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Universidade Federal do Amazonas Faculdade de Educação – FACED PPGE – Mestrado em Educação

Universidade Federal do Amazonas Faculdade de Educação – FACED PPGE – Mestrado em Educação. Investigando Potencial para Altas Habilidades em Jovens em Jovens Autores de Atos Infracionais. Orientadora: Dr a . Maria Alice D. Becker Orientanda: Elenara Dias Perin. JUSTIFICATIVA.

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Universidade Federal do Amazonas Faculdade de Educação – FACED PPGE – Mestrado em Educação

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  1. Universidade Federal do Amazonas Faculdade de Educação – FACED PPGE – Mestrado em Educação Investigando Potencial para Altas Habilidades em Jovens em Jovens Autores de Atos Infracionais. Orientadora: Dra. Maria Alice D. Becker Orientanda: Elenara Dias Perin

  2. JUSTIFICATIVA • A identificação e atendimento de alunos com altas habilidades, vem sendo realizadas quase que exclusivamente em escolas públicas. • Jovens com altas habilidades/criatividade no centros socioeducativos, sem atendimento adequado. • Projeto MEC criação de NAAH/S, em todos os Estados brasileiros. • Entende-se que a identificação das altas habilidades/criatividade e sua conseqüente orientação para atendimento nas áreas específicas, poderá não só beneficiar o jovem diretamente, mas a médio e longo prazo a sociedade em geral.

  3. OBJETIVOS • Objetivo geral: Aprofundar o conhecimento sobre potencial para Altas Habilidades/Criatividade em jovens autores de ato infracional em cumprimento de medida de privação de liberdades. • Objetivos específicos: • 1. Conhecer as características dos jovens indicados com potencial para altas habilidades/criatividade. • 2. Selecionar instrumentos e metodologia adequada para a identificação dos jovens. • 3. Conhecer os projetos educacionais oferecidos nas instituições pesquisadas.

  4. REFERENCIAL TEÓRICO Inteligência – Não há um conceito único. Há certo consenso de que a inteligência é variável conforme a situação. Gardner – A competência cognitiva é melhor descrita como um conjunto de capacidades, talentos,ou habilidades mentais. Inteligências múltiplas. Lingüística, lógico matemático, espacial, musical, corporal cinestésica, intrapessoal, interpessoal, naturalista, e atualmente a espiritual.

  5. Sternberg - Teoria Triárquica da Inteligência • Inteligência acadêmica Avaliada em testes de inteligência. • Inteligência prática Habilidades para resolver tarefas quotidianas. • Inteligência criativa Demonstrada na reação do individuo frente a novas situações.

  6. Altas Habilidades Renzulli - Teoria dos “Três Anéis” Superdotação acadêmica: ligada as habilidades lingüística e lógico-matemática, valorizadas âmbito escolar. Superdotação produtivo-criativo: Ligada a procedimentos operacionais, a criatividade, intensa ação imaginativa, inventividade. Para ser considerado superdotado deve apresentar • Habilidade acima da média, envolvimento com a tarefa e criatividade Criatividade • Torrance - O pensamento criativo como o processo de perceber lacunas ou elementos faltantes perturbadores, formas, idéias ou hipóteses a respeito deles, testar essas hipóteses e comunicar os resultados, possivelmente modificando e retestando as hipóteses

  7. ADOLESCÊNCIA NO BRASIL • Faixa etária 0 a 17 anos – 59.071 milhões • Amazonas – 1. 327 milhões (IBGE 2006) • Jovens em Conflito com a Lei (SPDCA/SEDH 2006) Em meio fechado • 10.446 em internação • 3.446 internação provisória • 1.234 em semiliberdade • Aumento de 28% de 2002-20006

  8. ALTAS HABILIDADES E DELINQUÊNCIA • Aluno pode apresentar comportamentos sociais inaceitáveis para a sociedade, como hostilidade, agressão, para com os colegas, com os professores, apresentar comportamentos de delinqüência social, desenvolver autoconceito negativo. A escola não oferece oportunidade do jovem com altas habilidades expressar, usar seu potencial

  9. Pesquisas E.U.A – Duas linhas de pensamento (Neinhart 2002) • A.H. como fator de proteção Jovens apresentariam menos risco para o comportamento devido a fatores como: desenvolvimento moral alto, inteligência, habilidade para resolver problemas, senso de humor. • A.H. como fator de vulnerabilidade Jovem estaria mais vulnerável por ser mais sensível a fatores ambientais provocados por esperteza realçada e estimulada. Levaria os jovens a alienação social, rejeição de seus grupos, procura de novos grupos, envolvimento em comportamentos anti-sociais como forma de exercer controle e força sobre seus membros.

