objetos mais simples e mais fáceis de serem conhecidos, para galgar, pouco a pouco, como que por graus, até o conhecimento dos mais complexos e, inclusive, pressupondo uma ordem entre os que não se precedem naturalmente uns aos outros. E o último, o preceito de fazer em toda parte enumerações tão completas e revisões tão gerais que eu tivesse a certeza de nada ter omitido” (Descartes, 1998, p. 44-45).
Objetividade: a purificação do real pela razão e a busca de uma matriz neutra para o pensamento • Descartes funda o conhecimento na objetividade. Torna-se capaz de propiciar uma nova segurança epistemológica a substituir aquilo que foi perdido com a dissolução da visão de mundo medieval. É um modelo que, embora sob críticas, ainda faz parte da filosofia analítica dos dias de hoje e essa ainda gira em torno da imagem da pureza. Locke falou na filosofia como remoção do ‘lixo que há no caminho do conhecimento’. Três séculos depois, Quine escreveu que a tarefa do filósofo era ‘limpar os ontológicos cortiços’ (Bordo, 1987, p. 76). • Descartes vê os sentidos como a fonte de toda compreensão equivocada. Os escolásticos têm argumentado que nada ainda alcançou o intelecto sem ter antes passado pelos sentidos. Entretanto, Descartes mina essa proposição. Argumenta que os sentidos, de modo semelhante às emoções, eram sempre uma fonte de erro(Grun, 2009)
Newton (1643 a 1727) e os “princípios matemáticos da filosofia natural” http://www.lib.cam.ac.uk/portsmouth_and_macclesfield/full.php?url=Add.3965.Sec19.745,r.tif.jpg&select=259&date=&name=&language=&search_term=
Newton A partir das leis de Kepler propõe as três leis que descrevem o comportamento dos corpos em movimento. Lei da Inércia Lei da aceleração (principio da dinâmica) Lei da ação e reação www.royalsociety.org/turning-the-pages
Consequências filosóficas da Revolução Cientifica Cientificismo: Ciência é única fonte do saber legítimo excluindo a religião, a filosofia e a arte e os saberes populares Reducionismo: a realidade se reduz a suas qualidades mensuráveis Matematização: princípio unificador do real Autonomia da razão: caminho metódico para obter a verdade cientifica Mecanicismo: O mundo como maquina em movimento explicável pelas leis da mecânica