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E N D
1. UNIVERSIDADE DE BRASÍLIASURTOS DE INFECÇÃO HOSPITALAR VIGILÂNCIA E CONTROLE Profª Glória Maria Andrade
2. Definição de surto de IH Aumento da incidência de infecções hospitalares, além das expectativas habituais, em um determinado período e em localidade bem definida.
Há, claramente, um excesso de ocorrências se comparadas à freqüência habitual da situação analisada.
3. INCIDÊNCIA DE IH NA UNIDADE
4. SURTO DE IH VIGILÂNCIA E CONTROLE Endemia x Epidemia
Epidemia e surto
Limites endêmicos
5. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO SURTO
6. SURTO DE IH VIGILÂNCIA E CONTROLE
SURTO EXPLOSIVO, POR FONTE ÚNICA OU POR FONTE COMUM
Aumento expressivo no número de casos, em curto período.
A aglomeração de casos é indicativa de exposição simultânea, por um única fonte, atuando em curto intervalo de tempo.
Exs. Surto de intoxicação alimentar
Doenças veiculadas pela água, por medicamentos
7. SURTO DE IH VIGILÂNCIA E CONTROLE
8. SURTO EXPLOSIVO, POR FONTE ÚNICA OU POR FONTE COMUMCASO CLÍNICO Descrição do surto:
Surto de IH em UTIN, em hospital terciário, na região metropolitana de Campinas/SP
Período: Durante 16 horas em 12 de junho de 1995 .
Dados clínicos e epidemiológicos:
Dez RN com sinais e sintomas de choque séptico que apareceram 12 a 24 hs, após o início da NP, com 3 óbitos. Um RN tb apresentou o mesmo quadro de sepse, nesse período. Nenhum outro paciente do hospital tinha recebido esssa solução de NP, nesse dia.
Dez RN receberam a NP, 1 dos 11 RN não recebeu NP.
Idade gestacional média: 31 semanas.
Fonte: AJIC Am J Infect Control 2000;28:258:61
9. SURTO EXPLOSIVO, POR FONTE ÚNICA OU POR FONTE COMUM
Agentes isolados:
Enterobacter cloacae => ( sangue dos RN, secreção traqueal e amostras da solução da NP de 12/06/95).
Em 10 RN o E. cloacae apresentava mesmo perfil sensibilidade/resistência aos A/M e as mesmas características microbiológicas. Em 1 RN (que não recebeu NP), o E. cloacae era diferente dos demais (microbiologicamente), como tb era diferente seu perfil de sensibilidade/resistência aos A/M.
Fonte: AJIC Am J Infect Control 2000;28:258:61
10. SURTO EXPLOSIVO, POR FONTE ÚNICA OU POR FONTE COMUM Sobre a solução de NP utilizada:
A NP foi preparada na farmácia, usando técnicas assépticas e sob fluxo laminar.
Os mesmos profissionais prepararam a solução do dia 12/06/95 (dia do surto) e as dos dias 11/06/95 e 13/06/95. Nestas últimas, as culturas foram negativas.
Por controle de qualidade, as amostras das soluções de NP permanecem sob refrigeração por uma semana.
11. SURTO EXPLOSIVO, POR FONTE ÚNICA OU POR FONTE COMUM Conclusões:
O RN n° 11 apresentou E. cloacae isolado no sangue e secreção traqueal, com características microbiológicas e perfil sensibilidade/resistência diferentes dos demais e não recebeu NP. Provavelmente adquirido em procedimentos invasivos outros.
Os resultados são fortemente sugestivos que os 10 RN tiveram IH (sepse) causada por administração de NP contaminada.
A contaminação foi provavelmente durante a preparação, embora a exata fonte de contaminação não pôde ser identificada.
Sugere Surto de fonte única ou fonte comum (contaminação de solução de NP).
12. SURTO DE IH VIGILÂNCIA E CONTROLE SURTO PROGRESSIVO, POR FONTES MÚLTIPLAS OU FONTE PROPAGADA
Ocorre um aumento gradativo do nº de casos, mas a fonte de infecção não é única, sendo representada por exposição sucessivas quando a transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por vetores.
Exs. Surto de sarampo, varicela.
