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Comportamento Individual - Parte I - Reatividade. Carla Forte Maiolino Molento Méd. Vet., M.Sc., Ph.D. Departamento de Zootecnia Universidade Federal do Paraná carlamolento@yahoo.com www.labea.ufpr.br. Processos fundamentais. Introdução. Comportamento individual. Comportamento social.
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Comportamento Individual- Parte I -Reatividade Carla Forte Maiolino Molento Méd. Vet., M.Sc., Ph.D. Departamento de Zootecnia Universidade Federal do Paraná carlamolento@yahoo.com www.labea.ufpr.br
Processos fundamentais Introdução Comportamento individual Comportamento social
Reatividade • Alimentação • Locomoção e outros movimentos • Comportamento exploratório • Espaço individual • Descanso e sono Comportamento individual
Reatividade Probabilidade de demonstração de alguma resposta a uma grande variedade de estímulos Predadores, outros membros da espécie, qualquer aspecto do meio ambiente.
Reatividade Predadores, outros membros da espécie, qualquer aspecto do meio ambiente. Geram entrada sensorial Modifica estado motivacional pré-existente Podendo resultar em atividade motora, ou não!
Reatividade: atividade motora Desde atividade reflexa (medula espinhal) Até atos conscientes, processados e integrados de variadas formas (córtex cerebral)
Corpo celular Neurônio sensorial Dorsal Neurônio somático motor Ventral Medula espinhal Efetor (músculo) Substância branca Interneurônio (ou de associação) Substância cinzenta Arco reflexo
Reatividade: atividade motora Processamento cortical: Área sensorial Sulco central Área motora
Conação (ou tendência consciente para atuar) Exemplo: busca de alimentos, abrigo, etc.
Conação Exemplo: busca de alimentos, abrigo, etc ?
Reatividade Sistema Nervos Autônomo
SNAS Medo, raiva, luta, fuga Reatividade a estímulos aversivos e dor Dor: componentes emocionais de medo, ansiedade e desconforto; a dor é uma combinação de um estímulo sensorial extremamente aversivo + reação eliciada
Estratégias anti-predadores Animais domésticos: Apresentam mecanismos anti-predação e anti-parasitismo desenvolvidos por seleção natural Mecanismos de defesa: 1. Primários 2. Secundários
Estratégias anti-predadores Mecanismos primários de defesa Independentes da presença do predador Descansar em tocas, realizar atividades em momentos de baixa possibilidade de detecção pelo predador (e.g. pastejo noturno), manter vigilância constante, ...
Estratégias anti-predadores Mecanismos secundários de defesa Quando o predador é detectado Correr, entrar na toca, fingir morte, retaliar (morder, chifrar, escoicear), ...
Reatividade • As diferentes reações podem ser agrupadas em várias classes: • Reações reflexas • Comunicação vocal • Reações ambientais • Reações de esquiva • Reações reprodutivas • Reações agonistas
Reações reflexas • Exemplos: • Evacuação e micção reflexa em bovinos e ovinos quando da invasão de seu espaço individual • Fuga ao se assustar
Comunicação vocal • Vocalização - forma principal de comunicação dos animais domésticos • Sons específicos surgem em condições específicas • E.g. eqüinos emitem 3 tipos básicos de sons • Relincho: separação mãe/filhote, curiosidade sobre eventos fora do campo visual, tentativa de comunicação com outros cavalos • Grunhido: momentos antes de se alimentar, garanhões na presença da fêmea em estro, preocupação da mãe com o filhote • Grito agudo: agressividade
Reações ao ambiente • A disposição do animal em utilizar seu meio ambiente: • aspecto importante de sua reatividade • muda ao longo do dia e das estações • agressividade X reprodução • pastejo X clima • território • ovinos em 100 ha ~ até 3 subgrupos • touros leiteiros
Reações de esquiva • Vida social • Ovinos, bovinos e equinos: contato visual • Suínos: vocalização e contato corporal • Perturbação • Ovinos e equinos: agrupam-se e correm • Bovinos e suínos: correm mais individualmente
Reações de esquiva • Mais óbvia: FUGA • Pode ser • Controlada: manutenção da posição dentro do grupo (líder = fêmea) • Descontrolada (pânico): perda da organização social
Reações de esquiva • Mais comum: submissão social • Gestos e posturas características • Abaixar a cabeça e desviar o olhar • Submissão hipotônica: decúbito Reatividade extremamente baixa + Extensão de cabeça e pescoço em resposta a estímulos aversivos + Alta inércia
Distância de Fuga D. R. Soares, 2007, LABEA - UFPR Área individual Área de fuga
Distância de Fuga D. R. Soares, 2007, LABEA - UFPR Área individual Área de fuga
Reações de esquiva Altas densidades de lotação: Indivíduos forçados a violar o espaço individual de outros Reações individuais dependerão da posição na hierarquia social
Reações de esquiva Reatividade ótima Limite na densidade de lotação Possibilidade de relações sociais estáveis: Adaptado de Fraser e Broom, 2002
Reações reprodutivas • Reatividade períodos reprodutivos • Reações de enfrentamento durante manejo • Touros: orienta-se espaldas para intruso, exibe protrusão do globo ocular e ereção dos pêlos do dorso, abaixa a cabeça, pisoteia com membros torácicos • Garanhão: levanta-se nos membros pélvicos • Cachaço: posiciona-se lateralmente ao intruso, abaixa a cabeça, exibe ereção de pêlos do dorso, vocaliza
Reações agonísticas Comportamento agonista: Todas as atividades comportamentais de um animal que estão em conflito com outro animal
Reações agonísticas • Óbvias quando o animal que inicia agressão encontra outro animal próximo na escala de hierarquia social do grupo • As formas de luta são espécie-específicas: • equinos – menor previsibilidade, coices e mordidas. Mantêm grandes distâncias. • ruminantes – pisoteio com membros torácicos, cabeçadas • suínos – pisoteio com membros torácicos, pressão corporal e facial lateral, vocalização intensa
Reações agonísticas • Comuns na formação de grupos novos • Permitir contato dos animais novos com o grupo antes da introdução à mesma área • Evitar a introdução de um único animal a um grupo estabelecido
Reações agonísticas • Comuns na formação de grupos novos • Afetam produção significativamente! • Altas quando: • Espaço de cocho insuficiente • Espaço para descanso insuficiente • Períodos reprodutivos • Altas densidades de lotação
Reações agonísticas Principalmente em adultos Jovens de todas as espécies domésticas “brincam” de lutar
Reatividade ao ser humano Animais domésticos tendem a perceber pessoas como um risco potencial de predação Entrada repentina e ruidosa no espaço dos animais resposta de fuga violenta (e.g. histeria em frangos) Aumente previsibilidade + Utilize movimentos calmos e seguros
Taxa de crescimento de porcos X interação com tratadores Taxa de crescimento (g/dia) 800 850 900 negativa nenhuma positiva Gonyou et al., 1986
Manejo racional (MR) X manejo convencional (MC) – vacinação gado de corte Paranhos da Costa e Chiquitelli Neto, 2003
Os animais: • tem necessidades para um nível de reatividade normal • comunicam estas necessidades de várias formas, inclusive vocalizando • Levar em consideração o comportamento individual facilita manejo, melhora produção e bem-estar animal! Teor Principal