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GÊNEROS LITERÁRIOS PROFESSORA ANDRÉA FÁVARO

GÊNEROS LITERÁRIOS PROFESSORA ANDRÉA FÁVARO. GÊNEROS LITERÁRIOS. A LITERATURA É A ARTE QUE SE MANIFESTA PELA PALAVRA, SEJA ELA FALADA OU ESCRITA. GÊNEROS LITERÁRIOS. Na Antiguidade Clássica, os textos literários dividiam em em três gêneros:. GÊNEROS LITERÁRIOS. GÊNERO LÍRICO

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GÊNEROS LITERÁRIOS PROFESSORA ANDRÉA FÁVARO

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Presentation Transcript


  1. GÊNEROS LITERÁRIOS PROFESSORA ANDRÉA FÁVARO

  2. GÊNEROS LITERÁRIOS A LITERATURA É A ARTE QUE SE MANIFESTA PELA PALAVRA, SEJA ELA FALADA OU ESCRITA.

  3. GÊNEROS LITERÁRIOS Na Antiguidade Clássica, os textos literários dividiam em em três gêneros:

  4. GÊNEROS LITERÁRIOS • GÊNERO LÍRICO • GÊNERO DRAMÁTICO • GÊNERO ÉPICO

  5. Gênero Lírico

  6. Gênero Lírico • Seu nome vem de lira, instrumento musical que acompanhava os cantos dos gregos. • Textos de caráter emocional, centrados na subjetividade dos sentimentos da alma. • Tem a presença do “eu-lírico”, a voz que fala no poema . • O emissor é personagem única desse tipo de mensagem.

  7. GÊNERO LÍRICO • Predominam as palavras e pontuações de 1ª pessoa. • Segundo Aristóteles, a palavra cantada.

  8. GÊNERO LÍRICO É importante ressaltar que o “eu-lírico” pode ser masculino ou feminino independente do autor.

  9. EU - LÍRICO Assim, podemos encontrar: • Autor masculino eu-lírico masculino • Autor masculino eu- lírico feminino • Autor feminino eu- lírico feminino • Autor feminino eu- lírico masculino

  10. EXEMPLO DE GÊNERO LÍRICOAutor masculino – eu lírico masculino • Trecho do poema “Ainda Uma Vez , Adeus”, de Gonçalves Dias, que escreveu este poema após encontrar-se pela última vez, em Portugal, com sua amada Ana Amélia, à qual renunciara por imposição da família da jovem, de diferente classe social,  destinada a casar-se com outro.

  11. Ainda uma vez adeus... "Enfim te vejo! - enfim posso, Curvado a teus pés, dizer-te Que não cessei de querer-te, Pesar de quanto sofri. Muito penei. Cruas âncias, Dos teus olhos afastado, Houveram-me acabrunhado A não lembrar-me de ti! (...)

  12. Louco, aflito, a saciar-me D'agravar minha ferida, Tomou-me tédio da vida, Passos da morte senti; Mas quase no passo extremo, No último arcar da esperança, Tu me vieste à lembrança: Quis viver mais e vivi!

  13. Vivi; pois Deus me guardava Para este lugar e hora! Depois de tanto, senhora, Ver-te e falar-te outra vez; Rever-me em teu rosto amigo, Pensar em quanto hei perdido, E este pranto dolorido Deixar correr a teus pés.

  14. Mas que tens? Não me conheces? De mim afastas teu rosto? Pois tanto pôde o desgosto Transformar o rosto meu? Sei a aflição quanto pode, Sei quanto ela desfigura, E eu não vivi na ventura... Olha-me bem, que sou eu!

  15. Nenhuma voz me diriges!... Julgas-te acaso ofendida? Deste-me amor, e a vida Que me darias — bem sei; Mas lembrem-te aqueles feros Corações que se meteram Entre nós; e se venceram, Mal sabes quanto lutei!

