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Energia Nuclear para a Produção de Electricidade Hipótese Viável para Portugal?. J. A. Peças Lopes INESC Porto & FEUP Portugal. Energia Nuclear – Aspectos em Discussão. Vertentes de Análise para o caso Português Tecnologia (solução a adoptar: PWR, EPR?, GFR, MSR, SFR, ...)
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Energia Nuclear para a Produção de ElectricidadeHipótese Viável para Portugal? J. A. Peças Lopes INESC Porto & FEUP Portugal
Energia Nuclear – Aspectos em Discussão • Vertentes de Análise para o caso Português • Tecnologia (solução a adoptar: PWR, EPR?, GFR, MSR, SFR, ...) • Dependência tecnológica (maturidade tecnológica) • Impacto Ambiental • Localização em Portugal • Segurança (intrínseca e de transporte de combustíveis e resíduos) • Ciclo de combustível: • Enriquecimento; • Tratamento e armazenamento de resíduos; • Interesse económico • Custos de investimento (de quem é o risco do negócio? ...) • Preço da electricidade (o mercado da electricidade - MIBEL) • Custos escondidos (sobrecustos, reforço de rede, back up, ...) • Impacto técnico e económico na exploração do Sistema Eléctrico Sobrecustos
Enquadramento: Portugal – Horizonte 2020 • Evolução do consumo e produção entre 2010 e 2020 2020: + 7,5 TWh de produção renovável em relação a 2010 2020: + 9,5 TWh de produção térmica em relação a 2010
Equadramento: Caracterização da Situação Presente • Crescimento acentuado do consumo de energia eléctrica • Introdução de conceitos de mercado na gestão técnica e comercial do SE - MIBEL • Mudança de Paradigma
Enquadramento: Como resolver o problema? • Na componente térmica: • CCGT • Cogeração (grandes unidades e micro-cogeração) • Novas centrais a carvão (clean coal) ? • Nuclear ??? (Apenas 1 central 9,5 TWh/8000 h 1200 MW) • Na componente renovável: • Produção eólica: 2,5 GW (2200h) • Produção solar fotovoltaica (µgeração): 0,5 GW (1300 h) • Exploração da energia das ondas: 0,5 GW (2000 h) • PCH: 200 MW -> 0,5 TWh • Biomassa, Biogás, RSU: 250 MW -> 1 TWh • GRANDE HÍDRICA: 750 MW * -> 0,5 TWh • * - reforços de potência
Impacto Técnico e Económico no Sistema Eléctrico • Sistema com fragilidades intrínsecas
Impacto Técnico e Económico no Sistema Eléctrico Instalação de uma central nuclear de 1600 MW • Ligação da central em nós com custo marginal elevado por oposição a uma solução de várias centrais térmicas (ex. CCGTs) a ligar em nós com baixos custos marginais ou até custos marginais negativos • Necessidade de reforço das infraestruturas de rede Sobrecustos • Aumento das perdas nas redes Sobrecustos • Garantia da segurança de abastecimento: • Qual a FOR; Quais os tempos de reparação e manutenção? (Há séries históricas de dimensão suficiente para inferir estes valores) Meses? Identificação do volume de reserva de back-up • Avaliações de risco • Centrais de back-up sobrecustos
Impacto Técnico e Económico no Sistema Eléctrico • Garantia da segurança de exploração • Sobreviver à perda súbita de uma unidade 1600 MW • Necessidade de aumentar o volume da reserva secundária / terciária • Necessidade de reforço da interligação (incluindo rede de Espanha) • Funcionamento do mercado de electricidade • Redução da diversidade da oferta limitando o funcionamento do mercado (ligação de outros GenCo a contratos de back-up)
Segurança de exploração • Consequências da súbita saída de serviço de um grupo nuclear nas interligações • Necessidade de reforço das interligações e ou Redução da capacidade comercial das interligações compromete MIBEL (Esta situação já não se coloca com a energia eólica ou PD!!) Perda de 1 CCGT Aumento de trânsito de potência na interligação Perda de 1600 MW
Impacto Técnico e Económico • Sobrecustos: • Custos de investimento em infraestruras de rede • Custos de investimento em reforço de interligações • Custos de investimento em reservas • Custos de exploração acrescidos (perdas, ...) • Custos com o tratamento de resíduos • Custos da estrutura de regulação e inspecção nuclear • Outros custos ... • Necessário quantificar os sobrecustos • Quem os paga? Tarifas de uso de redes? UGS? Consumidor
Conclusões • A opção nuclear em Portugal exige estudos de impacto pluridisciplinares aprofundados: • Impactos ambientais • Impactos técnicos • Avaliação do interesse económico • Impacto da dependência tecnológica • Avaliação do impacto na sustentabilidade do modelo de desenvolvimento económico que se pretende para Portugal
Conclusões Opinião prudente: A opção por um grupo nuclear de 1600 MW não é interessante para Portugal num futuro próximo, atendendo ao volume de energia a alimentar e às características do sistema eléctrico português.