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Compre este livro.

Compre este livro. Algo acontecia em casa da Maria. Pela janela saía fumo, apesar de não haver nenhum incêndio. Alguém gritava, mas não chamava os bombeiros. As vozes diziam: - Maria, come a sopa!.

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Presentation Transcript


  1. Compre este livro.

  2. Algo acontecia em casa da Maria.

  3. Pela janela saía fumo, apesar de não haver nenhum incêndio. Alguém gritava, mas não chamava os bombeiros.

  4. As vozes diziam: - Maria, come a sopa!

  5. A Maria via as massinhas a boiar naquele lago de águas amarelas, fumegantes e borbulhantes, e não se atrevia a ferrar-lhes o dente.

  6. A sopa queima, mamã! • Então a mãe disse-lhe • o que as mães dizem sempre:

  7. - Então sopra, filha, sopra.

  8. A Maria encheu o peito de ar e soprou, ressoprou e voltou a soprar. Soprou até não poder mais. Soprou muito. Porém, por mais que soprasse a Maria, a sopa não arrefecia.

  9. Ainda assim, decidiu prová-la.

  10. Aaaah! • O que foi, Maria? – perguntou a mãe. • A sopa ainda queima. • Então sopra, filha, sopra. • Já soprei , mãe, já soprei. • Então sopra mais, filha, sopra mais.

  11. Mas a Maria já não conseguia soprar mais, por isso, disse a um rinoceronte que ia a passar por ali: • Rinoceronte, por favor, sopra-me a sopa. • Sopra tu, sua descarada! – disse o rinoceronte. • Já soprei, mas não foi suficiente. • Então está bem.

  12. O rinoceronte inspirou e soprou. Soprou até não poder mais. Soprou muito. O rinoceronte bem soprava, todavia a sopa não arrefecia. Ainda assim, a Maria meteu a colher na sopa, levou-a à boca e …

  13. Aaaaaah!

  14. O morcego que dormia no candeeiro acordou sobressaltado. • - Morcego, anda cá, desce e sopra-me a sopa. • Não, eu não vou soprar. • Vá lá…, que eu e o rinoceronte • não conseguimos arrefecê-la. • Não, não é isso.

  15. O morcego pôs-se na beira do prato, abriu e bateu as asas. Bateu até não poder mais. Bateu muito. O morcego bem batia, mas a sopa não arrefecia. Ainda assim, a Maria meteu a colher na sopa, levou-a à boca e …

  16. Aaaaaaaah! Nesse mesmo momento ouviu uma voz que lhe bichanava atrás da orelha:

  17. - Maria, eu podia-te ajudar. • Ena, uma formiga! Ajudar-me tu, • assim tão pequenina? • Alto aí, grandalhona que se eu assobiar, vem aí o formigueiro inteiro. • Boa! Que ideia! Então assobia, e vejamos.

  18. A formiga assobiou, como só elas sabem, e apareceram em fila indiana as trezentas e setenta mil formigas do seu formigueiro.

  19. Puseram-se todas junto ao prato formando uma montanha e, depois de contarem até três, sopraram, ressopraram e voltaram a soprar. Tanto sopraram, que provocaram uma tempestade na sopa.

  20. Sopraram tanto, que as massas se viram sacudidas por pequenas ondas, para elas gigantescas, e por fortíssimas correntes e remoinhos.

  21. E quando as formigas acabaram de soprar a sopa já tinha deixado de fumegar. A Maria provou a sopa e pareceu-lhe que já não queimava. Provou uma e outra vez. Nem estava demasiado quente nem demasiado fria.

  22. E continuou a provar, a provar…

  23. Passado um bocadinho, ouviu a voz da mãe: • Maria, come a sopa! • Não consigo, mãe. • Ainda queima? • Não, não é isso. • Então o que foi agora, Maria?

  24. Mãe, não consigo comer a sopa porque já não há mais. • Acabou-se o que era doce!

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