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. O homem do Renascimento identifica na cultura greco-latina os valores da
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1. Contexto histórico Plenitude de uma grande transformação política, econômica e cultural ; assinala o início dos tempos modernos. Esse período é conhecido como Renascimento, porque os homens estavam preocupados em redescobrir a Antiguidade (renasce a cultura antiga).
O teocentrismo medieval (Deus no centro de tudo) cede lugar ao antropocentrismo, o homem adquire consciência de sua capacidade realizadora: conquista, inventa, cria, descobre, produz. A preocupação passa a ser com a realidade imediata, com o humano e com a vida terrena, deixando em segundo plano as questões referentes à eternidade, à salvação e à redenção da alma.
2. O homem do Renascimento identifica na cultura greco-latina os valores da época e passa a cultuá-la. Integra seu universo artístico os deuses da mitologia grega.
Procura compreender o mundo sob o prisma da razão e associa ao equilíbrio entre razão e emoção de Beleza, Bem e Verdade.
3. Todas essas mudanças têm como pano de fundo, a crise dos valores medievais, com o enfraquecimento do teocentrismo e da hierarquia nobreza-clero-povo, devida à decomposição do feudalismo e ao surgimento da burguesia.
4. A substituição de uma concepção teocêntrica por outra antropocêntrica não significou hostilidade em relação ao cristianismo. Tratava-se apenas de uma mudança de perspectiva cultural, de Deus para o Homem, que se tornou a medida de todas as coisas.
5. A concepção estética que surgiu a partir do Humanismo e do Renascimento convencionou-se chamar Classicismo, porque “clássicos” eram os antigos artistas e filósofos greco-latinos dignos de serem estudados nas “classes”.
6. O classicismo estendeu-se aos séculos XVI, XVII, e XVIII, o que determinou que os historiadores incluíssem sob a denominação “época clássica”, não apenas o Renascimento, mas também o Barroco e o Arcadismo (este último também conhecido como Neoclassicismo).
7. Características do Classicismo 1. Imitação e observância da estética dos autores da Antiguidade: gregos: Homero, Teócrito, Anacreonte, Sófocles, Aristóteles, Demóstenes etc.; latinos: Cícero, Virgílio, Ovídio, Plauto, Horácio etc.
2. Preocupação com a forma, busca da perfeição formal. Rigorosa exigência quanto à metrica e à rima; acentuada preocupação com a correção gramatical, com a clareza na expressão do pensamento, com o equilíbrio entre os gêneros literários.
8. 3. Construção frasal tendendo à inversão dos termos da oração e das orações no período, por imitação aos latinos:
Quando eu, senhora, em vós os olhos ponho,
e vejo o que não vi nunca, nem cri
que houvesse cá, recolhe-se a alma a si
e vou tresviando, como em sonho.
(Sá de Miranda)
9. 4. Utilização da mitologia greco-latina para efeitos artísticos, considerando-se também que as personagens mitológicas simbolizam ações, sentimentos e atitudes humanas.
5. Universalidade e impessoalidade. Preocupação com as verdades eternas e gerais, evitando-se o particular e o pessoal: a individualidade e o subjetivismo devem ceder lugar à preocupação com o homem e com a objetividade.
10. 6. Temas sobre os descobrimentos e a expansão, preocupação com a História e com as realizações humanas.
7. Idealismo. Apesar de objetiva, a arte clássica não é naturalista; a realidade sensível devia ser idealizada pelo artista. Por exemplo, a mulher amada não era descrita como simples criatura humana, mas idealizada como um ser angelical, e a natureza era descrita como uma região paradisíaca.