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EUA: Desenvolvido  Industrializado  Exportação de manufaturas  Desenvolvimento tecnológico

EUA: Desenvolvido  Industrializado  Exportação de manufaturas  Desenvolvimento tecnológico Brasil: Subdesenvolvido  Agrícola  Exportação de matérias-primas & produtos agrícolas EUA: Pequenas & médias propriedades  Mercado interno  Distribuição de renda

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EUA: Desenvolvido  Industrializado  Exportação de manufaturas  Desenvolvimento tecnológico

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Presentation Transcript


  1. EUA: Desenvolvido  Industrializado  Exportação de manufaturas Desenvolvimento tecnológico Brasil: Subdesenvolvido  Agrícola  Exportação de matérias-primas & produtos agrícolas EUA: Pequenas & médias propriedades  Mercado interno  Distribuição de renda Brasil: Plantation  Mercado externo  Concentração de renda

  2. “A ocupação econômica das terras americanas constitui um episódio da expansão comercial da Europa” • Portugal já produzia açúcar na Madeira antes de Veneza ter problemas de comunicação com o Oriente “O restabelecimento dessas linhas, contornando o obstáculo otomano, constitui sem dúvida alguma a maior realização dos europeus na segunda metade desse século. A descoberta das terras americanas é, basicamente, um episódio dessa obra ingente”

  3. Para os portugueses, foi um “episódio secundário”, durante meio século Para os espanhóis, o ouro foi a razão de ser da América desde o início “O início da ocupação econômica do território brasileiro é em boa medida consequência da pressão exercida sobre Portugal e Espanha pelas demais nações europeias”  Portugal resistiu aos franceses; espanhóis tiveram de “ceder” parte do Caribe (Antilhas)

  4. “Coube a Portugal a tarefa de encontrar uma forma de utilização econômica das terras americanas que não fosse a fácil extração de metais preciosos • Somente assim seria possível cobrir os gastos de defesa dessas terras” “De simples empresa espoliativa e extrativa – idêntica à que na mesma época estava sendo empreendida na costa da África e nas Índias Orientais – a América passa a constituir parte integrante da economia reprodutiva europeia, cuja técnica e capitais nela se aplicam para criar de forma permanente um fluxo de bens destinados ao mercado europeu”

  5. A exploração econômica do Brasil deveria parecer, no séc. XVI, inviável. Os fretes eram tão caros que somente produtos manufaturados e especiarias podiam comportá-los Os custos de uma empresa agrícola nas distantes terras da América eram enormes: “É fato universalmente conhecido que coube aos portugueses a primazia nesse empreendimento. Se seus esforços não tivessem sido coroados de êxito ... dificilmente Portugal teria perdurado como grande potência colonial na América”

  6. 1. Experiência técnica de produzir açúcar na ilha da Madeira: desenvolvimento em Portugal de uma indústria de equipamentos para engenhos açucareiros 2. Experiência comercial de produzir açúcar na ilha da Madeira: nas ilhas, comércio inicialmente com Veneza; aos poucos produção passa a ser comercializada na Antuérpia e, em seguida, Amsterdã  “Os flamengos recolhiam o produto em Lisboa, refinavam-no e faziam a distribuição por toda a Europa” (em 1556, os “holandeses” já tinham 19 refinarias)

  7. 3. O lucrativo tráfico de escravos africanos: Havia escassez de mão-de-obra em Portugal. Os índios também foram muito utilizados, mas o mercado africano de escravos era lucrativo e representava MO barata “sem a qual a colônia agrícola seria economicamente inviável” “Cada um dos problemas referidos pôde ser resolvido no tempo oportuno, independentemente da existência de um plano geral preestabelecido... No século seguinte, quando se modifica a relação de forças na Europa ... Portugal já havia avançado enormemente na ocupação efetiva da parte que lhe coubera [pelo Tratado de Tordesilhas]”

  8. Brasil: “magníficos resultados financeiros abriram perspectivas atraentes à utilização econômica das novas terras (...) Sem embargo, os espanhóis continuavam concentrados em sua tarefa de extrair metais preciosos” “A política espanhola estava orientada no sentido de transformar as colônias em sistemas econômicos o quanto possível autossuficientes e produtores de excedente líquido transferido para a Metrópole”

  9. [CF “compra” a tese de Hamilton de que a inflação na Europa originou-se da prata espanhola. Mas alguns autores creditam o atraso da Espanha à perda de competitividade] “A decadência econômica da Espanha prejudicou enormemente suas colônias americanas. Fora da exploração mineira, nenhuma outra empresa econômica de envergadura chegou a ser encetada”

