E N D
EXPRESSIONISMO ABSTRATO - 1955 Primeira corrente estadunidense, o Expressionismo Abstrato teve em Jackson Pollock seu grande nome. Sua proposta consistia em valorizar o ato criativo, sendo a obra mero registro a ação, a Action Painting, como designou seu modo de conceber a arte. O ato impensado, a ação automática de atacar a tela de maneira impulsiva e irracional denuncia a influência do AUTOMATISMO PSÍQUICO SURREALISTA sobre essa vertente. Ao valorizar a ação e o corpo em detrimento da obra, Pollock abria caminho para a arte performática presente no Happening e na Body Art seguinte.
A obra era mero registro da ação do corpo. As linhas e cores presentes sobre toda a superfície geram uma imagem com equilíbrio homogêneo e dinâmico. O uso de elementos plásticos para construir a imagem, ainda que abstrata, aproxima o trabalho dos novo expressionismo ao do início do século.
BODY ART • O corpo como suporte e veículo para a mensagem artística; • Arte performática, linear, obedecendo a relação tempo/espaço. • Busca pelo real valor e finalidade do corpo; • Experiências corporais. • Transcendeu os limites físicos, gerando mutilações nos artistas.
É importante não confundir o trabalho da BODY ART com as atuais transformações corporais, geralmente características de tribos urbanas ou de apelo individual. • A BODY ART foi uma arte performática cuja ação obedecia a uma relação de tema, tempo e espaço, o que não acontece com a body modification. Veja a seguir exemplos de transformações corporais.
Ser ou não ser humano Erik Sprague
HAPPENING • Acontecimento artístico caracterizado pela interatividade entre artista e público; • Marcado pelo improviso e pela coletividade; • Despreocupação com a linearidade e a mensagem final da peça; • Associação ao movimento hippie e à contracultura do grupo holandês PROVOS.
Década de 60Os Estados Unidos vivenciaram o surgimento de uma manifestação que misturava as diversas linguagens artísticas, envolvendo o público em experiências que lembravam as loucuras dos dadaístas e as ações futuristas, era a época do happening, acontecimento plástico, cênico e musical que atravessou fronteiras, tendo Allan Kaprow e suas assemblages gigantescas como precursores. • 18 Happenings in 6 Parts, 1959
FLUXUS – esforço para unir vida diária e arte. • As músicas de J. Cage e N. June Paik, comprometidas com a exploração de sons e ruídos tirados do cotidiano, têm lugar central na definição da atitude artística de Fluxus. Trata-se de romper as barreiras entre arte/não-arte, dirigindo a criação artística às coisas do mundo, seja à natureza, seja à realidade urbana e ao mundo da tecnologia... As realizações Fluxus justapõem não apenas objetos mas também sons, movimentos e luzes num apelo simultâneo aos diversos sentidos: visão, olfato, audição, tato. Nelas, o espectador é convocado a participar dos espetáculos experimentais, em geral, descontínuos, sem foco definido, não-verbais e sem seqüência previamente estabelecida. Já em 1957, J. Cage definia a direção das novas produções artísticas: "Para onde vamos a partir de agora? Em direção ao teatro. Essa arte, mais que a música, liga-se à natureza. Temos olhos, assim como ouvidos, e é nossa tarefa utilizá-los". http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia
Curiosidades: • Nessa época a vanguarda artística nova-iorquina recebia fortes patrocínios da CIA, por meio de institutos de cultura e negociantes de artes, tendo por trás o intuito de criar um polo artístico alternativo à “arte vermelha” européia. • Os institutos de cultura foram idealizados por Kennedy para difundir o modelo americano de sociedade, defendido como o ideal e único possível. • O cinema, as histórias em quadrinhos, a música, mais tarde a MTV, foram os grandes carros-chefes da propaganda estadunidense.
