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Formação espiritual para uma missão além fronteiras. Espiritualidade – o que nós somos Missão – o que nós fazemos Formação – o que nós devemos ser Espiritualidade é aquilo que nós herdamos em diferentes fontes – família, escola, Igreja. A partir do processo de socialização.
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Formação espiritual para uma missão além fronteiras Espiritualidade – o que nós somos Missão – o que nós fazemos Formação – o que nós devemos ser Espiritualidade é aquilo que nós herdamos em diferentes fontes – família, escola, Igreja. A partir do processo de socialização. Missão é um processo de construir os projetos e significados: de curto e longo prazo. Formação é um processo de conhecer a si próprio e outros a partir das relações.
Três níveis da formação • Jesus como fonte inspiradora da espiritualidade. • Compreensão da espiritualidade e suas implicações. • Espiritualidade e missão além fronteiras.
Jesus como inspiração Três momentos: • Jesus mesmo seguidor do PAI • Apóstolos como seguidores de seguidor Jesus. • Nós somos seguidores – discípulos convidados a seguir. • Experiência do deserto de Jesus – experiência da liminaridade. • Seguir Jesus – não como discípulo mas como seguidor • Discípulo – fica sentado – parado – escuta • Seguidor – caminha - processo
Jesus Segue • Jesus faz um projeto – vontade do Pai. • Estava fazendo um projeto, Jesus foi construindo o script e grandes propostas ele fez durante a vida. • Era Galileu, portanto era sombra de Jerusalém.
Suas negociações – buscando modelos • Essênios – beneditinos da nossa época – puros e impuros. Bush – eixo do bem e eixo do mal. • Fariseus – cumpridores da lei. • Zelotas – violentos. Utiliza uma linguagem que machuca: Herodes como raposa. Zelota não conhece o perdão. • Sacerdote – Jesus ao templo e sinagoga. Ele era leigo mas respeitava. • Saduceus – sempre no poder. PFL da nossa época. Adaptaram aos poderes, não aceitaram a ressurreição.
Contexto da época • Jesus entra na fila para batismo. • João foi assassinado – Jesus pega o caminho diferente. • Na primeira fase tudo era Reino de Deus – depois começa a distanciar. • Introduziu o conceito do Perdão – assim mostra que o filho mudou seu caminho e projeto.
Compreensão do perdão • Pagamento de dívida • Gesto de reconciliação • Perdão Juiz- não perdoa, mas reconhece a inocência. Jesus choca com dois momentos 1. Crise de Galiléia – não é este filho de José? Havia grande multidão, mas agora acabou, pois a pregação fracassou e a multidão queria empurrá-lo da montanha. O começo foi bom, pois não havia seguimento, cada um pensava na sua ótica – zelotas, fariseus, sacerdotes, saduceus e todo mundo foi enganado. 2. Segundo choque – morrer sozinho, fracasso absoluto. Pai te entrego, aceita meu fracasso. Acaba perdoando todos os grupos em seu enfraquecimento. Quem realmente perdoou conhece o Deus Ele pagou o preço por não corresponder de sua época.
Segundo passo de Jesus • Como realizar o conceito do Reino. • Passa por tentações – pedra, aparência e poder. • Milagre nunca em benefício próprio. • Morreu de hemorragia – fidelidade ao Pai e Pai não o protege. • Reformula seu caminho e vai para segundo passo.
Segundo momento: Apóstolos como seguidores • Não tem mais multidões mas somente alguns discípulos seguidores. • Jesus entra na tradição rabínica. Paulo fazia parte dessa tradição – Gamaleão – mestre depositário do conhecimento. De vez de tornar discípulo ele começa escolher. Eu escolhi vocês. • Escolhe eles enquanto está andando. • Andar significa- idéia teológica, busca é oferta. Seguimento é dom e não é peso. Seguir alguém é risco, não sabe onde vai. Jesus vincula aquele que segue. • Entre muitos profetas ele era um.
