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ESPIRITISMO: TRÍPLICE ASPECTO

ESPIRITISMO: TRÍPLICE ASPECTO. CURSO: O LIVRO DOS ESPÍRITOS. FILOSOFIA, RELIGIÃO E CIÊNCIA.

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ESPIRITISMO: TRÍPLICE ASPECTO

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Presentation Transcript


  1. ESPIRITISMO: TRÍPLICE ASPECTO CURSO: O LIVRO DOS ESPÍRITOS

  2. FILOSOFIA, RELIGIÃO E CIÊNCIA O Espiritismo é a chave com o auxilio da qual tudo se explica de modo fácil. ... Assim como o Cristo disse: "Não vim destruir a lei, porém cumpri-la", também o Espiritismo diz: "Não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução." Nada ensina em contrário ao que ensinou o Cristo; mas, desenvolve, completa e explica, em termos claros e para toda gente, o que foi dito apenas sob forma alegórica. Vem cumprir, nos tempos preditos, o que o Cristo anunciou e preparar a realização das coisas futuras. Ele é, pois, obra do Cristo, que preside, conforme igualmente o anunciou, à regeneração que se opera e prepara o reino de Deus na Terra”. ESE, Cap. I, itens 5 e 7.

  3. "A Doutrina Espírita é ciência, filosofia e religião. Se tirarmos a religião, o que é que fica? (...) fica um corpo sem coração, se tirarmos a ciência fica um corpo sem cabeça e se tirarmos a filosofia fica um corpo sem membros.(8)

  4. DOUTRINA ESPÍRITA CIÊNCIA: Conjunto organizado de conhecimentos relativos a um determinado objeto, especialmente obtidos mediante a observação, a experiência dos fatos e um método próprio. FILOSOFIA: estudo que visa ampliar incessantemente a compreensão da realidade, no sentido de apreendê-la em toda a sua inteireza. RELIGIÃO: pode ser definida como um conjunto de crenças relacionadas com aquilo que a humanidade considera como sobrenatural, divino, sagrado e transcendental. O termo provém de religare, religar, sendo que a religião é o laço de piedade que serve para religar os seres humanos a Deus.

  5. NOVOS TERMOS E DEFINIÇÕES “Para designar coisas novas são necessárias palavras novas; assim exige a clareza de uma língua, para evitar a confusão que ocorre quando uma palavra tem múltiplo sentido.”. Espiritualismo: doutrina que remonta às origens gregas da filosofia, e que consiste na afirmação da existência ou realidade substancial do espírito, e de sua autonomia, diferença e preponderância em relação ao corpo material. Oposto do materialismo. Espiritismo ou Doutrina Espírita: doutrina que tem por princípio as relações do mundo material com os seres do mundo invisível, codificada por Allan Kardec.

  6. Portanto, não esqueçamos que O Consolador assume três aspectos: Científico, Filosófico e Religioso. Como ciência comprova através da lógica e da experimentação. Como filosofia opera o trabalho do raciocínio em busca do conhecimento e da sabedoria. Como religião elucida e clarifica, buscando elevar as almas, ligando as pessoas umas às outras e a Deus, edificando e iluminando os sentimentos, promovendo a reforma íntima.

  7. Princípio vital: é o princípio da vida material e orgânica, comum a todos os seres vivos. A função principal do fluido vital é a de unir o espírito, através de seu perispírito, ao corpo de carne, animalizando a matéria. O fluido vital é extraído do fluido cósmico universal, do qual se constitui modificação. Não se traduz por princípio inteligente, nem confere capacidade de pensamento e sentimento. Mesmo dentre as espécies dotadas de pensamento e inteligência, existe apenas uma que é dotada de senso moral, o ser humano.

  8. Alma: ser moral, distinto, independente da matéria e que conserva sua individualidade após a morte. É uma causa da vida e não seu efeito. As manifestações que deram origem à Doutrina espírita surgiram em várias partes do mundo, nos fenômenos das mesas girantes, com espíritos se manifestando, dando os mesmos conselhos e informações em locais tão distantes como os EUA e a França. Aliás, ninguém havia imaginado os Espíritos como um meio de explicar o fenômeno. Foi o próprio fenômeno que se revelou. Muitas vezes, nas ciências exatas, formulam-se hipóteses para se ter uma base de raciocínio, mas isso não ocorreu nesse caso.

  9. Allan Kardec passou a investigar os fenômenos, colocando em prática sua visão Positivista, lançando mão do método experimental, testando e comparando os ensinamentos passados pelos espíritos, uma característica que dá ao Espiritismo seu aspecto de Ciência, pois que continua sendo trabalhado e incentivado pela espiritualidade maior.

