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Suely Bacchereti Bueno

Impactos da norma nos projetos de estruturas, escolha da VUP e previsão dos serviços de manutenção – desdobramento no setor. Suely Bacchereti Bueno Presidente da ABECE – Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural. Desenvolvimento de Normas Técnicas.

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Presentation Transcript


  1. Impactos da norma nos projetos de estruturas, escolha da VUP e previsão dos serviços de manutenção – desdobramento no setor Suely Bacchereti Bueno Presidente da ABECE – Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural

  2. Desenvolvimento de Normas Técnicas • Definir as necessidades do setor • Verificar o que já existe na normalização nacional e internacional • Criar um texto base para discussão • Conseguir colaboradores para análise deste texto base • Conseguir colaboradores que participem da Consulta Nacional

  3. Impacto nos Projetistas • Não temos como afirmar quantos projetistas tem consciência da importância desta norma e o quanto eles podem estar vulneráveis ao não atendimento destas prescrições • É uma Norma bastante complexa pois alinha o comportamento de todos os sistemas de uma forma integrada. Até que ponto uma falha na minha disciplina vai desencadear uma série de outras falhas. • É preciso ter conhecimento profundo, dentro de cada especialidade, desta e de todas as normas citadas neste documento.

  4. Impacto nos Projetistas Ações da ABECE junto aos associados e à comunidade de projetistas de estruturas

  5. Impacto nos Projetistas • Estamos já desde o encontro mensal de janeiro, abrindo discussões sobre o entendimento das diversas normas envolvidas no projeto de estruturas • O entendimento dos conceitos apresentados nas normas é diferente para cada pessoa, e isto fica muito claro nas reuniões de elaboração da própria norma, nos comentários da consulta nacional e nos comentários e críticas, pós aprovação, entre profissionais. Infelizmente devido à pouca participação nas etapas anteriores, estes comentários são inúmeros.

  6. Impacto nos Projetistas • Pretendemos que o fruto destas discussões, que estamos promovendo, seja, em primeiro lugar , o alinhamento do entendimento, por parte dos projetistas, das normas vigentes, hoje todas bastante complexas, e a criação de recomendações para aplicação de cada uma delas • Elaboração de sugestões aos textos existentes visando uma melhor harmonia entre os vários documentos • Implantação de um método de revisão sistemática de todas as nossas normas ( ISO – Prazo máximo de 5 anos)

  7. Impacto nos Projetos de Estrutura • Na minha visão para os projetos que já atendiam as diversas normas vigentes , não há nenhum impacto • Na NBR 15575 fica claro à toda hora que devemos seguir o que está prescrito na normalização já existente • Algumas simplificações adotadas para estruturas de pequeno porte são ainda discutíveis e entendo que o 3º parágrafo do ítem 7.2.2.1 não está sendo lido até o fim... Vejamos :

  8. Impacto nos Projetistas • Para casas térreas e sobrados, cuja altura total não ultrapasse 6,0 m ( desde o respaldo da fundação de cota mais baixa, até a laje ou forro do segundo pavimento), não há necessidade de atendimento às dimensões mínimas dos componentes estruturais estabelecidas nas Normas de projeto estrutural específicas (ABNT NBR 6118, ABNT NBR 8800, ABNT 9062, ABNT 15961 e ABNT NBR 14762), • Muitos projetistas pararam a leitura neste ponto, mas o parágrafo continua...

  9. Impacto nos Projetistas • resguardada a demonstração da segurança e a estabilidade pelos ensaiosprevistos nesta Norma (7.2.2.2 e 7.4), bem como atendidos os demais requisitos de desempenho estabelecidos nesta Norma. • Dúvidas : • a demonstração da segurança não pode ser teórica, deve ser efetiva, uma vez que existe o fator execução do projeto e materiais utilizados. Quem vai garantir esta demonstração e em quais empreendimentos ela é possível. Nós projetistas não podemos tomar esta decisão sozinhos.

  10. Impacto nos Projetistas • Temos que fixar mais alguns parâmetros e não somente citar casas térreas e sobrados com altura de 6,0 m. Todas as pessoas bem intencionadas, sabem exatamente o tipo de obra que estava na mente da comissão ao elaborar este parágrafo, mas muitos outros podem se aproveitar destas informações, para reduzir inadequadamente e contra a segurança, as dimensões mínimas de empreendimentos com 6,0 m de altura, 30 m de vão, em laje protendida e utilizar 14 cm de espessura nesta laje, por exemplo... ????

