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O Mandato Missionário...

O Mandato Missionário. “E disse-lhes: ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15) Constitui o primeiro, essencial e indivisível ministério da Igreja: “ Missão/Catequese” = “O Anúncio da Boa Nova!” A Igreja é essencialmente missionária e existe para anunciar.

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Presentation Transcript


  1. O Mandato Missionário... • “E disse-lhes: ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15) • Constitui o primeiro, essencial e indivisível ministério da Igreja: “Missão/Catequese” = “O Anúncio da Boa Nova!” • A Igreja é essencialmente missionária e existe para anunciar. • Se hoje partilhamos a experiência cristã, é porque alguém nos transmitiu a beleza da fé, apresentou-nos Jesus Cristo, acolheu-nos na comunidade eclesial e nos fascinou pelo serviço ao Reino de Deus. • No atual período da história, marcado pela mudança de época, a missão assume um rosto próprio com três características: urgência, amplitude e inclusão.

  2. Catequese Junto a Pessoa com Deficiência. • Catequese =Ecoar = Palavra que é emitida e retorna... (Trazendo-nos oportunidade de ouvi-la novamente, sermos a cada instante reevangelizados...) • Junto = Pois, os primeiros ouvidos a ouvirem a Palavra, são os nossos e com a Pessoa com Deficiência aprendemos MUITO a cada instante... (Desde que queiramos...) • Pessoa = Remete a IDENTIDADE plena do SER... • Deficiência= Uma oportunidade de aprendermos a sermos melhores Cristãos...

  3. CF 2006 – “Levanta-te, vem para o meio!” (Mc 3,3) • Na Bíblia, as deficiências não aparecem como castigo, mas como uma realidade, da mesma forma que a tristeza, a alegria, a saúde e a doença. • Jacó depois de lutar com o anjo fica manco; • Moisés não falava direito devido a língua presa; • Ezequiel ficou mudo e só abria a boca para profetizar; • 18 referências a surdos, 35 a mudo e 82 a cegos; • Paralítico, coxo e paralisia mais de 50. • Jesus Sempre acolheu e se dedicou as Pessoas com Deficiência e demonstrou isso... Por que, nós os excluímos? • “O ser humano, independente das condições em que se desenrola a sua vida e das capacidades que pode expressar, possui uma dignidade única e singular desde o princípio da sua existência até o momento da morte natural.” (João Paulo II)

  4. “Diretório Geral para a Catequese” • No nº 149 temos:“Toda a comunidade cristã considera como pessoas prediletas do Senhor aquelas que, particularmente entre as crianças, sofrem de qualquer tipo de deficiência física e mental e de outras formas de dificuldades. • Uma maior consciência social e eclesial e os inegáveis progressos da pedagogia especial fazem com que a família e outros lugares de formação possam hoje oferecer, a essas pessoas, uma adequada catequese, à qual têm direito, como batizadas, e se não batizadas, como chamadas à salvação. • O amor do Pai para com estes filhos mais frágeis e a continua presença de Jesus com o seu Espírito, nos dão a confiante certeza de que toda pessoa, por mais limitada que seja, é capaz de crescer em santidade.

  5. Exortação Apostólica:CatechesiTradendae - (Catequese Hoje)João Paulo II – 1979. Deficientes "41. Trata-se, antes de mais, das crianças e dos jovens deficientes físicos ou mentais. Eles têm direito, como quaisquer outros da sua idade, a conhecer o «mistério da fé». As dificuldades que eles encontram, por serem maiores, tornam também mais meritórios os seus esforços e os dos seus educadores. É motivo de regozijo verificar que organismos católicos, que se dedicam especialmente aos, jovens deficientes, quiseram trazer ao Sínodo a contribuição da sua experiência neste campo e ao Sínodo vieram buscar um desejo renovado para melhor enfrentarem este importante trabalho. Tais organismos merecem ser vivamente encorajados nesta sua preocupação. Esta “procura e encontro”, com o próprio Cristo no outro, em suas necessidades especiais, faz com que cada pessoa envolvida seja realmente MUITO especial! (Grifo próprio)

  6. No Brasil, a CNBB se pronunciou através do Documento nº 26, “Catequese Renovada” (1983), O qual aponta no número 142: • “A presença de deficientes físicos ou mentais numa família e comunidade eclesial as interpela evangelicamente e exige delas uma real identificação com o Cristo sofredor nesses seus irmãos mais fracos. • A família e a comunidade deverão colocar à disposição deles todos os recursos necessários para acolhê-los como membros plenos de sua comunhão, e para o possível conhecimento de Jesus Cristo. • Os próprios deficientes, como os pobres, as crianças e os jovens, tornam-se por sua vez evangelizadores da própria comunidade que os acolhe”. O Amor educa!

