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Identificação e Manutenção de Potenciais Doadores

LIGA ACADÊMICA ACREANA DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS PARA TRANSPLANTE. Identificação e Manutenção de Potenciais Doadores. por André Alexandre. Identificação e Manutenção de Potenciais Doadores. Transplante de órgãos: sucesso terapêutico crescente

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Identificação e Manutenção de Potenciais Doadores

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Presentation Transcript


  1. LIGA ACADÊMICA ACREANA DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS PARA TRANSPLANTE Identificação e Manutenção de Potenciais Doadores por André Alexandre

  2. Identificação e Manutenção de Potenciais Doadores • Transplante de órgãos: sucesso terapêutico crescente • Aumento no número de indicações de transplante • Crescimento das filas espera • A captação de doadores falecidos não atende à demanda • 2010: notificados 6.979 casos de morte encefálica

  3. Identificação e Manutenção de Potenciais Doadores Capacitação dos profissionais Corretacondução do processo Maisdoações

  4. Identificação e Manutenção de Potenciais Doadores CONCEITOS • Morte encefálica:perda irreverssível da função do encéfalo. • Possível doador: suspeita sem confirmação de ME, nenhuma contra-indicação conhecida • Potencial doador: paciente com diagnóstico de ME, com possíveis contra-indicações descartadas

  5. Identificação e Manutenção de Potenciais Doadores DETECÇÃO DE POTENCIAIS DOADORES CRITÉRIOS MÍNIMOS PARA ABERTURA DE PROTOCOLO DE ME: • Escala de coma de Glasgow 3 (ausência de resposta motora, verbal e ocular) • Causa do coma conhecida • Em suporte de ventilação mecânica

  6. Identificação e Manutenção de Potenciais Doadores DETECÇÃO DE POTENCIAIS DOADORES O QUE FAZER DIANTE DA SUSPEITA DE ME: • Determinar a causa do coma • Iniciar protocolo de ME (realizar 1° teste clínico) • Comunicar à família do diagnóstico e da abertura do protocolo de ME • Notificar a CIHDOTT/OPO/CNCDO • Iniciar o monitoramento e a manutenção do potencial doador

  7. Identificação e Manutenção de Potenciais Doadores DIAGNÓSTICO DE MORTE ENCEFÁLICA PRÉ-CONDIÇÕES • Paciente em coma no ventilador • Coma de causa conhecida EXCLUIR CAUSAS REVERSÍVEIS • Hipotermia • Drogas depressoras do SNC • Choque • Alterações endócrinas e metabólicas graves

  8. Identificação e Manutenção de Potenciais Doadores DIAGNÓSTICO DE MORTE ENCEFÁLICA • Dois testes clínicos com intervalo variável de acordo com a idade • Realizados por 2 médicos, não pertencentes à equipe de captação e transplante de órgãos • Um deles deve ser especialista (neurologista ou neurocirurgião) • Realizar pelo menos um exame complementar

  9. Identificação e Manutenção de Potenciais Doadores DIAGNÓSTICO DE MORTE ENCEFÁLICA TESTE CLÍNICO PARA DIAGNÓSTICO DE ME • Pupilas fixas e arreativas • Ausência de reflexo corneopalpebral • Ausência de reflexos oculocefálicos • Ausência de resposta às provas calóricas • Ausência do reflexo da tosse • Apnéia Movimentos provocados em território motor medular são possíveis!

  10. Identificação e Manutenção de Potenciais Doadores DIAGNÓSTICO DE MORTE ENCEFÁLICA INTERVALO DE TEMPO PARA EXAMES CLÍNICOS DE ME DE ACORDO COM A IDADE • 7 dias a 2 meses incompletos: 48 horas • 2 meses a 1 ano incompleto: 24 horas • 1 ano a 2 anos incompletos: 12 horas • Acima de 2 anos: 6 horas

  11. Identificação e Manutenção de Potenciais Doadores Angiografia Artéria cerebral média Doppler Transcraniano Padrão de Fluxo Reverberante DIAGNÓSTICO DE MORTE ENCEFÁLICA EXAMES COMPLEMENTARES • Eletroencefalograma • Arteriografia de quatro vasos • Cintilografia • Doppler transcraniano • Potencial evocado Linhas Isoelétricas Arteriografia

  12. Identificação e Manutenção de Potenciais Doadores AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DOADOR CONTRA-INDICAÇÕES ABSOLUTAS • HIV ou HTLV 1 e 2 soropositivo • Infecção não controlada, viral, fúngica ou tuberculosa • Tumor primário SNC • CA basocelular • CA uterino in situ • Neoplasia maligna, execeto:

  13. Identificação e Manutenção de Potenciais Doadores AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DOADOR CONTRA-INDICAÇÕES RELATIVAS • Heptite B ou C soropositivo • Doença renal • Maior de 60 anos, idade precoce • Diabetes