Enquanto isso... • O primeiro presidente da Indonésia independente, Sukarno, afirmou que mais que os livros de Marx e Lênin, os verdadeiros instrumentos da tomada de consciência revolucionária para os povos do terceiro mundo seriam enlatados americanos do tipo I Love Lucy, porque, depois de ter visto as limpas casinhas californianas com água encanada, geladeiras cheias e cozinhas repletas de acessórios, todos perceberiam instantaneamente a profunda injustiça existente no mundo. Matteo Guarnaccia, Provos, Amsterdam e o nascimento da contracultura
1964, Jovens “loucos e cabeludos” seguem o som dos Beatles na Inglaterra.
No mesmo ano, a banda Rolling Stones completa o verdadeiro incêndio cultural inglês
Simon Posthuma e sua Pot Art Potiguaya, termo mexicano para a folha da maconha
Holanda – o país do Happening como manifesto e do Provos com suas ações brancas. Dia da bicicleta branca – manifestação contra o excesso de automóveis
O Provos mostravam-se anticomunistas, antifascistas, antimonárquicos, antitabagistas e defendiam a anarquia, a liberdade. Foi uma das mais importantes e irreverentes da contracultura dos anos 60.
Holanda - Bart Huges e a auto trepanação – busca pelo terceiro olho e o estado de consciência dilatado típico da viagem com o LSD
Robert Jasper Grootveld e sua guerra contra a indústria tabagista.
PERFORMANCE • Presente em movimentos como o dadaísmo, futurismo e surrealismo, efetivada como manifestação específica a partir dos anos 70; • Marcado pelo individualismo e a linearidade na apresentação; • Preocupação com a mensagem; • Surge a partir do trabalho de Yves Kleim.
MARCEL DUCHAMP o pai da ARTE CONCEITUAL Ao expor um mictório como objeto de arte, Duchamp lançou as bases para a ARTE CONCEITUAL, focada mais na mensagem que no objeto propriamente. Duchamp questionou a arte e a sociedade tradicional, lançando a ideia de que arte seria tudo que considerássemos arte. Ele foi o precursor de movimentos como o Minimalismo, a Land Art, o Expressionismo Abstrato e outros.
Precursor da arte conceitual e introduziu a idéia de ready made como objeto de arte
Piero Manzon PIERO MANZON criticou não só a figuração e a temática da Pop Arte com sua Merda d’artista, mas também a própria arte conceitual e a Body Art.
NOVO REALISMO - 1960 • O sentimento de crise dos meios tradicionais e, principalmente, do esgotamento da pintura abstrata (lírica, informal, geométrica, expressionista-abstrata, gestual etc.) - que no decorrer dos anos 50 perde seu poder emancipatório para se transformar em "estilo" formal totalmente institucionalizado - é o diagnóstico do qual o movimento parte e no qual fundamenta sua ação. Os novos realistas reclamam a criação de uma nova expressividade, à altura de uma outra realidade sócio-cultural, caracterizada pela hegemonia norte-americana no pós-guerra, pela máquina, pelas culturas de massa e informação, pela publicidade, pelos avanços tecnológicos que modificam o ambiente mais prosaico da vida cotidiana com os novos eletrodomésticos e, politicamente, pela realidade da guerra fria. Trata-se de religar a esfera da arte ao mundo baseando-se na introdução dos elementos do real nos trabalhos de arte. Fonte: www.itaucultural.com.br
Yves Kleimantropometria: uso de materiais industriais e tecnológicos associados ao corpo; linguagens múltiplas nas artes
Alguns autores vêem a Arte Cinética como parte ou vertente do Novo Realismo, tendo característica a busca pelo movimento real e não visual, como no caso da Op Art.A influência do Novo Realismo é clara na escolha dos materiais, totalmente associados ou oriundo à produção industrial e ao cotidiano.
Duane Hanson Temos aqui não mais o ser humano idealizado, como nas clássicas esculturas gregas, e sim um ser real e totalmente associado ao cotidiano dos grandes centros. O Realismo de Duane Hanson é de uma perfeição surpreendente, que só é superado pelo apelo transcendental da escultura Hiperrealista. Observe como a massa, o consumo, os tipos comuns são valorizados e até ironizados pela artista. • Supermarket
HiperrealismoA pintura superando a fotografia • Richard Estes