260 likes | 1.08k Views
AUGUSTE COMTE, A SOCIOLOGIA E O POSITIVISMO. Professor Celso Konflanz. Introdução.
E N D
AUGUSTE COMTE, A SOCIOLOGIA E O POSITIVISMO Professor Celso Konflanz
Introdução • Como vimos em aula, a sociedade passou por inumeras trasnformações no campo social, político, religioso, cultural, economico, etc. entre os séculos finais do feudalismo e a era moderna, ou seja, mais ou menos do século XIV ao XIX. Essas trasnformações romperam com a longa estabilidade social presente na idade média e trouxeram um rápido rompimento com as formas de vida tradicionais. Surgiram cidades, fábricas, maquinas a vapor, novas religiões, novas formas de governo, etc. Também surgiram problemas sociais em larga escala como prostituição, violencia, suicídio, criminalidade, alcoolismo, destruição da família, entre outros.
Introdução • Pois bem, devido a essas intensas transformações e aos problemas sociais surgidos com ela, surge a necessidade de estudar a sociedade, ou por outras palavras, a sociedade se torna um objeto de análise importante de ser investigado, pois se precisava entender por que todas essas mudanças estavam ocorrendo e principalmente encontrar soluções para o caos instaurado. • Dentre os pensadores do século XIX que se imbuíram da tarefa de pensar a sociedade, podemos destacar AUGUSTE COMTE que foi o criador da SOCIOLOGIA e do POSITIVISMO. Veremos a seguir uma síntese com as principais informações sobre o pensador e sua obra.
Biografia • Auguste Comte nasceu em 1798 em Montpellier, na França. Seus pais eram católicos e monarquistas fervorosos. Comte, que rejeitou as convicções dos pais ainda bem jovem, foi aluno brilhante, dos estudos básicos aos superiores, na Escola Politécnica de Paris. Nesse período, seu melhor amigo foi Henri de Saint-Simon (1760-1825), expoente do socialismo utópico, com quem viria a romper mais tarde por questões ideológicas. Comte trabalhava intensamente na criação de uma "filosofia positiva" quando sofreu um colapso nervoso, em 1826. Recuperado, mergulhou na redação do Curso de Filosofia Positiva, que lhe tomou 12 anos.
Biografia • Em 1842, por divergências com os superiores, perdeu o emprego de pesquisador na Politécnica e começou a ser ajudado por admiradores, como o pensador escocês John Stuart Mill (1773-1826). No mesmo ano, Comte se separou de Caroline Massin, após 17 anos de casamento. Em 1845, apaixonou-se por Clotilde de Vaux, que morreria de tuberculose no ano seguinte. Clotilde seria idealizada por Comte como a expressão perfeita da humanidade. O filósofo, que dedicou os anos seguintes a escrever Sistema de Política Positiva, morreu de câncer em 1857, em Paris. • (Texto de Márcio Ferrari, retirado de: http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/auguste-comte-423321.shtml?page=3)
A Sociologia e o Positivismo • O nome do pensador francês Auguste Comte (1798-1857) está indissociavelmente ligado ao positivismo, corrente filosófica que ele fundou com o objetivo de reorganizar o conhecimento humano e que teve grande influência no Brasil. Comte também é considerado o grande sistematizador da sociologia. • Um dos fundamentos do positivismo é a idéia de que tudo o que se refere ao saber humano pode ser sistematizado segundo os princípios adotados como critério de verdade para as ciências exatas e biológicas. Isso se aplicaria também aos fenômenos sociais, que deveriam ser reduzidos a leis gerais como as da física. Para Comte, a análise científica aplicada à sociedade é o cerne da sociologia, cujo objetivo seria o planejamento da organização social e política. (Texto de Márcio Ferrari, retirado de: http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/auguste-comte-423321.shtml)
A Sociologia e o Positivismo • Nesse sentido, o objetivo de Comte com a Sociologia era analisar a sociedade sistematicamente com métodos e técnicas semelhantes as das ciências exatas e naturais. Por exemplo: a física estabelece lei do movimento dos corpos; ou a lei da gravidade; etc. a matemática diz que 2 + 2 é igual a 4. A sociologia também poderia, por meio de levantamento de dados sociais, estabelecer leis que prevessem o comportamento das pessoas. Por meio desse conhecimento se poderia “ordenar” a sociedade. Contudo, depois de Comte, outros cientistas perceberam que isso não seria possível, pois os seres humanos são muito complexos para que se possa prever com exatidão o seu comportamento. • Já o positivismo se refere à aplicação de princípios científicos para organizar toda a sociedade. Por exemplo: o Estado, a educação, os hospitais, as fábricas, as cidades, etc. Acreditava Comte que aplicando esses princípios à sociedade, se poderia atingir a ordem social.