Terceiro momento: nós como seguidores • Jesus – seu tempo –o que ele fez em seu tempo • Nós – nosso tempo- nós fazemos em nosso. Qual é o meu contexto e como busco o sentido, como eu construo meu projeto, de que forma eu transformo esse projeto. Tem que ter a INTERIORIZAÇÃO. Qual é o meu projeto que pede o seguimento de Jesus no contexto atual.
Compreensão da Espiritualidade • Dois aspectos: Mística e espiritualidade. Mística é o ponto de chegada Espiritualidade é o meio que utilizamos para chegar, podemos dizer o caminho. No caminho existe o perigo de cair na armadilha cotidiana: • 4 formas: • Rotina • Balançando • Sobreviver • Mecânica Ou três animais: porco, galo e cobra. Esse estado é anterior a espiritualidade, talvez o ponto de partida para espiritualidade. • Objetivos – longo prazo e curto prazo • O significado da vida é recebido ao longo do cumprimento dos objetivos.
Solidão, conflito e silêncio • Dois aspectos de vida nos levam a elaborar a espiritualidade: Experiência da solidão e Experiência do conflito. • No modo geral as pessoas estão tentando resolver seus problemas pessoais na oração. • Papel do silêncio: Estamos numa época do barulho, de muita falação e muita atividade sem rumo. • Silêncio de Maria • Duas atitudes surgem no silêncio: 1. Oração – rezar a si próprio, cuidar de si. 2. Compaixão – rezar pelos outros, cuidar dos outros.
Experiência direta de Deus • A nossa formação deve oferecer as possibilidades aos candidatos terem uma experiência direta de Deus. • O fazer do sacerdote é mais destacado ao longo da formação do que o ser do sacerdote. • Aprendemos a nossa espiritualidade com nossos pais, na Igreja, na escola etc. Algo que faz parte de nós. No nosso deslocamento isso está desaparecendo. Portanto deve ser recuperado.
Espiritualidade e missão além fronteiras • O que é a missão? Explicação tradicional • Sair de si para o outro • Sair de um lugar para o outro • Sair de uma cultura para outra • Por quê precisamos sair? • Apelo da Igreja – Ide ao mundo e evangelizai. • Contexto da globalização – busca de melhores empregos. • Migrações – busca de melhores terras para sobrevivência. • O documento de Aparecida introduz pela primeira vez: o discípulo missionário.
Sabedoria na missão Ao nos aproximarmos de outro povo, outra cultura e outra religião, nosso primeiro dever é tirar os sapatos - pois o lugar do qual nos estamos aproximando é sagrado. Caso contrário, podemos nos descobrir pisando no sonho de outra pessoa. Mais sério ainda: podemos esquecer que Deus lá estava antes que chegássemos.
Espiritualidade do OUVIR O primeiro subsídio para mover-se se encontra no verbo OUVIR. O ouvir muitas vezes entendido como escutar. A espiritualidade bíblica é enraizada no ouvir, pois nós chamamos a bíblia como Palavra de Deus, onde Ele fala e nós o escutamos. O ouvir acontece somente na oração silenciosa. Jesus sempre teve seus momentos de oração e neles confirma-se seu movimento missionário. Como dizem os nossos antepassados a água que flui sempre se mantém limpa, assim o missionário que ouve Deus em silêncio mantém seu fluir constante.
Espiritualidade do VER O segundo subsídio que poderia ajudar o missionário é o verbo VER. O investimento no verbo ver no movimento missionário se encontra principalmente nas tradições orientais. As imagens esculpidas das divindades normalmente são instaladas nos templos. O devoto ia ao templo ver o divino nas imagens e ser visto pelo divino, possibilitava na construção da espiritualidade. Esse espírito mantinha o missionário mover-se. Impulsionado neste espírito o missionário é chamado ver as pessoas, realidades e situações e mover-se.
