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Para entender o filme “Batismo de Sangue”.
E N D
Foi baseado no livro do frei dominicano Betto que relata as fortes resistências à ditadura militar vigente no Brasil nas décadas de 1960 e 1970. Durante este período de repressão, movidos por ideais cristãos, os freis dominicanos - "Tito", "Betto", "Oswaldo", "Fernando" e "Ivo" - educados para pregar a paz, mas dispostos a apoiar clandestinamente a guerrilha, passam a auxiliar logística e politicamente o grupo guerrilheiro Ação Libertadora Nacional, comandado à época por Carlos Marighella. Porém, os religiosos são presos, torturados e demonizados como terroristas pelos membros do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social).
(Belo Horizonte, 25 de agosto de 1944) é um escritor e religiosodominicanobrasileiro. Professou na Ordem Dominicana, em 10 de fevereiro de 1966, em São Paulo. • Adepto da Teologia da Libertação, é militante de movimentos pastorais e sociais, tendo ocupado a função de assessor especial do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva entre 2003 e 2004. Foi coordenador de Mobilização Social do programa Fome Zero. • Esteve preso por duas vezes sob a ditadura militar: em 1964, por 15 dias; e entre 1969-1973.2 Após cumprir quatro anos de prisão, teve sua sentença reduzida pelo STF para dois anos. Sua experiência na prisão está relatada nos livros "Cartas da Prisão" (Agir), "Dário de Fernando - nos cárceres da ditadura militar brasileira" (Rocco) e Batismo de Sangue (Rocco).
Premiado com o Jabuti de 1983, traduzido na França e na Itália, Batismo de Sangue descreve os bastidores do regime militar, a participação dos frades dominicanos na resistência à ditadura, a morte de Carlos Marighella e as torturas sofridas por Frei Tito. Baseado no livro, o diretor mineiro Helvécio Ratton produziu o filme Batismo de Sangue, lançado em 2007. • Frei Betto recebeu vários prêmios por sua atuação em prol dos direitos humanos e a favor dos movimentos populares. • Assessorou vários governos socialistas, em especial Cuba, nas relações Igreja Católica-Estado.
Nasceu em Fortaleza e estudou no Liceu do Ceará. Assumiu a direção da Juventude Estudantil Católica em 1963 e foi morar emRecife. Ingressou no noviciado dos dominicanos em Belo Horizonte em 1966 e fez a profissão dos votos no ano seguinte, mudando-se então para São Paulo para estudar Filosofia na Universidade de São Paulo. Em outubro de 1968, Frei Tito foi preso por participar de um congresso clandestino da União Nacional dos Estudantes em Ibiúna. Foi fichado pela polícia e tornou-se alvo de perseguição da repressão militar. • No dia 4 de novembro de 1969, foi preso juntamente com outros dominicanos pelo Delegado Fleury, do DOPS. Durante cerca de trinta dias, sofreu torturas nas dependências deste órgão, de onde foi levado para o Presídio Tiradentes.
No início de 1970, Frei Tito foi torturado nos porões da chamada “Operação Bandeirantes”. Na prisão, ele escreveu sobre a sua tortura e o documento correu pelo mundo e se transformou em símbolo de luta pelos direitos humanos. Em 1971 foi deportado para o Chile e, sob a ameaça de novamente ser preso, fugiu para a Itália. Traumatizado pela tortura que sofreu, Frei Tito submeteu-se a um tratamento psiquiátrico. Seu estado era instável, vivendo uma agoniada alternância entre prisão e liberdade diante do passado. • No dia 10 de agosto de 1974, um morador dos arredores de Lyon, encontrou o corpo de Frei Tito, suspenso por uma corda. A causa da morte – suspeita de suicídio – tornou-se um enigma.
Carlos Marighella (Salvador, 5 de dezembro de 1911 – São Paulo, 4 de novembro de 1969) foi um político, guerrilheiro e poetabrasileiro, um dos principais organizadores da resistência contra o regime militar a partir de 19641 . Chegou a ser considerado o inimigo "número um" da ditadura militar. • Foi morto pelo Regime Militar
DOPS • O Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), criado em 1924, foi o órgão do governobrasileiro utilizado no Regime Militar de 1964, cujo objetivo era controlar e reprimir movimentos políticos e sociais contrários ao regime no poder.
Sérgio Fernando Paranhos Fleury (Niterói, 19 de maio de 1933 — Ilhabela, 1 de maio de 1979) foi um policial que atuou como delegado do DOPS de São Paulo, durante a ditadura militar no Brasil. Ficou notoriamente conhecido por sua pertinácia ao perseguir os opositores do regime - Ditadura Militar de 1964.