370 likes | 506 Views
TÉCNICAS DE ESCAVAÇÃO. OS VESTÍGIOS ARQUEOLÓGICOS. O CAMPO DE TRABALHO. OS REGISTOS. OS VESTÍGIOS ARQUEOLÓGICOS. É tudo aquilo que expressa a vontade humana…. TESTEMUNHOS . INDUSTRAIS . BIOLÓGICOS . SOCIOLÓGICOS. VESTÍGIOS . HABITAÇÕES TEMPORÁRIAS . HABITAÇÕES PERMANENTES
E N D
TÉCNICAS DE ESCAVAÇÃO OS VESTÍGIOS ARQUEOLÓGICOS O CAMPO DE TRABALHO OS REGISTOS
OS VESTÍGIOS ARQUEOLÓGICOS É tudo aquilo que expressa a vontade humana… TESTEMUNHOS . INDUSTRAIS . BIOLÓGICOS . SOCIOLÓGICOS VESTÍGIOS . HABITAÇÕES TEMPORÁRIAS . HABITAÇÕES PERMANENTES . SEPULTURAS . LUGARES SAGRADOS . INDÚSTRIAS . OBRAS DE DEFESA . TRABALHOS PÚBLICOS INDÍCIOS . AS MARCAS . O DESGASTE . LAREIRAS E INCÊNDIOS . OS TRAÇOS ARTÍSTICOS . OS TRAÇOS ESCRITOS
TESTEMUNHOS INDUSTRIAIS . Ferramentas líticas: utensílios de sílex, principalmente, de obsidiana, quartzite, jade, etc. . Ferramentas metálicas: armas, ornatos, partes de enfeites ou de arreios, peças de construção, escórias de fundição, moldes, etc. . Cestaria e tecidos: cestos, e objectos entrançados, tecidos, bordados, estofados, cosidos, etc. . Cerâmica e olaria: objectos modelados, moldados, torneados, crus ou cosidos, decorados ou não, vidrados ou não, utilitários ou não, vidros.
TESTEMUNHOS BIOLÓGICOS . Esqueletos, ossadas, múmias, pergaminhos, objectos de couro e de lã, enfeites de cabelo ou de plumas… . Conchas e montes de restos vitais ou de cozinha (fossas de lixo). . Pólen (apenas num meio húmido), restos vegetais, madeira…
TESTEMUNHOS SOCIOLÓGICOS . Moedas, medalhas, objectos de troca e de permuta. . Objectos religiosos e mágicos. . Objectos de enfeite e ornamentos. . Pequenos objectos utilitários (botões, agulhas, etc.) e pequenos apare_ lhos (rodas, sarilhos, almofarizes, etc.). . Meios de transporte (barcos, carros, peças de arreio). . Armas diversas.
VESTÍGIOS MONUMENTAIS . Acampamentos de todos os tipos. . Aldeias sazonais, lacustres ou outras. . Estações e postos de vigia. . Estações de trocas ou de veraneio. As habitações temporárias:
VESTÍGIOS MONUMENTAIS . Cidades e aldeias. . Casas isoladas. . Grutas, abrigos na rocha, cavernas. . Palafitas ou habitações lacustres. As habitações permanentes:
VESTÍGIOS MONUMENTAIS . Túmulos individuais (inumação e incineração). . Túmulos colectivos (fossas, hipogeus, túmulos reais). . Cemitérios (campos de urnas, locais de inumação, columbários). As sepulturas:
VESTÍGIOS MONUMENTAIS . Megalíticos. . Naturais, com arranjo (poços, lagos sagrados). . Recordações (pedras gravadas, erigidas, colunas, etc.). . Construídos ou escavados (santuários, igrejas, templos, etc.). Os lugares sagrados:
VESTÍGIOS MONUMENTAIS . Minas e pedreiras. . Fundições, hulheiras, oficinas pré – históricas. . Fornalhas diversas. . Fornos de oleiro. As indústrias:
VESTÍGIOS MONUMENTAIS . Muros defensivos, barreiras, sebes. . Fossos. . Elevações do terreno. . Construções (fortes, torres, castelos). As obras de defesa:
VESTÍGIOS MONUMENTAIS . Canais, diques, portos, barragens. . Lagos, tanques, cisternas, fontes, aquedutos. . Estradas, caminhos, pontes. . Teatros, anfiteatros e lugares públicos. Os trabalhos públicos:
OS INDÍCIOS . Humanas: pegadas na argila das grutas, dedadas na cerâmica, traços de corpos numa camada ou em material mineral. . Animais: pegadas, traços de garras, de dentadas, tocas. . Outras: sinais vegetais, de grãos, de têxteis, de cestaria sobre argila. As marcas:
VESTÍGIOS MONUMENTAIS . Esfoladelas, desgaste de pedras de soleira das portas, de degraus, polimento de corrimões, de pedras de rochas, de calhaus, depredações de todas as espécies, traços de vandalismo, de armas, sujidades, etc. O desgaste:
VESTÍGIOS MONUMENTAIS . Pedras estaladas pelo fogo, carbonização de materiais diversos, traços de fogo diverso, de incêndios, etc. . Transformação pelo fogo de certas matérias, enegrecimentos. Lareiras e incêndios:
VESTÍGIOS MONUMENTAIS . Pedras esculpidas, rochas gravadas, inscritas, pintadas. . Pinturas parietais, murais, frescos, moldagens de animais, etc. Os traços artísticos:
VESTÍGIOS MONUMENTAIS . Todas as escritas, todas os desenhos ou animais inscritos, pintados, gravados, inteligíveis ou não, feitos voluntariamente, marcas de can_ teiro, marcas de identificação e de propriedade, etc. Os traços escritos:
