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Introdução à Análise Multivariada em Ecologia. Valério De Patta Pillar Departamento de Ecologia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre, Brasil vpillar@ufrgs.br http://ecoqua.ecologia.ufrgs.br.
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Introdução à Análise Multivariada em Ecologia Valério De Patta Pillar Departamento de Ecologia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre, Brasil vpillar@ufrgs.br http://ecoqua.ecologia.ufrgs.br
Em ecologia buscamos descobrir padrões1 e processos2 ao examinar conjuntos de unidades ecológicas frequentemente complexas, e por isso descritas por muitas variáveis. Métodos de análise multivariada podem sintetizar conjuntos complexos de dados, permitido interpretações sobre padrões e processos. 1Padrão: Arranjo ou sequência encontrada regularmente em objetos ou eventos comparáveis. 2Processo: Uma série de mudanças explicando a gênese de um dado padrão.
Uma unidade amostral (e.g., unidade de paisagem) Uma amostra (conjunto de unidades amostrais) Universo amostral Amostragem
Ambiente amostrado • Padrões não-aleatórios • Dependência da escala • Unidades com limites arbitrários Unidades maiores e mais heterogêneas Unidades menores e mais homogêneas
O problema da amostragem em ecologia • Unidades amostrais são agregados de componentes mais ou menos integrados entre si; portanto, as unidades amostrais não têm limites naturais. • Os componentes estão em geral arranjados não-aleatoriamente. • Interpretações sobre padrões dependem do tamanho da unidade amostral. Kenkel, N. C., P. Juhász-Nagy & J. Podani. 1989. On sampling procedures in population and community ecology. Vegetatio 83: 195-207. Orlóci, L. 1993. The complexities and scenarios of ecosystem analysis. In: Rao, C. R. Multivariate Analysis: Future Directions, p.421-430. Elsevier.
Uma unidade amostral pode ser um quadro de vegetação. A decisão sobre o tamanho da unidade amostral afetará a percepção de padrões.
Uma unidade amostral pode ser uma planta individual, em geral com limites naturais, e neste caso não é preciso decidir sobre o tamanho da unidade amostral.
Decisões para a amostragem Para coletar dados precisamos decidir sobre: • O tamanho e forma das unidades amostrais • Como serão selecionadas (ao acaso, sistematicamente, preferencialmente) • O número de unidades amostrais (tamanho da amostra)
Tamanho da amostra (número de unidades amostrais) e tamanho da unidade amostral Depende do objetivo: • Se é estimar uma quantidade (e.g., cobertura de uma dada espécie): • Quanto menor a variação entre unidades amostrais (unidades maiores), mais precisa será a estimativa com o mesmo tamanho de amostra. • Se é a detecção de padrões: • Padrões serão borrados se a variação entre unidades for baixa (unidades muito grandes). Kenkel, N. C., P. Juhász-Nagy & J. Podani. 1989. On sampling procedures in population and community ecology. Vegetatio 83: 195-207. Pillar, V. D. 1998. Sampling sufficiency in ecological surveys. Abstracta Botanica 22: 37-48.
Objetivo é estimar quantidades das espécies em cada parcela grande Objetivos da amostragem podem estar aninhados Objetivo é detectar padrões e interpretá-los
Atributos variáveis Uma unidade amostral pode ser descrita por: • Variáveis qualitativas (escala nominal, nenhuma ordem) e.g., tipo de substrato, tipo de clima, forma-vital. • Variáveis binárias (0 ou 1) e.g., presença-ausência de uma espécie, de pêlos. • Variáveis quantitativas (têm ordem; escalas ordinal, de intervalo, ou racional) e.g., abundância de cada espécie, P disponível no solo, diversidade de tipos de uso da terra, precipitação annual, área foliar específica.
Tipos de dados multivariados • Qualitativos (somente variáveis qualitativas) • Binários (somente variáveis binárias) • Quantitativos (somente variáveis quantitativas) • Dados mistos (variáveis de diferentes tipos) Alguns métodos de análise multivariada podem ser aplicáveis somente a certos tipos de dados.
Uma amostra com 15 sítios de Campos descritos por 10 variáveis de solo Pos = Posicao no relevo (1.topo, 2.encosta convexa, 3.encosta concava, 4.baixada) Umid = Umidade do solo (1.muito seco, 2.seco, 3.mdio, 4.mido, 5.encharcado)
Análise de dados com o software MULTIV Disponível em http://ecoqua.ecologia.ufrgs.br
Medidas de Semelhança Introdução Valério De Patta Pillar Departamento de Ecologia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre vpillar@ufrgs.br http://ecoqua.ecologia.ufrgs.br
Análise de dados com o software MULTIV Disponível em http://ecoqua.ecologia.ufrgs.br
Medidas de Semelhança Avaliam objetivamente a similaridade ou dissimilaridade entre duas unidades amostrais ou variáveis. Representação gráfica da distância euclidiana dab entre unidades amostrais a e b descritas pelas variáveis X1 e X2: d = [(X1–X1)2 + (X2–X2)2]1/2
Distância euclidiana d12= [(237-234)2+(6-16)2+(25-47)2+(32-9)2]1/2=33.50
Distância euclidiana d13= [(237-269)2+(6-9)2+(25-22)2+(32-8)2]1/2= 40.22
Distância euclidiana d21,22= [(24-28)2+(1-1)2+(227-217)2+(41-43)2]1/2= 10.95
Matriz de distâncias euclidianas entre unidades amostrais, Cambará do Sul.
Distância de corda d12= [(237/240.5-234/239.4)2+(6/240.5-16/239.4)2+(25/240.5-47/239.4)2+(32/240.5-9/239.4)2]1/2=0.1395
Matriz de distâncias de corda entre unidades amostrais, Cambará do Sul.
Dissimilaridade Bray-Curtis b12= (|237-234| + |6-16| + |25-47| + |32-9|) / ( 237+234 + 6+16 + 25+47 + 32+9 ) = 0.0957
Matriz de dissimilaridades de Bray-Curtis entre unidades amostrais, Cambará do Sul.