E N D
1. O projeto literário do Barroco “a poesia tem o desejo de produzir o espanto”
Giambattista Marini (1568 – 1625)
2. O fusionismo O termo se refere à fusão das visões medieval e renascentista.
3. O culto do contraste Na poesia de Gregório de Matos
Nasce o sol, e não dura mais que um dia,
Depois da luz se segue a noite escura
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.
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A vós correndo vou, braços sagrados Nessa cruz sacrossanta descobertos Que, para receber-me, estais abertos E, por não castigar-me, estais cravados
Na pintura de Caravaggio
4. O pessimismo Na poesia de Gregório de Matos
Que és terra Homem, e em terra hás de tornar-te,Te lembra hoje Deus por sua Igreja,De pó te faz espelho, em que se vejaA vil matéria, de que quis formar-te.
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Ó caos confuso, labirinto horrendo,
Onde não topo luz, nem fio amando,
Lugar de glória, aonde estou penando,
Casa da morte, aonde estou vivendo!
Na pintura de Harmen Steenwyck
5. O feísmo No sermão de Pe. Antônio Vieira “A outros [mártires] estirados e desconjuntados no ecúleo, ou estendidos na catasta aravam ou cardavam os membros com pentes e garfos de ferro, a que propriamente chamavam escorpiões, ou metidos debaixo de grandes pedras de moinho, lhes espremiam como em lagar o sangue, e lhes moíam e imprensavam os ossos, até ficarem uma pasta confusa sem figura, nem semelhança do que dantes eram” Na pintura de Ribera
6. O rebuscamento Nas igrejas de Ouro Preto Na poesia lírica de Gregório de Matos
Pintura Admirável de uma beleza
Vês esse Sol de luzes coroado?
Em pérolas a Aurora convertida?
Vês a Lua de estrelas guarnecida?
Vês o Céu de Planetas adorado?
O céu deixemos; vês naquele prado
A Rosa com razão desvanecida?
A Açucena por alva presumida?
O Cravo por galã lisonjeado?
Deixa o prado; vem cá, minha adorada,
Vês desse mar a esfera cristalina
Em sucessivo aljôfar desatada?
Parece aos olhos ser de prata fina?
Vês tudo isso bem? Pois tudo é nada
À vista do teu rosto, Caterina.
7. Dinamismo e teatralidade Na escultura de Bernini Na ópera de Claudio Monteverdi
8. Reflexão sobre a fragilidade humana Na poesia de Gregório de Matos Goza, goza da flor da mocidade,
Que o tempo trota a toda ligeireza,
E imprime em toda flor sua pisada.
Oh não aguardes, que a madura idade
Te converta essa flor, essa beleza
Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada.
Na pintura de Holbein
9. Linguagem: agudeza e engenho Agudeza É a capacidade de dizer algo de modo imprevisto e inteligente. Por esse motivo, os artistas do Barroco se esforçaram para criar metáforas, analogias e imagens que pudessem ser vistas com agudeza.
Engenho É a capacidade de promover correspondências inesperadas entre idéias e conseguir sintetizar um pensamento em “palavras brilhantes”