A lei dos três estados (ou estágios) • Comte formulou uma lei histórica de três estágios. Segundo essa lei, o pensamento humano partiu de um estágio teológico, quando recorria às idéias de deuses e espíritos para explicar os fenômenos naturais, e passou para um estágio metafísico, caracterizado por fundamentar o conhecimento em abstrações - como essências, causas finais ou concepções idealizadas da natureza. De acordo com Comte, a humanidade só alcançaria plenitude intelectual ao chegar ao estágio positivo, que pressupõe a admissão das limitações do entendimento humano. Para ele, a razão não é capaz de operar a não ser pela via da experiência concreta. Todo esforço da ciência e da filosofia deveria se restringir, portanto, a encontrar as leis que regem os fenômenos observáveis. • Texto de Márcio Ferrari, retirado de: http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/auguste-comte-423321.shtml?page=1
RELIGIÃO DA HUMANIDADE • O funcionamento da sociedade, para Comte, obedeceria a diretrizes predeterminadas para promover o bem-estar do maior número possível de indivíduos. Além de uma reformulação geral das ciências e da organização sociopolítica, o filósofo planejou uma nova ordem espiritual, a nova doutrina, porém, se dissociava totalmente da teologia cristã, que Comte rejeitava por se basear no sobrenatural, e não no materialismo científico. No fim da vida, ele chegou a preconizar a construção de templos positivistas, onde a humanidade, e não a divindade, seria venerada. O filósofo via a humanidade como uma entidade una, que chamou de Grande Ser. (Texto de Márcio Ferrari, retirado de: http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/auguste-comte-423321.shtml?page=1).
A Classificação das Ciências • As ciências, no decurso da história, não se tornaram "positivas" na mesma data, mas numa certa ordem de sucessão que corresponde à célebre classificação: matemáticas, astronomia, física, química, biologia, sociologia. • Das matemáticas à sociologia a ordem é a do mais simples ao mais complexo, do mais abstrato ao mais concreto e de uma proximidade crescente em relação ao homem. • Esta ordem corresponde à ordem histórica da aparição das ciências positivas. As matemáticas (que com os pitagóricos eram ainda, em parte, uma metafísica e uma mística do número), constituem-se, entretanto, desde a antiguidade, numa disciplina positiva (elas são, aliás, para Comte, antes um instrumento de todas as ciências do que uma ciência particular). A astronomia descobre bem cedo suas primeiras leis positivas, a física espera o século XVII para, com Galileu e Newton, tornar-se positiva. A oportunidade da química vem no século XVIII (Lavoisier). A biologia se torna uma disciplina positiva no século XIX. O próprio Comte acredita coroar o edifício científico criando a sociologia.
A Classificação das Ciências • As ciências mais complexas e mais concretas dependem das mais abstratas. De saída, os objetos das ciências dependem uns dos outros. Os seres vivos estão submetidos não só às leis particulares da vida, como também às leis mais gerais, físicas e químicas de todos os corpos (vivos ou inertes). Um ser vivo está submetido, como a matéria inerte, às leis da gravidade. Além disso, os métodos de uma ciência supõem que já sejam conhecidos os das ciências que a precederam na classificação. É preciso ser matemático para saber física. Um biólogo deve conhecer matemática, física e química. Entretanto, se as ciências mais complexas dependem das mais simples, não poderíamos deduzi-las de, nem reduzi-las a estas últimas. Os fenômenos psicoquímicos condicionam os fenômenos biológicos, mas a biologia não é uma química orgânica. Comte afirma energicamente que cada etapa da classificação introduz um campo novo, irredutível aos precedentes. Ele se opõe ao materialismo que é "a explicação do superior pelo inferior". • Nota-se, enfim, que a psicologia não figura nesta classificação. Para Comte o objeto da psicologia pode ser repartido sem prejuízo entre a biologia e a sociologia • RETIRADO DE http://www.mundodosfilosofos.com.br/comte.htm
PONTOS IMPORTANTES • Biografia de Comte • Sociologia • Positivismo • A lei dos três estados • Religião da humanidade • Classificação das Ciências