  10. A América espanhola tinha melhores terras, mão-de- obra mais evoluída, muito capital: poderia ter dominado o mercado de açúcar desde o século XVI “Um dos fatores do êxito da empresa colonizadora agrícola portuguesa foi a decadência mesma da economia espanhola, a qual se deveu principalmente à descoberta dos metais preciosos”

  11. “O quadro político-econômico dentro do qual nasceu e progrediu a empresa agrícola no Brasil foi profundamente modificado pela absorção de Portugal na Espanha. A guerra que contra este país promoveu a Holanda repercutiu profundamente na colônia portuguesa da América Os holandeses não pretendiam renunciar a um negócio cujo êxito fora em boa parte obra sua. A luta pelo controle do açúcar fez parte da guerra entre Espanha e Países Baixos

  12. Holandesesocuparam parte do NE brasileiro (1630-54) e ali conheceram todos os aspectos técnicos e organizacionais da indústria açucareira. Daí foram produzir açúcar no Caribe  fim do monopólio de Portugal/Brasil Na 2ª metade do séc. XVII, os preços do açúcar caem pela metade; também pela metade caem as exportações brasileiras

  13. Logo, a renda real da produção de açúcar era de cerca de ¼ do que havia sido na sua melhor época “A depreciação, com respeito ao ouro, da moeda portuguesa, observada nessa época, é praticamente das mesmas proporções, o que indica claramente a enorme importância para balança de pagamentos de Portugal que tinha o açúcar brasileiro”

  14. “Será apenas em 1641 que se vai registar a desvalorização da prata em cerca de 20%, iniciando-se assim um período de intensas desvalorizações monetárias Entre 1640 e 1688, o preço do ouro aumentou ... o rácio ouro/prata, que em 1640 tinha o valor de 1:10,7 em 1688 assumia o valor de 1:15,5, isto apenas se considerarmos os dois momentos extremos do período - no ano de 1662 o rácio tem o valor de 1:18,7”

  15. “As manipulações monetárias sofridas pelo ouro e pela prata neste período visaram diversos objetivos, sendo o primeiro o financiamento do aumento das despesas públicas, decorrente das guerras daRestauração, e o segundo evitar a saída de metais preciosos para o exterior, particularmente intensa no caso da prata • Fluxos de saída: déficit da balança comercial com o Norte da Europa

  16. “Fora Portugal o principal abastecedor da colônia, e essa desvalorização significaria uma importante transferência de renda real em benefício do núcleo colonial Mas o Brasil se abastecia de manufaturas que os portugueses recebiam de outros países europeus. Demais, o mais provável é que os preços estivessem fixados em ouro.  Sendo assim, as transferências de renda provocadas pela desvalorização revertiam principalmente em benefício dos exportadores metropolitanos portugueses”

  17. “A depreciação da moeda portuguesa com respeito ao ouro era uma consequência natural da redução substancial no valor real das exportações A depreciação minorava os prejuízos dos comerciantes que tinham capitais empatados nos negócios do açúcar, permitindo que esses negócios continuassem operando Se outros fatores (a descoberta de ouro, meio século antes, p. ex.) houvessem impedido a depreciação, muito mais profunda teria sido a decadência das regiões açucareiras na 2ª metade do século XVII”

  18. “O principal acontecimento da história americana no século XVII foi, para o Brasil, o surgimento de uma poderosa economia concorrente no mercado de produtos tropicais [Inglaterra e França] trataram de apoderar-se das estratégicas ilhas do Caribe para nelas instalar colônias de povoamento com objetivos militares. (...) Em razão de seus objetivos políticos essa colonização deveria basear-se no sistema de pequena propriedade”

  19. Os colonos eram atraídos com propaganda e engodos, ou eram recrutados entre criminosos A cada um se atribuía um pedaço de terra limitado que deveria ser pago com o fruto de seu futuro trabalho As Antilhas inglesas se povoaram com maior rapidez que as francesas e com menos assistência do governo

  20. UK & EUA: “Organizaram-se importantes companhias com o objetivo de financiar o translado desses grupos de população, as quais conseguem amplos privilégios econômicos sobre as colônias que chegassem a fundar Ao contrário do que ocorrera com a Espanha e Portugal ... a Inglaterra do século XVII apresentava um considerável excedente de população, graças às profundas modificações de sua agricultura iniciadas no século anterior”

  21. No início, essas companhias têm prejuízo, em especial as que se instalam na América do Norte • Maior problema: produzir, de forma competitiva, em pequenas propriedades, produtos para os mercados europeus, o que não era possível na Nova Inglaterra • Mas era possível no Caribe, graças ao clima: a produção de algodão, anil, café e, principalmente, fumo, era compatível com o regime de pequenas propriedades

