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ANÁLISE SÉMICA: Funções da Linguagem Modelo Actancial Semas. Análise Sémica. Consiste em descobrir o sentido imanente (semas), contido em entidades/unidades manifestativas (lexemas e ícones). Trata-se de elevar, para um plano superior, a significação latente. Funções da Linguagem.
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ANÁLISE SÉMICA: Funções da Linguagem Modelo Actancial Semas
Análise Sémica • Consiste em descobrir o sentido imanente (semas), contido em entidades/unidades manifestativas (lexemas e ícones). Trata-se de elevar, para um plano superior, a significação latente.
Funções da Linguagem • KarlBühler • Função informativa • Função Função • expressiva apelativa
Funções da Linguagem (cont.) • Roman Jakobson • Código • Emissor_______Mensagem_______Receptor • Canal • Contexto
Funções da Linguagem (cont.) • Assim podemos apresentar: • (1) referente - contexto relacionado ao emissor e receptor; • (2) emissor – que emite, codifica a mensagem; • (3) receptor – que recebe, descodifica a mensagem; • (4) canal - meio pelo qual circula a mensagem; • (5) mensagem – forma do conteúdo transmitido pelo emissor; • (6) código - conjunto de signos usado na transmissão e recepção da mensagem.
Funções da Linguagem (cont.) • A partir dos elementos da comunicação, identificamos 6 funções da linguagem, que são conhecidas como: 1.Função referencial;2.Função emotiva;3.Função conativa ou apelativa;4.Função fática;5.Função poética;6.Função metalinguística.
Funções da Linguagem (cont.) • Ênfase no Factor Função da Linguagem Determina Referente................................Função Referencial Emissor.......................................Função Emotiva Receptor....................................Função Conativa Canal...........................................Função Fática Mensagem...................................Função Poética Código............................Função Metalinguística
Funções da Linguagem (cont.) • 1. Função referencial, informativa ou denotativa: • Centra-se no referente, pois o emissor oferece informações da realidade; • É a base de toda a comunicação; • Objectiva, directa, isenta, imparcial, prevalecendo a 3.ª pessoa do singular; • Linguagem usada na ciência, na arte realística, nas notícias e livros científicos.
Funções da Linguagem (cont.) • 2. Função emotiva, expressiva ou conotativa: • Centra-se no emissor, revelando a sua opinião, a sua emoção; • Prevalece a primeira pessoa do singular, interjeições e exclamações; • É a linguagem das biografias, memórias, blogues, poesias líricas e cartas de amor. • As funções referencial e emotiva são as bases complementares e concorrentes da comunicação, daí serem designadas como “dupla função da linguagem”.
Funções da Linguagem (cont.) • 3. Função apelativa, injuntiva ou conativa: • Foca-se no receptor; • O emissor procura influenciar o comportamento do receptor. Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de “tu”, “você”, “vós” ou o nome da pessoa, além de vocativos e imperativos; • Usada nos discursos, sermões, propagandas, publicidade.
Funções da Linguagem (cont.) • 4. Função fática: • Centra-se no canal, tendo como objectivo estabelecer, prolongar (ou não) o contacto com o receptor, ou testar a eficácia do canal; • Linguagem das falas telefónicas, saudações e similares; • Interjeições.
Funções da Linguagem (cont.) • 5. Função poética: • “Relação da mensagem consigo mesma” (Jakobson); • Foca-se na mensagem, revelando recursos imaginativos criados pelo emissor; • Afectiva, sugestiva, metafórica; • Valorizam-se as palavras e as suas combinações; • É a linguagem figurada apresentada em obras literárias, letras de música, em algumas propagandas.
Funções da Linguagem (cont.) • 6. Função metalinguística: • Retém-se no código, usando a linguagem para falar dela mesma; • A poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto; • Principalmente os dicionários são repositórios de metalinguagem.
Modelo Actancial • Destinador ------Objecto------Destinatário • Adjuvante Sujeito Oponente
Modelo Actancial (cont.) • Destinador – emana a mensagem; • Destinatário – receptor abstracto e efectivo; • Objecto – o que o produto representa, ambiente em que é projectado o sujeito; • Adjuvante – tudo o que contribui para a aproximação entre o sujeito e o objecto; • Oponente: tudo o que contribui para o afastamento entre o sujeito e o objecto.
Modelo Actancial (cont.) • Sujeito activo – possui o produto e o objecto. Projecta-se num ambiente e goza de uma imagem graças ao objecto. • Sujeito Passivo – assiste à identificação do sujeito activo e à sua inclusão num ambiente graças à posse do objecto. • Objecto-valor - quando o sujeito passivo anseia rever-se no mesmo papel que o sujeito activo e, assim, gozar do objecto. Assenta na relação ter-ser, o. s., “eu tenho, eu sou”.
Modelo Actancial (cont.) • Relação juntiva: • Conjuntiva: relação de aproximação entre sujeito e objecto • Disjuntiva: relação de distância entre o sujeito e objecto
Modelo Actancial (cont.) • Actor: faz evoluir a acção, o protagonista, sobre o qual incidem os olhares. Pode ser individual ou colectivo; • Actante: conjunto de predicados qualificativos (fisionómicos) e funcionais (comportamentais); • Papel actancial: papel desempenhado pelo actor e sintetizado a partir da sua inclusão na narrativa.
Modelo Actancial (cont.) • Competência: virtualidade de concretização, ao nível da descodificação (competência do código); do acesso financeiro (competência financeira) e da identificação com o sujeito activo e projecção no ambiente retratado (competência de identificação e valorização do objecto). • Sujeito competente / Sujeito não competente • Performance: aquisição e consumo do produto e usufruição do objecto
SEMAS • Sema: é a unidade de base, o elemento mínimo de significação que só aparecerá como tal em relação a um outro elemento que não é ele. • A sua função é diferencial e, por este motivo, só pode ser apreendido no quadro de uma estrutura. • Ex.º: pai vs. mãe. Pode dizer-se que possuem um sema comum no eixo da procriação e um sema diferencial no eixo da sexualidade: masculinidade vs.feminidade.
SEMAS (cont.) • Sema nuclear: entra na composição dos lexemas ou ícones; é invariável, não se alterando com o contexto; • Sema comum: partilhado por dois ou mais lexemas e/ou ícones; • Sema diferencial: foca a significação implícita e distintiva entre lexemas e/ou ícones; • Sema contextual ou classema: “manifestam-se em unidades sintácticas mais amplas que comportam a junção de dois lexemas, pelo menos”, variável consoante o contexto; • Núcleo sémico: mínimo sémico permanente; constituído por semas nucleares (dois no mínimo) presentes num lexema ou ícone.
SEMAS (cont.) • Isotopia: “conjunto redundante de categorias semânticas, que torna possível a leitura uniforme da narrativa”