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Peter Brook. VIDA E OBRA. Peter Brook nasceu em 1925, em Londres e estudou em Oxford. Quando tinha 20 anos, causou grande polêmica no meio artístico com a montagem da peça “Romeu e Julieta”. Também teve grande destaque em outros gêneros como Cinema e Ópera.
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VIDA E OBRA • Peter Brook nasceu em 1925, em Londres e estudou em Oxford. • Quando tinha 20 anos, causou grande polêmica no meio artístico com a montagem da peça “Romeu e Julieta”. • Também teve grande destaque em outros gêneros como Cinema e Ópera. • Brook é um dos mais respeitados profissionais de teatro da atualidade. • Propõe um teatro de caracterização psicológica dos personagens que torne visível a "invisível" alma humana. • Faz sucesso a partir de 1955, quando dirige o ator Laurence Olivier na montagem de Titus Andronicus, de Shakespeare.
A partir de 1962, torna-se co-diretor da tradicional Royal Shakespeare Company, ao lado de Peter Hall. • Leva o teatro e a literatura para o cinema com A Sombra da Forca (1953), peça de John Gay, Moderato Cantabile (1960), romance de Marguerite Duras, e O Senhor das Moscas (1962), romance de William Styron. • Em 1966 monta Marat-Sade, de Peter Weiss, cuja filmagem também dirige. • No lançamento de um deles, “Encontro com Homens Notáveis”, fez sua primeira viagem ao Brasil, em 1980.
No início dos anos 70, despiu-se da pompa, fez as malas e partiu para a França, onde estabeleceu seu o Centro Internacional de Pesquisa Teatral (Centre International de Recherche Théâtral-CIRT), que depois passou a chamar-se Centro Internacional de Criação Teatral (Centre International de Création Théâtral -CICT) centrado na busca de uma dramaturgia econômica, direta e universal. • Do novo QG, saíram "Orghast" (prenúncio da veia multiculturalista que a companhia desenvolveria) e "Mahabharata", maratona de nove horas sobre a criação do mundo segundo a tradição hindu. • Ainda hoje trabalha a frente do Centro na direção de atores e em novas montagens.
Brook define seu teatro como a busca de uma forma teatral simples de derrubar barreiras do mundo moderno, entre elas a ignorância sobre outros universos culturais. • “A melhor definição ainda é de Shakespeare: o teatro é o espelho da realidade.” • Mas revela rigor na busca desse reflexo. “Se esse espelho reflete a realidade de forma conhecida, como faz a televisão, então o que vemos lá é a vida cotidiana e não há surpresas.” • Por outro lado, há também o risco de a deformação ser muito grande e não haver sequer reconhecimento da platéia.
O desafio do teatro é ser vivo, interessante e tocar as pessoas; ultrapassar o nível banal que assola o mundo inteiro, ir além da facilidade do sórdido. • Procura também imprimir caráter crítico e polêmico às montagens, substituindo a passividade do espectador pela participação do público no espetáculo.
O Ator para Brook • A idéia do centro é modificar o olhar do ator e inseri-lo, de forma profunda, no texto. • Para Brook, o importante é que o ator desaprenda a forma tradicional de se interpretar e se torne parte daquilo que assume em cena. • O ator passa então a ser o principal elemento no palco, carregando todas as suas oscilações e improvisações. • "O que importa é o que existe por trás dos símbolos e que lhes dá significado", diz.
ESPAÇO VAZIO • Conceito empregue por Peter Brook para designar, em termos visuais, a característica por ele eleita para definição do espaço cênico. • Um cenário nu, a-histórico, sem referências explícitas. • São os atores, usando a excelência do gesto, do olhar e sentindo o que as palavras designam, que criam o cenário. • Mas devem parecer naturais, apesar de representarem através das suas acções e desejos um mundo paralelo, mais intenso, mais urgente de se resolver.
Reconhecido internacionalmente como um dos mais importantes encenadores da história do teatro, ele já criou nada menos do que 70 espetáculos teatrais, entre eles montagens memoráveis, como sua versão circense de “Sonho de Uma Noite de Verão”, de Shakespeare, ou a adaptação do épico hindu “Mahabharata” de 1995. • Ainda dirigiu dez óperas, assinou 12 publicações, entre livros e coletânea de artigos, e fez dez filmes.
Em 2008, a companhia do diretor inglês retornou ao Brasil para apresentações em Londrina, Rio de Janeiro e São Paulo, com o espetáculo Fragments, composto por textos de Beckett. Brook já havia passado pelo Brasil também em 2004, com Tierno Bokar. • Peter Brook é o homem que o New York Times nomeou de a "lenda viva do teatro"
Multiculturalisto e críticas • “Hoje, na Inglaterra e na França, há muitos grupos com atores de raças diferentes, totalmente integrados às trupes. Acho que o Centro Internacional de Criação Teatral influenciou de certa maneira nisso. O teatro é um lugar onde, apesar de todas as divisões, discussões e ódios, as pessoas de raças, culturas e religiões diferentes podem trabalhar tranqüilamente juntas para um projeto específico. “