  10. A TERCEIRA REVELAÇÃO • Revelação: do latim revelare,sair de sob um véu. Significa dar a conhecer alguma coisa secreta, verdadeira, já existente e desconhecida da humanidade. Carece de um revelador, como os homens de gênio (cientistas, filósofos e religiosos), sempre enviados divinos, que estimulam o conhecimento. As revelações, ditas pelos reveladores, são sempre providenciais, de acordo com o tempo, os costumes e o meio. Os reveladores são sempre médiuns (que fazem a ligação – o meio- entre os dois mundos).

  11. A principal característica de uma revelação divina é a eterna verdade. Sendo Deus a sabedoria plena, uma revelação eivada de erros ou sujeita a modificações não pode dele emanar. O Decálogo recebido por Moisés até hoje é aceito como lei moral a ser seguido, entretanto, as leis feitas pelo patriarca caíram em desuso, pois foram feitas para pacificar um povo brutalizado. Assim são as leis humanas. É antigo o conhecimento da possibilidade de nos comunicarmos com os seres do mundo espiritual. No entanto, até o surgimento do Espiritismo, esse conhecimento ficou sendo pouco proveitoso para a Humanidade, ficando no campo das superstições. Estava reservado ao Espiritismo desembaraçá-lo de crenças ridículas, fazendo surgir a luz destinada a clarear-lhe o caminho do futuro. 31 Não vos virareis para os adivinhadores e encantadores; não os busqueis, contaminando-vos com eles. Eu sou o SENHOR vosso Deus. Levitico 19.

  12. “ O Senhor respondeu a Moisés: Junta-me setenta homens entre os anciãos de Israel, que sabes serem os anciãos do povo e tenham autoridade sobre ele. Conduza-os a tenda de reunião, onde estarão contigo. Então descerei e ali falarei contigo. Tomarei do espírito que está em ti e o derramarei sobre eles, para que possam levar contigo a carga do povo e não estejas mais sozinho. Moisés reuniu então setenta homens dos anciãos do povo e os colocou em volta da tenda. Apenas repousara o espírito sobre eles, começaram a profetizar; mas não continuaram. Dois homens tinham ficado no acampamento: um chamava-se Eldad e o outro Meldad, e o espírito repousou também sobre eles, pois tinham sido alistados, mas não tinham ida a tenda: e profetizaram no acampamento. Um jovem correu as dar noticias à Moisés: Eldad e Meldad, disse ele, profetizam no acampamento. Então Josué, filho de Num, servo de Moisés desde a sua juventude, tomou a palavra: Moisés, disse ele, meu senhor, impede-os. Moisés porem respondeu: Porque és tão zeloso por mim? Prouvera a Deus que todo o povo do Senhor profetizasse, e que o Senhor lhe desse o seu espírito”. (Números 11:16,17,24 a 29) Tradução de João Ferreira de Almeida.

  13. O Espiritismoé também uma revelação científica por terem seus ensinamentos sido recebidos através de um trabalho de observação e de pesquisa realizado por Allan Kardec. O Espiritismo tem parentesco com a magia assim como a Química tem parentesco com a Alquimia e a Astronomia e a Física tem com a Astrologia. O Espiritismo e a Ciência se completam reciprocamente; a Ciência, sem o Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da matéria; ao Espiritismo, sem a Ciência, faltariam apoio e comprovação. O estudo das leis da matéria tinha que preceder o da espiritualidade, porque a matéria é que primeiro fere os sentidos.

  14. O que tentamos aqui demonstrar, em linhas gerais, é que a Doutrina dos Espíritos é a Terceira Revelação, à guisa de complementação das duas anteriores, pois se a Primeira, com Moisés, trouxe a noção de Justiça à barbárie e a Segunda, com Jesus Cristo, trouxe a noção do Amor Excelso ao povo ainda rude, ela veio trazer ao homem a noção consoladora do Dever, conforme prometeu o Mestre quando disse: "Muitas coisas tenho ainda a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora(9) Mas o Paracleto, o Espírito Santo(10), que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas, e vos recordará tudo o que vos tenho dito.(11)

  15. A primeira revelação, Moisés, como profeta, revelou aos homens a existência de um Deus único, Soberano Senhor e Orientador de todas as coisas; promulgou a lei do Sinai e lançou as bases da verdadeira fé. Como homem, foi o legislador do povo pelo qual essa primitiva fé, purificando-se, havia de espalhar-se por sobre a Terra.