  10. MÉTODO Pesquisa Exploratória. Inserção Ecológica Local: • Centros Sócio Educativos de Manaus – SEAS-DASE • Centro I – Adolescentes de 12 a 16 anos do sexo masculino. • Centro II – Adolescente 12 a 18 anos do sexo feminino. • Centro III – Adolescente 16 a 18 anos do sexo masculino.

  11. Participantes: Jovens

  12. INSTRUMENTOS Monitores e Técnicos Escala para Avaliação das Características Comportamentais de Alunos com Habilidades Superiores (Renzulli e Hartmann, SRBCSS 1971). Jovens • Autonomeação Renzulli & Reis, 1997. • Entrevistas • Escala de Auto Conceito – EAJ-IF (12-16 anos)

  13. PONTUAÇÃO OBTIDA PELO ADOLESCENTE DO CENTRO I.

  14. Os dados mostram que as áreas em que o jovem apresenta maiores habilidades são: musicais em que obteve pontuação máxima 28, comunicação, subárea precisão atingiu pontuação 40 subarea expressividade atingindo 14. Autonomeação. áreas de ciências e leitura o jovem não acreditava em que apresentasse alguma habilidade especial Autoconceito os dados mostram que para Roberto o autoconceito pessoal está abaixo de 25%, o social está em 50%, e o escolar e familiar acima de 75%.

  15. Idade: 15 anos • Tempo internação: 6 meses – 1ª medida • Trabalhava desde 10 anos de idade – vendedor de peixe, lavador de carro, ajudante de pedreiro. • Avaliação pedagógica do centro : facilidade no discurso e na leitura. • Ato infracional: roubo Escolarização: Evadiu em 2005 – cursava 4ª série No centro cursou parte do módulo de geografia do EJA – 1ª a 4ª série Notas 2,0 * 3,0 * 5,0 Aspirações profissionais: ser administrador. Progressão de medida para liberdade assistida.

  16. PONTUAÇÃO OBTIDA PELA ADOLESCENTE DO CENTRO II.

  17. Os dados mostram que as áreas em que o jovem apresenta maiores habilidades são: • liderança que obteve 38 pontos, • musicais cuja pontuação foi de 27 • criatividade com pontuação 35. Autonomeação Áreas música, dança e criatividade, justificando suas respostas, a jovem relata que gosta de cantar e considera ter uma boa voz; em relação à criatividade informou que ela criou sozinha uma coreografia e ensinou outras adolescentes para a apresentação do dia dos professores Autoconceito a pontuação na autoconceito pessoal, social e familiar o escore foi de menos de 25%, no escolar foi de mais de 75%.

  18. Idade: 17 anos • Tempo internação: 2 meses – 1ª medida • Pais separados, vivia com a mãe. • Visitas do pai. • Ato infracional: Porte de substância entorpecente. Escolarização: Cursava a 5ª série No centro cursou os módulos de geografia, história e ciências do EJA – 5ª a 8ª série Notas 9,0 * 80 * 8,0* 10.0* 10.0* 9,0* 10.0 Progressão de medida para liberdade assistida.

  19. PONTUAÇÃO OBTIDA PELO ADOLESCENTE DO CENTRO III.

  20. Os dados mostram as áreas em que o jovem apresenta maiores habilidades são: • planejamento que obteve 58 pontos, • criatividade cuja pontuação foi de 36 pontos • artística com pontuação 43. Autonomeação apontou as áreas de matemática e ciências, justificando que tem facilidade de aprendizagem nessas áreas, criatividade, e na liderança porque tem o respeito da maioria do grupo, por ser um dos mais antigos no centro.

  21. Idade: 18 anos • Tempo internação: última 10 meses – Desde 12 anos cumpriu semi liberdade, internação(3 evasões), prestação de serviço e internação. • Pais separados, vivia com a mãe. • Visitas da mãe e da companheira. • Se envolveu com tráfico de subst6ancia entorpecentes aos 11 anos. • Ato infracional: homicídio, .tentativa de abuso sexual, tentativa de homicídio, roubo, duplo homicídio. Escolarização: Na última internação cursou os módulos de português e matemática do EJA – 5ª a 8ª série Notas 6,0 * 70 * 6,5 * 6.0 * 6.0 * 7,0 * 7,3 *7,0 * 7,5 Progressão de medida para liberdade assistida. Estágio

  22. RESUMO DAS ÁREAS QUE OS ADOLESCENTES FORAM MAIS INDICADOS.

  23. REFERÊNCIAS • AGAAHSD – Associação Gaúcha de Apoio às Altas habilidades /Superdotação. Disponível em <http://www.agaahsd.pop.com.br> Acesso em dezembro de 2005. • ALVES, P. B. A teoria dos sistemas ecológicos. Manuscrito não-publicado. Curso de Pós-Graduação em Psicologia do Desenvolvimento. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1999. • ALENCAR, Eunice Soriano de. Criatividade e educação de superdotados. Rio de Janeiro: Vozes, 2001. • BAUER, Martin. W.; GASKEL, George Pesquisa qualitativa com texto: imagem e som: um manual prático. Petrópolis: Vozes, 2002. • BECKER, Maria Alice D`Ávila et ali. Estudo exploratório da conceitualização de criatividade em estudantes universitários Psicologia e Reflexão Crítica. V.14 n.3 Porto Alegre, 2001.

