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Projeto Terapêutico Singular

Projeto Terapêutico Singular. Elisa Trino de Moraes Fernanda Regina Canteli Nathália dos Reis de Moraes. Sistema de Saúde em Campinas. Campinas conta com 47 unidades básicas de saúde. São divididas em 5 grandes distritos. Possuem território e população definidos.

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Presentation Transcript


  1. Projeto Terapêutico Singular Elisa Trino de Moraes Fernanda Regina Canteli Nathália dos Reis de Moraes

  2. Sistema de Saúde em Campinas Campinas conta com 47 unidades básicas de saúde. São divididas em 5 grandes distritos. Possuem território e população definidos. Gerenciam informações de saúde e perfil de saúde das populações, além de construírem mapas de recursos. Possuem Conselho local de Saúde, formado por representantes dos usuários, profissionais de saúde e da Secretaria de Saúde Municipal.

  3. Sistema de Saúde em Campinas É determinado 01 centro de saúde para cada 20 mil habitantes. Cada centro é formado por equipes multiprofissionais, que têm sob sua responsabilidade, a população de determinada área.

  4. Saúde em Campinas - Territorialização Cidade de Campinas por Distritos.

  5. Centro de Saúde Jardim Ipaussurama • Coordenadora: Enfermeira Maria Luzia D. Bianchini • Endereço: Av. Márcio Egídio de Souza Aranha, 351, Jardim Ipaussurama. • Telefone: (19) 3269-2229 • E-mail: saude.csjdipaussurama@campinas.sp.gov.br • Horário de funcionamento: segunda à sexta, das 7-19h. • Recentemente passou por uma reforma utilizando verba proveniente do Pró-Saúde.

  6. Centro de Saúde Jardim Ipaussurama Área de abrangência: 7,1 Km². População total: 22.620 pessoas. Pessoas cadastradas no PAIDEIA: 9.724 pessoas. • Jd. Ipaussurama • Vila União • Jd. Novo Ipaussurama • Satélite Íris (módulo) • Projeto Uruguai

  7. Equipes de Saúde Centro de Saúde Jardim Ipaussurama

  8. Família Escolhida • Família Souza • FrancinaDamaceno Souza, 87 anos. • FF: 400. • Reside na rua Alcides Barel, 204, Ipaussurama. • Área amarela • Agente Comunitária responsável: ...........

  9. Escolha do Caso - Motivação • Indicação do Dr. Fabio que realiza visitas regulares na casa da D. Francina. • Dúvidas quanto ao real cuidador da D. Francina. (filho adotivo ou filha ?). • Comorbidade principal da paciente: HAS.

  10. Situação Problema • Após a visita verificamos que a paciente é apenas carente e gosta de conversar. • Tem bom relacionamento com os familiares.

  11. Situação Problema Ausência de Problema !

  12. História da Família • A estrutura familiar é composta pela Francina e Elia (filho adotivo), residindo na casa dos fundos e Eunice, o marido e os 2 filhos residindo na casa da frente. • Francina se casou em 1955 e se mudou de Carana (Bahia) para São Paulo com seu marido • Procedente de Campinas há 50 anos • G11P9A3, sendo que 6 filhos foram natimortos • Era católica, mudou de religião há 47 anos, agora é evangélica.

  13. Trabalhou na roça na Bahia e, em SP, como faxineira, passadeira e lavadeira. • Foi fumante de 3-4 cigarros de palha/dia por 28 anos, parou há 47 anos. • Há 7 anos, o marido, com quem tinha um relacionamento muito próximo, faleceu por complicação da doença de Chagas. • Desde então, se sente sozinha pela ausência do companheiro e reside com o filho, que trabalha o dia inteiro. • Renda da família é de aproximadamente R$ 1000 (pensão marido + salário filho)

  14. Eunice, 48 anos, filha, mora com o marido e os filhos na casa da frente, tem um salão de cabeleireiro em sua casa, faz visitas frequentes à mãe. • Noemia, 52 anos, filha mais velha, faz faxinas semanais na casa da mãe e da Eunice mediante pagamento. • Elia, 43 anos, trabalha como porteiro e faxineiro de um prédio, procura o CS Ipaussurama diversas vezes pedindo visita domiciliar à sua mãe pois ela não se sente bem.

  15. Francina realiza as seguintes atividades domésticas: cozinha, lava e passa a roupa, lava a louça das refeições. • Há 3 anos, Elia teve um IAM, sendo realizada revascularização miocárdica com stent.