  14. Identificação e Manutenção de Potenciais Doadores MANUTENÇÃO DE POTENCIAIS DOADORES • Principal objetivo é a Estabilidade Hemodinâmica, garantindo a perfusão e oxigenação, bem como a diurese • Prevenir infecções • ME: Desregulação Autonômica Disfunção do Eixo Hipotalâmico-Hipofisário • Principais complicações: hipotensão, diabetes insípido, hiperglicemia, hipotermia, hipernatremia e hipocalemia

  15. Identificação e Manutenção de Potenciais Doadores MANUTENÇÃO DE POTENCIAIS DOADORES INSTABILIDADE HEMODINÂMICA • Hipotensão (PAM < 60 mmHg): sua causa mais comum é a hipovolemia • Ressucitação volêmica: manter PVC 8-12 mmHg PAM > 70 mmHg FC 60-120 bpm • Cristalóides, colóides ou hemoderivados • Considerar transfusão se Hb < 10 g/dL • Vasopressores: Dopamina • Em caso de Hipertensão: Nitroprussiato

  16. Identificação e Manutenção de Potenciais Doadores MANUTENÇÃO DE POTENCIAIS DOADORES DISTÚRBIOS ENDÓCRINOS • Diabetes Insípido: redução do ADH, poliúria, desidratação, hiperNa e hipoK. • Vasopressina • DDAVP • Hiperglicemia: leva à diurese osmótica e cetoacidose. • Insulina regular • Outros: T3 e Metilprednisolona

  17. Identificação e Manutenção de Potenciais Doadores MANUTENÇÃO DE POTENCIAIS DOADORES HIPOTERMIA • Falta de regulação hipotalâmica • Piora da instabilidade hemodinâmica e coagulopatia • Manejo: • Foco de luz próximo do tórax e abdome • Infusões de soro e ventilação aquecidos • Cobertores e colchões térmicos

  18. Identificação e Manutenção de Potenciais Doadores MANUTENÇÃO DE POTENCIAIS DOADORES COAGULOPATIA • Tromboplastina e plasminogênio cerebral • Hipotermia e politransfusão • Coagulopatia dilucional • Elevação do Tempo de Protrombina: corrigir com Plasma Fresco Congelado

  19. Identificação e Manutenção de Potenciais Doadores MANUTENÇÃO DE POTENCIAIS DOADORES DISTÚRBIOS ELETROLÍTICOS • Hipernatremia: resulta da desidratação, uso de soluções de Na ou perda de água (diuréticos e diabetes insípido) • Infundir soluções hipotônicas (ringer lactato) • Hipocalemia: uso de diuréticos, poliúria e alcalose. • Redução sérica de Mg, Ca e PO3

  20. Identificação e Manutenção de Potenciais Doadores MANUTENÇÃO DE POTENCIAIS DOADORES METAS DA MANUTENÇÃO DO POTENCIAL DOADOR PAS > 100 mmHg PaO2 > 100 mmHg Hemoglobina > 10 g/dL Diurese > 1ml/kg/h Glicemia 140 – 200 mg/dL Na < 150 mEq/L

  21. Identificação e Manutenção de Potenciais Doadores MANUTENÇÃO DE POTENCIAIS DOADORES OUTROS CUIDADOS: • Volume inpiratório 10 ml/kg • PEEP 5 cmH2O • Gasometria arterial periódica • Antibióticos (profilático ou terapêutico) • Suspender: anticonvulsivantes, analgésicos, antitérmicos e diuréticos osmóticos. • Proteção ocular com gaze umedecida

  22. Concluindo...

  23. Identificação e Manutenção de Potenciais Doadores REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GARCIA, V. D.; ALMEIDA, T. A. M.; PINTO, J. B. T. Processo de doação-transplante. In: GARCIA, V. D. et al. Transplante de órgãos e tecidos. São Paulo: Segmento Farma, 2006. Cap 11, p. 115-127. FERNANDES, R. C. (coord.). Diretrizes Básicas para Captação e Retirada de Múltiplos Órgão e Tecidos da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos. São Paulo: ABTO - Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, 2009.

  24. Identificação e Manutenção de Potenciais Doadores REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS TERRA, C. M. Morte Encefálica: Análise. Pediatria 16. São Paulo: Universidade de São Paulo, p. 102-112, 1994. CINTRA, E. A. et al. VASOPRESSINA E MORTE ENCEFÁLICA. Arq. Neuro-Psiquiatr. vol.58 n.1 São Paulo Mar. 2000 GARCIA, V. D. (edit.). Registro brasileiro de transplantes – JAN/DEZ 2010. São Paulo: Associação Brasileira de Tranplante de Órgãos, 2011.

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