  16. A segunda revelação, Jesus Cristo, tomando da antiga lei o que é eterno e divino e rejeitando o que era transitório, puramente disciplinar e de concepção humana, acrescentou a revelação da vida futura, de que Moisés não falara, assim como a das penas e recompensas que aguardam o homem, depois da morte. A pedra angular da revelação do Cristo é a mudança na concepção de Deus, que deixa de ser o Deus cruel e vingativo de Moisés para ser um Deus clemente, soberanamente justo e bom, cheio de mansidão e misericórdia, que perdoa ao pecador arrependido e dá a cada um segundo as suas obras. Enfim, já não é o Deus que quer ser temido, mas o Deus que quer ser amado. Sendo Deus o eixo de todas as crenças religiosas e o objetivo de todos os cultos, o caráter de todas as religiões é conforme a idéia que elas das de Deus.

  17. A terceira revelação, o Espiritismo, partindo das próprias palavras do Cristo, como este partiu das de Moisés, é conseqüência direta da sua doutrina. A idéia vaga da vida futura acrescenta a revelação da existência do mundo invisível que nos rodela e povoa o espaço, e com isso precisa a crença, dá-lhe um corpo, uma consistência, uma realidade à idéia. Define os laços que unem a alma ao corpo e levanta o véu que ocultava aos homens os mistérios do nascimento e da morte. Pelo Espiritismo, o homem sabe donde vem, para onde vai, por que está na Terra, por que sofre temporariamente e vê por toda parte a justiça de Deus. Não é personificada em uma pessoa, é coletiva, foi espalhada simultaneamente, por sobre a Terra, a milhões de pessoas, de todas as idades e condições, desde a mais baixa até a mais alta da escala. Isto lhe dá força excepcional e irresistível poder de ação, pois mesmo que sofra perseguições em um local, florescerá em outro.

  18. PONTOS PRINCIPAIS • Deus é eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom; criou o Universo. • Os seres materiais constituem o mundo visível e os seres imateriais o mundo invisível, dos Espíritos. • O mundo espírita é o mundo normal, primitivo, eterno, preexistente e sobrevivente a tudo. • O mundo corporal é secundário. Os espíritos revestem temporariamente um invólucro material perecível, cuja destruição lhes restitui a liberdade. • Deus escolheu a espécie humana para a encarnação dos espíritos que atingiram uma superioridade moral e intelectual.

  19. A alma é um espírito encarnado. • Há no homem três coisas: o corpo, o espírito e o laço que os prende, o Perispírito; uma espécie de envoltório semi-material. • O espírito é um ser real, circunscrito, que em certos casos, se torna apreciável pela vista, pelo ouvido e pelo tato. • Os espíritos pertencem às diversas classes, a depender de seu desenvolvimento intelectual e principalmente moral, inclusive com hierarquia. • Os espíritos não ocupam perpetuamente a mesma classe. É da lei divina o desenvolvimento! • Deixando o corpo após o desencarne (morte), a alma volta ao mundo de origem, onde atravessa um período entre outra encarnação como espírito errante.

  20. Todos passamos por várias encarnações, sempre na forma humana, sendo sempre progressivas, para chegar à perfeição. • A alma possui sua individualidade, mantendo suas qualidades e defeitos. O espírito encarnado se encontra sob influência da matéria, podendo vencê-la. • Os espíritos encarnados ocupam os vários globos do Universo. • O mundo espiritual se confunde com o mundo material, estando os espíritos errantes mesmo junto a nós, "acotovelando-nos”. Exercem incessante ação sobre o mundo corpórea, sendo uma das forças da Natureza. • As relações entre os mundos são constantes, influenciando os encarnados para o bem ou para o mal (e vice versa).

  21. As comunicações entre os mundos não são uma “invenção ou descoberta” do Espiritismo, existem desde que a humanidade teve início. Podem ser ostensivas ou ocultas, espontâneas ou por invocação. • Os espíritos são atraídos pela simpatia que lhes inspire a natureza moral do meio que o evoca. Distinguir os bons dos maus espíritos é extremamente fácil. • A moral dos espíritos superiores se resume como a do Cristo, nesta máxima evangélica: Fazer aos outros o que quereríamos que os outros nos fizessem. • Ensinam-nos que a matéria, e seus atributos e paixões, é secundária, mas também nos ensinam que não existem faltas irremissíveis, que o arrependimento e a expiação não possam apagar, sendo o meio para atingir a perfeição as várias existências, que o Pai nos oferece para o aprendizado.

  22. PRÓXIMA AULA: • 1ª PARTE: DAS CAUSAS PRIMÁRIAS: DEUS • TEMA: DEUS • LE - Cap. I perguntas 1 a 16.

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