  7. Dificuldade para acolher e servir a uma Pessoa com Deficiência? • A educação na fé, envolve antes de mais nada “a família”; • Nós somente seremos Família, quando aprendermos a acolher outro, em nosso coração, “COMO ELE É!” • Vamos assistir ao 1º filme...

  8. “O que nos move a procurar Deus, é o que nos move a receber as pessoas.” (Santo Inácio) “Não há diferença entre crer no que Jesus proclama e anuncia e no que Ele é, pois Ele é a Palavra de Deus que se manifesta em seu ser e agir. Não se trata, apenas, de aderir às ideias e propostas de Jesus, mas à sua pessoa.” (Discípulos e Servidores da Palavra de Deus na Missão da Igreja, CNBB, Doc. 97, n. 18) Pensemos nisso...

  9. Para Anunciar, temos que nos Comunicar... • Para que a efetiva Comunicação aconteça; • Regras para a boa Comunicação: • Comunicador; Catequista. • Receptor; Catequizando/Família. • Mensagem; Boa Nova = Jesus Cristo • Meio de transmissão; Variável, porém,“SEMPRE”, de forma que se faça compreender! • As peculiares exigências desta catequese especial, requerem, dos catequistas, uma específica competência e tornam ainda mais louvável o serviço dos mesmos.

  10. Pessoa com Deficiência? O que é? • Primeiramente, é preciso compreender que, não de refere a uma pessoa com deficiência perguntando: “O que é” – Como se fosse um objeto ou coisa. A expressão correta é: “Quem é” – PoisRemete diretamente à identidade; à “PESSOA”; com deficiência e automaticamente nos possibilita reconhecer “Quais suas necessidades especiais”. • Quando fazemos esta pergunta de forma correta, somos conduzidos a conhecê-la em sua dimensão Antropológica, sem reducionismos , ou seja, como um “SER PLENO”, reconhecendo-o além de suas necessidades, e encontrando em suas “necessidades especiais” a oportunidade de sermos Melhores Cristãos.

  11. “Conceito ou Pré-conceito” de Pessoa com Deficiência??? • Segundo a Organização Mundial de Saúde: Deficiência é o termo usado para definir a ausência ou a disfunção de uma estrutura psíquica, fisiológica ou anatômica em uma pessoa. (Diz respeito à atividade exercida pela “biologia” da pessoa.) • Porém, e as demais dimensões da “Pessoa Humana”? (Espiritualidade, sentimentos, emoções, anseios, perspectivas, etc...) • Nossa atitude de IGREJA, é em Defesa da Vida “Plena” do SER.

  12. Nossa Atitude de Igreja: Acolhedora ou Excludente? • As escadarias de nossas Igrejas; • O acesso ao presbitério; • O Ambão; • O acesso aos salões paroquiais; • O acesso as salas de Catequese e demais instalações; • Piso tátil, rampas, bebedouros, sanitárias, etc.; • Os funcionários de nossas paróquias; • A Catequese; • Missa em Comunicação e Acessibilidade Plena; • Quantos inseridos? • Aos que conseguiram, como vivem os Sacramentos?

  13. Quem neste caso é o “Deficiente”? • Um cadeirante que foi aprovado em um concurso público e vai ao prédio do escritório para assumir sua função e responsabilidades, porém não consegue adentrar ao mesmo devido as grandes escadarias. ou • O aquele que projetou e construiu o prédio sem levar em conta as necessidades especiais das pessoas com deficiência física e limitação motora.

  14. Nenhum dos dois! Porém, cada qual, na porção particular que lhe cabe, em sua própria limitação, ainda que temporária... • Quem de nós não possui limitações, medos, inseguranças, dificuldades físicas para esta ou aquela atividade? • Quem de nós nunca teve algum tipo de pré-conceito? • Cada uma de nossas Limitações, não retratam justamente a • “nossa deficiência”, em determinada dimensão, ainda que de forma branda e parcial? • Sendo assim, podemos definir que “Todos de alguma maneira e em ‘determinados pontos’: Somos Deficientes”, ou melhor dizendo: “Temos Necessidades Especiais”!

  15. Os 4 Passos para superar as deficiências e construir a fraternidade: • 1º Amar. (A Deus, Ao Próximo e a Si mesmo) • 2º Ter Compaixão; (“NUNCA” DÓ) (Colocar-se no lugar do outro, reconhecer e “SENTIR” suas dificuldades e empenhar-se em soluciona-las, conhecer e respeitar os valores e anseios do outro, e fazer das necessidades do outro, as próprias necessidades.) • 3º Estabelecer a Comunicação; (Colocar-se “JUNTO” à pessoa, Estabelecer “CONTATO”, “OUVIR”as necessidades do outro, respeitá-lo e ACOLHER sua totalidade Antropologicamente e somente após conhecê-lo verdadeiramente, “COMUNICAR A MENSAGEM” = PALAVRA DE DEUS, “viva e testemunhada” de forma que se faça compreender! • 4º Contemplar o Encontro; (Acolher e inserir à vida de Fé!)