  16. Francina apresenta as seguintes patologias: HAS há 35 anos, hipotireiodismo subclínico, gastrite medicamentosa e doença de chagas. • Faz uso de Hctz 25mg (1-0-0), Captopril 50mg (1-1-1), Anlodipina 5mg (1-0-1), Omeprazol 20mg (1-0-0).

  17. Convivência • Todos na família possuem bom relacionamento • Os filhos, netos e bisnetos fazem visitas frequentes à Francina. • Todos se preocupam bastante com o seu bem estar e estão sempre atentos com novas queixas d paciente. • Francina diz sentir-se muito sozinha, mas a filha diz que quando a leva para o salão de cabeleirero, ela quer logo voltar para a casa

  18. Não realiza atividade física pois apresenta dor em MIE e no quadril após ficar muito em pé e realizar esforço. • Francina fala da mulher que foi durante a juventude como se fosse outra pessoa, com admiração. • Francina acredita que já passou da hora de sua morte, que não há mais motivação para viver.

  19. Nível de Funcionamento da Família De acordo com a classificação encontrada no livro Medicina Ambulatorial (Duncan), essa família tem Nível 5 de funcionamento. • A unidade interacional está funcionando satisfatoriamente segundo o relato dos participantes e perspectiva dos observadores. • Entendimento compartilhado e um acordo sobre os papéis e tarefas apropriados. • Atmosfera geral de calor, carinho e valores compartilhados • Atmosfera otimista apropriada para a situação

  20. Natimortos 85 Abortos Há 7 anos 87 Indivíduos falecidos 48 Há 3 anos 52 Francina 23 18 Eunice 43 Elia Idalice, mora na Bahia 4 Noemia 33 32 30 Casa dos fundos 4 Casa da frente

  21. Planta da Casa • Casa de alvenaria, piso frio de cimento alisado na grande maioria dos cômodos. • Energia elétrica, água esgoto encanados. • Boa ventilação e iluminação. • Vasos com plantas do lado de fora que o marido cuidava antes de falecer. Quarto Francina WC Quarto Elia Cozinha Sala Varanda Quintal Casa da Frente

  22. Rede Social de Apoio Amizade Família Trabalho Sociedade

  23. Equipamentos Sociais de Apoio • Assembléia de Deus • C.S. Ipaussurama (distante)

  24. Fatores de Risco • Se sente muito sozinha • Acredita que a vida não vale mais a pena • Não aceita essa nova fase da vida (idosa) • Acredita que as outras pessoas estão melhor que ela Vulnerabilidade • Fatores Protetores • O filho tem um bom relacionamento com Francina • A família é bem presente • Recebe visitas frequentes das amigas da igreja • É uma pessoa querida na comunidade da igreja que frequenta Vulnerabilidade

  25. Projeto Terapêutico • Introduzir Dona Francina nos grupos de hipertensos e idosos do CS Ipaussurama • Estimular realização de atividade física leve • Tranquilizar os filhos quanto ao estado de saúde de Francina • Caso frequentar os grupos não melhore a situação de depressão, considerar consulta com psicólogo.

  26. Cuidado ao Idoso

  27. Idoso • É uma pessoa de idade avançada. • Segundo OMS idosos são as pessoas com mais de 65 anos de idade em países desenvolvidos e com mais de 60 anos de idade em países em desenvolvimento. • As pessoas idosas têm habilidades regenerativas limitadas, mudanças físicas e emocionais que expõe a perigo a qualidade de vida dos idosos. • Podendo levar à Síndrome da Fragilidade, conjunto de manifestações físicas e psicológicas de um idoso onde poderá desenvolver doenças.

  28. Atenção ao idoso • Estima-se que a população de idosos irá multiplicar até 2050, correspondendo 15% do total da população brasileira. • Objetivo: manutenção da independência social, da mobilidade e das habilidades cognitivas. • Redução da mortalidade prematura causada por doenças agudas ou crônicas; • Manutenção da independencia funcional; • Extensão da expectativa de vida; • Melhora da qualidade de vida.

  29. Idosos em situação de risco • Muito idosos: > 80 anos; • Os que vivem sozinhos; • Mulheres idosas, sobretudo as viúvas ou solteiras; • Os que vivem em instituições; • Os que são socialmente isolados; • Os que não possuem filhos; • Os que possuem limitações sérias ou disfunções; • Casais de idosos, quando um deles é incapacitado ou está muito doente; • Os que contam com poucos recursos econômicos.

