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Internato – 2008 Pediatria Ariana Rocha Romão Coordenação: Sueli R. Falcão www.paulomargotto.com.br. Caso Clínico: Febre Reumática. 16/6/2008. Caso Clínico. M.F.M., 7 anos e 2 meses, 23 Kg. Há 3 meses Amigdalite Amoxicilina (7 dias)
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Internato – 2008 Pediatria Ariana Rocha Romão Coordenação: Sueli R. Falcão www.paulomargotto.com.br Caso Clínico: Febre Reumática 16/6/2008
Caso Clínico M.F.M., 7 anos e 2 meses, 23 Kg. Há 3 meses Amigdalite Amoxicilina (7 dias) Evoluiu com artrialgia em joelho e tornozelo + exantema + nódulos subcutâneos Prednisolona Desalex Sopro sistólico em foco mitral Digoxina
Caso Clínico Quadro de cansaço Captopril Furosemida Deu entrada no PS em 28/04/08 Dispnéia Fraqueza Vômitos Antecedentes: Amigdalites em 2006 e 2008 Varicela aos 4 anos Pai diabético
Caso Clínico Ao Exame: Paciente REG, hipocorado (1+/4+), hidratado, taquipneico, afebril ao toque. Peso de 23 kg. Exame cardiovascular: Ictus visível e palpável em 6º EIC esquerdo. RCR, 2T, BNF, sopro sistólico (3+/4+) em FM, com irradiação para axila. AR: MVF, S/ RA. Abdome: Ruídos hidroaéreos presentes, normotenso, indolor à palpação, sem visceromegalias. Extremidades: Perfundidas, sem edema.
Caso Clínico Exames Laboratoriais: HC: Ht: 36,6% Hg: 11,9 Hm: 4,22 Plaquetas: 324 000 Leu: 8 700 Seg: 50% Bast: 0% Linf: 40% Mono: 3% Eos:3% PAI: ASLO: 1090 PCR: < 0,32 VHS: 55 GAC: 138 Mucoproteinas: 7
Caso Clínico Exames de Imagem: Rx de Tórax: VE Ecocardiograma: IM importante com leve AE Cintilografia: discreto de captação em projeção da área cardíaca. Estudo limítrofe para cardite em atividade.
Febre Reumática - Definição Doença inflamatória sistêmica Seqüela infecção VAS pelo Streptococcus pyogenes Comprometimento preferencial: Coração Pele Tecido subcutâneo Articulações SNC
Febre Reumática - Epidemiologia Doença endêmica Valvopatia causa importante de cardite adquirida Associado a baixo nível socioeconômico Risco de 3% após faringoamigdalite Caráter recidivante 20% Faixa etária de 5 a 15 anos Período de incubação de 1 a 5 semanas
Infecção faríngea Mimetismo celular Reação auto-imune Inflamação não supurativa do tecidos conjuntivo de orgãos Febre Reumática - Patogenia
Febre Reumática – Quadro Clínico Febre Poliartrite migratória Prostração Coréia Astenia Artralgia Cardite Taquicardia Eritema marginatum Nódulos subcutâneos Insuficiência cardíaca Pneumonite reumática
Febre Reumática – Quadro Clínico FebrePoliartrite migratóriaProstração Astenia CoréiaArtralgia Cardite Taquicardia Eritema marginatum Nódulos subcutâneos Insuficiência cardíaca Pneumonite reumática
Febre Reumática – Poliartrite Sintoma mais precoce Fase de pico dos anticorpos Características: Grandes Articulações Migratória Assimétrica Auto-limitada Não deformante Liquido sinovial demonstra artrite moderada Resposta dramática aos Salicilatos
Febre Reumática – Cardite Principal determinante do prognóstico Maior risco em recidivas Leve Grave Pode envolver todos folhetos: Endocardite Miocardite Pericardite Pancardite Alterações no sistema de condução
Febre Reumática – Eritema Marginatum Rash eritematoso maculopapular Mais comum no tronco e porções proximais dos membros Caráter migratório e intermitente Associado aos nódulos subcutâneos e cardite
Febre Reumática – Nódulos subcutâneos Firmes, indolores e móveis Solitários ou múltiplos Ausentes sinais flogísticos Ocorrem em superfícies extensoras distais dos membros Associados a cardite grave
Febre Reumática – Coréia de Sydenham Manifestação tardia 20% dos casos Auto-anticorpos acometem núcleos da base Principal causa de coréia em crianças Alterações no exame físico Alterações Psiquiátricas
Febre Reumática – Diagnóstico Reagentes de fase aguda PCR VHS Mucoproteinas Provas Imunológicas ASLO Anti-DNAse B Anti-hialuronidase Ecodopplercardiograma Outros Leucocitose neutrofílica Anemia normocítica hipocrônica ↑ AST
Febre Reumática – Diagnóstico Critérios Maiores Critérios Menores Critério Obrigatório Poliartrite Poliartralgia Evidência infecção pelo estreptococo Cardite reumática Febre Coréia de Sydenham * FR prévia/valvopatia * Eritema marginatum ↑ RFA Nódulos subcutâneos ↑ Intervalo PR
Febre Reumática – Tratamento Erradicação do Streptococcus pyogenes Penicilina G Benzatina 600 000 U, dose única Penicilina V oral 250 mg 8/8h, 10 dias Eritromicina 40 mg/Kg/dia 8/8h, 10 dias Tratamento poliartrite, febre e sintomas gerais Ácido acetil-salicílico 80-100mg/kg/dia Naproxeno 10-20 mg/kg/dia Ibuprofeno 30-40 mg/kg/dia
Febre Reumática – Tratamento Tratamento cardite Prednisolona 1-2 mg/Kg/dia 8/8h durante 15 dias depois reduzir 20% a 25% da dose, por semana Tratamento Coréia Combate à ansiedade Haloperidol 1-5 mg/dia 12/12h Tratamento recorrências
Febre Reumática – Profilaxia • Primária
Febre Reumática – Profilaxia Secundária
Febre Reumática – Profilaxia FR sem cardite Mínimo por 5 anos Até os 21 anos FR com cardite sem doença valvar residual Mínimo por 10 anos Até os 25 anos FR com cardite e doença valvar residual Mínimo 10 anos Até os 40 anos • Profilaxia secundária
Febre Reumática – Prognóstico Sintomas constitucionais duram em média 4 semanas Poliartriate dura em média 2 a 4 semanas Cardite dura em média 2 meses Cardite principal determinante Mortalidade associada a cardite reumática grave