  16. “A Misericórdia, Constrói a Fraternidade!” • Partindo do princípio do Amor Crístico e Fraterno, somos chamados a reconhecer a nossa pequenez e miséria Humana, na mesma medida em que somos chamados a acolher e valorizar os dons dos irmãos, e assim, acolhermo-nos mutuamente, pois a “Pluralidade dos dons e as diferenças que possuímos, não nos fazem discordantes, mas sim:“Complementares”, que quando unidos, cada qual com sua particularidade e especificidade, complementa o outro e assim, juntos, de “Ombros Colados e Num só Coração”, “Revelam a face de Cristo, como que um mosaico do Amor Divino”.”

  17. Nossa Missão: • Como Catequistas, recebemos uma Missão e para nos auxiliar a compreendê-la, acolhamos em nosso coração que a Santíssima Palavra nos Diz: "E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura." (Mc16, 15.) São Paulo, nos auxilia a refletir a cerca da Catequese JUNTO a Pessoa com Deficiência, quando escreve aos Romanos: 13. porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo(Jl 3,5). 14. Porém, como invocarão aquele em quem não têm fé? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão falar, se não houver quem pregue? (Rm10, 13-14.) • Pensemos nisso...

  18. Nossa Realidade Arquidiocesana: • Nossa Arquidiocese é composta por 85Paróquias. • Temos aproximadamente 1.285.690 pessoas. (Somente em Ribeirão Preto temos, 619 746 pessoas) (Fonte: Dados oficiais de acordo com a pesquisado IBGE em 2012). • Dentre essas quase um milhão e trezentos mil pessoas, temos pelo menos14.862 pessoas com alguma deficiência*. (*Fonte: Dados oficiais de acordo com a pesquisa científica realizada em 2010 para Monografia apresentada ao CEUCLAR). ( Hoje, esse numero já está ultrapassado...) • Porém, onde elas estão???

  19. Para refletir: • Quantas Pessoas com alguma Deficiência ou Necessidade Especial , temos inseridos em nossas realidades paroquiais, nas dimensões: • Ministerial: “Ordenados ou Extraordinários”. • Celebrativa: “Em nossas Missas, Celebrações da Palavra, Terços, etc.” • Litúrgica: “Musica, Leitura, Clarissas, Acólitos, Coroinhas, etc.” • Pastoral: “Líderes ou não, mas agentes ativos.” • Deixar de acolher ao “Diferente” não seria expressão do NOSSO medo, insegurança e falta de nossa capacitação? • Vamos assistir ao 2º Filme.

  20. Pe. Wilson – Sacerdote Surdo –Pároco na Paróquia Nossa Senhora da Ternura – S.C. • Vamos assistir ao momento em que o Pe. Wilsom Proclama o Santo Evangelho, em LIBRAS e o Diácono Luciano, traduz simultaneamente para a Língua Oral Portuguesa. (V Congresso Nacional de Catequese Junto a Pessoa com Deficiência - Santa Fé – SP. Em 27 de Março de 2011.) 3º Filme.

  21. O “Encontro” será testemunhado quando: • Todos vivendo a mais plena misericórdia e perfeita caridade, formos um, em comunhão, unidos pela busca da “Ovelha perdida”, “Alegres pela moeda encontrada” e “Festejando o Irmão que retorna”... • Quando na “Deficiência” de alguém, formos “Eficientes” em acolhê-lo, servi-lo e amá-lo...Fazendo com que o AMOR supere os limites humanos... • Vivermos então esta verdade: Lc 7, 22-23. 22. Respondeu-lhes ele: Ide anunciar a João o que tendes visto e ouvido: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos ficam limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, aos pobres é anunciado o Evangelho; 23. e bem-aventurado é aquele para quem eu não for ocasião de queda!

  22. Diferenças? Nos completam e nos fazem pessoas melhores!

  23. A ausência deles, não seria justamente o retrato explícito de nosso “pré-conceito”, falta de acolhida e evangelização?” Falta do Nosso SIM!

  24. Avancemos as águas mais profundas de nosso batismo... • "O Silêncio ocasionado pela ausência de nossos Irmãos com Deficiências e Necessidades Especiais, em nosso meio Celebrativo, Ministerial, Litúrgico, Pastoral e Religioso em geral, é oGRITO que Jesus Cristo nos faz, convocando-nos a avançarmos às águas mais profundas de nosso batismo, para vivermos o nosso SIM, “Ser Igreja em Missão, na missão que Ele mesmo nos confiou!” "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a TODA criatura". (Mc16, 15).

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