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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS INSTITUTO DE ARTES E DESIGN DEPARTAMENTO DE MÚSICA E ARTES CÊNICAS CURSO DE TEATRO – LICENCIATURA Disciplina: História do Teatro III. O advento da luz elétrica e o surgimento do diretor .
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTASINSTITUTO DE ARTES E DESIGNDEPARTAMENTO DE MÚSICA E ARTES CÊNICASCURSO DE TEATRO – LICENCIATURADisciplina: História do Teatro III O advento da luz elétrica e o surgimento do diretor Profª: Marina de OliveiraSemestre: 2010/01
A história da iluminação no teatro • Luz natural ou tochas (até o renascimento, séc. XVI) • Velas e lamparinas a óleo (até início do séc. XIX); • Iluminação a gás e a magnésio (até a década de 1870) • Luz elétrica, a partir de 1876. Em 1876, pela primeira vez, durante a representação de suas óperas em Bayreuth, Richard Wagner, (1813 - 1883) mergulha a sala no escuro.
A iluminação a gás Theatre Royal Leicester séc. XIX
Os bastidores da iluminação a gás A Limelight Operator on the Fly-Floor (An Illustration from 1874)
Thomas Edison e seus inventos • A lâmpada, em 1879; • O cinetógrafo, em 1888.
Do gás à eletricidade In 1887 the lighting system of the Paris Opera was upgraded to electric lighting.
Bayreuth 1876The First Festival Bayreuth 1876The First Festival The Markgrafen-Theater in Bayreuth
O advento do cinema A primeira demonstração pública do aparelho foi feita numa sala chamada Eden em La Ciotat, no sudeste da França, a 28 de Setembro de 1895. Mais tarde, a 28 de dezembro do mesmo ano os irmãos Lumière organizaram em Paris, no Grand Café, avenida dos Capucines, a primeira exibição comercial do cinematógrafo. Cinematógrafo-Lumière (1895)
O cinema, fruto do avanço da tecnologia, rapidamente se popularizou, arrebanhando parte significativa do público teatral.
O surgimento do diretor É a partir da segunda metade do séc. XIX que a figura do diretor deixa de ser vista como um “organizador” da cena, a serviço do dramaturgo ou dos atores consagrados, para transformar-se gradativamente no grande criador do espetáculo teatral. Responsável pelas escolhas estéticas (iluminação, cenário, linguagem, condução de atores, etc), o diretor passa a ser aquele que “assina” a encenação.
Considerados primeiros diretores • Richard Wagner (1813 – 1883); • George II, o duque de Meiningen (1826-1914) • André Antoine (1858 – 1943) • Constantin Stanislavski (1863 – 1938)
Richard Wagner (1813 – 1883) • Compositor, maestro, poeta e ensaísta alemão; • Responsável por inovações no campo da composição e da encenação de óperas; • Era amigo de Luís II, rei da Baviera; • Organizou o primeiro Festival de Bayreuth (1876); • Defendia que a regência era uma forma de reinterpretação do trabalho musical, ao invés de um simples mecanismo de sincronia da orquestra. • Propôs a diminuição das luzes do palco durante cenas dramáticas e foi o primeiro a fazer uso da orquestra rebaixada em seu teatro de Bayreuth.
George II de Meiningen (1826-1914) • Duque alemão que fundou a Companhia dos Meininger (1874 – 1890); • Viajaram para vários países da Europa, visitando cerca de 40 cidades; • O público ficava impressionado com a meticulosa exatidão histórica dos ambientes e figurinos; • Sob a coordenação do duque, os atores buscavam a maior ilusão possível de realidade; • As cenas de multidão e de batalhas eram intensas e precisas; • Os Meininger montaram textos de Schiller, Shakespeare, Kleist, Molière e Ibsen, entre outros.
“Entre este grupo flutuante e desconhecido para o diretor, ocasionalmente encontram-se pessoas capazes de serem dirigidas, já que compreendem o que lhes indica e não são muito lerdas nos ensaios. Claro que também se encontram elementos inúteis com os quais não se pode fazer nada, já que são incompetentes, ridículos e algumas vezes inclusive seguem sua própria inspiração, pretendem atuar a sua maneira e causam grandes transtornos. A primeira função do diretor consiste em distinguir do conjunto o quanto antes possível, o talentoso do que não é, separando a cabra da ovelha.” (MEININGEN Apud CEBALLOS, 1992, p. 36)
O duque Meiningen Leopold Teller em peça de Schiller O assessor do duque, Ludwig Chronegk, em 1880
André Antoine (1858 – 1943) • Funcionário desconhecido da Companhia de Gás parisiense; • Figurante na Comédie Française e ouvinte das palestras de Taine. • Influenciado pelas ideias de Zola, uniu-se a um grupo de intérpretes amadores fundando o Teatro Livre (1887). A sofisticação do trabalho do grupo chamou a atenção não apenas de Paris, mas de toda a Europa. • Nomeou a “quarta parede”. • Após 1914, dedicou-se integralmente ao cinema.
O estilo cênico naturalista de Antoine sofreu influência dos Meininger. Aposentos com portas e janelas, tetos de madeira sustentados por pesadas vigas, troncos de árvores naturais, gesso de verdade caindo das paredes, além de pedaços de carne crua em ganchos de um açougue foram alguns dos elementos utilizados por Antoine para a “reprodução exata da vida”. O Teatro Livre montou peças de Ibsen, Strindberg, Tolstói, Turguêniev e Zola, entre outros.
Constantin Stanislavski (1863 – 1938) • Ator, diretor, pedagogo e escritor russo; • Fundador do TAM (Teatro de Arte de Moscou), em 1897. • Seus estudos e escritos geraram o chamado “sistema stanislavskiano”. • Configura-se como uma das mais importantes figuras do teatro ocidental.
Fontes - BERTHOLD, Margot. História social do teatro. São Paulo: Perspectiva, 2000. - GUINSBURG, J. Stanislavski e o teatro de arte de Moscou. São Paulo: Perspectiva, 1985. - ROSENFELD, Anatol. Teatro alemão. São Paulo: Brasiliense, 1968. - ROUBINE, Jean-Jacques. A linguagem da encenação teatral, 1880-1980. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1982 - Imagens do Museu da história da iluminação teatral de Israel:http://www.stagelightingmuseum.com/museum/html/history-3/18-cen.html - Imagens da net.