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Leis Naturais. Lei de Destruição. A Lei de Destruição melhor se conceituaria como lei de transformação. O que ocorre, na realidade, é a transformação e não a destruição, tanto no que concerne à matéria, quanto no que se refere ao Espírito. Destruição. Necessária. Abusiva. X.
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Leis Naturais Lei de Destruição
A Lei de Destruição melhor se conceituaria como lei de transformação. O que ocorre, na realidade, é a transformação e não a destruição, tanto no que concerne à matéria, quanto no que se refere ao Espírito.
Destruição Necessária Abusiva X
Necessária A destruição necessária ocorre na Natureza, tendo em vista a natural transformação biológica, a renovação e até a melhoria das espécies. Dessa forma, os Espíritos Superiores nos esclarecem: "Preciso é que tudo se destrua para renascer e se regenerar."
Abusiva A destruição abusiva não está prevista na lei natural porque coloca em risco a vida no Planeta. Toda destruição antecipada obsta ao desenvolvimento do princípio inteligente. Por isso foi que Deus fez que cada ser experimentasse a necessidade de viver e de se reproduzir.
Lei de Destruição Para quem apenas vê a matéria e restringe à vida presente a sua visão, a Lei de Destruição há de parecer uma imperfeição na obra divina. É que, em geral, os homens apreciam a perfeição de Deus do ponto de vista humano. Medindo-lhe a sabedoria pelo juízo que dela formam, pensam que Deus não poderia fazer coisa melhor do que eles próprios fariam.
"...a lei de destruição é, por assim dizer, o complemento do processo evolutivo, visto ser preciso morrer para renascer e passar por milhares de metamorfoses, animando formas corporais gradativamente mais aperfeiçoadas, e é desse modo que, paralelamente, os seres vão passando por estados de consciência cada vez mais lúcidos, até atingir, na espécie humana, o reinado da Razão..." Rodolfo Calligaris
Os seres vivos, para se alimentarem, "destroem-se" reciprocamente, seguindo esta aparente destruição dois fins: 1) Manutenção do equilíbrio na reprodução, que poderia tornar-se excessiva, quebrando a dinâmica de interdependência que existe entre os seres; 2) Utilização dos despojos do invólucro exterior, que sofre a destruição. Esse invólucro é simples acessório; a parte essencial do ser pensante é o princípio inteligente, que não se destrói, mas se elabora nas metamorfoses diversas por que passa.
A sabedoria divina dotou os seres vivos de dois instintos opostos: o de destruição e o de conservação. Ambos funcionam como princípios da natureza. Deus coloca o remédio ao lado do mal para manter o equilíbrio e servir de contrapeso. Conservação Destruição X
O futuro À medida que o senso moral prepondera, desen-volve-se a sensibilidade, diminui a necessidade de destruir, acaba mesmo por desaparecer, por se tornar odiosa. O homem ganha horror ao sangue. Contudo, a luta é sempre necessária ao desenvol-vimento do Espírito, pois, mesmo chegando a esse ponto, que parece culminante, ele ainda está longe de ser perfeito.
O futuro Só à custa de muita atividade o espírito humano adquire conhecimento, experiência e se despoja dos últimos vestígios da animalidade. Mas, nessa ocasião, a luta, de sangrenta e brutal que era, se torna puramente intelectual. O homem luta contra as dificuldades, não mais contra os seus semelhantes.
Lei de Destruição em mundos mais evoluídos: A necessidade de destruição, para estabele-cer o equilíbrio ecológico e psicológico, é proporcional à natureza dos mundos, cessando quando o físico e o moral se acham mais depurados do que aqui na Terra; são características de mundos mais adiantados que o nosso.
Assassínio: No caso de assassínio, o mal está em que uma vida de expiação ou de missão foi interrompida pela morte imposta, mas o grau de culpabilidade de quem assim agiu está na intenção com que o cometeu; cada tipo tem a sua pena conforme a sua especificidade intencional.
Aborto: Tal qual o assassínio em que uma vida de expiação ou de missão foi interrompida pela morte imposta, o aborto, mesmo o protegido pela legislação humana, é considerado um crime, variando a penalidade conforme a intenção que o motive.
Pena de morte: A pena de morte é contrária à lei de Deus, e a sua manutenção é traço do atraso espiritual dos povos que a mantêm e sustentam. A pena de morte imposta a quem matou não encontra fundamento e justificação na lei divina, porque somente o Criador pode dispor da vida da criatura.
O Livro dos Espíritos 734 Em seu estado atual, o homem tem direito ilimitado de destruição sobre os animais? – Esse direito é regido pela necessidade de prover a sua alimentação e segurança. O abuso nunca foi um direito.
O Livro dos Espíritos 736 Os povos que são muito escrupulosos com relação à destruição dos animais têm um mérito particular? – É um excesso, mesmo sendo um sentimento louvável em si mesmo; se se torna abusivo, seu mérito é neutralizado pelos abusos de outras espécies. Há entre eles mais medo supersticioso do que a verdadeira bondade.
Casal vegano pega cinco anos de prisão por deixar bebê morrer de desnutrição na França (BOL 22/05/2013): A Justiça francesa condenou o casal Joel e Sergine Le Moaligou a cinco anos de prisão por terem se recusado a levar sua filha doente e desnutrida ao hospital. A bebê Louise, de apenas 11 meses, morreu devido a deficiências em vitaminas A e B12. Os pais seguem a alimentação vegana, que não usa nenhum tipo de comida de origem animal. A autópsia verificou que o bebê, que foi alimentado exclusivamente com leite materno, estava carente desses nutrientes por causa do desequilíbrio dietético de seus pais, que podem ter aumentado o seu risco de infecção. O advogado do casal argumentou que os pais de Louise tinham causado a morte de sua filha por serem "excessivamente protetores" e que a perda de seu filho era uma sentença com a qual eles iriam "conviver pelo resto da vida".
Na Bíblia: Na Bíblia a palavra destruição aparece 70 vezes, sempre associada à idéia de justiça divina que atuava para restabelecer a ordem usurpada. Não a compreendiam como uma Lei Natural mas como uma ação paternal de Deus a favor dos Judeus.
O homem começa a perceber que também integra os ecossistemas, tanto que já propugna pela substituição do modelo de desenvolvi-mento atual, ecologicamente predatório, socialmente perverso e politicamente injusto, por outro sustentável, que tem por divisa progredir sem destruir. Mas será que é possível progredir sem destruir? Em caso afirmativo, onde estariam os limites éticos da destruição? Destruição, no sentido comum, significa extinção, aniquilamento. Sob o ponto de vista espírita, contudo, a Lei de Destruição é transformação, metamorfose, tendo por fim a renovação e a melhoria dos seres vivos.