120 likes | 276 Views
DEUTSCHKURS Para Brasileiros. NÍVEL A1 Apresentação 001 ALEMÃES NO BRASIL Marcelo Freitas. VOCÊ VIU UM ALEMÃO POR AÍ ?. Kuerten. Fischer. Bündchen. Bial. Hickmann. Schmidt. ESSES PERSONAGENS TÊM ALGO EM COMUM. São brasileiríssimos.
E N D
DEUTSCHKURSPara Brasileiros NÍVEL A1 Apresentação 001 ALEMÃES NO BRASIL Marcelo Freitas
VOCÊ VIU UM ALEMÃO POR AÍ ? Kuerten Fischer Bündchen Bial Hickmann Schmidt
ESSES PERSONAGENS TÊM ALGO EM COMUM São brasileiríssimos. Não é difícil encontrar pessoas com algum ascendente alemão. Em 2010, estima-se que 18 milhões de pessoas no Brasil possuem uma ligação étnica com a Alemanha, 10% da população. A contribuição alemã para a formação do povo brasileiro é muito importante sob diversos pontos de vista que vão desde as contribuições técnicas à cultura. Eles estão espalhados por todo o país, embora em maior concentração na região sul, bem integrados na sociedade após 186 anos da primeira leva de imigrantes alemães para o Brasil em 1824.
IMIGRANTERS ALEMÃES NA ECONOMIA BRASILEIRA A participação dos imigrantes alemães na economia brasileira vai desde os simples agricultores familiares aos intelectuais e profissionais liberais e aos maiores empresários do país. Várias empresas e marcas brasileiras que iniciaram no âmbito familiar, possuem entre seus fundadores imigrantes ou descendentes de alemães: Uma das maiores siderúrgicas do mundo Porto Alegre - RS A 1ª Cerveja do Brasil – Petrópolis-RJ Malharia – Blumenal -SC Maior franquia de perfumarias do mundo Curitiba-PR Líder mundial em motores elétricos Jaraguá do Sul - SC Eletrodomésticos Joinville-SC
SOBRENOMES ALEMÃES Ficamos curiosos com a dificuldade dos sobrenomes alemães no Brasil. Sua origem, no entanto, é bastante simples. Os sobrenomes na Europa são coisa relativamente recente (+ -) ano 1000 DC. Antes disso, as pessoas simplesmente não o tinham ou eram identificadas como filho de alguém. Ex. João filho de Pedro. Com o aumento da população e o registro de batismos pela Igreja, criou-se o sistema de sobrenomes. Como não existiam, eles tiveram que ser inventados. Em geral, os sobrenomes alemães, como também no português, derivam da atividade que a pessoa ou família exercia, da região de onde provinham, de fenômenos e elementos da natureza ou ainda de uma característica física das pessoas da família. Abaixo alguns exemplos de sobrenomes alemães comuns no Brasil. A escrita varia na origem ou em alterações feitas no momento da chegada ao Brasil, por erro ou para adaptar o som ao ouvido brasileiro.
IMIGRAÇÃO ALEMÃ NO BRASIL Os alemães foram o primeiro povo europeu a imigrar para o Brasil em grande quantidade, 50 anos antes dos italianos. O primeiro grupo chegou no início do século XIX, em 1824, e outros foram chegando continuamente até a década de 60 do século XX. Formam o segundo maior contingente de imigrantes no Brasil, depois dos italianos. Segundo dados do IBGE foram aproximadamente 250.000 imigrantes alemães em 140 anos de imigração. Colônias alemãs se estabeleceram no Rio de Janeiro (Nova Friburgo e Petrópolis na serra fluminense), em São Paulo (Santo Amaro, hoje bairro da zona sul da cidade, e oeste paulista), Em Minas (Juiz de Fora), na Bahia (Colônias Leopoldina e Frankenthal) e no Espírito Santo (Pomeranos de Santa Maria do Jetibá e Domingos Martins). Foi no sul do Brasil, porém, o local onde a maioria dos imigrantes alemães se instalou. Iniciando pelo Rio Grande do Sul e ocupando o Vale do Rio dos Sinos (a partir da cidade de São Leopoldo, hoje na Região Metropolitana de Porto Alegre, até o oeste do Estado). A seguir em Santa Catarina (iniciando por Blumenau e Joinville e com os pomeranos de Pomerode). No Paraná criaram cidades em várias regiões do Estado, iniciando por Rio Negro, chegando a Curitiba onde tiveram grande presença e dirigindo-se ao interior do Estado (Ponta Grossa, Guarapuava, Rolândia e Marechal Cândido Rondon). O objetivo inicial era a ocupação de terras e os imigrantes alemães eram todos agricultores. Já no século XX vieram muitos operários, artífices, trabalhadores urbanos e intelectuais que se dirigiram aos centros urbanos.
ALEMÃES NO SUL DO BRASIL Mapa indicando as regiões de presença alemã no sul do Brasil em 1905. As principais colônias estão destacadas em rosa. Os pontos pretos indicam cidades que possuíam uma igreja alemã. Fonte: Wikipedia – Verbete imigração alemã.