  16. Tudo, tudo; e na miséria Dum martírio prolongado, Lento, cruel, disfarçado, Que eu nem a ti confiei; "Ela é feliz (me dizia) "Seu descanso é obra minha. "Negou-me a sorte mesquinha... Perdoa, que me enganei.

  17. Dói-te de mim, que t'imploro Perdão, a teus pés curvado; Perdão!... de não ter ousado Viver contente e feliz! Perdão da minha miséria, Da dor que me rala o peito, E se do mal que te hei feito, Também do mal que me fiz!

  18. - Adeus qu'eu parto, senhora; Negou-me o fado inimigo Passar a vida contigo, Ter sepultura entre os meus; Negou-me nesta hora extrema, Por extrema despedida, Ouvir-te a voz comovida Soluçar um breve Adeus!

  19. Lerás porém algum dia Meus versos d'alma arrancados, D'amargo pranto banhados, Com sangue escritos; — e então Confio que te comovas, Que a minha dor te apiade Que chores, não de saudade, Nem de amor, — de compaixão, (Gonçalves Dias, Ainda uma vez adeus)

  20. GÊNERO LÍRICO • O gênero lírico é aquele que expressa um sentimento pessoal. • Segundo Hegel, seu conteúdo "é a maneira como a alma, com seus juízos subjetivos, alegrias e admirações, dores e sensações, toma consciência de si mesma no âmago deste conteúdo“.

  21. GÊNERO LÍRICO • VEJA A SEGUIR UM EXEMPLO DE OBRA LÍRICA CUJO AUTOR É MASCULINO E O EU- LÍRICO É FEMININO.

  22. Com açúcar, com afetoChico Buarque de Holanda Com açúcar, com afetoFiz seu doce prediletoPra você parar em casaQual o quêCom seu terno mais bonitoVocê sai, não acreditoQuando diz que não se atrasa.

  23. Você diz que é um operário, sai em busca do salárioPra poder me sustentar, qual o quê!No caminho da oficina, há um bar em cada esquinaPra você comemorar, sei lá o quê!

  24. Sei que alguém vai sentar juntoVocê vai puxar assuntoDiscutindo futebolE ficar olhando as saiasDe quem vive pelas praiasColoridas pelo sol

  25. Vem a noite e mais um copo, sei que alegre ma non troppoVocê vai querer cantarNa caixinha um novo amigo vai bater um samba antigoPra você rememorar

  26. Quando a noite enfim lhe cansa, você vem feito criançaPra chorar o meu perdão, qual o quê!Diz pra eu não ficar sentida, diz que vai mudar de vidaPra agradar meu coração

  27. E ao lhe ver assim cansado, maltrapilho e maltratadoComo vou me aborrecer? Qual o quê!Logo vou esquentar seu prato, dou um beijo em seu retratoE abro os meus braços pra você.

  28. OBSERVE AS MARCAS DE 1ª PESSOA Quando a noite enfim lhe cansa, você vem feito criançaPra chorar o meu perdão, qual o quê!Diz pra eu não ficar sentida, diz que vai mudar de vidaPra agradar meu coração

  29. AGORA VAMOS VER UM EXEMPLO DE OBRA LÍRICA CUJO AUTOR E EU- LÍRICO SÃO FEMININOS. • OBSERVE COMO HÁ MARCAS DE GÊNERO FEMININO EM VÁRIAS PARTES DO POEMA.

  30. ANA CAROLINA - GARGANTA Minha garganta estranha Quando não te vejo Me vem um desejo Doido de gritar Minha garganta arranha A tinta e os azulejos Do teu quarto, da cozinha Da sala de estar (2X)

  31. Venho madrugadaPerturbar teu sonoComo um cão sem donoMe ponho a ladrar Atravesso o travesseiroTe reviro pelo avessoTua cabeça enlouqueçoFaço ela rodar (2x)

  32. Sei que não sou santa Às vezes vou na cara dura Às vezes ajo com candura Pra te conquistar Mas não sou beata Me criei na rua E não mudo minha postura Só pra te agradar

  33. Vim parar nessa cidadePor força da circunstânciaSou assim desde criançaMe criei meio sem lar Aprendi a me virar sozinhaE se eu tô te dando linhaÉ pra depois te abandonar...(4x)

  34. RETOMANDO... GÊNERO LÍRICO: • Tem a presença do eu lírico – que é a voz que fala no poema. • Expressa os estados de alma, as emoções, os sentimentos vividos intensamente pelo eu lírico. • Predomínio da 1ª pessoa.