Fidelidade O ouvir e o ver diário do missionário o leva ao terceiro e mais importante subsídio que é FIDELIDADE. De todas as questões que os missionários enfrentam hoje, talvez a mais importante e a mais problemática é a própria fidelidade. Percebemos que hoje as coisas mudam rapidamente, tudo parece impermanente. A mudança depende da noção de que algumas coisas imutáveis. Podemos todas as coisas externas da vida: o lugar onde nós vivemos, o trabalho que fazemos e como fazemos, ainda assim podemos ficar fieis desde que a definição interior de quem somos absolutamente não mude. A fidelidade não está em recusar a mudança ela está em fazer todas as mudanças necessárias para trazer de volta os ideais a partir dos quais operamos. Fidelidade não é a estabilidade do lugar, mas do coração.
Sete traços de uma espiritualidade missionária • Lucidez crítica – clareza das propostas. • Desvenda a realidade à luz da fé • Contemplação sobre a caminhada, viver aberto ao mistério de Deus. • Liberdade do Deus dos pobres. É pobre para ser livre e livre para ser pobre – acolher, partilhar e servir. • A cruz da conflitividade, assumir causas com conflitos. • Rebeldia evangélica, contra mecanismo do lucro. • Espera contra toda a esperança – avançar na terra prometida
Atitudes reino-cêntricas 1. Deus não é propriedade de ninguém, chega antes de nós e estará depois de nós. 2. A palavra de Deus maior que é a Bíblia, reino é maior do que a Igreja. 3. Pés no chão, cabeça no pescoço, coração na mão. A sintonia entre esses três trará a razão de ser de nossa missão. 4. Salvação sempre é coletiva. 5. Libertar-se para gerar a libertação. Resgata-se vidas quem se dispõe a perder a sua. 6. Saiba que a pessoa sempre disposta a aprender. 7. Vigilância permanente que olha muito para fora pode estar vazio por dentro. 8. Viver a alegria de ter descoberto que o bem é sempre mais forte que o mal. Pior do que uma Igreja vazia, do que uma Igreja cheia de pessoas vazias.
Conversão como espiritualidade Na mudança do paradigma da missão: a conversão pessoal do formando/missionário deve ser valorizado ao longo da caminhada. • A conversão ajudaria o missionário a evangelizar a palavra de Deus no modo diferente. • Quatro conversões fundamentais: Do ativismo à contemplação Do individualismo à colaboração Da conquista ao diálogo Evangelizar e ser evangelizado
Do ativismo à contemplação Dentro desse quadro a missão é percebida como o mistério e a graça de Deus. Somos chamados a sentir a presença de Deus na missão buscando o discernimento e ação do Espírito Santo. A missão assume o duplo sentido: ver Deus e ver o mundo nos olhos de Deus. A contemplação se torna um chamado a colaborar com a ação do Espírito.
Do individualismo à colaboração Esse quadro apresenta a compreensão da missão como uma atividade comunitária. O missionário é convidado a colaborar e integrar seus pequenos projetos pessoais com os grandes projetos da Igreja.
Da conquista ao diálogo Esse elemento contempla a passagem do tempo antigo ao tempo atual. O mundo atual é multi polarizado onde o missionário não tem outra opção do que dialogar e conviver com o diferente. As comunidades missionárias se tornam cada vez mais globais onde os membros pertencem as diversas nacionalidades, continentes e culturas. O missionário é convidado primeiramente elaborar um diálogo vivencial com os membros de sua comunidade e depois com os outros.
Evangelizar e ser evangelizado A concepção da missão passou por uma mudança onde o missionário não é mais convidado somente a dar aos outros, mas também a receber. A experiência dos alguns missionários apresentou um fato de que ninguém gosta de receber eternamente. É humilhante ao individuo que está no lado de receber perpetuamente onde ele é considerado como inferior e incapaz de dar algo. Por outro lado ninguém possui tudo para dar eternamente aos outros. Evangelizar e ser evangelizado apresenta um quadro de que o missionário deve ir a missão com “meia mala” para que possa preencher o restante da mala com os elementos de outra cultura. Ir a missão com a “mala cheia” pode trazer riscos para a atividade missionária.