Surtos em UTIN, Berçário, Enfermaria (impetigo, sepse…)
13. SURTO DE IH VIGILÂNCIA E CONTROLE
14. SURTO PROGRESSIVO, POR FONTES MÚLTIPLAS OU FONTE PROPAGADACaso Clínico Descrição do surto:
Surto de IH em UTIN, em hospital terciário, na região metropolitana de São Paulo/SP.
Período: entre os dias 9 e 16/10/2003.
Notificação às autoridades estaduais de saúde, em 16/10/2003, de 9 casos de óbito (1 caso foi excluído por não ter características de IH). Portanto, de etilogia infecciosa, foram 8 casos: 3 confirmados, 3 compatíveis e 2 possíveis. Mais 12 casos foram investigados, no berçário e unidade de tratamento semi-intensivo.
15. SURTO PROGRESSIVO, POR FONTES MÚLTIPLAS OU FONTE PROPAGADACaso Clínico
Agentes isolados:
Klebsiella Pneumoniae produtora de ß lactamase de amplo espectro-(ESLB) => (sangue e ponta de cateter) => 4 casos.
Enterobacter cloacae => ( sangue e liquor) => 1 caso.
Durante a investigação em 12 pacientes internados (berçário e tratamento semi-intensivo) => 6 casos de K. pneumoniae ESLB com as mesmas características microbiológicas dos casos de IH.
17. RECOMENDAÇÕES AO HOSPITAL Realização de exames laboratoriais (culturas) de vigilância na UTI neonatal.
Treinamento dos profissionais de saúde do serviço.
Otimização do uso racional de antimicrobianos na unidade.
18. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS SURTOS
19. SURTO DE IH VIGILÂNCIA E CONTROLE SURTOS MISTOS
A partir da fonte comum existe a transmissão secundária de pessoa a pessoa, obtendo-se neste caso uma curva mista.
PSEUDO-SURTOS
Relacionados a:
Diagnóstico incorreto
Culturas positivas (colonização e não infecção).
Contaminação da amostra (coleta, transporte e processamento no laboratório).
20. FONTES DE SURTO DE IH Fontes comuns:
Medicamentos
Instrumentos e equipamentos
Produtos de limpeza
Alimentos
Profissionais de saúde
Água
Fontes ambientais
Água potável
Sistemas de ar condicionado
21. METAS DO CONTROLE DO SURTO
Identificar a fonte do agente etiológico
22. Objetivos da investigação Magnitude do surto (n° de casos e sua gravidade)
Etiologia
Fonte de microrganismos
Modo de transmissão
Grupos de maior risco de exposição
23. PROPAGAÇÃO DO AGENTE EM SURTOS Mãos da equipe
Fômites
Contágio direto
Ambientais
24. ABORDAGEM HABITUAL EM SURTOS
25. Sinais de alerta Níveis endêmicos das infecções
Identificação de sítios de infecções pouco comuns
Isolamento de microrganismos pouco usuais
Isolamento de microrganismos multirresistentes
Mudança no padrão de sensibilidade dos microrganismos
26. INVESTIGAÇÃO E CONTROLE DO SURTO INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA PRELIMINAR E MEDIDAS DE CONTROLE:
Rever as informações existentes
Determinar a natureza, local e gravidade do problema
Verificar diagnóstico: surto/definição de caso
Identificar e contar novos casos
Levantar variáveis - relativas a tempo, lugar e pessoas
Comunicar ao laboratório de microbiologia (solicitar que guarde as amostras/cepas dos pacientes, fontes e veículos suspeitos, para estudos adicionais)
Descrever a amostra. Traçar curva epidêmica. Comparar taxas atuais e anteriores
Rever a literatura
Instituir medidas de controle
27. INVESTIGAÇÃO E CONTROLE DO SURTO Rever todos os prontuários dos casos
Desenvolver Hipóteses: reservatório e o modo provável de transmissão
Testar a hipótese (estudo de caso-controle ou coorte)
Avaliar as medidas instituídas de prevençào e controle e, se necessário, implantar novas medidas.
Reuniões extraordinárias dos membros consultores e executores da CCIH
Reuniões com as equipes de assistência. Treinamento em serviço
Fechamento de unidades
Divulgar os resultados
Elaborar relatório
Notificar às autoridades sanitárias
28. CONTATOS Profª Glória Maria Andrade
Universidade de Brasília
Faculdade da Medicina
Área da Criança e do Adolescente
61-4485290
61-4485375
gloriaan@terra.com.br