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A Pesquisa Sócio-econômica das Comunidades de Baixa Renda da Cidade do Rio de Janeiro. Denise Britz do Nascimento Silva José Matias de Lima Escola Nacional de Ciências Estatísticas. ENCE / IBGE. DESMISTIFICANDO AS FAVELAS - IETS E MEGACIDADES. Motivação.
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A Pesquisa Sócio-econômica das Comunidades de Baixa Renda da Cidade do Rio de Janeiro Denise Britz do Nascimento Silva José Matias de Lima Escola Nacional de Ciências Estatísticas ENCE / IBGE DESMISTIFICANDO AS FAVELAS - IETS E MEGACIDADES
Motivação • A Cidade do Rio de Janeiro tem inúmeros problemas nas áreas da habitação, infra-estrutura e emprego. • Parcela significativa da população vive em condições precárias. • Freqüente proliferação de favelas. • Em 1994 a Prefeitura da Cidade lança o projeto Favela-Bairro.
Motivação • Em 1997 a Secretaria Municipal do Trabalho implanta programas de geração de trabalho e renda. • Para planejar e implementar políticas públicas eficazes é essencial a obtenção de informações detalhadas sobre as comunidades.
A Pesquisa • Investiga características sócio-econômicas da população residente e dos estabelecimentos (unidades econômicas) localizados nas Comunidades. • Permite traçar perfil sócio-econômico dos moradores. • Coleta informações sobre as especificidades da economia dentro das Comunidades.
Objetivos • Criar uma base de dados com informações sobre domicílios, pessoas e estabelecimentos. • Investigar a diversidade da economia das comunidades e o seu potencial de expansão. • Fornecer informação detalhada sobre a população de baixa renda das favelas.
Objetivos • Obter informações estatísticas apropriadas para auxiliar os processos de implementação de ações de geração de trabalho e renda.
A Pesquisa Sócio-econômica das Comunidades de Baixa Renda (PCBR) Pesquisa Domiciliar: • Unidade de investigação – domicílios e pessoas residentes • Amostras probabilísticas independentes para cada favela. • Propicia análise detalhada do tamanho e composição das unidades familiares, nível de instrução, inserção no mercado de trabalho, nível de renda e padrões habitacionais
A Pesquisa Sócio-econômica das Comunidades de Baixa Renda (PCBR) Pesquisa de Estabelecimentos: • Unidade de investigação – unidades produtivas existentes • Operação censitária • Propicia análise detalhada das unidades produtivas, de sua diversificação interna, modos de organização e funcionamento, nível de formalização, oportunidades de trabalho e rendimentos gerados Âmbito da Pesquisa: • 51 favelas da cidade do Rio de Janeiro - 255.000 pessoas • Amostra: 82.000 pessoas em 21.700 domicílios • Censo: 4.400 unidades produtivas
2 em 1 • Pesquisa domiciliar por amostragem probabilística sobre características de domicílios e moradores. • Censo de estabelecimentos. • As pesquisas foram conduzidas simultaneamente, num processo integrado, desde o planejamento até a coleta e análise das informações.
Censo de Estabelecimentos • Negócios/estabelecimentos localizados em imóveis não residenciais. • Estabelecimentos localizados em imóveis residenciais que possuam pelo menos uma entrada independente do acesso ao interior do domicílio. • Negócios localizados em imóveis residenciais com balcão ou janelas que permitam a realização do negócio.
Pesquisa Amostral • Recomenda-se a utilização de amostras probabilísticas. • Recomenda-se a utilização de cadastros de seleção. • O desenho amostral deve ser o mais simples possível visando facilitar sua correta implementação. Dr. Chris Scott Adviser on Sample Surveys - UN Economic Comission Deputy Director - World Fertility Survey
Cuidados no Planejamento • Desenho da amostra estrategicamente simples e eficaz. • Operação de coleta cuidadosamente planejada. • Pesquisa finalizada no prazo máximo de 8 semanas a contar do efetivo início da coleta. • Treinamento da equipe de campo: conceitos e definições.
Operação de Campo • Pesquisa amostral domiciliar e censo de estabelecimentos foram realizados ao mesmo tempo (método direto de entrevista). • Equipe de campo cuidadosamente selecionada e treinada. • Número pequeno de entrevistadores. • Entrevistadores identificados.
Operação de Campo • Contatos com a Associação de Moradores e com o POUSO. • Ampla divulgação da pesquisa: cartazes, folhetos, rádios e redes de TV comunitárias. • Dificuldade na identificação e localização de domicílios.
Operação de Campo • Cuidado para não deixar fora da listagem os domicílios de mais difícil acesso (em geral os mais carentes ou precários). • Presença do tráfico interfere no dia-a-dia das comunidades. • Ajuda de guia local.
Operação de Campo • Evitava-se a realização simultânea de pesquisas em comunidades cujo comando do tráfico fosse de facções rivais. • Adequação do horário de trabalho às normas inerentes a cada comunidade. • Papel fundamental da Associação dos Moradores (rede de comunicação entre comunidades).
Operação de Campo • Decodificação dos sinais de alerta e perigo. • Excepcional receptividade por parte da população residente. • Pesquisa muito bem aceita pelas comunidades (100% taxa de resposta!!).
Operação de Campo Censo de Estabelecimentos • Necessidade de convencer os proprietários de que a pesquisa não tinha caráter de fiscalização. • Garantia do sigilo das informações. • Dificuldade de obtenção das informações devido ao alto grau de informalidade dos negócios. • Horário de funcionamento dos negócios.
Democratização das Informações • Após a conclusão da pesquisa... Os resultados obtidos eram disponibilizados para a associação dos moradores em forma de relatórios e posters para divulgação na comunidade.
O Projeto • Sistema inédito de pesquisas estatísticas que permitiu a criação de um Banco de Dados sobre comunidades de baixa renda. • Instrumento valioso para lideranças comunitárias e pesquisadores das questões urbana e social.
O Projeto • Desenho da amostra estrategicamente simples e eficaz. Produz estimativas com precisão aceitável. • Dados comparáveis com outras pesquisas. • Disponibilização das informações (e do Banco de Dados) em curto período de tempo.
W. Edward Deming “In God we trust all others bring data”