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O pranto de Maria Parda. Gil Vicente. Prof. Geordano Raad. Inspiração e Contexto Histórico. Este monólogo de Gil Vicente é uma “lamentação” posta na boca de uma velha mulata bêbada (“parda” vem da tez negra da sua pele).
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O pranto de Maria Parda Gil Vicente Prof. Geordano Raad
Inspiração e Contexto Histórico Este monólogo de Gil Vicente é uma “lamentação” posta na boca de uma velha mulata bêbada (“parda” vem da tez negra da sua pele). Escrito em 1522, ano de terrível fome no reino, o monólogo foi muito popular e teve numerosas reedições. O desespero de Maria é cômico, o seu testemunho burlesco. Faz rir e isso é uma maneira de exorcizar o drama da fome. “O Pranto de Maria Parda” é uma paródia, no estilo da chocarrice popular, em que se esconjura e elimina o sofrimento e a morte através do humor. Escrito por Gil Vicente em 1522, "O Pranto de Maria Parda" é uma tragicomédia que retrata o reino em decadência caracterizado pela fome, seca, abandono das terras pelos camponeses e o êxodo para a cidade e mar, resultando na morte de muitos durante a sua caminhada. Lisboa era uma cidade mulata, cheia de gente vinda da Guiné. Maria Parda personaliza a escrava negra que sucumbe ao álcool e que se consola com mais uma "litrada".
Características do Texto • Gênero Textual: Peça Teatral; • Gênero Teatral: Tragicomédia; • Forma de Apresentação do Texto: Poesia satírica; • Quantidade total de estrofes: 40 • Divisão do Texto teatral: 02 atos (Prefácio e Testamento) • Divisão estrutural dos Atos: • 1º ATO: 25 estrofes • 2º ATO: 15 estrofes • Composição dos versos: • 1º ATO: 13 Nonas; 08 Décimas; 03 Alexandrinos; • 2º ATO: 11 Nonas; 02 Quartetos; 02 Décimas; • Estrutura de Rimas: Interpolada e Emparelhada; • Linguagem do Texto: Poética e Metalinguística; • Estilo de Texto teatral: Monólogo (Personagem única); Estrutura do Texto:
Personagem • Nome: Maria Parda • Situação Sócio-econômica: Mísera (Mendiga) • Residência: Na rua; • Perfil Psicológico: Velha bêbada, que tornou-se alcoólatra e vive a mendigar comida e vinho nas ruas de Lisboa. Sem família ou amigos, sua melhor amiga é a bebida que a faz conversar consigo mesma (ação Consciência x Subconsciência) todas suas lamentações em vida. • Tipo de Personagem: Raissoneur(trabalha a visão do autor) • Contexto Espacial da Personagem: Ao longo da peça, a personagem narra as principais ruas por onde anda (sem rumo) e por conseguinte, o autor propositalmente cita as principais ruas do bairro hoje conhecido como Milharado, na Cidade de Mafra, Distrito de Lisboa. A cada rua, a personagem narra um pequeno episódio de sua vida que, como um todo, foi sofrível à margem das mazelas inseridas na sociedade da época. • Linguagem: Coloquial e Conotativa; • Característica linguística da personagem: Uso de provérbios e Ditados Populares locais e Valores como os 7 Pecados Capitais;