  22. “Os esforços realizados, principalmente na Inglaterra, para recrutar mão-de-obra no regime prevalecente de servidão temporária, se intensificaram com a prosperidade dos negócios Por todos os meios procurava-se induzir as pessoas que haviam cometido qualquer crime ou mesmo contravenção a vender-se para trabalhar na América em vez de ir para o cárcere”

  23. A prática de rapto de adultos e crianças tendeu a transformar-se em calamidade A população europeia das Antilhas cresceu intensamente, e só a ilha de Barbados chegou a ter, em 1634, 37.200 habitantes dessa origem

  24. Sucesso na produção de fumo na Virgínia e Maryland:havia médias & grandes propriedades  demanda por MO escrava africana “Surge uma situação nova no mercado dos produtos tropicais: uma intensa concorrência entre regiões que exploram MO escrava em grandes unidades produtivas, e regiões de pequena propriedade e população europeia”  As “colônias de povoamento” perdem em razão da queda dos preços

  25. “As inversões maciças exigidas pelas grandes plantações escravistas demonstraram ser um negócio muito vantajoso” “A partir desse momento se modifica o curso da colonização antilhana, e essa modificação será de importância fundamental para o Brasil” • “A produção de açúcar era incompatível com a pequena propriedade: até meados do séc. XVII, o Brasil era praticamente monopolista na produção de açúcar”

  26. “É provável que as transformações da economia antilhana tivessem ocorrido muito mais lentamente, não fosse ... a expulsão dos holandeses do NE brasileiro ... Os holandeses se empenharam em criar fora do Brasil um importante núcleo produtor de açúcar. Na Martinica as dificuldades causadas pela baixa do preço do fumo eram grandes, o que facilita o início de qualquer negócio tendente a restaurar a prosperidade da ilha”

  27. “Nas Antilhas inglesas as dificuldades econômicas haviam sido agravadas pela guerra civil que se prolongava nas ilhas britânicas. Praticamente isoladas da Metrópole, as colônias inglesas acolheram com grande entusiasmo a possibilidade de um intenso comércio com os holandeses. Estes não somente deram a necessária ajuda técnica, como também propiciaram crédito fácil para comprar equipamentos, escravos e terra” “Em pouco tempo se constituíram nas ilhas poderosos grupos financeiros que controlavam grandes quantidades de terras e possuíam engenhos açucareiros de grandes proporções”

  28. “Embora esta interpretação seja atraente pela sua simplicidade e drama, ela parece ser inconsistente com diversas evidências”: • A população europeia de Barbados aumentou sete vezes entre 1635 e 1639; • A produção de açúcar em Barbados começou na década de 1640, e os holandeses só saíram de PE em 1654 • Ingleses (mercadores & produtores) teriam estado no Brasil na década de 1630 para estudar como produzir açúcar  “Futuros estudos irão reduzir a importância dos holandeses e aumentar a dos ingleses na introdução do açúcar no Caribe”

  29. As origens da produção de açúcar no Caribe não são claras, mas o resultado é mais do que sabido: diminuiu rapidamente a população brancae cresceu verticalmente aentrada de escravos africanos A economia açucareira ao florescer nas Antilhas fez desaparecer as colônias de povoamento nas ilhas e contribuiu grandemente para tornar economicamente viáveis as colônias desses tipo que os ingleses haviam estabelecido na região norte do continente

  30. Antilhas Inglesas População estimada(em 1.000)Fonte: McCusker & Menard

  31. Nova Inglaterra: população estimada(em 1.000) Fonte: McCusker & Menard

  32. Pensilvânia, NY & Colônias Intermediárias População estimada(em 1.000)Fonte: McCusker & Menard

  33. As ilhas se transformaram em grandes importadoras de alimentos ... madeira (fonte de energia, caixas de açúcar) • Colônias do Norte: também produtoras de navios, além de ganhos com fretes • As colônias do Norte e as ilhas do Caribe formam um conjunto maior, em que a produção de açúcar no Caribe é o elemento dinâmico • Mas os capitais empregados no Norte eram reinvestidos no Norte,embora a produção de açúcar fosse mais lucrativa

  34. As colônias do Norte produziam para um mercado interno (& Caribe), em parte graças às circunstâncias: (i) Guerra civil na Inglaterra ii) Legislação protecionista naval (NavigationActs) que na prática eliminava a concorrência holandesa (III) Guerras entre Inglaterra e França