  24. BRONFRENBRENNER, Urie. A Ecologia do desenvolvimento humano: experimentos naturais e planejados. Trad. Maria Adriana Veríssimo Veronese. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. • COLL, Cezar; PALÁCIOS, Jesus e MARCHESI, Álvaro (org) Desenvolvimento psicológico e educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. • COSTA, Mara Regina Niecker. Um olhar sobre o adolescente com altas habilidades. In FREITAS, S. N. Educação e altas habilidades/superdotação a ousadia de rever conceitos. Santa Maria: Ed. UFSM, 2006. • CORRÊA, Maria de Lourdes Costa, SIQUEIRA, Neiva Alves e SILVEIRA, Sheila Torma da.Reflexões sobre práticas inclusivas que podem atender os alunos com altas habilidades/superdotação.In FREITAS, S. N. Educação e altas habilidades/superdotação: A ousadia de rever conceitos e práticas. Santa Maria: Ed. UFSM, 2006.

  25. GARDNER, Howard. Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Tradução de Adriana Veríssimo Veronese. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. • GUENTHER, Zenita Cunha. Desenvolver capacidades e talento: um conceito de inclusão. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000. • MARCONI, M.A.e LAKATOS, E.M. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração e análise e interpretação de dados, 6.ed. São Paulo: Atlas, 2006. • MENDEZ, Emilio Garcia. Liberdade, respeito, dignidade. Brasília; Governo do Brasil, 1991. • MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. Disponível em < www.mec.org.br/sees>. Acesso janeiro de 2006. • NEIHART, Maureen. Delinquency and gifted children. In: The social and emotional development of gifted children. Washington: Prufock Press, INC. 2002. • NEIHART, Maureen. Risk e resilience in gifted children: a conceptual framework. In: The social and emotional development of gifted children. Washington: Prufock Press, INC. 2002.

  26. PEREZ, Susana Graciela Pérez Barrera. O aluno com altas habilidades/superdotação uma criança que não é o que deve ser ou é o que não deve ser. Disponível em http//www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/portal/institucional/dee/legislacao/artigo Acessado em fevereiro 2006. • SOUZA, Maria de Lourdes Lunkes de. Portadores de altas habilidades entre menores infratores. Revista Educação. Porto Alegre-RS, Ano XXVIII n.1 p.81-100, jan/abr 2005. • TORRANCE, Paul.Criatividade: medidas, testes e avaliações. São Paulo: IBRASA, 1976. • VIEIRA, Nara Joyce. O portador de altas habilidades e seus direitos. Disponível em http: www.faders.rs.gov.br/37plenaria.php. Acesso em março de 2006. • VIEIRA, Alessandra Oliveira Machado. Adolescentes em privação de liberdade: diálogos e narrativas dos sujeitos em situação de construção de texto. Dissertação de mestrado não publicada. Brasília-DF. 2004.

  27. VIRGOLIM, Ângela Magda Rodrigues. A identificação do aluno com altas habilidades/superdotação: fatores emocionais e desempenho escola. In: Ensaios pedagógicos para a implantação de núcleos de atividades de altas habilidades/superdotação. 1ª ed. Brasília: MEC/SEESP, 2005b. • VIRGOLIM, Ângela Magda Rodrigues. Altas habilidades e desenvolvimento intelectual. In: FLEITH, Denise de Souza e ALENCAR, Eunice M. L. Soriano (org) Desenvolvimento de Talentos e altas habilidades: orientação a pais e professores. Porto Alegre: Artmed, 2007. • VOLPI, Mário. O Adolescente e o ato infracional. 4ª ed. São Paulo: Cortez, 2002. • ___________. Sem liberdade, sem direitos: a privação de liberdade na percepção dos adolescentes em conflito com a lei. São Paulo, Cortez, 2001. • ___________. Adolescentes privados de liberdade. A normativa nacional e internacional e reflexões acerca da responsabilidade penal. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 2006. • WECHSLER, Solange Muglia. Criatividade: descobrindo e encorajando. Campinas, SP: Editora Livro Pleno, 2002.

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