DE ONDE VIERAM OS ALEMÃES ? Os imigrantes alemães vieram de uma Alemanha ainda em formação em meados do século XIX. Nessa época havia um excesso de mão-de-obra devido à rápida implantação do capitalismo industrial sobre estruturas feudais, o que obrigou à emigração em massa. Os imigrantes que chegaram ao sul do Brasil saíram de diversas regiões da Alemanha, mas destacaremos os da região sudoeste que compreendia o Vale do Rio Rhein (Reno), em especial das regiões de Hunsrück e Pfalz onde hoje se localiza o Estado (Länder) de Rheinland-Pfalz, pois vieram em praticamente todas as levas. Outros vieram também da região da Pomerânia, atualmente quase toda em território polonês. ► Alemanha atual e o Estado de Rheinland-Pfalz ▼ Pomerânia – Hoje quase toda em território Polonês. Hunsrück
QUE LÍNGUA FALAVAM OS IMIGRANTES ALEMÃES ? Hoje na Alemanha todos falam o Alemão padrão ou Hochdeutsch, que é a língua oficial e aquela que estudamos no Goethe Institut. O Hochdeutsch evoluiu do saxônio de Lutero modificado pela língua prussiana. No entanto, cada região ou comunidade da Alemanha possui um dialeto próprio. Assim, muitos alemães falam também um dialeto (alsaciano, bávaro, alemânico, amburguês, Kölsch, Platt, Berliner, suábio, saxônio, iídiche, etc.) No século XIX essa variedade línguística era ainda maior, pois não havia um alemão padrão e sequer o país era unificado. Muitos dialetos eram praticamente ininteligíveis entre si e considerando que os imigrantes que vieram para o Brasil provinham de diferentes regiões, a confusão linguística era grande. Como os imigrantes da região da Renânia vieram em grande quantidade, constando em praticamente todas as levas, acabou prevalecendo entre os imigrantes o dialeto da região de Hunsrück, ainda falado no Estado de Rheinland-Pfalz. No sul do Brasil esse dialeto foi modificado pela influência de outros idiomas aqui falados e rebatizado de Riograndenser Hunsrückish, ainda bastante corrente no âmbito familiar. Outro dialeto que se manteve em regiões específicas do Brasil, mas em menor escala, foi o dialeto pomerano (Pommeranisch), uma variação do Platt ou baixo-alemão originário da região da Pomerânia e de grande influência eslava. Ainda é falado em Pomerode-SC e em Santa Maria do Jetibá e Domingos Martins – ES. Abaixo, dois links para vídeos curtos do Youtube com pessoas falando esses dois dialetos no Brasil. (Basta clicar no link, mas se ocorrer erro quando o navegador abrir o Youtube, seleciona o endereço na barra com o mouse e tecle Enter) 1 – Riograndenser Hunsrückisch - http://www.youtube.com/watch?v=IXWbB-KpN_8&feature=related 2 – Pommeranisch - http://www.youtube.com/watch?v=U8ekSRmPAqI
POR QUE A LÍNGUA DOS IMIGRANTES FICOU RESTRITA ? Inicialmente os colonos alemães só falavam alemão. Viviam praticamente isolados devido às dificuldades de acesso e comunicação da época. Tiveram que se virar sozinhos e ensinaram seu respectivo dialeto a seus filhos. Foi com Getúlio Vargas, nos anos 30 do século XX que se iniciou um processo intensivo para a nacionalização dos imigrantes, inclusive com a proibição do uso público da língua alemã ou de seus dialetos. Durante a segunda guerra mundial essas restrições tomaram a forma de perseguição e a língua alemã era considerada praticamente um crime. Por essa razão muitos imigrantes procuraram modificar nomes de associações e dar nomes brasileiros a seus filhos, além garantir que aprendessem a falar português. Esse período foi decisivo para a aculturação dos imigrantes. Em casa, no âmbito familiar, a língua alemã permaneceu viva e ainda é falada por alguns descendentes, mesmo que sua principal língua seja o português. Hoje os descendentes de alemães se consideram brasileiros e sua ligação com a Alemanha está bastante diluída, mas há movimentos de reafirmação da cultura trazida pelos imigrantes. Visitantes da Alemanha de hoje consideram os alemães-brasileiros, mais tradicionais do que os da própria Alemanha. Há muito aprendemos que a relação entre os povos não é uma questão racial, mas cultural e que toda a forma de cultura deve ser valorizada, em especial o idioma que é o veículo da cultura por excelência.
Esse material é um trabalho escolar realizado por um aluno do Instituto Goethe de Curitiba-PR, Brasil e não possui fins lucrativos ou intenção de distribuição. No entanto, pode ser repassado livremente para os interessados no aprendizado da língua alemã. As fontes de pesquisa para a realização desse trabalho provêm de consulta a sites da internet e das informações recebidas em aula. Abaixo seguem os links para os sites consultados, cuja menção serve como crédito para as informações e imagens utilizadas: http://pt.wikipedia.org/wiki/Imigra%C3%A7%C3%A3o_alem%C3%A3_no_Brasil http://www.dw-world.de/dw/article/0,,1274817,00.html http://pt.wikilingue.com/es/Hist%C3%B3ria_da_Alemanha http://german.about.com/library/weekly/aa050399.htm http://www.youtube.com/watch?v=IXWbB-KpN_8&feature=related http://www.youtube.com/watch?v=U8ekSRmPAqI