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Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. DIAGNÓSTICO SOCIOECONOMICOCULTURAL. Ivaldo Gehlen. 1. CONCEITO. Análise (ANA + LISE) = Decomposição de um todo em partes para investigação. Processo do TODO (efeitos ) às PARTES (causas)
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Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
DIAGNÓSTICO SOCIOECONOMICOCULTURAL IvaldoGehlen
1. CONCEITO • Análise (ANA + LISE) = Decomposição de um todo em partes para investigação. Processo do TODO (efeitos ) às PARTES (causas) • a) Qualitativa – identificação dos componentes e da natureza de suas influências • b) Quantitativa – quantificação / proporções dos componentes • Aurélio: Conhecimento ou determinação duma doença pelo(s) sintoma(s), sinal ou sinais e/ou mediante exames diversos (radiológicos, laboratoriais, etc.). • O conjunto dos dados em que se baseia essa determinação
DIAGNÓSTICO (DIA + GNÓSTICO) = iluminar realidades, situações e processos, conhecer, para subsidiar decisões, políticas, intervenção corretiva, Planos, Projetos
2. OBJETIVOS • A) Identificar e caracterizar grupos, indivíduos, tipos, formas de vida, agentes “dinâmicos” (que influenciam as mudanças), suas práticas, modos de atuação e problemas; • B) Caracterizar as dinâmicas e evolução da realidade, • C) Identificar, tipificar, explicar e hierarquizar os principais elementos que determinam essa dinâmica, • D) Adiantar o futuro (previsões das tendências) • E) Sugerir projetos, programas e políticas • F) Sugerir indicadores confiáveis para avaliação dos mesmos
3. Porque fazer diagnóstico • a) A realidade (sociedade) em permanente transformação • b) Crises dos modelos e novas exigências éticas e de sustentabilidade (ex inclusão do consumidor como participante, qualidade) • c) Olhar e ler a diversidade e complexidade do meio(contexto) manifestação local do "global", especificidade, patrimônio sociocultural • d) Deficiência em informações sistematizadas e organizadas (ou não disponíveis ou desatualizadas) • e) Necessidade para apropriar-se de políticas públicas ou de recursos disponíveis
4. PARA QUE FAZER DIAGNÓSTICO • a) Meio de organizar e sistematizar a realidade (cal/regional) facilitando sua leitura • b) Instrumentalizar, criar "Banco" de informações para atualizar as leituras e subsidiar as avaliações • c) Como estratégia para saída de crises; redefinição de parcerias; mobilizar recursos materiais, financeiros e humanos, alimentar o planejamento; clarear conceitos • d) planejar o desenvolvimento como diverso, com alternativas e soluções específicas, auxiliar Planos Municipais de Desenvolvimento (sustentável) e ao Políticas de Descentralização • e) Auxiliar a construção de tipologias sociais • f) Ser parte do processo de monitoramento e avaliação • AVAL(isar) + AÇÃO = Fixar um valor (referência), um padrão; analisa a eficiência de(o) (programa, projeto, curso), com relação ao processo (metodologia), às metas e/ou objetivos (resultados)
Marilis L. de Almeida: responde esta questão: • Realização de um diagnóstico da problemática sobre a qual pretende atuar: • identificar e analisar iniciativas similares • levantar dados para caracterizar as condições de vida do beneficiários; • identificar as questões econômicas, políticas e sociais que estão na origem da situação-problema; • identificar percepções e expectativas dos beneficiários; • identificar atores sociais e institucionais relevantes; • levantar bibliografia sobre o tema / situação-problema.
5. TIPOS DE DIAGNÓSTICO • 2 1 Descritivo (fotográfico) (PMPA, SUDOESTE) • Organiza informações segundo uma ordem pré definida (por exemplo: idades, gênero, produção, terra, saúde, etc.) • 2.2 Descritivo - Analítico (Perfil estudantes UFRGS) • Além de organizar informações de forma lógica: • a) de resultados: quantidades; resultados, funcionamento...: objetivo, continuar / interromper • b) de processos: como funciona e se relaciona, o que é...: objetivo: corrigir ou continuar igual
2.3 Descritivo - Analítico - Avaliativo/Explicativo (Pró-guaíba, FZB, RURECO) • Acrescente-se ao anterior: análises temáticas, cruzamento de variáveis, combinações no tempo e no espaço. Modelo teórico conceitural X realidade; estratégias X objetivos.
Principais princípios: - Buscar a otimização das informação - inclui os princípios da ignorância ótima (ignorar o que não é necessário saber) e da imprecisão adequada (não medir nada com mais precisão do que for necessário); - Evitar desvios e investigar com profundidade; - Fazer triangulações / checagem / comparações entre situações; - Obter conhecimento / informações sobre e através da população; - Capturar a realidade de maneira rápida, confiável (letimidade cinetífica) e cumulativa
IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADE PARA AÇÃO ESTRATÉGICA • Como definir uma ação? Pode se decorrência: • Da avaliação de outros projetos existentes; • Do planejamento estratégico institucional; • De demanda de instâncias superiores; • De indução por parte de agências financiadoras.
