E N D
1. Enquadramento
A utilização de explosivos no nosso país está, desde os atentados de Madrid, a ser alvo de uma vigilância mais apertada.
A luta contra o terrorismo é hoje uma questão prioritária da agenda política da Comunidade Europeia.
A já demorada burocracia aliada ao novo sistema em vigor de licenciamento de utilização de explosivos tornou-se insuportavelmente lenta para as necessidades das empresas.
Pretende-se nesta intervenção alertar para algumas situações que preocupam e dificultam os utilizadores legais e responsáveis.
A utilização de Explosivos Civis em Portugal
2. A utilização de Explosivos Civis em Portugal A situação actual caracteriza-se:
1- Legalidade
Licenciamentos
Utilização e Devoluções
Transporte e Armazenamento
2- Ilegalidade
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3. Licenciamentos
O processo administrativo, actual, para pedido de licenças de compra e utilização de explosivos, está excessivamente burocratizado.
Burocracia ? Para além do processo na PSP, também é necessário juntar documentos da DRE e Juntas de Freguesia ou, para as obras públicas, do dono de obra e/ou da entidade ou instituto governamental da especialidade (…).
Uma empresa que necessite de diversas licenças para um mesmo ano civil e para locais diferenciados ou mesmo coincidentes tem, obrigatoriamente de apresentar para cada processo, todos os documentos relativos à própria empresa, nomeadamente, certidão de idoneidade, nº de contribuinte e cópia do B.I. da pessoa responsável. A utilização de Explosivos Civis em Portugal
4.
Caducidade de todas as licenças de pedreiras e obras em 31 de Dezembro de cada ano, obrigando à obtenção de nova licença sem a qual não é possível dar continuidade aos trabalhos.
Os pedidos de licenças têm que ser entregues com antecedência de alguns meses (!) para se garantir (?) a obtenção da respectiva licença na data pretendida.
A validade da licença de um paiol provisório fixo condiciona a validade da licença de utilização de explosivos. Quando a primeira licença expira, também caduca automaticamente a licença de aquisição de explosivos, obrigando à apresentação de um novo pedido de prorrogação desta.
Aumento significativo do custo das licenças de explosivos.
A utilização de Explosivos Civis em Portugal
5. A utilização de Explosivos Civis em Portugal Utilização e Devolução de Explosivos
Livro de registo de explosivo com o mesmo formato desde há várias décadas.
As obras de construção, nomeadamente citadinas, túneis urbanos, etc., não têm possibilidade de cumprir a actual legislação relativa ao transporte e armazenagem de produtos explosivos
O exame para obtenção de Cédula de Operador de Substâncias Explosivas e aptidão de paiolins móveis provisórios está agora centralizado em Lisboa.
A antecipação dos pedidos de explosivo, por parte dos consumidores, obriga em algumas situações a pedidos excessivos, e consequente devolução.
Devoluções com guias manuais do fornecedor.
6. Transporte e Armazenamento
Portugal é o único país europeu em que os utilizadores pagam taxas da PSP.
O valor das taxas recentemente actualizadas (+ 40%) é bastante penalizadora para a gama de preços de explosivos que vigoram em Portugal.
Contrariamente a Portugal, praticamente todos os países da Europa (Alemanha, França, Inglaterra, Áustria, Polónia, Noruega, Suécia, Finlândia, etc.), não usam escoltas policiais nem prevêem fazê-lo no futuro, dando prioridade a métodos mais sofisticados de controlo do movimento e segurança das viaturas de transporte.
A utilização de Explosivos Civis em Portugal
7. A existência de paióis, regra geral com sérias limitações de capacidade de armazenagem em função das distâncias de segurança, não é compatível com o actual estado de desenvolvimento tecnológico da maioria das pedreiras de rochas industriais do país.
Nas pedreiras de rochas ornamentais, que utilizam explosivos em pequenas quantidades, é praticamente inviável, sob o ponto de vista económico, a utilização de paióis no actual quadro de requisitos de obrigatoriedade de existência (declarada) de guardas permanentes. Controlo electrónico nos paióis?
Qual a forma de armazenagem dos explosivos em obra ou nas pedreiras desde a entrega, geralmente às primeiras horas da manhã, até à utilização, por vezes só ao fim do dia?
A utilização de Explosivos Civis em Portugal