  11. Impacto nos Projetistas • Minimizar o custo na construção de um conjunto de 500 casas populares, estudando e experimentando todas as reduções possíveis, testando todos os métodos executivos, treinando toda equipe para uma execução esmerada e com numero de falhas reduzidas, comprovando o sucesso através de ensaios, era com certeza o objetivo da comissão. Esta redução deve ser sempre perseguida, pois isto é Engenharia de alto nível.

  12. Escolha da VUP – Vida útil de projeto • Todos com certeza querem que seu empreendimento seja o mais duradouro, com a mínima intervenção ao longo dos anos, com o menor custo de investimento e que dure eternamente... • Como definir estes parâmetros com nosso Cliente empreendedor • Como estar seguro que os objetivos serão alcançados • Quanto conhecimento temos desta performance no Brasil • Quanto podemos afirmar que estamos atendendo a cada região ou até municípios deste imenso e diverso país

  13. Escolha da VUP – Vida útil de projeto • Não me sinto à vontade, por tudo que eu estudei sobre o assunto, sempre como uma não especialista, de afirmar se estamos exagerando nos critérios de durabilidade. • Gostaria muito de ter certeza que o remédio está demasiado, pois assim poderíamos, nos próximos anos, ao constatarmos a perfeita performance de nossas estruturas, reduzir a dose.

  14. Escolha da VUP – Vida útil de projeto • Infelizmente entendo que hoje não possuímos um número suficiente de amostras que comprove que os parâmetros adotados estão exagerados • Ainda não conseguimos sequer mapear a interface entre os diversos graus de agressividade. Onde está o limite entre a zona rural, urbana e marinha no que se refere ao ataque à estrutura, isto ainda levando em conta as características peculiares de cada região.

  15. Escolha da VUP – Vida útil de projeto • Temos que fomentar as discussões, alavancar as pesquisas, aumentar nossa base de dados, para que possamos então aferir se estamos ou não exagerando na dose. • Por enquanto adoto, sem culpa, o que está prescrito nestes documentos, tendo como objetivo atingir a mais longa vida util.

  16. Previsão dos serviços de manutenção • Mudanças de comportamento: • Está se tornando um hábito de todo cidadão fazer as revisões periódicas de seu veículo sob pena de perder a garantia. E as pessoas se acostumaram a gastar um pouco nesta prevenção, periodicamente e raramente são vítimas de uma pane. Hoje muitos já não admitem viajar sem ter assegurado que seu veículo foi cuidadosamente revisado • A grande maioria das pessoas visita regularmente seu médico e seu dentista pois sabem que a prevenção das doenças é vital, mais barata e menos dolorida.

  17. Previsão dos serviços de manutenção • Esta postura tem que ser transferida para a manutenção de nossas obras, nossos empreendimentos, a riqueza que foi construída e que deve ser mantida pelo maior número de anos • Hoje já temos inúmeros exemplos, nos edifícios comercias, do cuidado com a manutenção. Num primeiro momento estes cuidados se restringiam aos equipamentos que não poderiam parar de funcionar, elevador, ar condicionado, geradores...Tudo tem que ter uma revisão e manutenção periódica. Agora as estruturas e os demais sistemas estão incluídos neste procedimento

  18. Previsão dos serviços de manutenção • O maior exemplo do que não se deve fazer, é a falta de cuidado com nossas obras públicas. Não existe nenhuma previsão de verba e uma obrigação legal aos sucessores, para que estas obras sejam mantidas, com toda performance com que foram inauguradas. Elas rapidamente se deterioram e o custo de sua recuperação, em poucos anos, fica proibitivo. O que nós vemos é um estado de deterioração assustador, daquilo que custou tanto para ser erguido, aumentando cada vez mais nossas carências.

  19. Previsão dos serviços de manutenção • Os manuais de uso e manutenção das edificações são hoje uma realidade e os responsáveis pela execução destas tarefas, tem sido bastante sensibilizados, pelos últimos trágicos eventos que vem ocorrendo no nosso setor. Ninguém quer ser responsabilizado por um acidente. Precisamos investir mais na divulgação e conscientização dos responsáveis por esta manutenção.

  20. Tenho certeza que em poucos anos teremos uma realidade tão diferente, que nem vamos acreditar que um dia, pudemos admitir que nossas normas não fossem cumpridas. Obrigada

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