O CAMPO DE TRABALHO O local da acção e exploração… AS SONDAGENS .Túmulo isolado .Túmulos numerosos, visíveis .Estações visíveis, de pe_ quenas dimensões .Estação invisível, de pe_ quenas dimensões .Uma gruta A ESCAVAÇÃO .A marcação do campo .A referenciação dos quadrados na quadrícula .A orientação da quadrícula .A escavação preliminar (de sondagem) .A referenciação dos objectos . A grade e a barra rígida . O teodolito A ESTRATIGRAFIA .Preparação do corte .Interpretação da estratigrafia .A escavação dos objectos
AS SONDAGENS . Se este tiver sido revelado por quaisquer dos meios de detecção já descritos, pode-se cavar um poço, se possível na extremidade deste túmulo, de modo a poder descobri-lo pouco a pouco seguindo a estratificação. Túmulo isolado:
AS SONDAGENS . Neste caso, podem-se cavar trincheiras de pequeno comprimento entre os túmulos. Estas trincheiras não devem em caso algum ser contínuas, para que se possa evitar o desaparecimento de um eventual elo de ligação entre os túmulos. Túmulos numerosos, visíveis:
AS SONDAGENS . Traçar eixos orientados, decapar, camada por camada, um quarto de montículo, de modo a pôr em evidência a estratificação. Se qualquer anomalia se apresentar com o máximo de precauções, deixando de reserva muros ou bermas bastante largas (ver desenho). Estações visíveis, de pequenas dimensões:
AS SONDAGENS . Quadricular o terreno em quadrados com dois metros de lado e decapar um destes quadrados camada por camada. Se o resultado for concludente (presença de vestígios ou estratificação interessante), continuar a escavação nos outros quadrados. Se não, tornar a tapar com a mesma terra (ver desenho). Estações invisíveis, de pequenas dimensões:
AS SONDAGENS . Primeiramente proceder-se-á a duas sondagens (poços com cerca de 1 por 2 metros) uma situada à entrada da gruta, outra ao fundo, de maneira a confirmar a sua ocupação. Estas duas sondagens devem encontrar-se no mesmo eixo (ver desenho). A e B } Sondagens. C } Testemunhos deixados no local. A tracejado } A escavar caso se verifique ser necessário. Uma gruta:
A ESCAVAÇÃO . Primeiramente estabelece-se uma quadrícula que cubra a parte central da zona a escavar, e de tal modo que possa ser estendida em todas as direcções necessárias. Para isso, colocam-se estacas espaçadas de cerca de cinco metros, em intervalos regulares (ver desenhos). A marcação do campo:
A ESCAVAÇÃO . Identificação das estacas com uma letra e um número correspondente ao quadrado. . Com o auxílio de cordas estendidas, serão colocadas estacas de cinco em cinco metros. . Identificação de uma das estacas na planta. (ver desenho) A referenciação dos quadrados na quadrícula :
A ESCAVAÇÃO . Orientar a quadrícula, não segundo os pontos cardiais, pois arriscar- nos - íamos a seguir as paredes sem as encontrar e a deixar algumas enterradas nas bermas (ver desenho), mas num ângulo de 45º em relação ao quadrado. A orientação da quadrícula:
A ESCAVAÇÃO . Nos ângulos de cada quadrado, cujos lados se devem encontrar a cerca de 50cm das linhas de quadrícula, e depois prosseguidas em trincheiras, enfim, ampliadas a toda a superfície do quadrado de es_ cavação por decapagens sucessivas (ver desenho). A escavação preliminar (de sondagem):
A ESCAVAÇÃO . Para permitir a identificação precisa do espaço onde cada objecto vai sendo encontrado, costumam-se utilizar dois dispositivos: a quadrí_ cula e a barra rígida (ver desenhos) e o teodolito. A referenciação dos objectos:
A ESTRATIGRAFIA . Os cortes para poderem ser lidos e registados, deverão ser nítidos, aplanados, bem verticais. As camadas terão um número visível, pintado numa pequena ficha de metal, usando-se os algarismo árabes para as camadas ou níveis e os romanos para as culturas. A numeração é provisória e logo que se atinja o solo virgem, numerar- se-ão definitivamente, mas agora, de baixo para cima (ver desenho). Preparação do corte:
A ESTRATIGRAFIA . A interpretação passa primeiro pela delimitação das camadas: as estéreis (que não contêm vestígios) e as arqueológicas (que contêm vestígios). Assinalam-se as camadas pelas suas diferenças de estru_ tura, de colocação, de compressão, de matéria. Para examinar as estratigrafias, por vezes temos que molhar com água de modo a fazer aparecer todos os níveis. Uma camada escura, espes_ sa, poderá indicar quer lareiras, quer um incêndio. As camadas com_ primidas à superfície quase sempre indicam solos. Interpretação da estratigrafia:
A ESTRATIGRAFIA . A técnica é não ter pressa de retirar uma peça quando ela aparece, devendo-se continuar a retirar as camadas, até ao fim ( ver desenho) mantendo a peça coberta, de modo a preservar o envolvimento imediato do objecto. Far-se-ão esboços, tirar-se-ão fotografias…Após o isolamento do objecto e do seu contexto, começar- se-á a escavação deste, simultaneamente horizontal e verticalmente, por cortes sucessivos. A escavação dos objectos:
OS REGISTOS O início da construção das sínteses históricas… O DIÁRIO DE ESCAVAÇÃO A FOTOGRAFIA ARQUEOLÓGICA MOLDAGENS E DECALQUES DECALQUES
OS REGISTOS É indispensável que qualquer escavação seja acompanhada por um diário onde serão fielmente anotados todos os factores com ela relacionados. Este diário deve permitir seguir dia a dia, quase hora a hora, o desenrolar das operações. Fotografias, desenhos, achados, observações, tudo deverá ser rigorosamente anotado até ao mínimo pormenor. Quando as escavações são grandes, será necessário ter um caderno geral, menos pormenorizado mas referindo-se às anotações que cada escavador deve fazer do seu próprio quadrado. Os escavadores podem com vantagem substituir o caderno de notas por um gravador portátil que lhes permitirá ditar as suas observações sem cessar o trabalho. No entanto, à noite é mais prático que o caderno e incita a registar muito mais pormenores do que os que se escreveriam, mas requer um certo hábito. O registo escrito é, com a fotografia, o auxiliar mais fiel que o arqueólogo pode ter à sua disposição. O diário da escavação
OS REGISTOS Estas fotografias terão que possuir legibilidade, nitidez e clareza. Elas devem valorizar, sem deformar, objectos, camadas e estações. Estas fotografias devem incluir sempre no campo da objectiva: . um elemento de grandeza conhecida, uma escala com as graduações pintadas Alternadamente a vermelho e negro. . uma seta indicando sempre o norte. . um quadro, referenciando o número da foto, o quadrado em questão e a camada, e, ainda: . a luz nunca deve ser frontal. Evitar tê-la pelas costas. . preencher sempre uma ficha para cada fotografia de tal modo que apareçam em todos os seus pormenores. Se necessário, aclarar as sombras. A fotografia arqueológica
OS REGISTOS Moldagens e decalques È muitas vezes útil recorrer a processos que permitam conservar a própria forma dos objectos ou texturas. Utilizam-se então moldagens e decalques. Os métodos diferem segundo o material a reproduzir. Fotografar antes de moldar ou decalcar. Marcas simples: Podem-se moldar com gesso de secagem rápida. Olear primeiramente a marca, depois colocar o gesso, bastante líquido. Esperar que esteja bem seco, antes de o retirar. Marcas complicadas: A moldagem em gesso pode deteriorar a marca. Utiliza-se então moldes brandos que permitam uma moldagem fácil, produtos à base de elastómero de silicone. Em alguns casos, quando uma peça pequena for extremamente frágil e não puder ser transportada nem consolidada pelos métodos clássicos, pode recorrer-se à sua inclusão, quer em parafina, se se quiser estudá-la mais tarde num laboratório, quer ainda em poliéster, no caso de não se lhe dever tocar mais. No caso de moldes de gesso, será bom verificar por vezes se este está perfeitamente seco.
OS REGISTOS Utilizam-se sobretudo para tirar as marcas de inscrições ou gravuras pouco cavadas e podem ser feitos com papel ou látex. Com papel, na rocha, limpar a superfície da pedra com água pura, para eliminar as poeiras, depois aplicar sobre a pedra húmida uma folha de papel, previamente molhado em água durante alguns minutos. Bater a superfície do papel com uma escova, indo do centro para os lados, de maneira a fazê-lo aderir a todas as desigualdades da pedra. Se a folha de papel se rasgar, aplicar uma segunda folha molhada sobre a primeira e bater do mesmo modo. Continuar a aplicar outras folhas de papel até obter uma certa espessura. Deixar secar no local e tirar com precaução. Obtém-se assim um molde bastante rígido. Se aplicarmos uma camada de gesso sobre este molde, obteremos uma réplica da gravura. Com látex, pintalgar a superfície com látex líquido que se aplica com pincel. Cruzar as pinceladas. A desmoldagem faz-se muito facilmente logo que o látex se torne consistente. Decalques