  30. Avaliação Funcional • Abordagem do paciente idoso é influenciada por: • ambiente onde o paciente vive; • relação médico-paciente e médico-familiares • história clínica (aspectos biológicos, psíquicos, funcionais e sociais) • exame físico. • Visão - Para avaliar essa função os pacientes devem ser perguntados sobre dificuldade para ler, assistir à televisão, dirigir ou desenvolver suas atividades comuns a vida diária pela falta de visão. Se responderem positivamente a essa dificuldade serão examinados com o cartão de Jaeger.

  31. Audição - Essa função pode ser testada com o teste do sussurro (whisper). Se o paciente não escutar deve-se examinar seu conduto auditivo para afastar a possibilidade de cerume estar prejudicando a audição, se não houver existência de cerume, encaminhar para realização de audiometria. • Função dos Membros Superiores: • função proximal dos MMSS - posicionar ambas as mãos na parte posterior do pescoço. • capacidade de exercer função de pinça - essencial na manutenção da capacidade de vestir, banhar e comer. • habilidade de pegar e recolocar objetos – sugere capacidade de escrever e manipular (sem disfunção distal dos MMSS).

  32. Função dos Membros Inferiores: • Teste getupandgo - paciente é convidado a levantar-se da cadeira, andar aproximadamente 3 metros, girar e retornar à sua cadeira e sentar-se novamente. • Continência Urinária - Seu questionamento deve ser realizado de maneira direta e neutra por meio de uma simples questão: “Você já perdeu urina ou sentiu-se molhado?” • Exercícios Físicos – a inatividade é um importante fator de risco para a perda da independência funcional. Idosos sedentários devem ser incentivados a aumentar sua atividade física.

  33. 5 5 3 2 3 2 1 3 0 0 0 24

  34. Atividades da Vida Diária (AVD)

  35. Vacinação: • Influenza anual • Se maior de 65 anos, realizar ao menos uma vez, anti-pneumocócica • Dupla dT • Atividade sexual • 74% homens casados e 56% das mulheres casadas estão em vida sexual ativa após os 60 anos de idade. • Distinguir transtornos: desejo, inibição neurótica, disfunção erétil, dificuldade de ejaculação, dispareunia, inibição cultural.

  36. Riscos de Acidentes Domiciliares • As condições do ambiente residencial podem aumentar o risco de quedas. • As quedas estão associadas a elevados índices de morbimortalidade, redução da capacidade funcional e institucionalizações precoces. • Escadas, iluminação fraca, tapetes soltos aumentam o risco de quedas. • Deve-se considerar: • circunstância na qual ocorreu a queda; • uso de medicações; • problemas médicos agudos ou crônicos; • nível de mobilidade; • exame de visão; • marcha e equilíbrio; • função dos membros inferiores; • avaliação neurológica básica; • avaliação cardiovascular.

  37. Cuidador

  38. Cuidador “Cuidador como pessoa responsável pelo ato de cuidar da casa, trabalho físico, companhia ou supervisão, ou ainda aquele que promove cuidados de assistência pessoal.” (Winogrond, 1987)

  39. Cuidador Primário: aquele que tem a principal ou total responsabilidade no fornecimento da ajuda à pessoa necessitada. • Cuidador Secundário: demais pessoas que também fornecem assistência ao paciente, mas não tem o mesmo nível de responsabilidade, podendo revezar com o cuidador primário.

  40. Cuidadores Terciários: são coadjuvantes e não têm responsabilidade pelo cuidado. Às vezes podem substituir o cuidador primário por curtos períodos ou realizar atividades específicas sem contato com o paciente.

  41. Brasil (Ministério da Previdência e Assistência Social e Secretaria de Estado de Assistência Social): • Cuidador Profissional: pessoas com formação formal que as capacite para o cuidado. • Cuidador Informal: aqueles sem formação prévia voltada para o cuidado, mas que cuidam de pessoas em suas casas com ou sem vínculo familiar e não são remunerados.

  42. - cuidador remunerado: recebe um rendimento pelo • exercício da atividade de cuidar; • - cuidador voluntário: não é remunerado; • - cuidador principal: tem a responsabilidade • permanente da pessoa sob seu cuidado; • - cuidador secundário: divide, de alguma forma, a • responsabilidade do cuidado com um cuidador • principal, auxiliando-o, substituindo-o; • - cuidador leigo: não recebeu qualificação para o • exercício profissional da atividade de cuidar; • - cuidador profissional: possui qualificação específica • para o exercício da atividade (enfermeiro, terapeuta, • etc.); • - cuidador familiar: tem algum parentesco com a • pessoa cuidada; • - cuidador terceiro: não possui qualquer grau de • parentesco com a pessoa cuidada.

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