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Iluminismo e Revolução Francesa. Prof. Ms. Fernando Carvalho. Definição : movimento filosófico, intelectual e científico que contrariou as bases do Antigo Regime; Quando : século XVIII; Onde? ING (início), FRA (auge);
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Iluminismo e Revolução Francesa • Prof. Ms. Fernando Carvalho
Definição: movimento filosófico, intelectual e científico que contrariou as bases do Antigo Regime; • Quando: século XVIII; • Onde? ING (início), FRA (auge); • Quem? O iluminismo representou basicamente a forma da burguesia interpretar o mundo; • Características básicas: • Racionalismo; • Cientificismo; • Antiabsolutismo; • Anticlericalismo; • Defesa das liberdades individuais.
Principais representantes do Iluminismo: A) JHON LOCKE (ING): • Precursor do Iluminismo (considerado o “Pai” do Iluminismo). • Direitos naturais e inalienáveis dos homens: vida, liberdade e propriedade. • Os governos existem para preservar esses direitos. • LIBERALISMO POLÍTICO. • Defesa da Monarquia Parlamentar (Constitucional);. • Conhecimento = experiência e razão.
B) ADAM SMITH (ING): • “Pai” da economia. • Não intervenção do Estado na Economia. • Livre concorrência, lei da oferta e da procura, divisão do trabalho. • Riqueza = trabalho. • LIBERALISMO ECONÔMICO.
C) FISIOCRACIA (FRA): • Versão francesa do liberalismo econômico. • Não intervenção do Estado na economia. • Riqueza = agricultura. • Teóricos destacados: QUESNAY, GOURNAY, MIRABEU, DUPONT E TURGOT. • Lema: “Laissez faire, laissez passer, le monde va de lui-même” (Deixai fazer, deixai passar, que o mundo anda por si mesmo).
D) C. S. MONTESQUIEU (FRA): • Divisão de poderes: executivo, legislativo e judiciário. • Harmonia e autonomia entre os poderes. • Submissão de TODOS perante a lei. E) J. M. VOLTAIRE (FRA): • Crítica ao clero e a intolerância. • Igualdade jurídica. • Liberdade de expressão. • Monarquia ilustrada.
F) J. J. ROUSSEAU (FRA): • Soberania popular. • Poder = povo (democracia). • Teoria do bom selvagem. • O mais importante e influente. G) DIDEROT e D’ALEMBERT (FRA): • Enciclopedistas.
O Despotismo Esclarecido: • Reis absolutistas que influenciados pelas idéias iluministas promovem reformas em seus países, porém sem abdicar de seu imenso poder. • Tentativa de evitar rebeliões internas.
Importância do movimento: • Influenciou uma série de movimentos na Europa e fora dela que abalam definitivamente o Antigo Regime ao longo dos séculos XVIII e XIX, como por exemplo a Independência dos EUA e a Revolução Francesa; • Base do pensamento contemporâneo em muitas sociedades ocidentais, no que diz respeito a organização política, econômica e social.
Contexto Geral da França Pré-revolucionária • Crise Econômica: A França era basicamente agrária e semifeudal, aliada ao crescimento demográfico e catástrofes naturais. • Crise Política: Crise do antigo regime, fortalecimento econômico da burguesia. • Crise Social: A sociedade francesa era dividida em: 1º estado (clero), 2º estado (nobreza) e 3º estado (povo). • Obs: o primeiro e o segundo estado não pagavam impostos, ficando toda a carga tributária para o terceiro estado.
As Fases da Revolução A convocação dos Estados Gerais (1789): • Convocada pelo rei Luís XVI; • Reunião dos representantes dos três estados; • 1º estado (291 deputados), 2º estado (270) e o 3º estado (578); • O voto era por estado e não por representante individual. • O 3º estado se retiram e trancados na sala de jogo da péla declararam-se Assembléia Nacional Constituinte
As Fases da Revolução • Criação de uma Guarda Nacional financiada pela burguesia contra o rei; • A queda da Bastilha em 14/07/1789; • O Grande Medo – reação camponesa contra os privilégios da aristocracia, invadiram, saquearam e incendiaram propriedade rurais.
As Fases da Revolução Assembléia Nacional (1789-1792) • Período caracterizado pelo fim do absolutismo e pela promulgação de uma nova constituição; • Abolição dos direitos feudais; • A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão; • A Constituição Civil do Clero. • Em 1791 foi proclamada a primeira Constituição da França.
As Fases da Revolução Assembléia Nacional (1789-1792) • A Primeira Constituição da França: • Estabelecia a monarquia constitucional; • Composta pelos três poderes (executivo, legislativo e judiciário); • O voto era censitário. Os grupos políticos: • Os girondinos; • Os jacobinos; • Reação da nobreza contra os revolucionários; • O rei Luís XVI é preso.
As Fases da Revolução Convenção Nacional (1792-1795) • Foi a fase mais radical da Revolução Francesa e dominada pelos jacobinos; • Aprovação de uma nova constituição em 1793; • Ocorreu a execução do rei Luís XVI (21/01/1793) • A fundação do museu do Louvre; • Criação do comitê de Salvação Pública (responsável pela administração e defesa externa do país); • O Comitê de Salvação Nacional (segurança interna); • O Tribunal revolucionário (julgava os opositores da Revolução); • O regime de terror (Robespierre); • O Golpe do Termidor – pôs fim a era jacobina e iniciou o diretório
As Fases da Revolução Diretório (1795-1799) • Caracterizado pela supremacia girondina; • Era exercido por um diretório composto por 5 membros; • Enfrentou levantes populares e crise econômica e social; • Em 1796, ocorreu a Conspiração dos Iguais – liderado por “Graco” Babeuf. • Externamente a França obtinha vitórias contra as forças absolutistas da Espanha, Holanda, Prússia e reinos da Itália (a segunda coligação); • Destaque para as vitórias militares de Napoleão Bonaparte; • Napoleão Bonaparte (apoiado pelos girondinos) promoveu o Golpe 18 Brumário que pôs fim ao Diretório instaurando o Consulado.