EXAME PRELIMINAR DA SUSTENTABILIDADE DA IDÉIA (Marilis) • É uma primeira análise da chances de êxito do projeto, do ponto de vista da: • Sustentabilidade política: existência de apoio / possibilidade de conquistar apoio entre beneficiários, outros atores relevantes e na própria instituição. • Sustentabilidade técnica: os promotores e/ou aliados detém as capacidades necessárias / suficientes para desenvolver o projeto? • Sustentabilidade financeira: qual o montante de recursos financeiros necessários? É possível obtê-los? O que é necessário para tal?
Diagnóstico da problemática (Marilis) • Necessário para elaborar o projeto, ou seja, para definir objetivos, estratégias, resultados e atividades. O diagnóstico deve propiciar: • Levantamento detalhado de dados e informações sobre as condições de vida dos beneficiários -> esta situação inicial será utilizada posteriormente para avaliar os resultados obtidos pelo projeto; • Identificação e avaliação de iniciativas similares públicas e privadas. • Levantamento da bibliografia relevante sobre o tema, tanto trabalhos teóricos, quanto relato de experiências similares.
Conjunto de técnicas: - Revisão de dados secundários; - Diagramas (mapas e croquis, toposequências, calendários, histogramas, diagrama de Venn); - Entrevistas semi-estruturadas; - Jogos analíticos (classificação por preferência, ranking, árvore de problemas – causas - soluções); - Retratos e histórias escritas (informantes-chave); - Oficinas de trabalho.
7 PROCEDIMENTOS “Técnicos” 7.1 Adequação ao Projeto a) Problemática: por/para que diagnóstico, para quem. Definir o tipo (descritivo, analítico, avaliativo, explicativo b) Objetivos: O que se quer; Quem quer o que; Quanto se quer c) Conceitos que vão ser usados e construção de tipologias (se for o caso) d) Metodologia (garantir idoneidade científica): Concepção segundo os objetivos e o tipo de diagnóstico; Técnicas: coleta de dados e informações; tabulação, sistematização e apresentação; Procedimentos (etapas, participação, relatório...) e) Recursos: Humanos (equipe mínima); Materiais (infra-estrutura); Financeiros (quanto).
7.2 Pré-Diagnóstico a) Conhecimento já produzido (anterior) acumulado b) ou levantamento “rápido” de dados e informações c) “Viagem” (incursão) de reconhecimento visual ou territoria / social
7.2 Operacionalização Segundo o Projeto Definir as Diemensões (ou dimensão, ex. Ambiental); variáveis (exemplo degetos ou água) e os indicadores (ex. reciclável ou esgosto pluvial) e para cada indicador quais informações ou dados necessários e suas fontes a) Definir conceitos b) Detalhar (operacionalizar) num quadro os aspectos acima (estrutura). Ex. História, trajetória (familiar, local...); caracterização; Trabalho; ocupações; Rendas; Inserção local; participação social e política; representação sobre; soluções imaginadas; qualidade de vida, saúde; conforto, escolaridade, gênero, atividades. Renda (familiar/ individual/ domiciliar) etc.
7.2 Operacionalização (cont.) c) Que técnicas ou fontes para cada item da operacionalização d) Definir os instrumentos e as responsabilidades e) Clarear e definir o universo (quantas entrevistas; quem entrevistar - quantas para cada tipo ou segmento e critérios para selecionar com representatividade o universo... f) Definir Unidade de análise (indivíduo, grupo, família, domicílio, etc. g) Nas técnicas participativas, prever com clareza em que, como se dará a participação; quem deve ser mobilizado para participar.
7.3 Instrumentos, Definir e construir os instrumentos : questionários, roteiros de reuniões ou de entrevistas, fichas de cadastro ou bibliográficas 7.4 Teste dos Instrumentos a campo ou junto às fontes, para avaliar sua conformidade com os objetivos, dimensionar o grau de dificuldades e a necessidade de Recursos Humanos, financeiros e para definir o cronograma
7.5 Pesquisa de Campo a) Mapear antecipadamente o campo: universo social, território; tempo: usando dados secundários, liderenças, pessoas com conhecem o meio, etc. a) Treinamento da(s) equipe(s) b) Rigor: na seleção (quando por amostragem), na aplicação (com revisão pela supervisão) dos instrumentos, no cronograma
7.6 TABULAÇÃO a) Modelo de tabulação pré-definido para adequar o instrumento e a informatização (se for o caso) b) Sistematização/Totalizações : que tabelas, como construi-las, dados a serem agrupados
7.7 Pré-análise (relatório preliminar) a) Definir combinações de dados b) Ver principais significados 7.8 Relatório Final a) Estilo objetivo, claro e agradável b) Coerência interna, sobretudo conceitual e de termos c) linguagem gramaticalmente correta
7.9 Proposições de Continuidade ou Uso dos resultados Apresentação dos resultados Difusão dos Resultados, publicização 8 DIFICULDADES (algumas) PARA O PROCESSO DE DIAGNÓSTICO Saber exatamente o que se quer Clareza dos conceitos utilizados (ex. qualidade de vida, região, exclusão ...) Definir o universo (implica em objetivos e conceitos claros) Definir metodologias que permitam captar corretamente as informações e dados necessários para os objetivos (captar representações, projetos, interesses latentes, comportamento, etc.) Pouca Experiência Acumulada, dificuldade de assessorias.