  35. GÊNERO DRAMÁTICO GÊNERO DRAMÁTICO

  36. GÊNERO DRAMÁTICO • Drama, em grego, significa "ação". • Textos feitos para serem representados. • O Gênero Dramático se assenta em três eixos importantes: o ator, o textoe o público sem o que não há espetáculo teatral. • Segundo Aristóteles, é a palavra representada.

  37. GÊNERO DRAMÁTICO O Gênero Dramático compreende as seguintes modalidades

  38. GÊNERO DRAMÁTICO • 1- Tragédia: É a representação de ações dolorosas da condição humana, no caso são  pessoas comuns. A ação visa provocar no espectador piedade e terror, terminando em geral de forma fatal. O objetivo era provocar a "catarse" ou purificação. Ex." Édipo Rei“ de Sófocles.

  39. Oráculo de Delfos Morada do Deus Apolo O Oráculo de Délfos (espécie de adivinho da antiguidade) previu que o filho de Laio (rei de Tebas) e Jocasta mataria o pai e se casaria com a mãe. ÉDIPO REI – SÓFOCLES

  40. ÉDIPO REI - SÓFOCLES Para evitar esse trágico destino: Servo de Laio deveria matá-lo abandona a criança um pastor o encontra leva-o ao rei de Corinto este o adota como seu filho

  41. ÉDIPO REI - SÓFOCLES • Já adulto, Édipo fica sabendo de tal maldição e, para não matar os seus pais, foge à Tebas. No caminho é maltratado por Laio, - que também estava de viagem e que acaba sendo morto por Édipo.

  42. ÉDIPO ENCONTRA-SE COM A ESFINGE E CONSEGUE DECIFRÁ-LA.

  43. COM A MORTE DA ESFINGE, ÉDIPO É ACLAMADO PELA POPULAÇÃO, CASA-SE COM JOCASTA E TORNA-SE REI DE TEBAS. Édipo Rei - Sófocles

  44. Porém uma maldição recai sobre a cidade, os deuses enviam uma peste a cidade de Tebas, pois os homens estavam desobedecendo ao Oráculo. Édipo, preocupado com a situação envia seu cunhado, Creonte, ao Oráculo de Delfos para saber qual era a causa da peste que assolava a cidade de Tebas.

  45. A resposta do Óráculo foi que a cidade estava naquela situação por causa da morte de Laio e que para solucionar o problema, o assassino deveria ser descoberto e punido.

  46. Édipo vai em busca de assassino de Laio. Ao longo da tragédia, Édipo descobre que Pólibo e Meréope não eram seus pais e que seu verdadeiro pai era Laio e sua verdadeira mãe era Jocasta.

  47. Não suportando a verdade de ser o assassino de seu pai, Édipo fura os próprios olhos para não ver sua dura realidade, e Jocasta comete suicídio.

  48. Complexo de Édipo - Freud • Freud baseou-se na tragédia de Sófocles (496-406 a.C.), Édipo Rei, para formular o conceito do Complexo de Édipo, a preferência velada dofilho pela mãe, acompanhada de uma aversão clara pelo pai.

  49. O complexo de Édipo é muito importante porque caracteriza a diferenciação do sujeito em relação aos pais. A figura do pai representa a inserção da criança na cultura, é a ordem cultural. A criança também começa a perceber que o pai pertence à mãe e por isso dirige sentimentos hostis a ele.

  50. COMÉDIA • De origem grega, apresentava originalmente personagens de caráter vicioso e vulgar, que protagonizavam atitudes ridículas. A comédia é uma sátira de comportamentos individuais e coletivos com o intuito moralizante.

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