O Consulado era representado por três elementos; • O poder na prática concentrou-se nas mãos de Napoleão; • Período marcado pela consolidação das conquistas burguesas. Obs: o saldo da Revolução: a aristocracia perdeu seus privilégios, fim das amarras feudais,a destruição do Antigo Regime, criação de um mercado nacional, transformação de um estágio feudal para o capitalista e a consolidação de um Estado burguês.
A Era Napoleônica e o Congresso de Viena (1799 – 1815) Napoleão Bonaparte: • Nascido na Córsega em 1769; • Alcançou o generalato com apenas 24 anos; • Ganhou prestígio popular e junto as suas tropas devido as sucessivas vitórias militares; • Comandou a Campanha da Itália, em 1797 e assinou a Paz de Campofórmio com os austríacos obtendo importantes vantagens territoriais; • Comandou a campanha do Egito (1798 – 1799); • Venceu a Segunda Coligação – países contra a França.
A Era Napoleônica e o Congresso de Viena (1799 – 1815) O Consulado (1799 – 1804): • As prioridades desse governo era enfrentar as ameaças externas e reorganizar a economia e a sociedade francesa; • Assinou com a Inglaterra a Paz de Amiens (1802); • Fundou o Banco da França; • Criou um novo padrão monetário – o franco • Estimulou a indústria nacional e a produção agrícola
Europa no século XIX • Fatores: • Queda de colheitas; • Situação de miséria do proletariado; • Ausência de garantias e direitos fundamentais para o trabalhador; • Repressão à liberdade de expressão; • Aliança temporária entre setores da pequena e média burguesias com o proletariado; • Ideais nacionalistas, liberais e socialistas
Liberalismo • Democracia; • Poderes separados em Executivo, Legislativo e Judiciário; • O Estado deveria servir o cidadão respeitando a sua liberdade; • Liberalismo econômico (iniciativa privada); • O Estado deveria estar separado da Igreja; • Liberdade religiosa e filosófica
Nacionalismo • Respeito pela formação natural dos povos, ligados por laços étnicos, lingüísticos e por outros laços culturais; • Direito de todos os povos lutarem por sua independência como nação; • Direito dos povos de viverem, com autodeterminação, num território unificado.
As revoluções liberais na França A restauração dos Bourbon: Luís XVIII e Carlos X Luís XVIII (1815-1824): • “Terror Branco”: violenta repressão aos grupos bonapartistas e liberais; • Equilíbrio entre o liberalismo burguês e as forças aristocráticas tradicionais. Carlos X (1824-1830): • Desejava a instituição do Absolutismo de direito divino; • Foi apoiado pela Igreja e por setores ultraconservadores; • Deu à Igreja o controle do ensino promovendo o retorno dos jesuítas; • Indenizou aristocratas que tiveram suas propriedades confiscadas durante a Revolução Francesa.
Revolução de 1830: a alta burguesia contra o rei • 1830: Carlos X, para reprimir o liberalismo, dissolveu a Câmara dos Deputados e impôs severa censura à imprensa; • julho/1830: estoura a revolução liderada pela alta burguesia financeira que conseguiu depor Carlos X. Em seu lugar subiu Luís Felipe D’Orleans que governou até 1848. Luís Felipe, o rei burguês: • Governou para a burguesia (banqueiros); • Foi apoiado por seu ministro François Guizot; • Procurou harmonizar o apoio da burguesia liberal e a resistência conservadora para que, garantindo a ordem social interna, pudesse dar liberdade econômica às classes dominantes. • Expansão colonial em direção à África e à Oceania; • O proletariado vivia numa situação de miséria absoluta.
Revolução de 1848: o levante popular contra o reinado dos banqueiros • Com o descontentamento das classes populares, um grande levante (estudantes, trabalhadores e membros da Guarda Nacional), liderados por liberais e socialistas, rebelaram-se contra Luís Felipe e seu ministro Guizot que foram derrubados do poder; • Formou-se um governo provisório composto de representantes da burguesia liberal (Alphonse de Lamartine) e de socialistas (Louis Blanc); • Tentando melhorar a situação dos trabalhadores foram criadas as Oficinas Nacionais que eram empresas dirigidas e sustentadas pelo Estado. Todavia, para mantê-las foram criados impostos, fato este que a burguesia não gostou.
Para conter os trabalhadores o general Eugène Cavaignac, recebeu plenos poderes para reprimir violentamente o povo. Resultado: 16 mil pessoas assassinadas e 4 mil expulsas do país. • Mesmo depois da violenta repressão aos trabalhadores, a burguesia sentia a necessidade de consolidar as instituições políticas para impor um clima de ordem pública ao país. Promulgou-se uma nova Constituição e foram marcadas eleições para presidente; • Foi eleito Luís Napoleão Bonaparte que governou com o apoio do exército, Igreja e da burguesia. Em 1852, ele deu um golpe de Estado e implantou uma ditadura na qual ele recebeu o título de Napoleão III. Governou até 1870. • Conclusão: a revolução de 1848 foi um fracasso para o proletariado, todavia a burguesia industrial chegara ao poder. O ciclo revolucionário iniciado em 1789 chegava ao fim.