  35. As atividades econômicas na Nova Inglaterra, Nova York e Pensilvânia eram compatíveis com o sistema de pequenas propriedades. Daí que os (pequenos) produtores preferiam contratar imigrantes europeus em regime de servidão temporária • a imobilização de capital era muito menor do que a exigida pela compra do escravo, sendo também menor o risco em caso de morte • as atividades agrícolas dessas colônias tampouco justificavam grandes inversões

  36. Características das colônias de pequenas propriedades: - menor concentração de renda; - menos sujeitas a bruscas contrações econômicas; - erainsignificante a parte da renda que revertia para capitais forâneos Logo, “ao contrário do que ocorria nas colônias das grandes plantações ... nas colônias do norte dos EUA os gastos de consumo se distribuíam pelo conjunto da população, sendo relativamente grande o mercado dos objetos de uso comum”

  37. Diferentes estruturas econômicas  disparidades de comportamento dos grupos sociais dominantes • Antilhas: elite intimamente ligada a poderosos grupos financeiros & membros do Parlamento da Metrópole • Colônias setentrionais: dirigidas por grupos ligados a interesses comercias de Boston & Nova York (que frequentemente conflitavam com os da Metrópole) e/ou de grupos agrícolas sem afinidade com a Metrópole  Havia órgãos públicos capazes de interpretar seus interesses, e não os do centro econômico dominante

  38. Durante a União Ibérica (1580-1640),Portugal perde monopólio na Ásia e tem parte do Brasil (e do açúcar) dominado por holandeses & ingleses • 1640: Restauração; guerra com a Espanha; independência reconhecida apenas em 1667 • Portugal procurava se manter neutro nas disputas entre europeus • Portugal tenta acordo com a Holanda contra Espanha • Portugal consegue acordos com a Inglaterra contra os demais países europeus (1642, 1654 e 1661), para manter o que restava do seu “império”

  39.  Alan Manchester: Portugal tornou-se um “vassalo comercial” da Inglaterra “Os acordos concluídos com a Inglaterra estruturaram essa aliança que marcará profundamente a vida política e econômica de Portugal e do Brasil durante os dois séculos seguintes” Privilégios (econômicos & comerciais) dos ingleses: - Liberdade de comércio com as colônias - Controle sobre as tarifas dos produtos importados da Inglaterra - Comerciantes ingleses residindo nas colônias portuguesas

  40. Final do século XVII: crise econômica combatida com desvalorização da moeda e política mercantilista (& proteção à indústria nacional) [Conde de Ericeira] • Mas... descoberta de ouro no Brasil leva ao abandono desta política • 1703: Acordo de Methuen “significou para Portugal renunciar a todo desenvolvimento manufatureiro e implicou transferir para a Inglaterra o impulso dinâmico criado pela produção aurífera no Brasil”

  41. No ciclo do ouro: • Coube a Portugal a posição secundária de simples entreposto; proporcionou apenas uma ilusão de riqueza, como acontecera com a Espanha no século anterior • Brasil financiou uma grande expansão demográfica, na qual o elemento de origem europeia passou a ser maioria • Na Inglaterra, estimulou a indústria, deu flexibilidade para importar e permitiu a acumulação de reservas que fizeram do sistema bancário inglês o principal centro financeiro da Europa

  42. Final doséculo XVIII: decadência da mineração do ouro “O problema fundamental da Inglaterra passa a ser a abertura dos grandes mercados europeus ... Minguara o mercado da economia luso-brasileira ... e já não se justificava manter um privilégio que constituía um empecilho à ampla penetração no principal mercado ... que era a França”  Acordos de 1810: “o governo português tinha estritamente em vista a continuidade da casa reinante [e] os ingleses se preocupavam em firmar-se definitivamente na colônia, cujas perspectivas comerciais eram bem mais promissoras que as de Portugal”

  43. Independência do Brasil: “Portugal tinha em mãos uma carta de alto valor: sua dependência política da Inglaterra” Mas aos ingleses não interessava restabelecer o entreposto português, mas garantir junto ao novo governo brasileiro a continuidade dos privilégios “Pelo tratado de 1827, o governo brasileiro reconheceu à Inglaterra a situação de potência privilegiada, autolimitando sua própria soberania no campo econômico”

  44. 1842: “eliminado o obstáculo do tratado de 1827, estava aberto o caminho para a elevação da tarifa e o consequente aumento do poder financeiro do governo central, cuja autoridade se consolida definitivamente nessa etapa • O passivo político da colônia portuguesa estava liquidado “Contudo, do ponto de vista de sua estrutura econômica, o Brasil da metade do século XIX não diferia muito do que fora nos três séculos anteriores. A estrutura econômica, baseada no trabalho escravo, se mantivera imutável nas etapas de expansão e decadência. A ausência de tensões internas ... é responsável pelo atraso relativo da industrialização”

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